segunda-feira, 3 de abril de 2017

ESPANHA NÃO QUER A SAÍDA DE GILBRATAR DA UNIÃO EUROPÉIA



Espanha quer apoio da UE em discussões sobre futuro de Gibraltar

Estadão Conteúdo








O ministro de Relações Exteriores da Espanha, Alfonso Dastis, disse neste domingo que o governo espanhol está pedindo à União Europeia que fique do lado de Madrid nas discussões sobre o futuro do território britânico de Gibraltar, que fica no sul da Península Ibérica. Dastis disse ao jornal El País que Madrid insiste em ter direito a veto em qualquer acordo que envolva Gibraltar, num momento em que o Reino Unido se prepara para deixar a União Europeia.

"Conversamos com membros e instituições da UE nas últimas semanas e deixamos clara a posição da Espanha: quando o Reino Unido deixar a UE, o país membro da UE será a Espanha. No caso de Gibraltar, a UE é portanto obrigada a ficar do lado da Espanha", disse o ministro.

Na semana passada, a UE sugeriu que estaria preparada para dar esse poder de veto à Espanha, o que irritou residentes de Gibraltar. A Espanha vem tentando há muito tempo reassumir o controle do território estratégico, que foi cedido aos britânicos em 1713.

A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse neste domingo que o Reino Unido continua comprometido com Gibraltar e seus 32 mil residentes. O Reino Unido deu início na quarta-feira ao processo de separação formal da União Europeia.

Na entrevista ao El País, Dastis disse que a Espanha não vai fechar a fronteira com Gibraltar após o Brexit. Tal medica colocaria em risco empregos dos dois lados, e "não vejo como isso nos beneficiaria". Segundo ele, a Espanha vai pedir durante as negociações do Brexit um "princípio de reciprocidade" em relação a direitos de trabalhadores e imigrantes. "Se Londres adotar medidas que prejudiquem os direitos de europeus, faremos o mesmo (com britânicos na UE)", disse.

A Espanha também é favorável a um "soft" Brexit, que permitisse ao Reino Unido manter pelo menos alguns de seus acessos ao lucrativo mercado comum, disse Dastis, lembrando que a UE tem acordos desse tipo com não-membros como Noruega, Islândia, Liechtenstein e Suíça. No entanto, esses acordos incluem a trânsito livre de pessoas entre países da UE, algo que o governo britânico prometeu barrar quando sair do bloco.

"A ideia é que o status do Reino Unido continue o mais próximo possível do atual", disse o ministro. Ele também comentou sobre a possibilidade de um plebiscito sobre a independência da Escócia. O "não" venceu em 2014, mas agora separatistas querem um novo plebiscito, argumentando
que os escoceses votaram pela permanência do Reino Unido na UE no referendo sobre o Brexit, no ano passado. "Em teoria, não vejo motivo para barrarmos" a reentrada da Escócia na UE, disse Dastis. Fonte: Associated Press.

CASHBACK - É VANTAJOSO?



Em tempo de crise, sites e aplicativos que 'devolvem dinheiro' ganham força em BH

Filipe Motta









FIla para compra de gasolina no bairro Sion, onde litro da gasolina saia pela metade do preço, na última semana

 

Hamburgueria gourmet, no bairro Lourdes, que fornece desconto de 70% às quartas feiras, pelo Be Blue

