segunda-feira, 27 de novembro de 2017

ALEMANHA - MERKEL QUER FORMAR UN NOVO GOVERNO



Depois de fracasso em negociações, Merkel quer formar novo governo 'rapidamente'

Agence France Presse










Merkel não conseguiu formar um governo com os ecologistas e os liberais


A chanceler alemã Angela Merkel afirmou, neste sábado, querer formar um novo governo "muito rapidamente" com os social-democratas, porque "a Europa precisa de uma Alemanha forte". 
"Por isso, seria desejável formar muito rapidamente um governo", explicou Merkel em discurso ante os representantes regionais de seu partido, a União Democrata Cristã (CDU), em Kühlungsborn (nordeste).
Merkel não conseguiu formar um governo com os ecologistas e os liberais, dois meses depois de ter ganhado as eleições legislativas, nas quais obteve um número de deputados menor que o esperado. 
Após uma intervenção do presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, o Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) conseguiu negociar uma nova "grande coalizão" dirigida por Merkel. 
Após o resultado das legislativas, o SPD tinha anunciado sua intenção de passar à oposição e não renovar seu acordo de governo com os conservadores. 
As negociações com o SPD devem se desenvolver "baseadas no respeito mútuo", declarou Merkel, que já governou em duas ocasiões com o partido, entre 2005 e 2009 e de 2013 a 2017. 
O presidente Steinmeier, ex-dirigente do SPD e ex-ministro de Relações Exteriores de Merkel, deve receber, na próxima quinta-feira, a chanceler e o líder social-democrata Martin Schulz.
Merkel reiterou sua oposição à organização de eleições antecipadas que, segundo as últimas pesquisas, não levariam a resultados diferentes das de 24 de setembro, apesar de poderem favorecer o partido de ultra-direita Alternativa para Alemanha (AfD), que pela primeira vez chegou ao Parlamento federal.

SEGURANÇA DA AMAZÔNIA AMEAÇADA POR FALTA DE VERBAS



Corte no orçamento do Inpe ameaça satélites e monitoramento da Amazônia

Estadão Conteúdo













Na grande sala de integração de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um grupo de engenheiros brasileiros e chineses se aglomera ao redor do corpo metálico e ainda nu do novo Satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres, o CBERS 4A. Vestindo jaleco, touca e sapatos especiais, eles examinam e testam cada um dos equipamentos que planejam enviar ao espaço.

Previsto para ser lançado em dezembro de 2018, mas já adiado para meados de 2019, o CBERS 4A é uma das vítimas mais ilustres da crise de recursos humanos e financeiros que ameaça paralisar projetos e serviços essenciais do Inpe. Entre eles, o monitoramento da Amazônia e as "previsões numéricas" do tempo, que são a base de toda a meteorologia nacional.

"A situação é terrível", diz o diretor do instituto, Ricardo Galvão. O orçamento real do Inpe encolheu quase 70% nos últimos sete anos, de R$ 326 milhões, em 2010, para R$ 108 milhões, em 2017, segundo dados obtidos pelo jornal 'O Estado de S. Paulo' e corrigidos pela inflação. Já o quadro de funcionários encolheu quase 25% em dez anos.

Para 2018, a tendência é piorar. A proposta do governo é cortar 39% do orçamento de todos os institutos e autarquias ligadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, incluindo o Inpe e a Agência Espacial Brasileira.

"Esse corte certamente implicará a descontinuidade de alguns programas de grande relevância no instituto", alerta Galvão. "Tenho sérias dúvidas se vamos conseguir renovar essa colaboração com a China."

O CBERS 4A (pronunciado "cibers", na sigla em inglês) é o sexto satélite produzido em parceria pelos dois países. Dotados de câmeras que escaneiam continuamente a superfície terrestre, eles produzem imagens essenciais para o planejamento e monitoramento de safras, gestão de recursos hídricos, planejamento urbano, controle do desmatamento e outras aplicações. As imagens são distribuídas gratuitamente online para milhares de usuários, principalmente do setor agrícola.

Cegueira espacial

Já existe a intenção de renovar a parceria para a construção de mais dois satélites, mas o CBERS 4, que é o único ainda operacional em órbita, dificilmente viverá o suficiente para isso - sua expectativa de vida útil se encerra agora, em dezembro. A partir daí, ele pode parar de funcionar a qualquer momento, deixando o Brasil "cego" no espaço.

