domingo, 21 de maio de 2017

PRIMEIRA VIAGEM DE TRUMP AO EXTERIOR - FOI BEM RECEBIDO NA ARÁBIA SAUDITA



Recepção real e megacontrato de armamento para Trump na Arábia Saudita

AFP









O desembarque com grande pompa de Trump em Riad, onde ele pronunciará um discurso sobre o islã, contrastou com a recepção glacial no ano passado ao ex-presidente Barack Obama

A primeira viagem de Donald Trump ao exterior começou neste sábado com uma recepção calorosa na Arábia Saudita e o anúncio da Casa Branca de um grande contrato de venda de armas ao reino para "fazer frente às ameaças do Irã".
O desembarque com grande pompa de Trump em Riad, onde ele pronunciará um discurso sobre o islã, contrastou com a recepção glacial no ano passado ao ex-presidente Barack Obama, criticado pela aproximação do Irã, grande rival regional da Arábia Saudita.
Além das reuniões bilaterais, como a que teve com o rei Salman, Trump dedicou o primeiro dos dois dias de visita a Riad a grandes contratos.
"Foi um dia formidável", disse o presidente republicano. "Bilhões de dólares em investimentos nos Estados Unidos e empregos, empregos, empregos".
Neste sentido, uma fonte da Casa Branca anunciou vendas de armamentos pelo valor de "quase de 110 bilhões de dólares". "Este conjunto de materiais de defesa e serviços garante a segurança a longo prazo da Arábia Saudita e da região do Golfo ante as ameaças do Irã", explicou a fonte.
O anúncio aconteceu justamente no dia da reeleição do presidente iraniano Hassan Rohani, que defende a abertura de seu país ao mundo.
A Arábia Saudí, majoritariamente sunita, considera o Irã, potência xiita, seu principal rival no Oriente Médio. Os dois países estão em lados diferentes nos conflitos da Síria e Iêmen.
Contra o terrorismo
A Casa Branca destacou que os contratos militares reforçarão "a capacidade do reino saudita em suas operações contra o terrorismo na região, o que reduz a carga dos Estados Unidos na condução destas operações".
Washington espera que Riad aumente seu papel na luta contra grupos extremistas como o Estado Islâmico (EI) e a Al-Qaeda.
Na reunião com os dirigentes sauditas, Trump "terá uma mensagem mais dura sobre o Irã, não dará uma lição sobre democracia e direitos humanos e (Trump) será aplaudido", afirmou Philip Gordon, analista do Council on Foreign Relations.
O rei Salman recebeu pessoalmente o presidente Trump, acompanhado pela esposa Melania, no tapete vermelho estendido aos pés do Air Force One, que pousou pouco antes das 10H00 (4H00 de Brasília) na capital saudita.
Trump se mostrou relaxado, apesar das muitas revelações da imprensa antes de sua partida, que o deixam em uma situação delicada em seu país. Na sexta-feira, o jornal Washington Post afirmou que investigação do FBI sobre os possíveis vínculos da campanha de Trump com a Rússia implica um alto funcionário da Casa Branca.
Além disso, o Senado anunciou que o ex-diretor do FBI James Comey, que permanece em silêncio desde sua repentina demissão, aceitou comparecer a uma audiência, o que pode complicar ainda mais a administração Trump.
Ao pé da escada do avião, o rei Salman da Arábia Saudita apertou a mão de Trump e de sua esposa, a primeira-dama Melania. Ivanka, a filha mais velha de Trump, e seu marido Jared Kushner integram a delegação oficial americana.
Riad estava repleta de bandeiras sauditas e americanas. As ruas, quase desertas, também estavam decoradas com fotografias do rei e de Trump com a frase "Juntos triunfamos".
Roteiro
A visita a Riad é a primeira escala de uma viagem que também levará Trump a Jerusalém, Belém, Roma, Bruxelas e Sicília. No domingo, o presidente americano pronunciará um discurso sobre o islã para quase 50 dirigentes árabe-muçulmanos, no qual pretende destacar a "esperança" de uma "visão pacífica" do islã.
"Expressarei a posição do povo americano de maneira franca e clara", prometeu Trump em seu discurso semanal, divulgado na sexta-feira à noite.
Há oito ano, Barack Obama, no Cairo, solicitou um "novo começo" entre os Estados Unidos e os muçulmanos de todo o mundo, "um novo começo fundado no interesse mútuo e no respeito mútuo".
Na sexta-feira à noite, a defesa aérea saudita anunciou que "interceptou", 180 km ao sudoeste de Riad, um míssil lançado pelos rebeldes huthis a partir do vizinho Iêmen, cenário de uma guerra há dois anos.
Apesar do incidente, a Arábia Saudita, onde Trump passará dois dias, pode ser a etapa mais tranquila da viagem do novo inquilino da Casa Branca.
Sua viagem o levará a Israel, aos Territórios palestinos, ao Vaticano, a Bruxelas e a Sicília, para as reuniões da Otan e do G7, onde os aliados europeus de Washington esperam obter compromissos claros.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 21/05/2017



