sábado, 13 de janeiro de 2018

DECLARAÇÕES DE TRUMP SOBRE IMIGRANTES NÃO FORAM MUITO BEM RECEBIDAS NO MUNDO



Trump tenta minimizar escândalo após menção a 'países de merda'

Agence France Presse







Trump admitiu que foram ditas coisas "duras" em uma reunião na Casa Branca pra discutir imigração

Donald Trump tentava nesta sexta-feira (12) se descolar do escândalo provocado por sua menção a "países de merda", em uma referência a Haiti, El Salvador e a nações africanas, declaração que um funcionário de alto nível da ONU denunciou como "racista".
Hoje pela manhã, Trump recorreu a sua arma favorita - o Twitter - para se defender e negar a declaração. Rapidamente foi desmentido por um senador do Partido Democrata que esteve nessa reunião e confirmou a versão.
Em uma primeira mensagem, Trump admitiu que foram ditas coisas "duras" em uma reunião na Casa Branca ontem pra discutir imigração, mas garantiu que "essa não foi a linguagem usada".
Uma hora mais tarde, Trump voltou ao tema no Twitter para assegurar que nunca disse "qualquer coisa depreciativa sobre os haitianos, além de dizer que o Haiti é, obviamente, um país muito pobre e com muitos problemas".
Pouco depois, porém, o senador democrata Rick Durbin, que participou da reunião, disse que Trump de fato se referiu a "países de merda" e que fez isso mais de uma vez.
Trump "tuitou esta manhã negando que usou essas palavras. Não é verdade. Ele disse essas coisas cheias de ódio, e as disse repetidamente (...) Deu essas declarações vis e vulgares, chamando essas nações de países de merda", lamentou Durbin.
Diversas fontes apontam que Trump se referia a nações africanas, ao Haiti e a El Salvador.
"Por que todas essas pessoas de países de merda vêm aqui?", teria dito Trump, acrescentando que queria imigrantes de países nórdicos, como a Noruega.
Indignação global

Em poucas horas, o escândalo se tornou internacional, com uma forte onda de indignação com as declarações do presidente americano.
Em Genebra, o porta-voz do alto comissário para Direitos Humanos da ONU, Rupert Colville, classificou as palavras de Trump como vergonhosas.
"Se se confirmarem, são comentários escandalosos e vergonhosos por parte do presidente dos Estados Unidos. Sinto muito, mas a única palavra que se pode usar é racista", frisou.
Para Colville, a visão manifesta em suas declarações mostram "o pior lado da humanidade, validando e estimulando o racismo e a xenofobia".
Em Porto Príncipe, o governo do Haiti emitiu uma nota enérgica, na qual considerou "inaceitáveis" as declarações "odiosas e abjetas" de Trump, por considerar que refletem "uma visão simplista e racista completamente equivocada".
O governo de El Salvador também protestou hoje.
"El Salvador exige respeito à dignidade de seu nobre e corajoso povo", disse o presidente Salvador Sánchez Cerén, ao ler um comunicado durante um ato público em San Salvador.
As expressões "agridem a dignidade" dos cidadãos salvadorenhos, completou.
"Tendo esperado prudentemente por um pronunciamento oficial do governo dos Estados Unidos para esclarecê-las, ou desmenti-las, e ao ter conhecimento unicamente pelas redes sociais de algumas reações do presidente Trump, onde aceita implicitamente o uso de termos duros em detrimento da dignidade de El Salvador e de outros países, (o governo) expressa sua rejeição inequívoca a esse tipo de afirmação", reforça o comunicado.
Em Adis Abeba, a União Africana condenou as declarações "ofensivas e perturbadoras" do presidente americano.
"Na minha opinião, não é apenas ofensivo para as pessoas de origem africana nos Estados Unidos, mas também para os cidadãos africanos", disse à AFP Ebba Kalondo, porta-voz do presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki.
"Isso é ainda mais ofensivo dada a realidade histórica do número de africanos que chegaram aos Estados Unidos como escravos", acrescentou.
O governo de Botsuana convocou o embaixador americano para explicar se essa nação africana é "considerada um país de merda".
'Não é bem-vindo' a Londres
Em Londres, o prefeito Sadiq Khan celebrou a decisão de Trump de cancelar uma visita à cidade, porque "não é bem-vindo" lá.
"Muitos londrinos deixaram claro que Donald Trump não é bem-vindo (...) Parece que, finalmente, entendeu", afirmou o prefeito, embora a suspensão da viagem esteja relacionada com uma polêmica sobre a sede da nova embaixada americana em Londres.
Nos EUA, as reações também não demoraram a aparecer.
Nascido em Chicago e filho de pais porto-riquenhos, o congressista democrata Luis Gutiérrez comentou que "agora se pode dizer com 100% de certeza que o presidente é um racista".
"Tenho vergonha do nosso presidente", acrescentou.
A onda de indignação também imperava entre os republicanos. A legisladora Mia Love, de família haitiana, disse que a declaração de Trump era "divisiva" e defendeu que um pedido de desculpas é imperativo.
Para Tim Scott, o único senador negro entre os republicanos, as declarações de Trump são "decepcionantes".
Um alto funcionário do Departamento de Estado informou nesta sexta-feira que os diplomatas americanos no Haiti e nos países africanos receberam um guia sobre como responder caso sejam convocados a dar explicações.
Segundo esse guia, "os embaixadores e os encarrecados de negócios deverão destacar que é uma honra estar em seus respectivos postos e o quanto valorizamos nossa relação com o povo de cada país".
Em busca de um acordo 