"O CBERS 4A foi concebido para preencher essa lacuna entre o fim da vida do CBERS 4 e a concepção da próxima geração de satélites", diz o coordenador do Segmento Espacial do programa, Antonio Carlos Pereira Junior. O projeto do 4A é quase idêntico ao dos CBERS 3 e 4, aproveitando peças sobressalentes para encurtar ao máximo o tempo necessário para colocá-lo em órbita. Ainda assim, os entraves burocráticos, jurídicos e financeiros são muitos, diz Pereira Junior.

Para voar em dezembro de 2018, diz ele, o contrato de lançamento deveria ter sido assinado em junho - com 18 meses de antecedência, pelo menos, por causa de todos os preparativos necessários. A dúvida agora é se haverá recursos suficientes nas contas do ano que vem para lançá-lo em 2019. "Corremos o risco de ter o satélite pronto e não conseguir lançá-lo."

O orçamento aprovado para o programa CBERS neste ano foi de R$ 70 milhões. Em meio a cortes e contingenciamentos, porém, o Inpe recebeu menos da metade disso: R$ 31,5 milhões. O custo do lançamento é de US$ 15 milhões para cada país (cerca de R$ 50 milhões, pela cotação do dólar).

Impactos

Outro projeto ameaçado pelo aperto fiscal é o do Amazonia 1, primeiro satélite de observação da Terra 100% brasileiro, que está em construção no Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Inpe.

A meta é ter o satélite pronto em janeiro de 2019, mas contratos e licitações que precisam ser feitos com antecedência estão caindo em atraso. Dos R$ 58 milhões previstos no orçamento deste ano, o projeto recebeu só R$ 15 milhões.

Tanto o CBERS quanto o Amazonia são considerados essenciais para que o Brasil não dependa exclusivamente de satélites estrangeiros para monitorar seu território. O Inpe gasta US$ 250 mil por ano comprando imagens dos satélites Landsat (americano) e Resourcesat (indiano), indispensáveis para o monitoramento do desmatamento na Amazônia - complementadas pelo CBERS 4.

Mas até para isso o Inpe está sem recursos, afirma Galvão. "Não paguei o contrato do Landsat este ano, e não sei como vou pagar no ano que vem." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

OS SINDICATOS ERAM CONTRA A DEMISSÃO - AGORA DEMITEM OS PRÓPRIOS EMPREGADOS



Após reforma trabalhista, sindicatos encolhem e demitem para sobreviver

Estadão Conteúdo






O fim da contribuição sindical obrigatória, extinta com a reforma trabalhista, forçou centrais e sindicatos a se adaptarem aos novos tempos de vacas mais magras. Eles têm demitido, vendido ativos e organizado planos de demissão voluntária (PDV) para se adequar a uma perda estimada em um terço da receita. Até 2018, 100 mil trabalhadores diretos e indiretos devem ser afetados, estima o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A estrutura sindical reúne cerca de 300 mil trabalhadores em todo o País, segundo o Dieese. Desse total, 115 mil são funcionários diretos e o restante presta serviços às entidades. Os cortes devem ser diluídos no próximo mês e ao longo do ano que vem. Mas eles já começaram.

O Sindicato dos Comerciários de São Paulo, que tinha 600 empregados, organizou há dois meses um PDV, que teve adesão de 67 deles. Mas isso não evitou outras 35 demissões.

"Se a perda é estimada em um terço da receita, cerca de 100 mil trabalhadores podem ser afetados até o fim de 2018. O sindicato vai ser obrigado a demitir e a transformar funcionários diretos em prestadores", avalia Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese.

A própria instituição, mantida com recursos sindicais, espera um orçamento menor para 2018. Neste ano, é de R$ 45 milhões. Em 2018, no cenário mais otimista, será de R$ 30 milhões. O Dieese, que compila estatísticas de emprego e custo de vida, estuda que pesquisas conseguirá manter a partir de 2018.

Associados

Além da perda da contribuição sindical, as entidades já tinham de trabalhar com uma realidade mais dura. O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP), por exemplo, viu seu número de associados desabar com a perda de postos da construção na crise. A entidade tinha 230 funcionários no início do ano. Agora, são 158.

