segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

DESASTRE AÉREO COM AVIÃO RUSSO



Equipes de emergência resgatam 11 corpos de vítimas de acidente aéreo na Rússia

Estadão Conteúdo






Corpos das vítimas são resgatados no mar

Sochi, Rússia, 25/12/2016 - Equipes de emergência resgataram neste domingo 11 corpos de vítimas e fragmentos do avião russo que caiu pela manhã no Mar Morto, pouco depois de decolar. Os trabalhos seguiam pela madrugada, na tentativa de encontrar mais passageiros e a tripulação. O ministro dos Transportes russo, Maxim Sokolov, disse que mais fragmentos e outros corpos já foram encontrados.

No total, 84 passageiros e oito tripulantes estavam a bordo do avião militar russo que caiu dois minutos após decolar da cidade de Sochi. Dentre os passageiros estavam dezenas de cantores do coro militar da Rússia. O avião levava o coro do Ministério da Defesa, o famoso Conjunto Alexandrov, para um concerto de Ano Novo na base aérea de Hemeimeem, na província de Latakia, região costeira com a Síria. Também estavam a bordo nove jornalistas russos e um médico russo famoso por seu trabalho em zonas de guerra.

Mais de 3 mil pessoas trabalham no resgate - incluindo mais de 100 mergulhadores. Helicópteros, drones e submersíveis também estavam sendo usados para ajudar a detectar corpos e detritos.


Investigadores disseram que estão analisando todas as causas possíveis para o acidente, incluindo um ataque terrorista. Peritos salientaram fatores que sugerem um ataque terrorista, como a falta de qualquer relato da tripulação sobre mau funcionamento da aeronave e o fato de que os detritos do avião estão espalhados por uma ampla área.

"Faremos uma investigação completa das razões e faremos de tudo para apoiar as famílias das vítimas ", disse o presidente russo, Vladimir Putin, em pronunciamento na televisão, quando também declarou esta segunda-feira como dia de luto nacional.

PORTA-AVIÕES CHINÊS NAVEGA NO OCEANO PACÍFICO



Porta-aviões chinês navega pela primeira vez no Pacífico

Estadão Conteúdo








O único porta-aviões chinês navega para o Pacífico em sua primeira viagem no oceano, informou neste domingo a imprensa oficial, num momento de grande tensão com Taiwan agravada por comentários do futuro presidente americano Donald Trump.
Esta saída fora dos limites das águas do Mar da China é a primeira do porta-aviões construído na União Soviética e comprado pela China, indicou em seu site o Global Times. O navio entrou em serviço em setembro de 2012.
"Uma frota da Marinha chinesa, incluindo o porta-aviões Liaoning, dirigiu-se para o Pacífico no sábado para exercícios", anunciou a agência de notícias Xinhua.
Não há informações sobre a duração dos exercícios no Pacífico nem da rota escolhida pela frota. O Liaoning, que fica estacionado em Dalian, no nordeste da China, deve logicamente entrar no Pacífico atravessando a cadeia de ilhas que separa Taiwan do sul do Japão.
O ministério da Defesa japonês declarou neste domingo que observou um dia antes um grupo aeronaval, composto de sete aparelhos além do porta-aviões: três destroyers, três fragatas e um navio de abastecimento.
Segundo a Xinhua, o porta-aviões realizou na última semana exercícios no Mar Amarelo, entre as costas coreanas e chinesas. O Liaoning foi acompanhado por "vários destroyers e fragatas".
Sexta-feira, caças J-15 "decolaram do Liaoning, realizando exercícios, tais como reabastecimento e confronto", disse a fonte.
A marinha chinesa também havia anunciado em 15 de dezembro que o porta-aviões havia realizado seu primeiro exercício com disparos reais, incluindo uma dúzia de mísseis, no Mar de Bohai, dentro da costa chinesa.
Estes exercícios acontecem em um momento de tensão entre Pequim e Taiwan, na sequência de uma conversa telefônica entre Donald Trump e a presidente de Taiwan.
O regime comunista proíbe todo contato oficial entre países estrangeiros e Taiwan, que considera uma de suas províncias. Pequim não descarta o uso da força para restaurar sua soberania sobre a ilha.
A televisão estatal CCTV transmitiu em meados de dezembro imagens de caças decolando do porta-aviões, alvos explodindo em chamas e uma chuva de mísseis disparados para o ar.
Mas a real força do Liaoning permanece desconhecida. Os pilotos de aviões de caça ainda estão aprendendo a pousar, uma técnica difícil que os exércitos ocidentais relutam em ensinar para a China.
O Exército chinês procura se modernizar, especialmente para fazer frente aos Estados Unidos no Mar da China Meridional, uma zona reivindicada por Pequim.
Os Estados Unidos enviaram em várias ocasiões seus navios de cruzeiro nesta região, onde a China expande ilhas que ela controla para apoiar suas reivindicações.
A Marinha chinesa apreendeu em 15 de dezembro no Mar da China Meridional um drone submarino americano antes de devolvê-lo cinco dias depois. Pequim está construindo sua segundo porta-aviões, totalmente projeto no país, segundo anunciou em dezembro de 2015 o ministério da Defesa.

