sábado, 16 de dezembro de 2017

BRASIL - PAÍS RICO E POPULAÇÃO POBRE



IBGE: Brasil tem ¼ de sua população vivendo na linha de pobreza

Estadão Conteúdo









Pesquisa diz que o maior índice de pobreza se dá na Região Nordeste, afetando 43,5% da população


Mais de 25 milhões de brasileiros, o equivalente a 25,4% da população, vivem na linha de pobreza e possuem renda familiar equivalente a R$ 387,07 – ou US$ 5,5 por dia, valor adotado pelo Banco Mundial para definir se uma pessoa é pobre.
Os dados foram divulgados hoje (15), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e fazem parte da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2017 – SIS 2017. Ela indica, ainda, que o maior índice de pobreza se dá na Região Nordeste do país, onde 43,5% da população se enquadram nessa situação e, a menor, no Sul: 12,3%.
A situação é ainda mais grave se levadas em conta as estatísticas do IBGE envolvendo crianças de 0 a 14 anos de idade. No país, 42% das crianças nesta faixa etária se enquadram nestas condições e sobrevivem com apenas US$ 5,5 por dia.
A pesquisa de indicadores sociais revela uma realidade: o Brasil é um país profundamente desigual e a desigualdade gritante se dá em todos os níveis.
Seja por diferentes regiões do país, por gênero - as mulheres ganham, em geral, bem menos que os homens mesmo exercendo as mesmas funções -, por raça e cor: os trabalhadores pretos ou pardos respondem pelo maior número de desempregados, têm menor escolaridade, ganham menos, moram mal e começam a trabalhar bem mais cedo exatamente por ter menor nível de escolaridade.
Um país onde a renda per capita dos 20% que ganham mais, cerca de R$ 4,5 mil, chega a ser mais de 18 vezes que o rendimento médio dos que ganham menos e com menores rendimentos por pessoa – cerca de R$ 243.
No Brasil, em 2016, a renda total apropriada pelos 10% com mais rendimentos (R$ 6,551 mil) era 3,4 vezes maior que o total de renda apropriado pelos 40% (R$ 401) com menos rendimentos, embora a relação variasse dependendo do estado.
Entre as pessoas com os 10% menores rendimentos do país, a parcela da população de pretos ou pardos chega a 78,5%, contra 20,8% de brancos. No outro extremo, dos 10% com maiores rendimentos, pretos ou pardos respondiam por apenas 24,8%.
A maior diferença estava no Sudeste, onde os pretos ou pardos representavam 46,4% da população com rendimentos, mas sua participação entre os 10% com mais rendimentos era de 16,4%, uma diferença de 30 pontos percentuais.
Desigualdade acentuada
No que diz respeito à distribuição de renda no país, a Síntese dos Indicadores Sociais 2017 comprovou, mais uma vez, que o Brasil continua um país de alta desigualdade de renda, inclusive, quando comparado a outras nações da América Latina, região onde a desigualdade é mais acentuada.
Segundo o estudo, em 2017 as taxas de desocupação da população preta ou parda foram superiores às da população branca em todos os níveis de instrução. Na categoria ensino fundamental completo ou médio incompleto, por exemplo, a taxa de desocupação dos trabalhadores pretos ou pardos era de 18,1%, bem superior que o percentual dos brancos: 12,1%.
“A distribuição dos rendimentos médios por atividade mostra a heterogeneidade estrutural da economia brasileira. Embora tenha apresentado o segundo maior crescimento em termos reais nos cinco anos disponíveis (10,9%), os serviços domésticos registraram os rendimentos médios mais baixos em toda a série. Já a Administração Pública acusou o maior crescimento (14,1%) e os rendimentos médios mais elevados”, diz o IBGE.
O peso da escolaridade
Os dados do estudo indicam que, quanto menos escolaridade, mais cedo o jovem ingressa no mercado de trabalho. A pesquisa revela que 39,6% dos trabalhadores ingressaram no mercado de trabalho com até 14 anos.
Para os analistas, “a idade em que o trabalhador começou a trabalhar é um fator que está fortemente relacionado às características de sua inserção no mercado de trabalho, pois influencia tanto na sua trajetória educacional – já que a entrada precoce no mercado pode inibir a sua formação escolar – quanto na obtenção de rendimentos mais elevados”.
