quinta-feira, 16 de novembro de 2017

VENEZUELA E RUSSIA SE ENTENDEM COM DÍVIDA



Rússia e Venezuela assinam acordo de reestruturação da dívida

Associated Press









A previsão é de que a Venezuela pagará sua dívida de US$ 3,15 bilhões à Rússia em dez anos


O Ministério das Finanças da Rússia diz que assinou nesta quarta-feira (15), em Moscou, um acordo para reestruturar a dívida da Venezuela. A previsão é de que a Venezuela pagará sua dívida de US$ 3,15 bilhões à Rússia em dez anos. Os pagamentos serão "mínimos" durante os primeiros seis anos.

O Ministério das Finanças informou ainda que o acordo de reestruturação da dívida permitirá que a Venezuela aloque mais fundos para o desenvolvimento econômico.

O acordo foi assinado um dia depois de a Venezuela ter hospedado investidores estrangeiros para discutir estratégias para reorganizar sua dívida.

A Venezuela usou sua riqueza de petróleo para investir em programas sociais, na gestão do falecido presidente Hugo Chávez. A queda nos preços mundiais do petróleo provocou uma derrocada da economia, em meio uma inflação de três dígitos.

POLÍTICOS GOSTAM DE AVANÇAR NO DINHEIRO PÚBLICO EM SEU BENEFÍCIO



Senado defende fundo bilionário para campanhas eleitorais questionado no STF

Estadão Conteúdo










Contrariando posicionamento do PSL, o Senado afirma que a Constituição não exige que o Fundo Partidário seja a única fonte de partidos políticos em eleições

Após o Palácio do Planalto e a Câmara dos Deputados, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), encaminhou, ao Supremo Tribunal Federal (STF), uma manifestação em defesa do fundo bilionário aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Temer para custear campanhas eleitorais com dinheiro público em 2018.

O Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) - estimado em R$ 1,75 bilhão e composto por 30% dos recursos de emendas parlamentares - é questionado no STF em uma ação direta de inconstitucionalidade de autoria do Partido Social Liberal (PSL), que pede a suspensão do FEFC. O modelo passou como uma alternativa à proibição das doações eleitorais por empresas.

Contrariando posicionamento do PSL, o Senado afirma que a Constituição não exige que o Fundo Partidário seja a única fonte de partidos políticos em eleições. Citando que Senado e Câmara concluíram pela constitucionalidade do FEFC, Eunício afirma que "não parece haver inconstitucionalidade apenas em se adotar uma interpretação diferente daquela defendida pelo requerente".

Em argumentação que se concentra na separação entre os poderes, a Advocacia do Senado diz que o PSL quer "substituir, via Poder Judiciário, a interpretação que as casas que representam o povo e os Estados da Federação entenderam a mais adequada".

"O Poder Legislativo tem a prerrogativa de apresentar as soluções em forma de lei, e o Poder Judiciário não o pode substituir, como quer o requerente", disse.

Em outro ponto, a Advocacia do Senado sustenta que "a excessiva judicialização na defesa de direitos e valores constitucionais relativiza as concepções estritamente majoritárias do princípio democrático, endossando uma concepção substancial de democracia que legitima amplas restrições ao Poder Legislativo".

"O postulante pretende, com esta ADI, alterar a decisão prevalecente no Congresso Nacional, transformando o Supremo Tribunal Federal em instância revisora do político, no caso, da política de regularização fundiária rural e urbana", disse.

Com a manifestação do Senado, a relatora Rosa Weber tem em seu gabinete as informações que havia solicitado aos chefes dos poderes Executivo e Legislativo. A partir de agora, após análise, irá preparar relatório e liberar para votação no plenário do STF. Ela já informou que levará a julgamento entre os ministros, sem conceder liminar contra ou a favor.

Verbas

Segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo publicado no último final de semana, o fundo eleitoral aprovado pelo Congresso deve reduzir a aplicação de verbas na saúde, diferentemente do que os parlamentares prometeram quando propuseram o novo gasto.

A destinação de parte das emendas parlamentares ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) pode retirar, em cálculos conservadores, R$ 70,3 milhões originalmente destinados a despesas com saúde, segundo o levantamento.

