domingo, 19 de março de 2017

HISTÓRIA DA ANIMAÇÃO MUNDIAL DO CINEMA - HANNA-BARBERA



Há 60 anos, o estúdio Hanna-Barbera criou clássicos e mudou a história da animação mundial

Paulo Henrique Silva








Manda-Chuva, Scooby-Doo, Leão da Montanha, Flitstones, Jetsons, Zé Colmeia, Jonny Quest, Dom Pixote e Pepe Legal são alguns dos personagens famosos do estúdio

Da primeira geração criada diante da babá eletrônica (o aparelho de TV) à criançada que se programa pelo YouTube, são poucos os que não conhecem essas duas palavras: Hanna-Barbera. Formado pelos nomes de dois animadores (William Hanna e Joseph Barbera), o estúdio de desenhos animados completa, em julho, 60 anos.

A produção não continua a mesma, principalmente após a concorrência do digital, mas o que criaram nas décadas de 1950, 60 e 70 foi tão forte que até hoje permanecem no imaginário popular. Afinal, quem não conhece Fred Flintstones, Scooby-Doo, Manda-Chuva, Homem-Pássaro, Zé Colmeia, Herculoides e Leão da Montanha?

“A Hanna-Barbera moldou o imaginário cultural do século 20, assim como a Disney e a Warner, estúdio de Pernalonga e Patolino, só que em outra vertente, pois pegou um nicho de mercado que estava nascendo nos anos 50: os desenhos para TV”, registra Sávio Leite, diretor mineiro de animações e organizador do festival Mumia.

Até aquela época, os desenhos eram feitos para exibição em cinema. William Hanna e Joseph Barbera começaram no departamento de animação da MGM Cartoons, responsáveis por Tom & Jerry, dupla que rendeu nada menos do que sete Oscar à produtora conhecida pela vinheta do leão rugindo, na abertura dos filmes.

Sem preconceito
“Produzir em larga escala para TV foi bom e ruim ao mesmo tempo. O lado ruim é que eram desenhos pobres esteticamente, porque precisavam ser feitos rapidamente, no formato de série. Assim eles usavam o mesmo cenário para desenhos diferentes, o que até gerou um preconceito contra eles”, analisa Sávio.

O outro lado da moeda é que, apesar dos poucos recursos, as histórias eram criativas e os personagens, cativantes. “Hoje você já os vê com outros olhos, porque os personagens eram graciosos e marcantes. E o fato de terem sobrevivido ao tempo é uma prova disso. O que fizeram mudou a história da animação mundial”, assinala.

Com os desenhos em permanente exibição (com um canal exclusivo para eles, o Tooncast), Sávio só lamenta que não há muitas publicações sobre o universo Hanna-Barbera, ao contrário dos muitos lançados sobre os personagens de Walt Disney. “Falta, por exemplo, uma enciclopédia sobre os personagens”.

Economia doméstica, educação dos filhos e fidelidade conjugal entre os temas abordados
Das dezenas de séries de animação da Hanna-Barbera que o roteirista Sylvio Gonçalves assistiu ao longo de sua infância, as que ele tem mais em conta são aquelas produzidas originalmente para exibição no horário nobre americano – sim, desenhos já tiveram a mesma importância numa grade que as novelas no Brasil.

“As fundamentais para a minha formação foram justamente as que tinham os adultos como público-alvo”, salienta Sylvio, enumerando “Manda-Chuva”, “Jonny Quest” e “Papai Sabe Nada”. O último, embora pouca gente se lembre, tinha o mesmo plot de “Os Flintstones” e “Os Jetsons”, focando o cotidiano de uma família, mas de forma mais satírica.

“É um legítimo precursor de ‘Os Simpsons’, tendo esboçado em desenho animado situações do mundo adulto, como economia doméstica, educação dos filhos e fidelidade conjugal, bem como questões típicas dos anos 1970, como movimento hippie e paranóia anticomunista”, recorda Sylvio.

O roteirista deve à série do “Manda-Chuva” a introdução à sátira social, “com histórias sobre excluídos que sobreviviam à margem de uma sociedade rígida e capitalista”.

