terça-feira, 9 de janeiro de 2018

COLUNA ESPLANADA DO DIA 09/01/2018



Fundo partidário: Senado quer derrubar veto do TSE

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 






O Senado Federal quer derrubar a resolução de 2014 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que vetou o repasse dos diretórios nacionais das legendas para representações regionais ou candidatos impedidos de receberem recursos do chamado Fundo Partidário.  O projeto, de autoria do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), está pronto para ser votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O parlamentar argumenta que a decisão do TSE “invade de forma indevida a gestão interna das legendas”.
Boa hora
Também do PP, o relator do projeto, senador Benedito de Lira (AL), endossa o discurso de Ciro ao afirmar que a proposta vem “em boa hora e corrige a atitude do TSE”.
Novos antigos
Se o eleitor já se confunde em meio às dezenas de legendas existentes no Brasil, imagine agora. Diversos partidos mudaram, mas o Tribunal Superior Eleitoral ainda não oficializou os novos nomes. A Câmara e o Senado também mantêm os nomes antigos.
Estanque
A primeira semana de articulação por votos pela reforma da Previdência foi estéril. O Governo não conseguiu avançar e conta, hoje, com no máximo 260 votos para aprovar as mudanças nas regras de aposentadoria. Mesmo patamar de dezembro, antes do recesso parlamentar.
Micou
A Coluna antecipou que o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Adilson Barroso, presidente do Patriota, tinham travado a negociação. Áudio de Barroso pra militantes foi estopim. Patriota deve voltar a se chamar PEN. Barroso consulta TSE. Mico de 2017/18. Fez até propaganda na TV. Bolsonaro queria partido todo pra família.
Avesso do avesso
O PEN já se mobilizou no fim de semana atrás do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa para lhe oferecer a legenda.
À Hitler
A ex-atriz global Valéria Monteiro se juntou às fileiras anti-Bolsonaro. Em vídeo, cita Hitler ao atacar o presidenciável: “Ele (Hitler) começou assim: levou uma Alemanha pobre e descrente a acreditar nas suas mentiras assim como você faz”.
Disparo
Presidente da CPI que investigou o sistema carcerário, o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) dispara contra o Judiciário ao comentar os motins no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia e em outras cadeias brasileiras: “O gestor do sistema prisional precisa isolar os líderes das facções, mas, infelizmente, o Poder Judiciário não permite o isolamento”.
No papel
A CPI aprovou uma série de propostas que não saíram do papel. Entre elas, a que determina a adoção de escâner corporal nos presídios, para acabar com a revista íntima, e regras para o interrogatório por vídeoconferência para réus presos. Outra sugestão é a instalação de câmeras de vídeo com captação de áudio nas celas.
Cony: no trilho das letras
Como a vida dá voltas e às vezes te tira dos trilhos, literalmente, o Brasil ganhou um senhor escritor e jornalista, que deixou sua obra imortal: quando pequeno, Carlos Heitor Cony sonhava ser.. maquinista da Central do Brasil.
Pacto
Carlos Heitor Cony e Ziraldo tinham um pacto velado: os inseparáveis suspensórios para as calças: quem morresse primeiro deixava os seus de herança ao amigo.
Ponto Final
“As provas da absoluta negligência do governo Marconi Perillo em relação aos presídios de Goiás são irrefutáveis”.
Do senador Ronaldo Caiado (DEM-GO)

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

VOCÊ AINDA ACREDITA EM POLÍTICO? - EU NÃO.



Presidenciáveis mudam discurso e defendem posições que antes criticavam

Estadão Conteúdo






Rosto velho, roupa nova. A expressão "se não me falha a memória..." deverá ser muito usada neste ano eleitoral. Afinal, "se não me falha a memória", o candidato que hoje prega contra a reforma da Previdência já foi mais simpático às mudanças no setor. "Se não me falha a memória", outro presidenciável que hoje garante que vai privatizar diversas estatais já jurou que jamais tocaria em nenhuma delas. Políticos realmente mudam de opinião ou apenas adaptam seus discursos de acordo com a plateia ou conveniência eleitoral?

Quando a memória falha ainda é possível ir ao Google ou às redes sociais para se certificar daquilo que foi dito em outro "momento". Veja o caso do deputado e presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que acaba de se acertar com o PSL e reforça a ideia de ser um defensor da economia de mercado. Recentemente, Bolsonaro escreveu que "o Brasil precisa de um Banco Central independente!". Para ele, com a independência do BC, "profissionais terão autonomia para garantir à sociedade que nunca mais presidentes populistas colocarão a estabilidade do País em risco".