Sites e aplicativos que devolvem parte do dinheiro gasto na compra, o chamado cashback, estão virando febre em Belo Horizonte, turbinados pela crise econômica e pela necessidade de economia dos consumidores.
Após surfar na liderança brasileira do segmento, superando o valor de R$ 27 milhões devolvidos em seis anos, a mineira Méliuz agora enfrenta a concorrência da paulista Be Blue, que chegou à cidade no último mês e aposta no mesmo nicho. Para não perder espaço, a Méliuz também decidiu investir em parceria com lojas físicas (antes, os descontos eram oferecidos apenas para compras em redes de varejo virtuais).
O sistema funciona da seguinte forma: parte do valor de compra de determinado produto ou serviço, feito nas lojas parceiras, é devolvida ao cliente. No caso da Méliuz, com depósito em dinheiro na conta corrente do usuário. E na Be Blue, como crédito no sistema para a próxima compra.
Na semana passada, a grande maioria dos descontos oferecidos pelas duas empresas era inferior a 10%. Mas, seguindo estratégia de marketing, descontos pontuais para número limitado de usuários podem inclusive superar os 100%. Foi o caso da venda de copinho de sorvete de uma famosa rede de lojas, oferecido com 120% de desconto (ou seja, com devolução em valor acima do gasto), ou de 100% em uma grande choperia na Savassi. Ou, ainda, desconto de 50% em um posto de gasolina no Sion.

Na noite da última quarta-feira, também era possível conseguir descontos de 70% em uma hamburgueria gourmet em Lourdes, ou 40% numa churrascaria no Santo Agostinho.
A Be Blue, que começou a operar no ano passado em Ribeirão Preto, agora se prepara para entrar no Rio e São Paulo, depois de estrear em BH e Uberlândia, diz o CEO e cofundador Daniel Abbud.
“Neste período de crise, as pessoas tentam economizar o máximo. Querem bons preços, bons negócios”
Ofli Guimarães
Fundador do Méliuz
Ofli Guimarães, fundador da Méliuz, avalia que o momento de crise tem ajudado na estratégia de trabalhar com lojas físicas. “As pessoas querem buscar bons preços, fazer bons negócios. Se conseguem economizar R$ 2 no almoço, R$ 5 no posto de gasolina, no final do mês, a diferença é grande”, diz. Segundo ele, 500 estabelecimentos de Belo Horizonte se encontram cadastrados no aplicativo para compra em loja física.
Para o professor de gestão de vendas do Ibmec, Víctor Bercala, muitos desses aplicativos, seja de desconto, de devolução de créditos ou de comparação de preços, existem desde antes da crise. “Agora, no entanto, eles têm um apelo muito maior”, afirma.
“A gente quer fazer parte da rotina, do dia da pessoa, com desconto na farmácia, no posto de gasolina. A reação é muito positiva”
Daniel Abbud
CEO da Be Blue
Cristiano Machado / Hoje em Dia



Consumidor confere crédito em aplicativo, em Belo Horizonte

Busca pelos aplicativos cresce a cada dia como forma garantir economia nas compras
A consultora de projetos sociais Taís Souza, 29 anos, sempre está atenta às oportunidades de sistemas de desconto e trocas de pontos. “Uso muito o Dotz (comum em redes de supermercados), que é mais tradicional, com o qual já resgatei de pen drive a passagem aérea. O Méliuz eu uso há quase dois anos em loja de tudo quanto é coisa – para comprar sapato, eletrodoméstico e eletrônico. E neste mês, baixei o Be Blue para ver como funciona, mas ainda vou testar ”, conta.
Outra disputa
No segmento específico do transporte, os aplicativos como Uber e Cabify têm usado estratégias agressivas de descontos em corridas como forma de disputar mercado.
“Em BH e nas três outras praças em que nos encontramos, estamos com o ‘Viva Cabify’, que concede 55% de desconto em algumas horas durante o dia. Via de regra, em todos os lançamentos que fizemos do serviço, houve corridas grátis”, explica Diogo Cordeiro, Geral Manager da empresa em Belo Horizonte.
“A gente entende que incentivar o uso do aplicativo, aproximar a sua utilização com o desconto faz sentido. Mas não quero que o usuário pense que só vale a pena usar com desconto, mas sim pela qualidade do serviço. São ações que levam em conta a concorrência, o momento do mercado”, afirma Cordeiro.
Concorrente do Cabify, no Uber, novos usuários e quem os indica ganham descontos em viagens após o novo usuário completar a sua primeira viagem pela plataforma, que podem chegar a até R$ 20 nas duas primeiras viagens do indicado e também até R$ 20 para quem faz as indicações (os descontos variam de cidade para cidade).