Boiada no abate

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 







Há mais enrolados no rol de denúncias do empresário Joesley Batista. Executivos da JBS gravaram em áudio diálogos comprometedores com políticos da base e oposição e entrega de mala de dinheiro. A situação é tão delicada que, além os patrões, há duas semanas pelo menos dois executivos da empresa se mudaram para os Estados Unidos com as famílias, onde vão continuar a trabalhar no grupo.
Um de Casa
Caso Michel Temer caia, os ministros palacianos, com seu aval, já decidiram que vão apadrinhar Rodrigo Maia na eleição indireta para manter o grupo no Poder.
Um da Toga
Há um grupo político que quer fazer presidente Gilmar Mendes (STF). Deputados do baixo clero consultados sobre eventual queda de Temer toparam o ministro da Corte.
Na espreita
O Conselho Federal da OAB estuda apresentar o pedido de impeachment do presidente Michel Temer. Se a Ordem entrar na briga, a situação dele se complica.
Off
O sistema do Banco do Brasil caiu em todo o Brasil e agências suspenderam o atendimento. Só caixas eletrônicos funcionavam até o início da noite de ontem.
De saída
Ex-secretário da Juventude, o mineiro Bruno Júlio surpreendeu ao anunciar que se desfilia do PMDB. Também renunciou à presidência da Juventude Nacional do Partido.
Tapa de luva
O deputado Newton Cardoso Júnior (MG) vai pedir a dissolução do diretório e executiva nacional do PMDB. Ano passado ele foi esnobado no Jaburu para ser ministro.
Estacionou
Wiler Tomaz, o advogado da JBS preso em São Luís, é um bom-vivant. Dirige a mais cara BMW da marca e tem Ferrari. Estava negociando a compra do SBT no Maranhão.
La vie en rose
O governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, de licença médica, viajou para Paris na terça-feira em companhia da esposa.
Debandada em voo
Até a bomba cair sobre sua cabeça, o senador (agora afastado) Aécio Neves trabalhava com o ministro Antonio Imbassahy no PSDB a conquista de votos pelas reformas, a pedido do presidente Temer. Pelo menos 19 dos 47 deputados do PSDB estão dispostos a votar contra as mudanças nas regras de aposentadoria. Se ainda houver reforma.
Os ‘subversivos’
O senador João Alberto (PMDB-MA) encerrou a sessão no Senado cortando o microfone do senador Cristovam (PPS-DF) que desancava o Governo. Este não se deu por vencido. Abriu sessão ‘extra-oficial’, a presidiu por 29 minutos, e deixou falarem na tribuna os senadores Reguffe, Rose de Freitas e José Medeiros. Só eles no plenário.
Fatura Lava Jato
A AGU finaliza a 7ª ação de improbidade administrativa contra empresas e condenados por irregularidades investigadas na Lava Jato. Os cálculos dos valores a serem ressarcidos são fechados com base em sentenças criminais e de auditorias do TCU e do CADE. A AGU já cobrou mais de R$ 40 bilhões da quadrilha que atuou na Petrobras.
PF x Pedofilia
A Operação Cabrera da PF que prendeu pedófilos que atuavam na internet foi inspirada na triste história da garotinha Araceli Cabrera Sanches Crespo, violentada e assassinada em 1973 em SC aos 8 anos. O crime até hoje está impune.
Em memória
A operação ontem não foi numa data qualquer. A pequenina morreu num 18 de maio. Foi uma forma de os delegados a homenagearem.
Deletada
O PMDB retirou de seu portal a pesquisa que mostrava mais de 90% de rejeição à reforma da Previdência. Foi substituída por uma menos polêmica - sobre reforma política.
Ponto Final
Neste momento, Maduro não tendo condições de sustentar seu governo, distribui 500 mil fuzis aos coletivos para que formem milícias políticas”
Do líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), sobre a crise na Venezuela.

