sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

AINDA O ACIDENTE DO AIRBUS DA AIR FRANCE



Nova perícia sobre acidente da Air France acusa tripulação

Agência France Presse









Na época, parte do leme da aeronave foi recuperada pela equipe da Marinha do Brasil

Mais de oito anos após o acidente com o avião da Air France, que caiu enquanto voava entre Rio de Janeiro e Paris, uma nova perícia judiciária agora acusa a tripulação da aeronave, gerando indignação nas famílias das vítimas, que temem ver a fabricante Airbus escapar das ações.
O acidente com o voo AF447, em 1º de junho de 2009, quando a aeronave ainda sobrevoava o Brasil, matou os 228 passageiros e tripulantes a bordo. A Air France e a fabricante europeia do avião, a Airbus, foram acusadas em 2011 de "homicídio culposo" no contexto da investigação aberta em Paris.
Tendo como pano de fundo as disputas entre a companhia aérea e a construtora, que tentavam evitar um processo, o inquérito, encerrado em 2014, deveria ter sido reiniciado após a anulação da primeira perícia de comprovação. Familiares das vítimas e a Air France a criticaram junto à corte de apelações, por considerá-la tendenciosa a favor da fabricante.
Em 20 de dezembro, novos especialistas enviaram seu relatório provisório a juízes de instrução da área de acidentes coletivos em Paris.
Em suas conclusões, às quais a reportagem teve acesso, os especialistas estabelecem como "causa direta" do acidente a "perda de controle" da aeronave, que "resultou em ações inadequadas em pilotagem manual" da tripulação.
"A pilotagem manual foi imposta pelo desligamento do piloto automático, consecutivo ao congelamento das sondas" Pitot, acrescentaram. Este congelamento das sondas é o ponto de partida da catástrofe e um elemento-chave do inquérito porque teria levado a uma incoerência nas medições de velocidade do Airbus A330.
Nas "causas indiretas", eles listam, sobretudo, uma "insuficiência de treinamento da tripulação na pilotagem de altitude elevada", falta de formação e ausência inicial do comandante de bordo. Nas conclusões, a única acusação à Airbus é "a ambiguidade na ordenação do procedimento Stall" (alarme de queda) na documentação tanto da fabricante, quanto da Air France.
A primeira perícia, em 2012, já tinha apontado erros da tripulação, problemas técnicos e um déficit de informação dos pilotos no caso de congelamento das sondas, apesar de incidentes anteriores.
"Nós nos sentimos enojados de indignação", reagiu Danièle Lamy, presidente da associação das vítimas Ajuda mútua e Solidariedade AF447, ouvida pela reportagem.
"O problema das sondas Pitot é deixada de lado, temos a impressão de que a Airbus é intocável", irritou-se a representante de cerca de 360 familiares e amigos das vítimas francesas, brasileiras e alemãs. "Sempre é culpa dos pilotos, que não estão aqui para se defender", acrescentou.

ENORME DÉFICIT FINANCEIRO DO PAÍS PROPICIA O REBAIXAMENTO DA NOTA DE CRÉDITO



Marun diz que não se surpreendeu com rebaixamento da nota de crédito do País

Estadão Conteúdo







Marun acredita que, se o governo não tivesse "a mais absoluta certeza da sua necessidade (da reforma), não estaríamos agora, às vésperas de eleição, mexendo com coisa tão polêmica"

O ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun, disse que "não se surpreendeu" com o rebaixamento da nota de crédito do País pela S&P Global, na noite desta quinta-feira, 11. Segundo o ministro, a reforma da Previdência é "imprescindível para que contas públicas tenham um mínimo de saúde", o afetaria positivamente a nota do Brasil.

Marun acredita que, se o governo não tivesse "a mais absoluta certeza da sua necessidade (da reforma), não estaríamos agora, às vésperas de eleição, mexendo com coisa tão polêmica". Para o ministro, as mudanças na Previdência seriam a "grande vitória" de uma gestão que já alcançou grandes feitos na economia.

OS POLÍTICOS TÊM FORTE INFLUÊNCIA NESSAS DECISÕES - MEDO DE PERDER OS SEUS CARGOS



Justiça de Pernambuco suspende MP que autoriza privatização da Eletrobras

Estadão Conteúdo







Justiça Federal de Pernambuco suspende os efeitos da Medida Provisória

O juiz federal Cláudio Kitner, da Justiça Federal de Pernambuco, concedeu liminar que suspende os efeitos da Medida Provisória (MP) 814/17, que autoriza o processo de privatização da Eletrobras e suas subsidiárias.

Na decisão, o juiz Kitner questiona a utilização de medida provisória como "instrumento hábil" a incluir a Eletrobras e suas controladas - Furnas, Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Eletronorte, Eletrosul e Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) - no Programa de Desestatização lançado pelo governo federal, mas do qual, ele cita, foram expressamente excluídas pela Lei nº 10.848/2004.