Ao mesmo tempo em que revela que 39,6% dos trabalhadores ingressaram no mercado com até 14 anos, o levantamento indica também que este percentual cresce para o grupo de trabalhadores que tinha somente até o ensino fundamental incompleto, chegando a atingir 62,1% do total, enquanto que, para os que têm nível superior completo, o percentual despenca para 19,6%.
Ainda sobre o trabalho precoce, o IBGE constata que, em 2016, a maior parte dos trabalhadores brasileiros (60,4%) começou a trabalhar com 15 anos ou mais de idade. Entre os trabalhadores com 60 anos ou mais houve elevada concentração entre aqueles que começaram a trabalhar com até 14 anos de idade (59%).
A análise por grupos de idade mostra a existência de uma transição em relação à idade que começou a trabalhar, com os trabalhadores mais velhos se inserindo mais cedo no mercado de trabalho, o que pode ser notado porque 17,5% dos trabalhadores com 60 anos ou mais de idade começaram a trabalhar com até nove anos de idade, proporção que foi de 2,9% entre os jovens de 16 a 29 anos.
O IBGE destaca que os trabalhadores de cor preta ou parda também se inserem mais cedo no mercado de trabalho, quando comparados com os brancos, “característica que ajuda a explicar sua maior participação em trabalhos informais”.
Já entre as mulheres foi maior a participação das que começaram a trabalhar com 15 anos ou mais de idade (67,5%) quando comparadas com a dos homens (55%). Para os técnicos do instituto, esta inserção mais tardia das mulheres no mercado de trabalho pode estar relacionada “tanto ao fato de elas terem maior escolaridade que os homens, quanto à maternidade e os encargos com os cuidados e afazeres domésticos”.
Cresce percentual dos que não trabalham nem estudam
O percentual de jovens que não trabalham nem estudam aumentou 3,1 pontos percentuais entre 2014 e 2016, passando de 22,7% para 25,8%. Dados da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2017 indicam que, no período, cresceu o percentual de jovens que só estudavam, mas diminuiu o de jovens que estudavam e estavam ocupados e também o de jovens que só estavam ocupados.
O fenômeno ocorreu em todas as regiões do Brasil. No Norte, o percentual de jovens nessa situação passou de 25,3% para 28,0%. No Nordeste, de 27,7% para 32,2%. No Sudeste, de 20,8% para 24,0%. No Sul, de 17,0% para 18,7% e no Centro-Oeste, de 19,8% para 22,2%.
Ele atingiu, sobretudo, os jovens com menor nível de instrução, os pretos ou pardos e as mulheres e com maior incidência entre jovens cujo nível de instrução mais elevado alcançado era o fundamental incompleto ou equivalente, que respondia por 38,3% do total.
Pobreza é maior no Nordeste
Quando se avalia os níveis de pobreza no país por estados e capitais, ganham destaque - sob o ponto de vista negativo - as Regiões Norte e Nordeste com os maiores valores sendo observados no Maranhão (52,4% da população), Amazonas (49,2%) e Alagoas (47,4%).
Em todos os casos, a pobreza tem maior incidência nos domicílios do interior do país do que nas capitais, o que está alinhado com a realidade global, onde 80% da pobreza se concentram em áreas rurais.
Ainda utilizando os parâmetros estabelecidos pelo Banco Mundial, chega-se à constatação de que, no mundo, 50% dos pobres têm até 18 anos, com a pobreza monetária atingindo mais fortemente crianças e jovens - 17,8 milhões de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos, ou 42 em cada 100 crianças.
Também há alta incidência em homens e mulheres pretas ou pardas, respectivamente, 33,3% e 34,3%, contra cerca de 15% para homens e mulheres brancas. Outro recorte relevante é dos arranjos domiciliares, no qual a pobreza - medida pela linha dos US$ 5,5 por dia - mostra forte presença entre mulheres sem cônjuge, com filhos até 14 anos (55,6%). O quadro é ainda mais expressivo nesse tipo de arranjo formado por mulheres pretas ou pardas (64%), o que indica, segundo o IBGE, o acúmulo de desvantagens para este grupo que merece atenção das políticas públicas.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 16/12/2017



