terça-feira, 16 de janeiro de 2018

PAPA FRANCISCO É A FAVOR DA DESTRUIÇÃO DAS ARMAS NUCLEARES



Papa teme que incidente desencadeie a guerra nuclear

Agência France Presse






O papa Francisco reconheceu que tem medo de que um incidente desencadeie uma guerra nuclear.
"Estamos no limite", confessou nesta segunda-feira (15) aos jornalistas que o acompanham a bordo do avião que o leva ao Chile, primeira etapa de sua viagem que inclui também o Peru.
"Sim, realmente tenho medo. Estamos no limite. Basta um incidente para desencadear a guerra. Não se pode correr o risco de que a situação precipite. Portanto, é preciso destruir as armas nucleares", enfatizou.
Francisco fez esses comentários após distribuir aos 70 jornalistas que o acompanham no voo uma foto tirada em Nagasaki depois da explosão da bomba atômica em 1945.
A foto, cuja legenda é "fruto da guerra", é a mesma que a assessoria de imprensa do Vaticano publicou poucas horas antes de terminar 2017, e na qual se vê um menino que espera numa fila segurando o corpo de seu irmão morto pela explosão para que possa ser cremado.


Na imagem, o menino espera segurando o corpo de seu irmão, morto pela explosão de Nagasaki, para que possa ser cremado

"É uma imagem feita pelo fotógrafo americano Joseph Roger O`Donnell depois do bombardeio atômico em Nagasaki. A tristeza do menino se expressa em seus lábios mordidos e cobertos de sangue", explicou o pontífice.

MAIA DEFENDE PACTO ENTRE O CONGRESSO E GOVERNADORES



Maia defende pacto entre Congresso e governadores para agenda de reformas

Agência Brasil







Maia dá entrevista durante viagem oficial a Nova York

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (15), em viagem oficial a Nova York, que pedirá o apoio de governadores para trabalhar uma agenda de reformas no Congresso. Entre os assuntos da pauta proposta por Maia está a reforma da Previdência, prevista para ser discutida na Câmara a partir do dia 19 de fevereiro.
“Confio muito nos 27 governadores do Brasil para que a gente possa pactuar uma agenda de reformas. O que aconteceu nos últimos anos: todo ano o Congresso vai e consegue uma receita de curto prazo para prefeitos e governadores. Eles recebem a receita, fecham seus caixas e vão embora e fica o Congresso sozinho sobrecarregado na necessidade de fazer as reformas”, disse. “Defendo que a gente pare tudo e faça um debate de uma agenda junto com os governos da oposição. Tem que parar com essa questão de governo e oposição nesses temas. Tem que pactuar algo que possa beneficiar a sociedade brasileira”, argumentou.
Economia
Maia disse ainda que o Congresso irá rever “benefícios desnecessários” ao retomar a agenda legislativa e deve votar a reoneração de incentivos fiscais logo após o fim do recesso. A perspectiva, segundo ele, é fazer um pente fino nesses incentivos para ampliar a arrecadação.
“Nós temos aí um volume de incentivos fiscais na ordem de R$ 285 bilhões. Será que tem algum deles que a gente consiga trabalhar para que possa reduzir o incentivo? Tem alguns que melhorando a legislação também vai melhorar a arrecadação do governo e alguns que não dão resultado que nós estamos precisando. Estamos fazendo uma análise de um por um e sabemos que tem alguns que são fundamentais, que a gente não quer mexer, entre eles está a Zona Franca [de Manaus]”, adiantou.
Reforma da Previdência
O presidente da Câmara voltou a reforçar a necessidade de aprovação da reforma da Previdência para garantir o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do país). Segundo Maia, o governo tem de se empenhar na reconstrução da base aliada para conseguir aprovar a medida.
“O que temos que fazer é trabalhar pela [reforma da] Previdência dia e noite, a gente sabe que a reforma da Previdência precisa do comando do governo. Não tem como se aprovar uma reforma da Previdência se o governo não tiver uma base organizada e isso passa pela liderança do presidente Michel Temer, dos seus principais ministros. O governo precisa reconstituir a base, na ordem de 320 deputados. Eu acho que hoje o governo deve ter na sua base algo possível entre 260, 270 deputados. Tem que recuperar aí para 330 para garantir os 308 votos”, avaliou Maia.
O Congresso Nacional está em recesso parlamentar até fevereiro. Neste período, líderes partidários se mobilizam junto com a equipe de articulação política do governo para garantir votos favoráveis à reforma. Como se trata de uma emenda à Constituição, é necessário quórum qualificado, com 308 votos, o que corresponde a dois terços do total de 513 parlamentares, e aprovação em dois turnos.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que altera as regras de acesso à aposentadoria, tramita na Câmara desde o fim de 2016. A proposta foi aprovada em uma comissão especial da Câmara em maio do ano passado e, desde então, aguarda para ser analisada em plenário.
A tramitação da PEC, no entanto, ficou paralisada depois que chegaram à Câmara duas denúncias contra o presidente Michel Temer, apresentadas pela Procuradoria-Geral da República.
As acusações que pesaram contra Temer por crime de corrupção passiva, obstrução da Justiça e liderar organização criminosa foram derrubadas em plenário pelos deputados. No entanto, o processo de votação das denúncias gerou um desgaste na base aliada do governo e provocou o recuo do apoio de vários deputados em torno das reformas.
Agenda internacional
Rodrigo Maia participa, até quinta-feira (18) de encontros oficiais com autoridades, políticos e empresários nos Estados Unidos e México. Na tarde desta segunda, ele se reuniu com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, para discutir a questão dos refugiados venezuelanos na Região Norte do Brasil.
“A Venezuela não aceita apoio do lado deles da fronteira e a nossa condição de apoio em Boa Vista não é a melhor, porque a nossa estrutura em Roraima, da possibilidade de saúde, educação e moradia não é tão grande e de fato gera impacto naquela região do país. Estamos fazendo o possível para ajudar. O ideal é que nós pudéssemos ajudar do lado de lá da fronteira, mas a Venezuela não aceita”, afirmou Maia.
O presidente da Câmara também terá reuniões com empresários americanos na Câmara de Comércio dos Estados Unidos, em Washington, e com lideranças políticas como o presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, Paul Ryan. Na quinta, ele participa da Conferência Latino-Americana do Banco Santander, em Cancún, no México. Na sexta-feira (19), volta a Brasília.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 16/01/2018