Especialista alerta consumidor a verificar se realmente existe desconto real
O professor Victor Barcala, do Ibmec, explica que muitas vezes as empresas que dão os descontos encurtam a margem de lucro ao máximo. A intenção é aproveitar o momento para ganhar mercado. “É como se as empresas estivessem comprando uma fatia do mercado, fazendo com que o consumidor teste aquele produto”, diz.
“Muitos desses aplicativos existem desde antes da crise. Agora, no entanto, eles têm um apelo maior”
Víctor Bercala
Professor de Gestão de Vendas do Ibmec
Ele alerta, ainda, que o consumidor deve ficar atento para não levar gato por lebre. “Ele deve conferir se há desconto real em cada situação. Muitas empresas criam promoções falsas para gerar no consumidor a percepção de que ele está comprando algo mais barato”, pondera.
Troca
Já André Lacerda, presidente do Sindicato das empresas de Publicidade de Minas Gerais, aponta que existe uma “troca” na utilização d[/TEXTO]esses serviços de descontos on-line. A moeda de troca, explica, é ter as informações cadastrais do o usuário, que passa a fazer parte de um grande banco de dados, em troca da economia do consumidor.
“Há uma série de informações cadastrais do consumidor, bem como as características das compras que ele passa fazer e os lugares em que ele faz essas compras que passam a ser acessados pelas empresas. Fazendo uso de geoprocessamento, algoritmos (fórmulas computacionais) e outras ferramentas tecnológicas, você consegue rastrear o comportamento do consumidor. Muita gente transformou isso em produto”, avalia. Os dados servem para nortear estratégias de marketing.
Para o especialista, que explica que esse movimento é uma tendência global, uma grande questão no médio prazo é como os consumidores têm avaliado e tomam conhecimento do grau de informação cedido às empresas.
Colaborou Tatiana Moraes


 


          Fila para compra de gasolina no bairro Sion, em BH. Combustível estava saindo pela metade do preço, com aplicativo

Por dentro do “Cashback”
- Lojas parceiras anunciam nos sites e aplicativos de cashback (dinheiro de volta, em inglês)
- As empresas de cashback, por sua vez, revertem o valor anunciado, “recompensando” o cliente que faz compras nas lojas anunciadas com a “devolução” de um percentual, parte do dinheiro do produto comprado
- Algumas empresas de cash back devolvem o valor direto na conta bancária do cliente; em outras o dinheiro vira um bônus que precisa ser gasto dentro do sistema de lojas parceiras
- Além de lojas on-line, por meio do qual o sistema se popularizou, empresas como Méliuz e Be Blue passaram a disponibilizar o cash back para compras em lojas offline (na rua). O serviço começou a funcionar neste ano em Belo Horizonte
- Poup e Cashola são outros exemplos de serviços de cashback

SE QUERES A PAZ PREPARA-TE PARA A GUERRA



Marinha vai investir US$ 1,8 bi em novos navios

Estadão Conteúdo











A Marinha vai investir US$ 1,8 bilhão na construção, no Brasil, de quatro corvetas médias, da nova classe Tamandaré, de 2,7 mil toneladas. Pelo projeto, serão navios avançados, com ampla carga digital, sistemas e armamento de última geração.

O projeto vai atender à necessidade da Força de renovar seus meios de escolta e de emprego geral, além de contemplar futuros negócios no mercado internacional de equipamentos de Defesa. Cada unidade vai sair por US$ 450 milhões. Os estaleiros nacionais envolvidos no empreendimento trabalharão consorciados com empresas estrangeiras, especializadas na produção e desenvolvimento de embarcações militares, em regime de ampla transferência de tecnologia. Segundo o contra-almirante Petrônio Aguiar, diretor de gestão de projetos da Marinha, a iniciativa "contribuirá para a capacitação da Marinha no domínio do ciclo completo da produção de seus próprios navios".

