terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

TRUMP DESCENDENTE DE ALEMÃES DEVERÁ FAZER CONCESSÕES PARA A ALEMANHA



Alemanha vai buscar posições conjuntas com Trump 'onde for possível', diz Merkel

Estadão Conteúdo 








Chanceler da Alemanha, Angela Merkel



A Alemanha vai buscar um terreno comum com o presidente dos Estados Unidos, Donald, Trump, "onde for possível", afirmou nesta segunda-feira a chanceler Angela Merkel.

"Iremos tentar encontrar o máximo possível de posições conjuntas", afirmou Merkel, reiterando a importância da Aliança do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e a necessidade da Alemanha de "fazer mais na área de defesa".

Maior economia da Europa, a Alemanha teve nos Estados Unidos o maior parceiro comercial em 2015, com as exportações superando significativamente as importações. Berlim se preocupa com a possibilidade de uma abordagem mais protecionista em Washington.

"Iremos ver, assunto por assunto, as áreas em que podemos cooperar e aquelas em que temos opiniões diferentes", ela afirmou sobre o governo Trump. "Mas é do interesse da Alemanha reforçar as posições conjuntas onde elas existe, da cooperação em inteligência à questões de defesa e, claro, no fato de que os EUA são o maior parceiro comercial da Alemanha".

FESTA PARA A RAINHA ELIZABETH NO REINO UNIDO



Rainha Elizabeth faz história e se torna monarca mais longeva do Reino Unido

Estadão Conteúdo 









A Rainha assumiu o trono britânico aos 25 anos, após a morte de seu pai, em 1952


Adorada pela população britânica, a Rainha Elizabeth II faz hoje mais um registro histórico ao ser a primeira monarca a obter o Jubileu de Safira. Neste 6 de fevereiro, ela completa 65 anos de reinado. Nesta manhã, a guarda real montada realiza uma encenação próxima ao Palácio de Buckingham, no Green Park, acompanhada pela população local e por turistas. Trechos da apresentação eram exibidos por canais de televisão.

Apesar da data inédita, não há previsão de qualquer comemoração especial, além da que já é realizada todos os anos. Como faz sempre no Dia de Ascensão, a rainha deve passar o dia em uma propriedade particular, em Norfolk, sem a previsão de comparecer a eventos públicos. A expectativa por uma celebração maior, de grande escala, poderá ser vista apenas em 2022, quando Elizabeth poderá atingir o "Platinum Jubilee", o Jubileu de Platina. Nessa data, a rainha estará com 96 anos de idade.

A data histórica para a realeza britânica se dá em meio ao processo de discussão, no Parlamento, do Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia. Elizabeth II nasceu em Londres e ascendeu ao trono aos 25 anos, após a morte de seu pai, em fevereiro de 1952. Sua coroação, no entanto, - a primeira a ser televisionada - ocorreu apenas no ano seguinte.

JUIZ SERGIO MORO EM NOVA YORK



Em Nova York, Moro afirma que não há motivação política na 'Lava Jato'

Estadão Conteúdo 










"Não há ações de motivação política na 'Lava Jato'", afirmou nesta segunda-feira, 6, o juiz federal Sérgio Moro, em palestra na Columbia University, em Nova York. O magistrado se contrapôs a reclamações de críticos da "Lava Jato" que apontam a ação da Justiça com foco exclusivamente político. "Alguns reclamam e dizem que a Operação provoca a criminalização da política. Mas não é adequada esta avaliação. O problema é quem cometeu crimes", destacou.

De acordo com Moro, as avaliações dos promotores e juízes que atuam na "Lava Jato" são baseadas em evidências e não em avaliações pessoais ou políticas. Ele apontou que a Operação permitiu o julgamento e condenação de executivos de construtoras e isso também aconteceu com alguns ex-parlamentares, mas em primeira instância. "Contudo, graças ao STF não precisamos mais esperar a condenação do acusado por um longo tempo", disse Moro.

Na avaliação do juiz, a Operação "Lava Jato" 'é uma grande oportunidade para combater o crime de pessoas poderosas' no Brasil. Ele observou que antes da "Lava Jato", normalmente o sistema de Justiça do País não trabalhava bem com casos complexos relativos a pagamento de propinas e corrupção. "Acusados poderosos conseguem postergar ações judiciais", comentou.

Para Moro, o foro privilegiado de autoridades perante o Supremo Tribunal Federal ‘muitas vezes funciona como um escudo para proteção’. "Mas o Supremo atuou contra poderosos no caso do Mensalão", apontou.

Combate à corrupção

Moro afirmou ainda que "talvez a Operação 'Lava Jato' deu ao Brasil a oportunidade para superar a prática vergonhosa de corrupção." Segundo ele, no longo prazo o País "será mais competitivo e os custos de contratos baixarão."