Baixo efetivo

Coluna Esplanada - Leandro Mazzini 






A Polícia Federal está enfrentando “um problema sério” de efetivo com mais de 600 cargos de delegados vagos. A informação é do presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), Edvandir Felix de Paiva. À Coluna, ele lembra que, em 2015, havia a expectativa da realização de concurso para 491 delegados para repor os quadros abertos por aposentadorias e exonerações. “A PF está minguando aos poucos assim”, afirma. Segundo Paiva, o efetivo para cobrir todas as atribuições da PF no Brasil inteiro está cada dia “mais curto” e preocupa a falta de perspectiva em relação à realização de concurso para reforçar a corporação.
Lava Jato 
O presidente da ADPF diz entender a crise, mas indaga: “O combate à corrupção é prioridade ou não? A PF é um investimento que dá muito retorno ao país - vide a Lava Jato e outras grandes operações”. O último concurso para delegados da PF foi realizado em 2012.
Lacuna
Na Polícia Rodoviária Federal (PRF) o cenário é o mesmo: vários servidores se aposentaram nos últimos quatro anos, deixando uma lacuna de quase 3 mil vagas em aberto.
Estudos 
A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) já apresentou ao Ministério do Planejamento estudos que colocam como ideal o efetivo de 15.605 policiais nas ruas. Atualmente, a corporação conta com 10320 agentes - abaixo do efetivo legal, de 13098.
Encrencados
Antes da votação da reforma da Previdência, prevista para o dia 19 de fevereiro, a Câmara dos Deputados irá definir o futuro político dos deputados presidiários Celso Jacob (PMDB-RJ), Paulo Maluf (PP-SP) e de Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, também preso.
Cassação
Orientado pela assessoria jurídica, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), irá questionar a determinação do STF de afastamento (no caso Lúcio Vieira) e de perda de mandato de Maluf. O democrata reafirma posição de que cabe à Casa deliberar sobre a perda de mandato de parlamentares. As cassações do ex-governador e ex-prefeito de São Paulo e de Celso Jacob já estão seladas. Nenhum deputado está disposto a salvar os colegas encarcerados por corrupção em ano eleitoral.
Déjà-vu
Em 2014, a Câmara cassou por 467 votos (do total de 513) o mandato do deputado Natan Donadon - condenado a mais de 13 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Volta
No Senado, fala-se nos bastidores que Renan Calheiros (PMDB-AL) iniciou as articulações para voltar a comandar a Casa em 2019. Tem o aval da oposição pelos constantes ataques ao governo de Michel Temer e apoio aberto ao ex-presidente Lula.
Como assim?
A Coluna conseguiu, com nome e e-mail inexistentes, assinar o manifesto “Eleição sem Lula é fraude”. Não há qualquer tipo de verificação. Até a tarde de ontem, eram mais de 178 mil assinaturas, mas sabe-se lá quantas, de fato, verdadeiras.
Vaquinha
Nomes como o de Cristina Kirschner e José Mujica aparecem entre os que apoiam o manifesto. Assim que o nome é inserido, o partido faz dois pedidos: dinheiro para a “vaquinha” e compartilhamento nas redes sociais.
Hackers 
O portal da Arquidiocese de Brasília foi hackeado no fim de semana. Quem acessou o endereço se deparou com estranhas mensagens em árabe: “Shnaboli - Abu Nasser - Dr. destruição - Dr. Majid - Mohammed Abu Zulf”.
Grita
Dirigentes de centrais sindicais se reúnem hoje em São Paulo para traçar a agenda anti-reforma da Previdência. O slogan dos protestos Brasil afora já foi definido: “Se colocar para votar, o Brasil vai parar”.
Espaço da arte
O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro, completou 81 anos de fundação com a inauguração de duas novas exposições: A reinvenção do Rio de Janeiro: Avenida Central e a Memória Arquitetônica do MNBA e O Espaço da Arte.
Ponto Final
“Inadmissível que a Justiça seja ameaçada”
Do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), sobre supostas ameaças aos magistrados do tribunal que irá julgar Lula