Na quinta-feira, Trump recebeu na Casa Branca um grupo de congressistas democratas e republicanos para tentar chegar a um acordo sobre uma lei geral migratória.
O republicano Lindsey Graham e o democrata Durbin tentavam alinhavar o acordo, mas, ao chegarem à Casa Branca, observaram que Trump estava acompanhado de outros legisladores que defendem "linha dura" com os imigrantes.
O acordo tenta chegar a uma saída para a situação dos cerca de 680 mil jovens que ingressaram de forma irregular no país ainda crianças e que regularizaram seu status com o programa DACA, aprovado durante o governo de Barack Obama e cancelado por Trump.


TECNOLOGIA - É BOA PARA CRIANÇAS?



Feira investe em gadgets infantis em meio ao temor do vício em tecnologia

Agence France Presse









Tablets, escovas de dentes de realidade aumentada, jogos educativos: os artigos para crianças tomam os corredores do salão eletrônico de Las Vegas, apesar das preocupações com os riscos de vício à tecnologia.
No CES, os mais jovens têm sua própria seção com produtos que, segundo os organizadores, são destinados a "permitir que as crianças do século XXI aprendam e joguem de forma mais inteligente".
Com seus tablets, a startup chinesa Dragon Touch mira nas crianças de "3 a 6 anos", explica o CEO Lei Guo. Com um desenho colorido, um lápis touch lúdico e aplicativos educativos, o dispositivo também tem uma interface para controle parental.
"Os pais podem limitar o tempo que seus filhos passam no tablet, por exemplo, 30 minutos por dia", disse o jovem empresário, que assegura que essa "é a preocupação número um dos pais".
"Não quero que meus filhos passem muito tempo na Internet, mas se proíbo o tablet eles choram, e não quero partir o coração deles", acrescentou, rindo.
Os fabricantes em geral têm um discurso muito bem amarrado. Sobram estudos sobre possíveis problemas do vício das crianças em redes sociais, tablets e smartphones, alertando sobre os riscos de que sofram ansiedade, depressão, obesidade, ou distúrbios do sono.
O debate ressurgiu no começo dessa semana com a carta de dois grandes acionistas da Apple, preocupados com os efeitos sobre a saúde mental do uso excessivo do iPhone, pedindo ao grupo um estudo sobre o vício dos mais jovens em seus smartphones.
- Exposição benéfica -
Em resposta, a Apple afirmou que sempre esteve "atenta às crianças" e que "tem trabalhado duro para criar produtos (...) que entretenham e eduquem as crianças enquanto ajudam os pais a protegê-las on-line" através de ferramentas de controle parental, entre outras.
A diretora de marketing da startup americana Pai Technology, Amy Braun, é pragmática frente a esses temores: "A tecnologia está aqui por enquanto e é importante expor nossos filhos à tecnologia, mas de maneira benéfica".
Com os "Pai Storybooks", por exemplo, um aplicativo permite transformar livros de contos infantis em universo de realidade virtual na tela de um tablet. "Trata-se de transformar o tempo que se passa em uma tela em tempo de leitura" por meio da tecnologia, diz.
"A pergunta não é 'tela ou não tela'", acrescenta.
Nos Estados Unidos, "41% das famílias tinham um dispositivo móvel em casa em 2011" frente a "95% atual", segundo a organização especializada Common Sense Media.