Em 2016, porém, questionado sobre o tema, proferiu: "Daí eles decidem a taxa de juros de acordo com os interesses dos colegas do mercado financeiro? Então é melhor o pessoal do BC governar o País como se uma junta fosse". Procurada, a assessoria do deputado informou que ele não se manifestaria.

Além de Bolsonaro, outros presidenciáveis também mudaram ou adaptaram seus discursos. Se hoje o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chama a reforma da Previdência de "crime contra o povo mais pobre", em 2015 ele pensava um pouco diferente. Em entrevista, Lula falou: "A gente morria com 60 anos de idade, com 50 anos de idade, agora a gente tá morrendo com 75 (...). Você não pode ficar com a mesma lei que você tinha feito há 50 anos".

Questionada, a assessoria do petista afirmou que não há contradição e que Lula é contra "essa reforma da Previdência, proposta por Michel Temer".

Já o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que, em novembro passado, declarou que "um terço das estatais federais foi criada pelo PT e que a maioria delas deve ser privatizada", já teve opinião diferente. Na eleição de 2006, quando disputou o segundo turno com Lula, ele dizia não existir nenhum projeto de privatização. "Vamos investir em empresas públicas, como Banco do Brasil, Correios, Caixa e Petrobrás." Na mesma eleição, Alckmin chegou a vestir jaqueta com o logotipo de estatais para indicar que não iria privatizá-las.

Questionado agora, o tucano disse que em 2006 procurou "contestar Lula". "Ele dizia que eu ia privatizar Banco do Brasil e Petrobras. Eram mentiras. Mas eu sempre fui favorável à redução do tamanho do Estado", afirmou.

Discursos

Para o cientista político Claudio Couto, da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP), essas "reorientações de discursos" têm ocorrido em um grau cada vez mais forte. "Isso acontece porque o discurso que se faz dentro dos partidos para animar as militâncias costuma ser muito diferente do discurso que é produzido para conquistar o eleitor comum." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O GOVERNO TERÁ QUE MOSTRAR A SUA AGENDA DE REFORMAS PARA 2018



Rodrigo Maia diz que Meirelles deveria apresentar agenda pós-Previdência

Estadão Conteúdo






A respeito da votação da reforma na Câmara, marcada para a semana do dia 19 de fevereiro

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acredita que o ministro da Fazenda e possível candidato à Presidência da República, Henrique Meirelles (PSD), deveria apresentar à sociedade uma agenda que avance além da reforma da Previdência. "Na minha opinião, a agenda do ministro Meirelles, e não estou aqui querendo criticar... Ela comete (um erro), do meu ponto de vista, e já disse (isso) a alguns assessores dele. Ela vai só na primeira parte do processo. A sociedade quer saber como você faz a segunda", disse o deputado, em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, exibida no início da madrugada desta segunda-feira, 8. "Todos nós que temos essa agenda (da reforma) como prioritária, temos que falar da segunda parte da agenda. Senão fica muito árida. Fica só a parte que, em tese, vai tirar alguma coisa de alguém. Que não é verdade, mas é o que se vende aí, pelos campos da esquerda."

Ao responder uma questão sobre a convergência de pensamento de pré-candidatos que se colocam como alternativas de centro nas eleições deste ano - caso de Meirelles e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) -, Maia demonstrou distanciamento do ministro da Fazenda. "Discordo frontalmente de que a minha agenda necessariamente é 100% igual ao que pensa o Meirelles", afirmou, para então dizer que o possível candidato do PSD à Presidência deveria apresentar à sociedade um discurso que justifique a reforma da Previdência e que mostre o impacto que ela terá na vida das pessoas. "Por que vai fazer a reforma da Previdência? Ela existe porque na hora que tem uma rebelião em Goiás (como ocorreu no início deste ano), os governadores fazem uma carta e todos os pedidos deles têm relação com dinheiro. Porque está faltando recurso para a segurança. A gente quer a reforma da Previdência para reduzir o gasto aqui para sobrar recurso e cuidar da segurança", afirmou o parlamentar.