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

ESSAS AMEAÇAS SIGNIFICAM O QUE? - UM CONDENA E O OUTRO ABSOLVE?



Presidente do TRF-4 alerta STF sobre ameaças

Estadão Conteúdo






Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre

O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Thompson Flores, encaminhou ofício à presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, e à Procuradoria Geral da República, relatando que desembargadores da Corte têm recebido ameaças. Ele também relatou o ocorrido a deputados petistas durante reunião nesta sexta-feira. O TRF-4 vai julgar os recursos de Lula, condenado pelo juiz Sérgio Moro a uma pena de 9 anos e seis meses de prisão, e de outros seis réus no processo do famoso tríplex do Guarujá.

As informações foram divulgadas pela Folha e confirmadas pelo Estado.

Thompson terá encontro com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, nesta segunda-feira, 15, às 10h. As ameaças que a Corte tem recebido estão entre os assuntos da reunião.

O presidente do TRF-4 já havia relatado as intimidações que magistrados têm sofrido em reunião com deputados petistas, nesta sexta-feira, 12. Os parlamentares trataram de questões de segurança relacionadas às manifestações que o partido convoca a favor do ex-presidente.

"Os senhores representam parcela da sociedade como membros do Poder Legislativo. Aceitamos prontamente a colaboração para assegurarmos a segurança de todos os envolvidos no julgamento do dia 24 e, também, pedimos que divulguem a mensagem por manifestações pacíficas", afirmou Flores, aos deputados.

O ex-presidente terá seu recurso julgado pelos desembargadores da 8ª Turma do TRF-4 no próximo dia 24. O julgamento é cercado de grandes expectativas. Porto Alegre poderá receber muitos manifestantes.

Durante a reunião, o deputado Paulo Pimenta (PT) afirmou que o grupo que se reuniu com Flores representa ‘165 deputados do PT no país’. "Estamos trabalhando para que tudo transcorra dentro das normas da Constituição Federal e das garantias individuais", afirmou.

Pimenta entregou ao desembargador um ofício pedindo para que o tribunal ‘viabilize um espaço destinado às autoridades para que assistam ao julgamento, no tribunal, via telão, já que a sala de sessão será somente para advogados e partes. O presidente garantiu que o pedido será atendido.

Também participaram da reunião os deputados federais Marco Maia e Maria do Rosário e os estaduais Edegar Pretto, presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Stela Farias, líder da bancada estadual do PT no legislativo estadual, Tarcisio Zimmermann, além do advogado Ricardo Zamora.

"O que nós fazemos aqui é ser parte da resistência que a população brasileira está compondo com trabalhadores e trabalhadoras já que está muito claro que não existem provas neste processo contra Lula e que a condenação dele pelo juiz Moro foi uma decisão política", afirmou Maria do Rosário, após deixar o encontro.

Para a parlamentar, é preciso ter ‘confiança’ de que ‘o que está escrito no processo, se for lido, de fato pelos desembargadores, pelos que são responsáveis pelo julgamento, vai nos levar a um único resultado: absolver o presidente Lula.

"Porque não há nada sobre esse tríplex que justifique… não há nada contra o presidente Lula que justifique uma interferência no processo eleitoral só para retirar Lula nas eleições".

A Justiça chegou a proibir acampamento do MST em frente à Corte até três dias depois na região do Parque da Harmonia, aonde fica a Corte.

A Justiça Federal, no entanto, informou que não foram proibidas manifestações nas proximidades do TRF-4. "A determinação judicial é para controlar o acesso de modo a assegurar a normalidade do trânsito de pessoas e veículos no entorno do Tribunal, garantido o direito de manifestação no Parque da Harmonia", destacou a Justiça, em nota.

CRISE NO MERCADO DE BENS DE LUXO

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