PRECISAMOS RENOVAR O QUADRO POLÍTICO DO BRASIL



Partidos aguardam fim da 'Lava Jato' para fechar acordos, de olho em 2018

Tatiana Moraes 









De acordo com pesquisas, Marina Silva pode derrotar Lula em um possível 2º turno

Dois mil e dezessete ainda não começou, mas o foco da classe política já está no pleito presidencial de 2018. Ao contrário dos anos anteriores, as negociações entre os partidos para compor chapa ainda estão turvas. Afinal, com a Operação “Lava Jato” a todo o vapor, as legendas devem deixar a formalização dos apoios para a última hora.
Entre os mais cotados para a corrida presidencial estão Lula (PT), que lidera as pesquisas em primeiro turno; o atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT); o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB); o senador Aécio Neves (PSDB), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), a ex-senadora Marina Silva (Rede), o empresário e apresentador de TV Roberto Justus, e Jair Bolsonaro (PSC).
O PMDB, menina dos olhos da política por possuir a maior bancada e, consequentemente, por arrastar um maior número de aliados, aguarda decisão da “Lava Jato” para decidir qual lado tomar.
“Não tem nada de significativo costurado. O partido está esperando acabar a ‘Lava Jato’ para saber, inclusive, quem poderá se candidatar”, afirma uma fonte que não quis se identificar. Atualmente aliado do PSDB, o relacionamento do presidente Michel Temer (PMDB) com o partido está bambo.
Ainda é cedo
Bruno Reis, professor de Ciências Políticas da UFMG, ressalta que, com o cenário político conturbado, ainda é cedo para falar em uma polarização nas próximas eleições.
“Não podemos descartar Lula nem Alckmin como candidatos, o cenário é de extrema fragmentação e, por isso, outros atores têm chances reais de serem eleitos”, analisa.
Como exemplo, ele cita Marina Silva, que, segundo pesquisas eleitorais, é capaz de vencer Lula em um segundo turno. Ciro Gomes (PDT) é outro nome forte que tem se destacado tanto nos bastidores políticos quanto nos meios de comunicação, com opiniões vorazes.
Há, ainda, candidatos impulsionados pela descrença da população nos políticos de longa data. O empresário e apresentador de TV Roberto Justus é um deles.
“O Justus é a prova de que ricos e influentes não podem ser descartados como candidatos no atual cenário político. Afinal, é necessário dinheiro para bancar a campanha e um bom programa de marketing para se destacar com as mudanças na legislação eleitoral”, justifica.
Outro nome que tem se fortalecido é o de Bolsonaro. “Não acredito na viabilidade dele se eleger. Mas a crescente visibilidade de Bolsonaro também é sintoma da fragilidade do sistema político”, ressalta.