sexta-feira, 7 de julho de 2017

PAÍSES DO G20 ISOLAM TRUMP EM QUESTÃO CLIMÁTICA



Países do G20 isolam Trump no comunicado final sobre o clima

Agência Télam











Presidente dos EUA participa do G-20, realizado neste ano em Hamburgo, na Alemanha

Os líderes do G20 (grupo das 20 economias mais desenvolvidas do mundo) deixarão de fora o mandatário estadounidense Donald Trump no comunicado final sobre a defesa do clima que publicarão no próximo sábado (8), em Hamburgo, na Alemanha. A informação é da agência Télam.
Um rascunho do documento revelado nesta quinta-feira (6) deixa claro que os chefes de Estado e de Governo do grupo querem aproveitar o encontro de cúpula na Alemanha para mostrar sua determinação a favor da proteção do clima, apesar da decisão de Trump de retirar os EUA do Acordo de Paris, segundo a agência de notícias alemã DPA.
No comunicado se indica que os 19 países do G20 “tomaram nota” do abandono dos EUA do Acordo de Paris que, em 2015, fixou como objetivo limitar o aquecimento global a menos de dois graus centígrados em comparação com a época pré-industrial.
Presidido pela chanceler alemã Angela Merkel, o encontro do G20 se prepara para uma declaração  final - sempre acordada por unanimidade – em que se busca enviar una sinal para uma “rápida colocação em marcha” do pacto acordado na capital francesa.
A postura de Donald Trump sobre o clima vem gerando há meses uma grande preocupação a nível global. No começo de junho o mandatário anunciou que seu país, o segundo mais poluidor do mundo, se retirava do acordo, abalando as bases da luta contra as mudanças climáticas. Há poucos  dias, contudo, Merkel afirmou que o Acordo de Paris é “irreversível”.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 07/07/2017



A transição na PF

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 






O diretor-geral da Polícia Federal, delegado Leandro Daiello, iniciou os trâmites para a saída do cargo e a transição com uma lista de condicionantes para o Governo. Entre outros pontos, defende o fim do cargo de escrivão com a implantação do inquérito eletrônico (escrivães se unirão aos agentes na carreira); e cobra novas delegacias especializadas. Nos bastidores, articula para o delegado Luiz Pontel assumir o comando da PF. Ex-chefe em Presidente Prudente, Pontel é diretor de Gestão de Pessoal da corporação em Brasília e toca a transição com Daiello. A PF não quis se pronunciar.
Sinais
Ontem vazou o primeiro sinal da troca do comando. A PF vai extinguir a força-tarefa dos delegados da Lava Jato em Curitiba. Serão distribuídos pelo país em delegacias.
PF & MP
Não é o fim da Lava Jato. Mas enfraquece a polícia a extinção da força-tarefa. Porém, o MP Federal segue fortalecido em Curitiba e protagonista da operação.
Contra reformas
Amigo próximo de Michel Temer e peemedebista histórico, Antônio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros, pulou da nau. Vai se filiar ao PDT.
O Consórcio
O DEM e o PSDB se uniram para derrubar o presidente Michel Temer. O movimento começou nas hostes, chegou às cúpulas e provoca o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sucessor natural. Há um consórcio em formação para criar a República do Rio. Começa com relatório do deputado Zveiter (PMDB) acolhendo a denúncia do PGR.
Script
Zveiter é da família que advoga para a TV Globo há décadas, e da ala do PMDB que nunca foi aliada da paulistana de Temer. Para o PSDB, quanto mais crise em Temer, melhor para Aécio Neves desviar os holofotes de si. E uma vez no Poder ao lado de Maia, Aécio articulará para barrar as pretensões eleitorais de João Dória Jr. e Alckmin.
Pré-pago
Em tempos de Lava Jato é mais seguro usar orelhão do Aeroporto Santos Dumont (Rio). Antes de embarcar para o Congresso do PT em Brasília no voo 66220 da Avianca, na terça, o ex-ministro Gilberto Carvalho (PT) fez várias ligações do telefone do saguão.
Espólio
O Partido Social da Família, prestes a nascer no TSE, briga pelo número 56 da urna, um dos espólios políticos deixados por Dr. Enéas (do in memoriam PRONA).
Mansinho
O senador Pedro Chaves (PSC-MS), que fala grosso e um dos autores do recurso pela cassação do senador Aécio, votou contra a própria representação no Conselho de Ética.
Dançou
A ministra Cármen Lúcia, do STF, se disse impedida para analisar o processo da coligação de Eduardo Braga (PMDB) pela nova eleição no Amazonas. Braga, como citou a Coluna, chegou a contratar o ex-ministro Sepúlveda Pertence. Em vão.
Filhotes da LJ
O estilo Sérgio Moro de ser e agir criou filhotes pelo Brasil. Surgiram também os linhas-duras e discretíssimos Marcelo Bretas (RJ) e Vallisney Oliveira (DF) – que ontem fez Geddel Lima chorar ao negar-lhe soltura.
Fogo no Mato (Grosso)
Apareceu na PGR em Brasília um delator que vai incendiar o Mato Grosso. É Pedro Nadaf, ex-chefe da Casa Civil e ex-secretário de duas pastas nos Governos de Blairo Maggi e Silval Barbosa. De início, já entregou Blairo – que se diz tranquilo.
Pró-empregos
Expoentes do mercado se movimentam. A turma da engenharia promove evento hoje no Rio para criar parcerias entre países de língua portuguesa para aquecer o setor.
Saúde & trabalho
O Procurador-chefe do MP do Trabalho, Fábio Vilella, participa do II Congresso Latino-Americano de Saúde e Segurança Ocupacional e Ambiental, no Clube de Engenharia, evento presidido por Evaldo Valladão, especialista no setor.