O valor não foi considerado na manifestação da Advocacia-Geral da União (AGU) assinada pelo presidente Michel Temer e enviada ao Supremo Tribunal Federal na semana passada. No documento, o órgão afirmou que investimentos do governo em áreas sociais, como a saúde, não serão prejudicados. A manifestação do Senado não toca nesse ponto.

Para a AGU, a ação do PSL pedindo a suspensão do fundo eleitoral não consegue comprovar o alegado "manifesto dano aos direitos sociais dos cidadãos brasileiros". A Presidência acrescentou que, se o STF conceder a liminar pedida na ação, levaria à "alteração do processo eleitoral a menos de um ano da data das eleições de 2018" e que isso feriria um trecho da Constituição que diz ser necessária segurança jurídica em eleições.

A Câmara dos Deputados também enviou manifestação, de forma bastante resumida, dizendo que a tramitação do projeto de lei que deu origem à implantação do fundo "foi processado nesta Casa dentro dos estritos trâmites constitucionais e regimentais inerentes à espécie".

COLUNA ESPLANADA DO DIA 16/11/2017



Pastas sem candidatos

Coluna Esplanada - Leandro Mazzini










O presidente Michel Temer começa hoje a minirreforma ministerial. À mesa palaciana, pedidos de partidos do chamado “Centrão” para abocanhar as pastas de Cidades (obras de saneamento e ‘Minha Casa’), Relações Exteriores e Secretaria de Governo – todas do PSDB. Temer já barrou nomes. Avisou aos partidos que não quer ministro-candidato que o obrigue a fazer nova reforma em abril – prazo para desincompatibilização de quem vai disputar a eleição. Os potenciais candidatos são técnicos apadrinhados pelos presidentes dos partidos ou ex-mandatários que não vão concorrer.

O “Centrão”
Os partidos do “Centrão”, os fiéis que seguraram Temer no cargo após duas denúncias da PGR, são, entre outros, o PR, PRB, PSD, PP, PTB.

Interinos com I
Que não se animem também os secretários-executivos que estão ministros interinos. Alguns pedem para ser oficializados. Até eles rodam, segundo ministros palacianos.

Cota pessoal
Temer tem dito a próximos que quem mais fará falta é o amigo Aluizio Nunes, senador tucano hoje chanceler do Itamaraty. Será uma perda pessoal, ele é da cota dele.

RP do Governo
O apetite da base é tamanho que apareceu partido interessado até no Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, comandado hoje por interino. Embora não tenha verbas e cargos importantes como os outros, o pote de ouro ali é a tratativa de acordos de leniência, via AGU, com as grandes empresas envolvidas na Lava Jato.

Mina de ouro
A pasta virou a “relações públicas” do Palácio com as empreiteiras bilionárias que precisam limpar o nome no “SPC” do Governo e voltar a disputar obras não menos bilionárias. A Transparência nas mãos de caciques partidários é uma potencial mina de interesses eleitorais em jogo na mesa do acordo. O leitor atento entenderá.

Dançou
A ministra dos Direitos Salariais, ops!, dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, não deve ficar. Temer sequer a recebe, mesmo sob pedidos. Ela foi apadrinhada por Aécio Neves, Antonio Imbassahy e pelo então ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

Turbinado
Ministro do Turismo apadrinhado pelo senador conterrâneo Renan Calheiros, Marx Beltrão (PMDB) fica. Ele é candidato ao Senado e forte concorrente a deixar em casa em 2018 o padrinho Calheiros –para alegria de seu desafeto, o presidente Temer.

Satélites x Drones
O Brasil está longe da vanguarda em segurança de operação de voos. Multinacionais do setor indicam que aeroportos de outros países recorrem a uma tecnologia para proteger seu espaço aéreo, no qual um bloqueio via satélite neutraliza drones que coloquem o espaço aéreo da pista em risco. Como o caso ocorrido no Aeroporto de Congonhas.

No ar..
Procurada sobre o assunto, a Agência Nacional de Aviação Civil empurrou a responsabilidade para a Aeronáutica. Até o fechamento da Coluna ontem, o DECEA - Departamento de Controle do Espaço Aéreo não respondeu.