Na avaliação do magistrado, a "Lava Jato" trará mais estabilidade para decisões de investimento no Brasil. "Se não fizermos o combate a crimes, baixará a confiança na lei e na democracia", disse. "Temos que ser otimistas. O que fizemos até agora com a 'Lava Jato' é muito importante", apontou. "Talvez em alguns anos o combate à corrupção será motivo de orgulho para os brasileiros", o que fortalecerá o sistema democrático do País.

Moraes

O juiz indicou que "não tem autoridade" para falar sobre ministros do Supremo Tribunal Federal. Fontes de Brasília apontam que o presidente Michel Temer poderá escolher o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para ocupar a vaga deixada pelo juiz Teori Zavascki, que morreu em um acidente de avião. "Estou longe do Brasil e não vi notícias sobre o Supremo", apontou. "Se o presidente escolher o ministro da Justiça, boa sorte. Mas não tenho comentários."

Moro fez elogios ao ministro Edson Fachin, atual relator da "Lava Jato" no STF. "É um grande jurista. Ele teve importantes decisões mostrando que trabalha de forma independente."

A CRISE ECONÔMICA E POLÍTICA AFETA OS MAIS POBRES



A causação circular

Paulo Haddad / 07/02/2017 - 06h00







Quando se vive uma crise econômica muito profunda, capaz de nos atormentar, há uma tendência de acreditarmos, em algum momento, que se chegou ao fundo do poço e que tudo tende a melhorar a partir daí. Muitas vezes um espasmo mensal de crescimento no ciclo econômico passa a ser confundido com o início de uma nova fase de prosperidade da economia.
A expansão do emprego localizada em um setor específico faz surgir esperança de que as taxas de desemprego irão diminuir de forma generalizada ou a ilusão de que o reequilíbrio de força entre as potências econômicas mundiais será alterado por causa de novo evento político e que o processo de globalização econômico-financeira vai se redinamizar e abrir novas oportunidades de comércio.
A dificuldade maior é que, em economia, muitas vezes, existe um fenômeno denominado de causação circular de efeitos acumulativos, de tal forma que uma ação gera reações que se acumulam e se aprofundam na mesma direção em um ciclo vicioso e não na direção oposta de um reequilíbrio virtuoso.
Por exemplo, um país mais pobre e de baixa renda não dispõe da poupança necessária para financiar os investimentos que poderiam ampliar a sua capacidade produtiva com mais fábricas, mais áreas agricultáveis, mais infraestrutura econômica e social e mais empregos. Menor capacidade produtiva significa menor capacidade de gerar uma renda nacional maior, o que está associado com menor nível de poupança da sociedade. Fecha-se, assim, o ciclo vicioso da pobreza, ou seja, pobreza gera mais pobreza.
O mesmo pode ser dito da recessão econômica: recessão econômica gera mais recessão econômica e não um eventual fundo do poço a partir do qual pode ocorrer um processo de retomada econômica. O fundo do poço da economia é uma imagem ilusória da síndrome do W e do V, segundo a qual após a queda do nível de renda e de emprego, em algum momento deverá emergir, pelas forças do mercado, a retomada do crescimento (V), ainda que possa vir a ocorrer um duplo mergulho seguido de uma dupla retomada (W).
Há três mecanismos através dos quais o processo recessivo de hoje pode se tornar o embrião da recessão econômica de amanhã. Em primeiro lugar, se a recessão se prolonga, cria-se uma capacidade ociosa nas fábricas e na infraestrutura da economia, o que não incentiva novos investimentos que poderiam propulsionar os níveis de emprego e de renda. Não se investe porque fica a impressão de que se investiu em excesso no passado.
Em segundo lugar, desempregados não têm renda para financiar os seus gastos de consumo, por isso reduzem a demanda de encomendas às empresas que são induzidas a desempregar mais. O desempregado de hoje poderá ser a causa do desempregado de amanhã, enredados pela causação circular acumulativa da recessão.
Em terceiro lugar, o governo que poderia realizar investimentos adicionais em infraestrutura e ativar os efeitos multiplicadores de emprego e renda, não tem como financiá-los diante da redução persistente de receitas tributárias num regime recessivo.
Como interromper essa causação circular que acumula mazelas sociais e mal-estar econômico? Como iniciar um processo de causação circular onde o empregado de hoje poderá favorecer o empregado de amanhã, onde o gasto público se multiplique em receita pública e o consumo reative os negócios?
É necessário construir as bases de uma nova política econômica de ajuste com crescimento a qual, de início, precisa acelerar a queda nas taxas de juros a fim de oxigenar as expectativas dos agentes econômicos. Não é possível conviver com taxas de juros nos limites da agiotagem financeira, que sufocam empresas e governos endividados e ampliam os ganhos especulativos dos detentores da riqueza financeira nacional.
Keynes dizia que o capitalismo somente poderia encontrar legitimidade se as pessoas de rendas mais modestas continuassem a acreditar que as pessoas mais ricas mereciam sua sorte graças às suas contribuições construtivas para a sociedade, e não graças à especulação e ao roubo.

VÁRIOS RECADOS SOBRE O CONTROLE DAS BIG TECHS

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