Ao longo dos próximos meses, até o fim do ano, a Marinha cumprirá uma agenda de consultas técnicas aos estaleiros interessados no projeto, daqui e do exterior. O processo licitatório será encerrado em 2018. O início da construção está previsto para 2019 e as entregas serão feita no período de 2022 a 2025 - na cadência de um navio por ano.

A longo prazo, as encomendas podem chegar a 12 unidades. O Arsenal da Ilha das Cobras, no Rio, principal instalação industrial da Marinha nesse setor, será considerado na negociação, provavelmente nas tarefas de integração final dos sistemas.

Substituição
Há uma certa pressa na execução do processo. A frota de seis fragatas de 3,8 mil toneladas, mais duas de 4,4 mil toneladas, está completando 40 anos de atividade na Marinha brasileira. Passaram por um ciclo de modernização e receberam novos recursos de aperfeiçoamento em vários momentos durante o tempo de serviço. Mas, segundo especialistas militares ouvidos pelo Estado, um outro procedimento do mesmo tipo teria de ser muito extenso e os custos seriam elevados, com resultado incerto. O grupo será gradualmente retirado de operação na próxima década.

O conceito das corvetas Tamandaré faz delas uma espécie de minifragatas. A geração imediatamente anterior, a V-34 Barroso, construída no Brasil, desloca pouco mais de 1,7 mil toneladas - mil a menos que a nova classe. Claro, são os menores modelos de navios de combate, pouco confortáveis para a tripulação, têm menor capacidade de autonomia e de raio de ação, e também menores alcances dos sensores de vigilância e das armas. Todavia, cumprem a missão: em 2015, a Barroso integrou a Força Tarefa Marítima da ONU no Líbano, substituindo a fragata União.

Mais ampla, a V-35 Tamandaré terá espaço para receber os tubos de lançamento dos mísseis antinavio Mansup, brasileiros, da mesma classe dos Exocet MM-40/3, e os casulos de disparo vertical dos Sea Ceptor, antiaéreos, comprados da MBDA europeia. O desenho crítico das linhas do casco reduz a visibilidade nas telas do radar, dando à embarcação uma certa condição "stealth", de furtividade. A bordo haverá acomodações para 136 pessoas - tripulantes, mergulhadores, fuzileiros, mais pilotos e mecânicos do helicóptero orgânico, provavelmente configurado para o combate antissubmarino.

Plano revisto
Em 2010, como resultado da economia estável e da decisão do governo de reequipar as Forças Armadas, a Marinha apresentou o projeto ProSuper, destinado a renovar o conjunto de suas embarcações de superfície, compreendendo 11 navios, com investimentos estimados em US$ 6 bilhões.

O inventário abrangia, então, cinco fragatas de 6 mil toneladas, quatro navios-patrulha oceânicos, de 1,8 mil toneladas, e um navio de apoio, de 22 mil toneladas. Correndo por fora, poderia entrar na lista um gigante de múltiplo emprego, de 32 mil toneladas, capaz de transportar tropas, blindados, lançadores de foguetes, lanchas de desembarque e muitos helicópteros. Porém, faltou dinheiro, e o programa não avançou.

Mesmo com a escassez de recursos, a Marinha mantém em andamento avançado o programa ProSub, contratado com a Odebrecht Defesa e Tecnologia e a DCNS, da França, por cerca de ¤ 6,7 bilhões, e que resultará em quatro submarinos convencionais de 2,2 mil toneladas da classe Scórpene/Br, de tecnologia francesa, mais um de propulsão nuclear. O negócio cobre a construção do estaleiro de onde sairão os navios e de uma base de operações, tudo em Itaguaí, no litoral sul do Rio de Janeiro.


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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