Com a Magik, a colorida escova de dentes para crianças de entre 6 e 12 anos da francesa Kolibree, a criança se vê na tela do smartphone enquanto escova os dentes.
"Graças à análise de imagens, o aplicativo detecta os movimentos de escovação", explica sua criadora Léonie Williamson.
A escovação se transforma em um jogo que utiliza a realidade aumentada: para ganhar pontos, a criança deve eliminar pequenos monstros na imagem e, à medida que faz isso, prova que está usando a escova corretamente.
A pergunta é se isso não leva as crianças a passarem ainda mais tempo em frente às telas.
"É preciso encontrar um equilíbrio", disse Ahren Hoffmann, chefe de "educação" da American Specialty Toy Retailing Association, uma associação de lojas de brinquedos independentes.
É importante "que as crianças saiam para se divertir, brinquem com os brinquedos tradicionais, jogos de tabuleiro, mas que também usem seus tablets e seus jogos tecnológicos, aprendam a administrar os códigos (de informática) e todas essas coisas que estão ao nosso redor hoje em dia", estima.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 13/01/2018



Voto de desconfiança

Coluna Esplanada - Leandro Mazzini







Os Auditores-Fiscais vão recrudescer mais a paralisação que promovem, desde novembro, pela regulamentação do bônus de produtividade e eficiência. Segunda-feira, 15, começa assembleia nacional que decidirá a suspensão total das atividades por tempo indeterminado. Também deve passar um voto de desconfiança para a cúpula da Receita Federal, sobretudo para o secretário Jorge Rachid. Nesse voto de desconfiança estão incluídos superintendentes, coordenadores, subsecretários, dos quais serão exigidas renúncia e exoneração de função.
À altura
À Coluna, Cláudio Damasceno, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), afirma que se o governo quer medir forças, encontrou um adversário à altura: “Estamos parados há dois meses, podemos ficar mais dois, três, quanto for necessário”.

Vips
O deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) quer saber da Receita Federal sobre suposto tratamento diferenciado que estaria sendo concedido às Pessoas Politicamente Expostas (PPE).

Malha fina 
Em requerimento de informação protocolado na Receita, o parlamentar questiona a quantidade de pessoas que fariam parte dessa lista e quantas caíram na malha fina nos últimos cinco anos.

Desgaste
A deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) garante que não há “a menor hipótese” de desistir de assumir o Ministério do Trabalho. À Coluna, diz que “vem sofrendo um desgaste desnecessário, em parte por ser jovem e mulher, que será revertido com as decisões que tomará à frente do MTE”.

PT x Globo
Já está na corregedoria-geral da Justiça Eleitoral a representação do PT contra a Globo, Luciano Huck e Faustão. Na visão do partido, “lançaram a campanha do apresentador ao Planalto”. A representação passou direto pelo ministro Tarcísio Vieira, responsável pelo plantão de férias na corte.

Corregedor 
Isso porque o PT não faz nenhum pedido de liminar e quer que o caso seja analisado pela corregedoria. O corregedor, no entanto, é o ministro Napoleão Nunes Maia Filho, o mesmo que absolveu a chapa Dilma/Temer em julgamento do TSE em 2017.