"Na hipótese vertida aos autos, é dubitável que a medida adotada pelo Governo Federal atinge, de forma direta, o patrimônio público nacional, permitindo a alienação de todas as empresas públicas do setor elétrico para a iniciativa privada", disse o magistrado.

O juiz ainda fala que "nada foi apontado pelo Chefe do Poder Executivo a justificar a urgência da adoção de uma Medida Provisória, "no apagar das luzes" do ano de 2017.

A decisão partiu de uma ação popular proposta por Antonio Ricardo Accioly Campos.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 12/01/2018



Vai-não-vai
Coluna Esplanada - Leandro Mazzini






Naufragou o plano do presidente Michel Temer e da cúpula palaciana de iniciar o ano “a todo vapor” para obter os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência em fevereiro. O tema praticamente saiu da agenda – ofuscado pelos tropeços e polêmicas que atingiram o Governo nos últimos dez dias, como o anúncio e recuo nas mudanças na Lei de Responsabilidade Fiscal (regra de ouro), o embate cada vez mais agudo entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro-presidenciável Henrique Meirelles (Fazenda), além da malfadada nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o comando do Ministério do Trabalho.
Curinga 
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) foi alçado à articulação política do Planalto para tentar reverter votos e ampliar o placar da Previdência. Mas desde que assumiu o posto dedica-se a apagar incêndios, como o da quase-ministra Cristiane Brasil, e tenta, sem sucesso, reorganizar a base aliada na Câmara.

Rinha 
Além de constranger o Palácio do Planalto, a nomeação de Cristiane Brasil rachou o PTB comandado pelo pai, o ex-deputado condenado no mensalão Roberto Jefferson. Queixas e duras críticas chegaram ao líder do partido na Câmara, Jovair Arantes (GO), que, com seu estilo “coronel”, insiste em dizer que “está tudo bem” no partido.

À altura
O suplente do deputado Paulo Maluf (PP-SP) na Câmara, Junji Abe, coleciona episódios em comum com o amigo presidiário: já foi prefeito (de Mogi das Cruzes) e se enrolou com a Justiça: alvo de pedido de cassação de chapa, teve bens bloqueados e respondeu a quatro inquéritos no STF.

Aposentadoria
Pelos quatro anos que exerceu mandato na Câmara dos Deputados, de 2011 a 2015, Junji Abe, empresário rural e consultor em gestão pública e empresarial, recebe aposentadoria de R$ 23 mil.

Boa vizinhança 
Tem motivo o silêncio das centrais sindicais sobre o imbróglio envolvendo a posse da deputada Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho. Todas, em especial a Força, do deputado Paulinho (SD-SP), mantêm apadrinhados em cargos de comando na pasta.

Sabotagem 
A Polícia Federal correu para informar à presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, sobre a conclusão das investigações da queda do avião que matou Teori Zavascki. Descartou sabotagem.

Sabotagem 2 
Esqueceu de avisar a família. O filho do ex-ministro, Francisco Zavascki, horas depois da entrevista do diretor da PF, Fernando Segovia, no STF, não tinha conhecimento do fato. “Que bom”, disse, ao ser informado de que não houve eventual intenção deliberada de derrubar o avião.

Encalhou 
O relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da JBS – com pedido de investigação do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e seu ex-chefe de gabinete na PGR, Eduardo Pelella –, encalhou no Senado Federal. Os trabalhos da CPMI foram encerrados há um mês e até agora o parecer do então relator, Carlos Marun (PMDB-MS), não foi enviado ao Ministério Público Federal.

PGR
À Coluna, o MP afirma que relatório ainda não foi encaminhado para a PGR e “quando o documento chegar à casa, será autuado como notícia de fato e avaliado – como qualquer representação que é enviada à unidade”.

Curral 
Expulsa do PMDB, a senadora Kátia Abreu (Sem-partido-TO) recorre a uma inusitada analogia ao alfinetar o governo Temer: “Nada mais me assombra. Não temos presidente, temos um refém. Situação do Brasil hoje é de vaca não conhecer bezerro”.

Habilitação 
Está pronto para ser votado no Senado projeto que obriga os motoristas a passar por avaliação psicológica tanto na primeira habilitação quanto nas renovações. Hoje, o Código de Trânsito Brasileiro exige a avaliação apenas para a primeira habilitação ou nas renovações de motoristas que tenham atividade remunerada com veículo.

Ponto Final
“Lula é a carta mais alta que o Moro tem, então, ele precisa estigmatizá-lo politicamente”.
Do ex-ministro da Justiça de Dilma, Eugênio Aragão



CRISE NO MERCADO DE BENS DE LUXO

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