sábado, 20 de maio de 2017

AS HABITAÇÕES COSTEIRAS PODEM SER INVADIDAS PELAS ÁGUAS DO MAR



Elevação de 10 cm no nível do mar poderá dobrar inundações costeiras, diz estudo

Estadão Conteúdo







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Segundo o estudo, as regiões com variabilidade mais limitadas do nível de água - que se concentram nos trópicos - terão o maior aumento na frequência de inundações

Uma nova pesquisa liderada por cientistas americanos aponta que uma elevação do mar de 5 até 10 centímetros irá dobrar o risco de inundação na maior parte das regiões costeiras do mundo, especialmente nos trópicos, incluindo o Atlântico Sul. De acordo com a maior parte dos estudos realizados até hoje sobre o tema, entre 2030 e 2050 a elevação do nível dos oceanos será de 5 a 10 centímetros.

Segundo os autores do novo estudo, que foi liderado por Sean Vitousek, da Universidade Illinois em Chicago, nos Estados Unidos, as inundações costeiras são causadas por ressacas extremas, que por sua vez resultam de fatores simultâneos como ondas, ventos e marés. A pesquisa teve seus resultados publicados nesta quinta-feira (18), na revista Scientific Reports.

Mas, até agora, a elevação do nível do mar ainda não havia sido incluída nos estudos que estimam o aumento das inundações ligadas às ressacas - e por isso o risco estava subestimado.

Segundo o estudo, as regiões com variabilidade mais limitadas do nível de água - que se concentram nos trópicos - terão o maior aumento na frequência de inundações. De acordo com os pesquisadores, o impacto das inundações nos trópicos poderá destruir as economias em desenvolvimento das cidades costeiras equatoriais e tornar as nações insulares do Pacífico inabitáveis. Toda a costa brasileira deverá ser afetada.

Para realizar o estudo, os cientistas utilizaram o método estatístico conhecido como teoria do valor extremo. Os cientistas combinaram as projeções de elevação do nível do mar com modelagens matemáticas de variação de marés e de tempestades oceânicas. Com isso eles puderam estimar a provável intensificação das inundações costeiras.

De acordo com os autores, com um aumento de 5 a 10 centímetros do nível dos oceanos, iriam dobrar a frequência dos eventos de inundação em diversas regiões do mundo.

Fatores negligenciados

O problema das pesquisas feitos anteriormente sobre os impactos das inundações relacionadas à elevação do nível do mar, segundo os autores do artigo, é que eles não consideravam o papel das ondas e marés - e por isso eles subestimavam o potencial impacto sobre as zonas costeiras.

Usando os métodos estatísticos aliados às projeções de ondas, marés e tempestades, os cientistas conseguiram estimar com mais precisão o aumento das inundações costeiras em escala global.

"Na maior parte das regiões costeiras, a elevação do nível do mar ao longo das décadas é significativamente menor que as flutuações normais causadas por marés, ondas e tempestades marítimas. No entanto, mesmo uma elevação gradual do nível dos oceanos pode aumentar rapidamente a frequência das inundações costeiras", escreveram os autores.

No artigo, os cientistas afirmam que a elevação do nível do mar tem seis consequências principais: inundação passiva de áreas costeiras baixas durante as marés altas, maior frequência, severidade e duração das inundações costeiras, aumento da erosão das praias, inundação das águas subterrâneas com água salgada, mudanças na dinâmica das ondas e o deslocamento de comunidades.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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