Uma das estratégias das entidades é "voltar para a rua", para aumentar a receita com novas filiações, inclusive transferindo parte dos funcionários da sede para as equipes que vão até os locais de trabalho e têm contato direto com os trabalhadores. "O impacto é grande, mas a contribuição obrigatória tinha de acabar mesmo. Não era uma coisa justa e só servia para alimentar alguns sindicatos que faziam muito pouco. A contribuição precisa ser discutida", diz Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sintracon-SP.

As principais centrais apoiam um projeto de lei que regulariza a contribuição negocial em substituição ao imposto sindical. Elas também sentem o fim do recurso obrigatório. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) organiza um PDV e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) demitiu funcionários e vai para uma sede menor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

HISTÓRIAS DA RÚSSIA



A Rússia e suas datas antigas

Manoel Hygino 








Os Romanov
 
Quando se lê ou se escreve sobre a Rússia, tem-se de armar de todo cuidado quanto às datas, que podem parecer confusas. Até 1918, lá se usava o velho calendário Juliano. No século 19, estava com doze dias a menos em relação ao calendário Gregoriano, adotado praticamente em quase todos os outros países. No século 20, a folhinha russa revelava treze dias de atraso.
Quem poderia esclarecer esse problema é J.P.Lozar, mas não posso me omitir. Outro aspecto a ser lembrado: “O russo, o cidadão, tem três nomes: o primeiro é o de batismo; depois, vem o nome do pai acrescentado de vich ou vitch, ou seja, filho de; e, finalmente, o nome da família. Assim, o último czar era Nicolau Alexandrovitch Romanov. No caso de mulheres, o segundo nome é o do pai com Evna ou Ovna, no finalzinho da palavra, que quer dizer filha de”.
Tudo para contar que a Revolução de Outubro, que levou ao poder os sovietes se deu em 7 de novembro de 1917. No prefácio de “Dez dias que abalaram o mundo”, Crupscaia, mulher de Lênin, indica outubro para situar a revolução. Conta que o autor da obra, John Reed, norte-americano, “está ligado indissoluvelmente à “Revolução Russa”, e seu corpo “repousa na base do Muro Vermelho do Kremlin”. No entanto, o próprio Reed, no prefácio, adverte que “é preciso ter-se em conta que foi, não em 25 de outubro, mas em 7 de novembro de 1917, que o império dos tzares ruiu”. Em todo caso, o jornalista de Oregon, EUA, foi prudente – usou as duas datas para registrar esta observação no posfácio da edição soviética.
Realmente, a revolução de 1917 não seria factivamente de outubro ou novembro, porque começou em fevereiro–março, a partir de quando ganhou terreno e adeptos. Constituía a explosão dos sentimentos populares represados ao longo de séculos, aguçados pela ininterrupta propaganda e ação de grupos que ansiavam o poder. “Assim, muito tempo antes do socialismo marxista ter sido sequer sonhado”, escreveu Bertran Wolfe, em ‘Three Who Made a Revolution’, “o Estado russo tornara-se o maior proprietário de terras, o maior industrial, o maior empregador de mão de obra, o maior comerciante, o maior proprietário de capital, na Rússia ou no mundo... Sendo isso transformado no maior aparelhamento burocrático do mundo”.
É tema fascinante para todos os que pretendem saber sobre a história, e a história da Rússia, com proposto por Falcionelli, catedrático argentino da Universidade de Mendoza.
O mundo estava atrasado. O avô do último soberano, Nicolau II, Alexandre II, percebeu a situação e, em 1861, contra monumental oposição, libertou os escravos, mas surgiu um sistema de servidão de outra espécie, até em condições piores em vários aspectos. Allan Moorehead alerta: O que o rei soberano achava importante era apenas um princípio de coisa. Mas a escravidão não era peculiar à Rússia, pois também produziria a guerra civil nos Estados Unidos.
Sob Alexandre, começou-se a definir um plano para uma Constituição. Em 31 de março de 1881, contudo, o tzar foi vitimado por uma bomba, que o deixou mutilado e levado ao Palácio de Inverno para morrer.
Em outubro–novembro de 1917, o órgão oficial dos socialistas moderados escreveu: “O drama da revolução tem dois atos: no primeiro, destrói-se o velho regime; no segundo, cria-se o novo. O primeiro ato já durou muito tempo. Chegou o momento de passarmos, quanto antes, ao segundo”.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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