Policiais de
Minas Gerais vão passar a integrar Força Nacional de Segurança
Agência Brasil
O governador de
Minas Gerais, Fernando Pimentel, e o ministro da Justiça, Torquato Jardim,
assinam acordo de cooperação para participação das polícias mineiras na Força
Nacional de Segurança
O Ministério da
Justiça e o estado de Minas Gerais assinaram nesta terça-feira (5) um acordo de
cooperação que formaliza a participação das polícias mineiras na Força Nacional
de Segurança (FNS). Minas era a única unidade da federação que ainda estava
fora da tropa federal, criada em 2004. Durante a cerimônia de assinatura do
acordo, o governador mineiro, Fernando Pimentel, ressaltou a importância da
parceria, mas disse que ela será um “sacrifício” para o estado.
“Não tenho vergonha
de dizer que é um sacrifício para nós da forma como está no convênio e como é
para qualquer estado. Podemos chegar a ceder um número, diria, volumoso de
quadros, que certamente fazem falta quando eles saem do estado. Mas,
certamente, serão empregados em ações necessárias para o Brasil e é isso que
conta, essa solidariedade que temos que ter entre nós”, disse Pimentel.
O governador
reconheceu também haver um “atraso” na participação do estado na Força
Nacional. “Somos o último estado a assinar esse convênio e tenho ciência que há
um certo atraso nisso. Mas houve uma ponderação muito precisa da importância de
Minas aderir e se tonar solidária ao Brasil inteiro na operação a Força
Nacional de Segurança colocando, não só a Polícia Militar, mas as outras forças
também, a Polícia Civil a Prisional, os Bombeiros, ou seja, todo o nosso corpo
de segurança à disposição do Brasil na contingência que se faça necessária”.
Para o ministro da
Justiça, Torquato Jardim, a participação de Minas Gerais da FNS é fundamental
para o combate a diversos crimes. “A Força Nacional de Segurança sempre foi
incompleta sem que Minas Gerais dela fizesse parte. De sorte que poder contar
com a tradição, experiência, expertise da Polícia Militar de Minas Gerais é
fundamental para o nosso trabalho. Seja pela história ou seja pela geografia”,
disse o ministro.
“Minas Gerais é
estratégico. Todos os fluxos de drogas, narcotráfico, armas, lavagem de
dinheiro passam por Minas, pelas estradas, pelos canais, pelos rios”,
acrescentou Jardim.
Convênio
A partir da
assinatura do acordo de cooperação federativa nas áreas penitenciária e de
segurança pública e serviços penitenciários, que tem duração de cinco anos,
policiais civis e militares e bombeiros de Minas poderão servir à Força Nacional
e atuar em situações de crise pelo país. Quando cedidos, os agentes de
segurança são destacados das tropas, recebem treinamento em Brasília e ficam
sob comando da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).
Em contrapartida, a
União paga diárias aos policiais cedidos, além de fornecer equipamentos para os
órgãos de segurança estaduais, como armas, coletes balísticos, viaturas e
materiais de perícia.