A respeito da votação da reforma na Câmara, marcada para a semana do dia 19 de fevereiro, Maia manteve o discurso otimista. "Dia 19 vamos ter voto", afirmou. "O deputado é pragmático. É um tema polêmico, mas fundamental." O parlamentar afirmou que o governo, "em um primeiro momento", falhou na comunicação das mudanças na Previdência. Agora, no entanto, ele acredita que o "que está colocado para a população é facilmente explicável para a sociedade". Maia contou um episódio recente em que teria saído aplaudido após fazer um discurso em defesa da reforma em um "bairro simples" (sem identificar a cidade).

O presidente da Câmara voltou a lamentar que a reforma não tenha sido aprovada no ano passado, por causa das denúncias da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer. "Em março ia votar. A gente estaria hoje com previsão de crescimento de 4% a 4,5% da economia. Ia ter que estar controlando o consumo de energia por causa disso."

Presidenciável. Maia participou do programa Canal Livre no âmbito de uma série de entrevistas dedicada aos possíveis candidatos à Presidência. Apesar disso, disse que, no momento, a chance de ser o escolhido do DEM é "zero", embora reconheça que seu nome esteja "colocado no debate". "O DEM vai ter um candidato nessa bancada aqui (durante as eleições), o candidato do DEM, não estou dizendo que sou eu." Ele citou como outros possíveis nomes do partido o ministro da Educação, Mendonça Filho (PE), e o prefeito de Salvador, ACM Neto. A última vez que o DEM encabeçou uma chapa presidencial foi em 1989, com Aureliano Chaves (o partido ainda se chamava PFL).

Maia disse que, acima da discussão sobre candidaturas ou sobre a eventual união de partidos de centro-direita, é preciso que seja definido um projeto "que saia do populismo, da demagogia". "Quero fazer parte de um projeto que seja muito transparente com a sociedade, que fale pra sociedade de forma clara: 'tem aqui um volume de despesas que é incompatível com a realidade do Brasil'." Não é possível, no entanto, "misturar o governo com a construção de um projeto", disse Maia. "O governo é beneficiário desse candidato (que defenderia a agenda reformista e de corte de gastos). A agenda que o governo colocou na pauta é uma agenda que é convergente com a desse candidato. Agora se você começar a estar preocupado com candidato que é pra defender governo, não vai sair do lugar. Você vai perder a oportunidade de atrair outros polos da sociedade em um primeiro momento."

O presidente da Câmara acredita ser possível participar da eleição com o discurso da austeridade. "Se for pra ganhar mentindo, é melhor perder falando a verdade." Em tom de brincadeira, Maia afirmou que o centro está congestionado (por causa do grande número de pré-candidatos), mas ao mesmo tempo vazio (pois não há um pré-candidato dessa linha que apareça bem nas pesquisas). "Tem que ver como se constrói um cento com votos." Maia declarou "apostar tudo" na ideia de que a aprovação da reforma da Previdência irá gerar efeitos econômicos positivos ainda em período eleitoral, o que tem o potencial de beneficiar eleitoralmente seus defensores. "Se (a reforma) não for aprovada, o cenário econômico será pior para a eleição e ruim para quem está na base do governo, mas o debate da reforma do estado está colocado", disse.

Lula. Sobre o líder das pesquisas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Maia disse preferir que ele seja vencido nas urnas. "Queria disputar com o Lula. Ele sairá derrotado da eleição. Vamos acabar com o mito." Segundo o presidente da Câmara, a campanha servirá para mostrar que o petista é o "culpado" pela crise. "Lula está bem nas pesquisas porque o governo do presidente Michel está injustamente muito mal avaliado", disse. "O candidato que for para o debate, colocar o dedo na ferida, tem espaço para que ele (Lula) não tenha os 30% (de intenção de voto) que tem hoje." Maia disse não crer em "convulsão social" caso a condenação de Lula seja confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, no dia 24.

Regra de ouro. O presidente da Câmara afirmou que a flexibilização da chamada "regra de ouro", que impede o governo de emitir dívida em volume superior a investimentos, é necessária para 2019. Segundo ele, com o atual crescimento das despesas, "a regra de ouro fica impossível de ser atingida" no próximo ano. Maia disse que a discussão sobre a medida é a "prova" da necessidade de aprovar a reforma da Previdência.

O parlamentar aproveitou a discussão sobre o tema para alfinetar o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro. O deputado lembrou que o cumprimento da regra para este ano pode ser assegurado com a devolução de R$ 180 bilhões pelo banco ao Tesouro Nacional. Rabello, no entanto, já mostrou resistência em devolver os recursos. "Ele deve ter sido nomeado pelo presidente (dos Estados Unidos, Donald) Trump e aí não quer devolver", comentou Maia.



AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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