quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

OS POLÍTICOS BRASILEIROS ENROLADOS COM A ODEBRECHET DIZEM QUE ELA ESTÁ MENTINDO



EUA e Suíça anunciam nesta quarta acordo de leniência com Odebrecht e Braskem

Estadão Conteúdo 







Os Estados Unidos e a Suíça anunciarão nesta quarta-feira, 21, o acordo firmado com a Odebrecht e com a Braskem no âmbito da Operação Lava Jato. A Odebrecht assinou o acordo com o Ministério Público brasileiro no último dia 1º e a Braskem, no dia 14. A multa do acordo global chegou a R$ 6,9 bilhões, sendo R$ 3,8 bilhões pagos pela Odebrecht e R$ 3,1 bilhões pela Braskem. O valor foi acertado pelo Brasil com os Estados Unidos e com a Suíça em troca da suspensão de ações contra as duas empresas que estão ou poderiam ser abertas nos dois países.

A reportagem apurou que a maior parte do valor negociado ficará com o Brasil: o correspondente a R$ 5,3 bilhões, quase 80% do total. O restante será dividido entre Estados Unidos e Suíça. No Brasil, o acordo de leniência funciona como uma espécie de delação premiada para a pessoa jurídica.

Nesta quarta-feira, 21, o Departamento de Justiça norte-americano, o Ministério Público brasileiro e a Procuradoria Suíça devem divulgar comunicado sobre o acordo assinado. Será a primeira manifestação oficial da Procuradoria-Geral da República sobre a negociação com a empreiteira, já que todo o material é mantido sob sigilo no Brasil.



O acordo é assinado entre os três países onde as empresas admitem ter cometido crimes. Na Suíça, desde 2014 a Odebrecht é investigada. A Procuradoria do país europeu já bloqueou mais de mil contas suspeitas de serem usadas para pagamentos suspeitos no exterior, realizados por meio do Setor de Operações Estruturadas, o departamento de propina da empresa.

A negociação da multa com os Estados Unidos foi o último impasse negociado pela Odebrecht antes de assinar os acordos no Brasil. Os americanos exigiam da empresa, além de valor mais alto do que estava sendo negociado, uma forma de pagamento diferente do proposto pela empresa: com parcelamento reduzido.

Nas tratativas com os americanos, a empresa justificava que era preciso respeitar o que é chamado, em inglês, de "ability to pay" - ou capacidade de pagar. Isso significa que a multa não poderia ser tão pesada a ponto de evitar que a empresa consiga se recuperar financeiramente e se recolocar no mercado.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O BRASIL VALORIZA MAIS A RETIRADA DA MATÉRIA PRIMA DO QUE A SUA TRANSFORMAÇÃO



Vale inaugura superprojeto no Pará para produzir minério de ferro a baixo custo

Estadão Conteúdo 






Queda de ações da Vale refletem preocupações de investidores com a China

A Vale inaugurou neste sábado, 17, o maior projeto de mineração do mundo, o S11D, que produzirá minério de ferro ao custo de US$ 7,7 por tonelada, 41% menos do que a média. Além da excelente qualidade do minério, que permite o aproveitamento sem a formação de dejetos e de barragem, o projeto tem a vantagem de economizar energia, já que substitui o óleo diesel usado em caminhões, utilizado nas demais minas, por energia elétrica. O abastecimento é garantido pela usina hidrelétrica de Tucuruí, também instalada no Pará.

No S11D, a Vale vai retirar o minério de ferro em mina localizada na Floresta Amazônica, mais precisamente da reserva ambiental da Floresta Nacional de Carajás. A mineradora está na região, na verdade, desde 1985, em município vizinho, de Paruapebas, mas atuando de forma tradicional, com todas as implicações ambientais e econômicos que isso implica.

A inauguração de hoje, no município de Canaã do Carajás, será de apenas um dos quatro blocos com potencial mineral de 10 bilhões de toneladas. Ainda não há previsão, no entanto, de exploração das outras três áreas. A cotação internacional do minério está baixa e a Vale não tem a intenção de contribuir com a queda dos preços aumentando ainda mais a oferta da commodity.

Além disso, a exploração da Floresta Amazônica exige uma longa negociação com o Ibama. Até que chegasse ao dia de hoje, a Vale levou 15 anos. O S11D foi idealizado em 2001, mas a licença de operação saiu há dez dias.


EL NINO É O RESPONSÁVEL PELO SURTO DE ZIKA



Surto de Zika é estimulado pelo El Niño de 2015, diz estudo

Agência Brasil 








O estudo revelou que em 2015, quando ocorreu o surto de Zika, o risco de transmissão foi maior na América do Sul.