Sobre “Jonny Quest”, afirma ser até hoje a melhor versão em desenho animado dos gêneros de aventura e espionagem, tendo antecipado cenários e situações que seriam repetidas incansavelmente nos filmes de James Bond e Indiana Jones”.
Nostalgia
O império Hanna-Barbera não continuou por muito tempo, o que explica o fato de poucos desenhos novos serem lançados ultimamente. Um marco dessa decadência foi a compra do estúdio pela Turner Broadcasting System, que passou a exibir os personagens antigos primeiramente no canal Cartoon (depois, no Boomerang e agora no Tooncast).

Quando a Turner se fundiu ao grupo Time-Warner, em 1996, a HB se tornou uma subsidiário da Warner Animation. Atualmente o estúdio só existe no nome, para licenciamento de produtos relacionados aos clássicos. Mas alguns personagens continuaram sob as asas da Warner, especialmente “Scooby-Doo”. Muitos deles passaram a ser melhor aproveitados na tela grande, em versões live action.





MORRE UMA LENDA DO ROCK N' ROLL - CHUCK BERRY



Pioneiro do rock n' roll, Chuck Berry morre aos 90 anos

AFP








A lenda do rock n' roll Chuck Berry morreu neste sábado aos 90 anos, disse a polícia do estado americano do Missouri. "O Departamento de Polícia do Condado de St. Charles confirma com tristeza a morte de Charles Edward Anderson Berry pai, mais conhecido como o músico lendário Chuck Berry", disse o departamento no Facebook.
A polícia respondeu a uma emergência médica em uma casa na área, que fica no leste do estado de Missouri, perto da cidade de St. Louis. Socorristas encontraram um homem inconsciente e não conseguiram reanimá-lo, disse o comunicado.
Berry, guitarrista e cantor, era conhecido por sucessos como "Roll Over Beethoven" e "Sweet Little Sixteen" nos anos 50 e 60. Considerado um dos criadores do rock'n roll, Chuck Berry ajudou a definir a cultura popular da década de 1950 e o futuro da música combinando o Rhythm & Blues, a guitarra country e uma performance única nos palcos.
Seu hit de 1958 "Johnny B. Goode" foi tão influente que foi escolhido pelo programa espacial dos Estados Unidos para representar o gênero rock para possíveis ouvintes extraterrestres na sonda espacial Voyager. No último 18 de outubro, ao completar 90 anos, Berry anunciou o lançamento do seu primeiro álbum em 38 anos.
O álbum, intitulado "Chuck", foi gravado em um estúdio perto de Saint Louis, sua cidade natal, e deve ser lançado no decorrer deste ano. Berry, considerado um dos melhores guitarristas de todos os tempos, dedicou o disco à sua esposa, Themetta Berry, com quem viveu durante os últimos 68 anos.
"Querida, estou ficando velho! Trabalhei durante muito tempo neste disco. Agora posso pendurar as chuteiras", disse o cantor então em um comunicado.
Berry gravou o novo álbum com a banda que lhe acompanhou durante duas décadas de apresentações no Blueberry Club em Saint Louis e na qual seu filho Charles Berry Jr. toca guitarra. Chuck Berry foi parte do primeiro grupo de cantores a entrar no Hall da Fama do Rock and Roll de Cleveland (Ohio) em sua abertura, em 1986.


sábado, 18 de março de 2017

ESCÂNDALO DA CARNE NO BRASIL REPERCUTE NO MUNDO



Imprensa internacional repercute Operação Carne Fraca da PF

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte









A imprensa internacional repercutiu a deflagração da Operação Carne Fraca nesta sexta-feira (17), pela Polícia Federal, com foco no combate à corrupção de agentes públicos federais e crimes contra a saúde pública, que colocou sob os holofotes grandes empresas do setor, como a JBS e a BRF.

De acordo com o jornal argentino Clarín, com informações da AFP, a operação chamada em espanhol de "carne débil", representa um "escândalo no Brasil" que desmantelou uma "gigante rede de carne adulterada para exportação". A publicação ainda destacou que as ações de grupos como JBS - dona das marcas Big Frango e Seara Alimentos - e a BRF - dona da Sadia e Perdigão, registraram fortes perdas na Bolsa de São Paulo.