Pragmatismo no plenário

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 








Com a tentativa de votação da Reforma da Previdência adiada para fevereiro, o Governo investe no Plano B de trabalhar no recesso em interlocução com os indecisos - como a Coluna antecipou. Mas os deputados não esperaram. Um membro da executiva do PSDB confirma que, ainda que o apoio seja sem ressalvas e que o partido não exija nada em troca, o objetivo é conversar com o relator da PEC, deputado Arthur Maia, para chegar a um “texto mais justo para a transição do modelo antigo para o atual”. Mas Atrhur Maia diz que tudo dependerá de quantos votos o PSDB vai entregar.

Bate pronto
Nem tomou posse como novo ministro da Articulação Política do Palácio, o deputado Carlos Marun foi tratado ontem como ministro pelos pares. E atuou como tal.
Ruas travadas
A Reforma foi adiada, mas sindicatos de rodoviários garantem paralisação nacional na terça (19). Querem tirar do trabalho 2 milhões de profissionais. E deixar você a pé.
Novo$ tempo$
Robson de Andrade, presidente da CNI, tem citado aos pares os avanços do Airbnb - que pressionou hotéis a reverem tarifas - e do Uber, que destronou os taxistas.
Balança, e mal
A ministra dos Direitos Salariais, ops!, dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, se apegou ao cargo. Saiu do PSDB para manter-se ministra - enquanto tucanos deixam o Governo. Mas a situação não está boa para ela no gabinete presidencial. Tem pedido audiências ao presidente Michel Temer nas últimas semanas, e nada.
No radar
Quem entrou no radar da Lava Jato foi o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo Décio Oddone. Em 2010 ele foi indicado pela Petrobras para ser vice-presidente de Investimentos da petroquímica Braskem, controlada pela Odebrecht e pela estatal. Foi o responsável pelos aportes e investimentos de mais de R$ 4 bilhões feitos pelo BNDES.
Ah, Lula...
Em palanque, Lula da Silva já foi melhor com o povo. Causou surpresa a descompostura que passou na plateia de catadores de lixo em ‘ato público’ (eufemismo para comício) em Brasília há dias. Reclamou enquanto discursava, ao ver a maioria gravando vídeo por celular. “Falta de respeito!”, soltou.
Desfile
Um lustrado Rolls Royce desfilou pela Asa Sul ontem e parou na porta do Restaurante Piantella. Era Nelson Piquet - comedido ao volante - que entrou para almoçar.
Xerifes
Entidades civis e de policiais discutem nas capitais nomes para disputar governos. No Distrito Federal, é deputado Alberto Fraga (DEM). Em SP, Major Olímpio. E há mais.
Ex-amigo
Porta-voz das gestões do pai Sérgio Cabral, hoje preso, no Governo do Rio, o deputado Marco Antônio Cabral está revoltado com estudo da Firjan, do presidente Eduardo Eugênio, que sempre elogiou Cabral, mas agora vê maquiagem nos números em estudo.
Fogo cruzado
“O Governo de Cabral foi o que mais trouxe indústrias e emprego para o Estado. Ganhou dois graus de investimento de Agências de Risco. Gostaria de saber quando vão fazer estudo de como ficar 24 anos à frente da Firjan”, provoca o deputado, em referência à gestão de Eugênio.
Cenário de guerra
A CNI pegou pesado ao traçar cenários para 2018 no último informe conjuntural. Sobre eleições, concluiu que o debate vai contaminar o ambiente econômico, e que “candidaturas populistas” vão promover um quadro de instabilidade. A entidade indica, entrelinhas, o candidato que apoiará: quem propor continuar as reformas estruturantes.
Só um golinho
O adiamento da Reforma da Previdência ajudou o desjejum da turma que fez greve de fome por nove dias num corredor da Câmara. Eles anunciaram o fim do protesto ontem. Mas foram vistos várias vezes com chimarrão na mão durante a semana.
Mão de obra
A prefeitura de Maricá (RJ) e a DTA Engenharia fecharam protocolo de intenções para priorizar o treinamento e contratação de moradores da cidade para trabalharem no projeto do porto de Ponta Negra, informa o secretário de Indústria, Igor Sardinha.


sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

SAÚDE DO PRESIDENTE TEMER ESTÁ COMPLICADA



Temer vai usar sonda por até três semanas

Estadão Conteúdo








Em nota, a assessoria de Temer afirmou que os médicos que o acompanham avaliaram que ele tem tido "boa recuperação" após uma cirurgia

Após passar por um procedimento cirúrgico, o segundo em dois meses, o presidente Michel Temer terá de usar uma sonda na uretra por um período de duas a três semanas, informou nesta quinta-feira, 14, a equipe médica do peemedebista. O Palácio do Planalto afirmou que o presidente deve ter alta nesta sexta-feira, 15, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, mas, por recomendação médica, terá de adiar a viagem que faria à Ásia em janeiro. 

A previsão inicial era de que Temer teria alta ainda nesta quinta, mas o Planalto ressaltou que a recuperação poderia levar até 48 horas. A equipe médica informou, em entrevista coletiva, que a permanência do presidente no hospital é por segurança.

Em nota, a assessoria de Temer afirmou que os médicos que o acompanham avaliaram que ele tem tido "boa recuperação" após uma cirurgia de baixo risco para corrigir um "estreitamento uretral".

Segundo os médicos Roberto Kalil Filho e Miguel Srougi, responsáveis pela cirurgia, a permanência por mais tempo de Temer no hospital foi requisitada como medida de precaução. Como toma remédios anticoagulantes desde antes de ser submetido à angioplastia, no mês passado, Temer está com o sangue mais fino e corre maior risco de passar por sangramentos, que são ocorrências típicas justamente da cirurgia à qual ele se submeteu.

Kalil e Srougi reiteraram que Temer é um paciente saudável, mas que, por causa da sonda, foi orientado a adiar a viagem a quatro países da Ásia, programada para o início de janeiro.

Internações

Esta foi a terceira internação do presidente nos últimos três meses. Em outubro, Temer passou pelo procedimento de raspagem da uretra após sentir desconforto ao urinar. No fim de novembro, foi submetido a angioplastia de três artérias coronárias com implante de stent - um tubo minúsculo e expansível - colocado na artéria para melhorar o fluxo sanguíneo para o coração.

Nesta quinta, por causa do procedimento em São Paulo, o presidente adiou os compromissos que tinha na agenda em Brasília. Entre eles estava a cerimônia de posse do novo ministro da Secretaria de Governo, deputado Carlos Marun (PMDB-MS). O evento foi reprogramado para esta sexta-feira, segundo a assessoria de Marun. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://externo.hojeemdia.com.br/internos/agenciaestado/ae.jpg

ORAÇÃO PROFÉTICA DE UM PASTOR DOS EUA

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