NO BRASIL - O DINHEIRO ARRECADADO É MAU EMPREGADO



Parlamentares receberam R$ 529 mi em públicos sofrem com a escassez de recursos emendas e órgãos

Filipe Motta







Enquanto o presidente Michel Temer (PMDB-SP) amplia a liberação de emendas parlamentares, num processo de barganha política que busca salvar o seu governo, áreas críticas das políticas públicas do país vêm enfrentando dificuldades financeiras.
Dados do Sistema de Gastos Orçamentários do Governo Federal (Siafi) apontam que somente em junho houve a liberação de R$ 529 milhões em emendas parlamentares, num total de R$ 1,48 bilhão no ano.
A liberação dos valores, que se referem ao orçamento de 2017 e a restos a pagar de anos anteriores, busca garantir apoio ao presidente no momento em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara pode votar a admissibilidade de Temer ser julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).
O grosso do dinheiro (R$ 1,2 bilhão ou 83,5%) foi destinado a membros da Câmara. Dentre os parlamentares mais beneficiados estão tucanos e peemedebistas de peso, como os senadores José Serra (PSDB-SP), com R$ 9,6 milhões, e Marta Suplicy (PMDB-SP), com R$ 9,4 milhões, e o deputado federal Baleia Rossi (PMDB-SP), com R$ 7,5 milhões.
Como a origem desses parlamentares sugere, o estado mais beneficiado pelas emendas foi São Paulo, como R$ 221,7 milhões. Minas Gerais vem em segundo lugar, com R$ 125 milhões recebidos.
Ao mesmo tempo, episódios recentes como o anúncio de suspensão de atividades por parte da Polícia Rodoviária Federal, a paralisação na emissão de passaportes, os relatos da falta de dinheiro nas universidades e a queixa de municípios de falta de verba para saúde e educação apontam a escassez de recursos para a execução de políticas estruturantes.
Polícia
No caso da Polícia Rodoviária Federal, o mesmo Sistema de Gastos Orçamentários aponta que dos R$ 4,49 bilhões autorizados para serem gastos pela instituição em 2017, R$ 3,3 bilhões tinham sido empenhados (“contratados”) até 30 de junho e R$ 2 bilhões haviam sido pagos. No ano passado, auge da crise econômica que o país enfrenta, a PRF teve R$ 3,4 bilhões em despesas pagas.
Já no caso da Polícia Federal, que é responsável também pela condução de parte das investigações da Operação “Lava Jato”, dos R$ 7,1 milhões autorizados para o ano, somente R$ 3,6 milhões haviam sido empenhados até 30 de junho e R$ 3 bilhões pagos. Nesta semana, o governo inclusive pediu reforço de R$ 102,4 milhões ao Congresso para que a emissão dos passaportes pela entidade seja regularizada, após a paralisação do serviço ter sido alardeada.