Censura 
O senador Cristovam Buarque (PPS-DF) acusa a Embrapa de “censura autoritária” ao criticar a demissão do pesquisador Zander Navarro.

Artigo 
Navarro foi demitido na segunda-feira, 8, após escrever artigo no qual questiona os rumos da Embrapa e critica o presidente da estatal, Maurício Lopes. Para Cristovam, a decisão da empresa “inibe a inteligência institucional”.

Revés
O Governo iniciou o ano colecionando reveses na Justiça. Além das decisões que impedem a posse da deputada Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho, o juiz de Recife, Carlos Kitner, derrubou – por meio de liminar – a Medida Provisória que abre caminho para a privatização da Eletrobras.

Recurso
A Advocacia-Geral da União irá recorrer da decisão. Diretor do Sindicato dos Urbanitários, Íkaro Chaves, afirma que, mesmo que em caráter liminar, a decisão sinaliza que a “Justiça brasileira não vai ficar parada diante de mais esse ataque ao patrimônio público”.

Sapo Barbudo 
Entre os atos Brasil afora em defesa do ex-presidente Lula, o PT e movimentos sociais promovem no sábado, 13, em Recife, o bloco batizado de “Troça Carnavalesca Sapo Barbudo”.

Teatro
Leandro Bellini, responsável por dezenas de projetos culturais, ocupará a cadeira de Produção no curso superior de Teatro que será implantado este ano pela Cesgranrio, por iniciativa do presidente da faculdade, Carlos Alberto Serpa.

Ponto Final
“Ainda estou por ver alguém enriquecer honestamente com salário de servidor público”.
Do senador João Capiberibe (PSB-AP)


sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

RUSSIA ELIMINA CÃES DE RUA



Cães de rua são mortos para limpar cidades russas que sediarão Copa

Agência France Presse







Estima-se 2 milhões o número de animais de rua nas cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2018
Uma operação para 'matar' cães de rua está sendo realizada nas cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo da Rússia, país onde as autoridades cumprem ordens para manter os animais selvagens longe da população, afirmaram nesta quinta-feira (11) parlamentares russos.
"Recebemos vários apelos de ativistas pelos direitos dos animais e de cidadãos solidários que dizem que estão sendo realizados tiroteios em massa e eutanásia de animais de rua em várias cidades anfitriãs da Copa do Mundo", declarou ao diário Parlamentskaya Gazeta o chefe do comitê de proteção ambiental da câmara de deputados, Vladimir Burmatov.
As matilhas de cães de rua, que muitas vezes se mostram agressivos em busca de comida, são comuns nas cidades russas devido principalmente à recusa da população de esterilizar os animais.
No mês passado, o vice-primeiro-ministro russo, Vitaly Mutko, estimou em cerca de dois milhões o número de animais de rua nas cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2018. O político pediu aos responsáveis que tomem as medidas necessárias para resolver o problema com humanidade.
Burmatov explicou que o comitê enviou uma carta oficial ao ministro dos Esportes, Pavel Kolobkov, alertando sobre "a destruição em massa de animais de rua" nas cidades-sede, e pedindo que solicite às autoridades regionais que usem "métodos humanos sem causar a morte, mutilando ou lesionando os animais".
O parlamentar pediu para que os cães sejam enviados a abrigos temporários e esterilizados, e defendeu que estas medidas não são mais caras do que matá-los e melhorariam a imagem da Rússia no mundo.
"Estas ações perturbadoras precisam parar, a reputação de nosso país está em jogo", alertou Burmatov. "Não somos selvagens que assassinam em massa animais de rua, jogando seus corpos ensanguentados em camiões dirigidos pela cidade", concluiu.
Em resposta, o ministro dos Esportes afirmou que ordenou as cidades anfitriãs a usarem métodos humanos e evitar uma reação pública negativa, informou o jornal Parlamentskaya Gazeta.
A Copa do Mundo será disputada entre os dias 14 de junho e 15 de julho em 11 cidades russas.

CRISE NO MERCADO DE BENS DE LUXO

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