Memorando
Líderes da tropa de choque do presidente Temer fizeram circular entre os deputados um estudo da Consultoria do Senado para tentar reverter uma tese: a de que quem votar a favor da reforma da Previdência correrá o risco de não se reeleger em 2018.

Volta ou não?
O estudo “Se votar, volta?”, do consultor Fernando Nery, analisa o desempenho nas urnas de deputados que votaram a favor da reforma da previdência de 1998 e concorreram à reeleição no mesmo ano. “Não encontramos evidências de que votos a favor da reforma tenham afetado positiva ou negativamente a probabilidade de êxito”.

Batalha
Gilberto Kassab, hoje ministro das Comunicações, assumiu a negociação para voltar ao ministério das Cidades (que comandou no Governo Dilma). Mas Romero Jucá também quer a pasta para apadrinhado do PMDB.

Canhão
Cidades é o ministério de maior interface com prefeitos. Em ano eleitoral, canhão de votos.

SERÁ QUE SOMOS REALMENTE LIVRES?



Qual é a sua prisão?

Simone Demolinari 






Deixamos de ser livres quando vivemos encarcerados em regras, protocolos, ditaduras social, familiar, cultural e em nós mesmos. A prisão nos retira um bem de grande valor: a liberdade.
Não é sempre que percebemos as prisões. Somos tão condicionados, que muitas vezes, acostumamos com ela, chegamos ao ponto de até gostar e sentir falta. Tal qual um passarinho na gaiola: depois de muitos anos preso, você pode abrir a porta, que ele não quer sair.
Alguns exemplos de prisões do cotidiano:
- Vícios: qualquer vício aprisiona o dependente. Tanto aquele que não consegue sair de casa sem beber, quanto aquele que não consegue dormir sem o remédio, ficar sem o cigarro ou celular. Em casos mais severos, o vício comanda a vida do usuário que perde sua autonomia e passa a viver de acordo com as regras daquilo que depende.
- Dependência emocional: Os dependentes emocionais estão sempre precisando de alguém para ajudar, para fazer companhia, para dar segurança, apoio, para ir junto. Há uma nítida incapacidade em fazer algo sozinho, é preciso o outro para obter conforto e ganhar confiança.
- Dependência financeira: Talvez essa seja a mais simples das prisões, por ser  tão facilmente percebida.
- Preocupação com a imagem física: Viver refém do julgamento próprio e alheio, faz com que um indivíduo dê uma excessiva atenção à aparência. O prisioneiro da imagem, evita determinados lugares por não ter a roupa ideal. É comum pessoas preocupadas com a imagem, gastarem mais dinheiro do que podem com bens materiais; uma tentativa de compensação.
- Preocupação com a reputação: Reputação por definição, é o conceito que o outro tem a meu respeito. Quem vive preocupado com isso vive limitado. Quanto maior a preocupação, maior o receio - isso explica alguns medos clássicos, como medo de falar em publico, medo de arriscar, medo de fracassar, medo de receber um “não”, vergonha. Há famílias que mudam de cidade ou até de pais depois que passam por situações constrangedoras. Não suportam viver com a “imagem arranhada”, preferem recomeçar  no anonimato. Pessoas mais desapegadas da imagem ideal, vivem mais livres, pois sabem que tanto o julgamento alheio, quanto o seu próprio, não significa o seu caráter.
- Viver o sonho dos pais - a expectativa de sucesso, faz com que muitos filhos se sintam obrigados a seguirem os passos dos pais, escolhendo a mesma profissão ou a profissão desejada por eles.  Mais do que satisfazer a si profissionalmente, muitos estão presos à necessidade de satisfazer os desejos dos pais, muitas vezes, sutilmente impostos.
- Ciúme - quem sente ciúme fica preso à tensão, não relaxa. O ciumento torna-se hiper vigilante e está acorrentado na ausência de paz.
As prisões de grade invisível nos faz mais presidiários do que os próprios presidiários. Nos presídios, as penas são fixadas e tem prazo para acabar. Já fora deles, a pena é autoimposta, e pode durar uma vida inteira. 



AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...