Prioridade
O professor de finanças públicas do Ibmec, Thiago Borges, lembra que desde que a Emenda Constitucional 86 (do chamado orçamento impositivo) foi aprovada em 2015, o governo federal é obrigado a liberar até 1,2% da receita corrente líquida do ano anterior para emendas parlamentares.
A grande questão, reforça, é que o chefe do Executivo tem o poder de escolher qual o melhor momento do ano para fazer a liberação do recurso. E, como as contas do governo sugerem, do ponto de vista contábil, este não seria o momento mais oportuno.
“É uma decisão política se esses recursos devem ser liberado nesse momento. Isso acaba levando a questionamentos, como se seria a melhor decisão liberar o recurso das emendas agora, dado que outras áreas passam por dificuldades? Não seria mais adequado esperar outro momento do ano”, avalia.

Corte de verba do Dnit pode comprometer manutenção de rodovias
Outro setor que enfrenta dificuldades na execução orçamentária é o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT). Em 2016, o órgão responsável pela manutenção de estradas federais teve R$ 7,2 bilhões empenhados e R$ R$ 3,8 bilhões pagos. Neste ano, os valores caíram para R$ 6,3 bilhões e com R$ 1,5 bilhão, respectivamente, pagos até 30 de junho.
As prefeituras também, que sofrem com a escassez de recursos, continuam esperando o aumento dos repasses pelo governo federal. Nos últimos anos, prefeitos têm cobrado de forma recorrente reajustes dos repasses de para programas executados em parcerias com a União, em áreas como saúde, educação e assistência social.
O presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda (PDMB), prefeito de Moema, dá como exemplo o caso do Programa Saúde da Família (PSF). Ele afirma que o Ministério da Saúde repassa, em média, R$ 11 mil por mês para cada equipe do programa – que envolve um médico, enfermeiros e agentes de saúde. No entanto, na prática, o custo da manutenção da equipe chega a R$ 30 mil, sendo a diferença coberta pelo município, com o valor podendo ser ainda maior, nos casos de cidades mais distantes, nas quais os salários dos médicos tendem a ser maiores.
“Um município de pequeno porte tem cerca de três equipes no PSF e a gente acaba tendo que cobrir 2/3 do valor de um programa que, apesar de fundamental, foi pensando pela União. Já vem de muito tempo a defasagem e os municípios não têm conseguindo honrar seus compromissos”, enfatiza Julvan.
Outro exemplo clássico lembrado pelo prefeito é o da merenda escolar, que custa, em média, R$ 4 por aluno, por dia, mas que os municípios recebem apenas, R$ 0,36 diários por aluno.
Como aponta Thiago Borges, do Ibmec, a decisão do governo em priorizar a liberação das emendas parlamentares, faz com que ações fragmentadas, definidas pelos parlamentares, ganhem força, ante a possibilidade de mudanças em políticas públicas mais estruturais.