O jornal catalão La Vanguardia destacou que a Polícia Federal desmantelou "uma gigantes organização criminosa que envolvia várias das maiores produtoras de carnes do país, que subornava agentes sanitários para poder vender carne adulterada, imprópria para o consumo e até vencida".

A matéria do Wall Street Journal sobre a operação repercutiu a informação de que ao menos um executivo da JBS é alvo da investigação e que 1.100 policiais de sete estados brasileiros trabalham na ação.

O Financial Times destacou que as principais empresas do setor de carne do Brasil "mergulharam em uma massiva investigação de fraude".

"As ações das principais empresas do setor no Brasil, incluindo a maior companhia de proteína do mundo, a JBS, baseada em São Paulo, despencaram após a polícia anunciar uma investigação de corrupção contra as empresas", segundo matéria do FT.

O jornal britânico ainda repercutiu que autoridades do ministério de Agricultura e Pesca em três estados brasileiros teriam agido para proteger os grupos e seus parceiros comerciais.

O espanhol El Pais, em sua versão em português, destacou a informação de que o atual ministro da Justiça, Osmar Serraglio, foi citado em uma conversa grampeada pelas autoridades da operação. " A notícia de que mais um ministro de Michel Temer se vê envolvido em um escândalo de corrupção pode complicar a estratégia do Planalto de não falar sobre os aliados implicados em investigações", segundo a publicação.

GRAMPOS TELEFÔNICOS SÃO O ASSUNTO NOS EUA



Trump discute comércio, imigração e Otan em visita de Merkel à Casa Branca

Estadão Conteúdo 










Presidente dos EUA, Donald Trump, e primeira ministra da Alemanha, Angela Merkel


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discutiu comércio, imigração e o financiamento da Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan) com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, nesta sexta-feira, no primeiro encontro dos dois líderes desde a eleição norte-americana, em novembro.

Ambos disseram que a reunião foi produtiva e reafirmaram os laços entre os países. Trump começou dizendo reconhecendo a importância da Otan, mas reiterou seu pedido para que os aliados do outro lado do Atlântico façam mais para contribuir com o orçamento da organização militar.

O norte-americano também voltou a defender que ambos os países deveriam trabalhar em uma política comercial que beneficiasse ambos os lados. Desde a campanha presidencial, o republicano vem tecendo críticas ao governo em Berlim e também de outros países, que estariam, a seu ver, prejudicando os Estados Unidos ao se aproveitarem, por exemplo, de um euro desvalorizado para promover indevidamente suas exportações.

"Não sou isolacionista, mas defendo o comércio justo", afirmou a um jornalista que o questionou por sua postura protecionista. "Não queremos uma situação igualitária, queremos justiça", completou.

Merkel, por sua vez, reiterou seu apoio ao livre comércio e disse concordar com o republicano que as trocas entre os países precisam ser uma situação de "ganha-ganha" para todos. Nesse sentido, ela pediu a volta das negociações do acordo comercial entre os EUA e a União Europeia.

A chanceler alemã também elogiou o compromisso assumido por Trump em relação à Otan e disse que seu governo está trabalhando para atingir a meta de contribuição com os gastos militares da Otan. "A Alemanha vai continuar a trabalhar em direção à meta de 2,0% do Produto Interno Bruto (PIB) de gastos com a Defesa", prometeu.

Os dois líderes disseram que irão trabalhar conjuntamente na questão da imigração e que o tema é importante para a segurança interna. "A imigração é um privilégio, não um direito", disse Trump, reiterando seu compromisso na proteção dos cidadãos norte-americanos e na luta contra o terrorismo. Merkel, por sua vez lembrou que o enfrentamento da questão também precisa contemplar a ajuda ao desenvolvimento de países ameaçados por conflitos.

Trump, por fim, voltou a acusar o governo de Barack Obama de colocar escutas durante a campanha presidencial de 2016. "Ao menos temos algo em comum", disse, apontando para Merkel. Em 2014, foi revelado que o governo norte-americano, com o conhecimento de Obama, montou uma operação de espionagem em larga escala sobre o governo alemão, incluindo a chanceler. Na coletiva de hoje, Merkel preferiu não comentar o assunto.





AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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