Suplementação orçamentária para passaporte é adiada

BRASÍLIA – O presidente do Congresso, Eunício Oliveira (PMDB-CE), afirmou ontem que a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da autorização de crédito suplementar para a emissão de passaportes deverá ocorrer apenas na semana que vem. Segundo ele, a ideia é que uma sessão do Congresso seja convocada para o dia 13. Ele não descarta, porém, deixar para o dia 17, véspera do recesso parlamentar.
“Se a LDO ficar pronta, e o presidente da comissão disse que é possível, até o dia 13, farei no próprio dia 13. Senão, vou convocar uma reunião do Congresso para o dia 17 pela manhã para que a gente possa resolver essa questão dos passaportes da PF (Polícia Federal) e também a LDO”, afirmou.
O senador disse ter conversado ontem com o presidente da Comissão Mista do Orçamento, senador Dalírio Beber (PSDB-SC), e com o relator da LDO, deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), para tentar antecipar a votação. Pelo calendário inicial da comissão, a LDO só estaria pronta para ser votada a partir do dia 14.
Reforço
O Projeto de Lei 8, enviado pela Presidência da República, reforça o orçamento da PF em R$ 102,4 milhões para garantir as emissões de passaportes até o fim do ano. Para conseguir a verba extra, deverão ser usados recursos reservados para o pagamento de convênios do Brasil com organismos internacionais.
Esse ponto de origem do dinheiro foi escolhido depois da repercussão negativa provocada pela proposta original do governo, que era tirar recursos do Ministério da Educação (MEC).

Remanejamento
Pelo projeto inicial, seriam remanejados R$ 34,4 milhões da área administrativa do MEC e R$ 68 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O relator da matéria, deputado Fernando Franceschini (SD-PR), e o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Dário Berger (PMDB-SC), pediram ao Ministério do Planejamento que indicasse outra fonte de recursos.
A suspensão da emissão de passaportes afeta cerca de 10 mil pessoas por dia, conforme informou a PF, considerando o número médio de pedidos. O órgão mantém os agendamentos e o serviço nos postos de atendimento de todo o país, mas não tem previsão de entrega.
Agência Estado




quinta-feira, 6 de julho de 2017

MERKEL CONFIA DESCONFIANDO DOS ESTADOS UNIDOS



Merkel reafirma avaliação de que não se pode confiar totalmente nos EUA

Estadão Conteúdo










Presidente dos EUA, Donald Trump, e primeira ministra da Alemanha, Angela Merkel

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, manteve sua avaliação de que a Europa não pode confiar mais inteiramente nos Estados Unidos. Ainda segundo ela, a Alemanha e a China podem trabalhar juntas para ajudar a controlar problemas mundiais.

Merkel é a anfitriã da cúpula do G-20 na sexta-feira e no sábado em Hamburgo. A reunião deve abarcar uma combinação desafiadora de líderes mundiais, com a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o da Rússia, Vladimir Putin, e o da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. Ao receber o presidente da China, Xi Jinping, nesta quarta-feira em Berlim, Merkel disse que a reunião anterior ao G-20 da dupla era "uma boa oportunidade para expandir e disseminar nossas relações estratégicas extensivas".

"É um grande prazer para nós receber você hoje, em um momento de turbulência no mundo, quando a China e a Alemanha podem fazer uma contribuição para acalmar um pouco essa turbulência", afirmou Merkel, sem dar detalhes.

O G-20 ocorre em um momento de desagrado na Europa sobre a plataforma "EUA em primeiro lugar" de Trump no comércio e em outras questões. Após a primeira reunião com Trump no fim de maio, Merkel disse: "As épocas em que nós podíamos confiar totalmente nos outros estão um tanto encerradas, como eu pude ver nos últimos dias."

Questionada pelo semanário Die Zeit se repetiria a declaração, Merkel disse: "Sim, exatamente daquela maneira."

A chanceler alemã disse que está em aberto se os EUA investirão tanto quanto têm feito até agora na Organização das Nações Unidas, na política do Oriente Médio, na política de segurança europeia ou em missões de paz na África. Ao mesmo tempo, Merkel ponderou que não há obrigação legal de que os americanos se comprometam em todas as partes do mundo.

Merkel reiterou ainda que a decisão do governo Trump de se retirar do Acordo de Paris foi "extraordinariamente lamentável" e notou que muitos Estados e cidades americanos querem continuar a participar. A chanceler disse que a Alemanha busca chances de cooperar nas quais todos se beneficiam, mas "a globalização na administração americana é vista como um processo em que não há situações em que todos vencem, mas sim vencedores e perdedores".

Fonte: Associated Press.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...