O surto de Zika na América do Sul foi estimulado pelo fenômeno El Niño de 2015, segundo novo estudo divulgado nessa segunda-feira (19), prevendo que um potencial risco de transmissão sazonal para o vírus, transmitido pelo mosquito, pode existir no Sudeste dos Estados Unidos, Sul da Europa e outros lugares durante o verão.
O estudo, publicado na revista americana Proceedings of the National Academy of Science, utilizou um novo modelo epidemiológico que analisa como o clima afeta a propagação de Zika pelos seus principais vetores, o mosquito da dengue (Aedes aegypti) e o mosquito asiático (Aedes albopictus).
De acordo com pesquisadores da Universidade de Liverpool, o modelo utilizou a distribuição mundial de ambos os vetores, bem como fatores dependentes da temperatura, entre eles taxas de picada de mosquitos, taxas de mortalidade e taxas de desenvolvimento viral, para prever o efeito do clima na transmissão do vírus.
O estudo revelou que em 2015, quando ocorreu o surto de Zika, o risco de transmissão foi maior na América do Sul.
Os pesquisadores acreditam que isso é provavelmente devido a uma combinação do El Niño - fenômeno que ocorre naturalmente, com temperaturas acima do normal no Oceano Pacífico e provoca condições climáticas extremas em todo o mundo - e mudanças climáticas, criando ambiente propício para os vetores do mosquito.
O El Niño ocorre de três a sete anos em intensidade variável, como o fenômeno de 2015, apelidado de "Godzilla", um dos mais fortes já registrados. Os efeitos podem incluir a seca severa, as chuvas pesadas e as elevações da temperatura na escala global.
Cyril Caminade, um pesquisador de epidemiologia e população que liderou o trabalho, disse em comunicado: "Foi sugerido que o vírus Zika provavelmente chegou ao Brasil a partir do Sudeste Asiático ou pelas ilhas do Pacífico em 2013. No entanto, o nosso modelo sugere que foram as condições de temperatura relacionadas com o El Niño de 2015 que desempenharam papel fundamental na ocorrência do surto - quase dois anos após a crença de que o vírus fosse introduzido no continente."
"Além do El Niño, outros fatores críticos podem ter desempenhado um papel na ampliação do surto, como a população sul-americana não exposta, o risco representado pelas viagens e o comércio, a virulência da estirpe do vírus Zika e outras infecções como a dengue".
Os pesquisadores disseram que o estudo prevê potencial risco de transmissão sazonal para o vírus Zika, no Sudeste dos Estados Unidos e, em menor escala, no Sul da Europa, durante o verão no Hemisfério Norte.
Eles também planejaram adaptar o modelo a outros vírus, como da chikungunya, com o objetivo de desenvolver sistemas de alerta precoce que poderiam ajudar as autoridades de saúde pública a se preparar ou até mesmo a prevenir futuros surtos.
A Organização Mundial da Saúde declarou recentemente que a Zika, que está ligada a defeitos congênitos e complicações neurológicas, não será mais tratada como emergência internacional, mas como  "desafio duradouro de saúde pública."

ATENTADO NA ALEMANHA SEMELHANTE AO ATENTADO DE PARIS



Caminhão atinge mercado de Natal em Berlim e mata nove pessoas

Folhapress
Hoje em Dia - Belo Horizonte








Carreta invadiu mercado em Berlim

Um caminhão atingiu um mercado de Natal lotado no centro de Berlim na noite desta segunda-feira (19). Segundo a polícia, pelo menos nove pessoas morreram e 50 ficaram feridas no incidente. Ainda de acordo com a polícia, um dos ocupantes do caminhão foi preso -investiga-se se ele é o motorista. Um segundo ocupante morreu no local. O porta-voz da polícia afirmou à rede de TV ZDF que o suspeito foi preso próximo ao local do ataque.
A polícia alemã suspeita que tenha sido um atentado como o de Nice, na França, onde 86 pessoas morreram ao serem atropeladas por um caminhão durante a celebração do Dia da Bastilha, em julho.
O mercado fica em frente à Igreja Kaiser-Wilhelm, mantida em ruínas após a Segunda Guerra Mundial e um ponto turístico de Berlim. O local fica na avenida Kurfürstendamm, que abriga um intenso comércio e que era o centro de Berlim Ocidental durante a Guerra Fria.
"Eu ouvi um grande barulho e então fui em direção ao mercado de Natal e vi muito caos, vários feridos. Foi realmente traumático", disse o jornalista Jan Hollitzer, do jornal "Berliner Morgenpost". A Redação do diário fica em frente à praça onde ocorreu o incidente.
Uma turista disse à rede CNN que o caminhão aparentava estar a uma velocidade de 65 km/h quando atropelou as pessoas. Segundo o jornal "Der Tagesspiegel", o caminhão tinha placa polonesa. A polícia pediu aos berlinenses que não saiam de casa e não espalhem rumores. A corporação informou, porém, que não há mais situação de perigo na região do ataque.
O prefeito de Berlim, Michael Müller, visitou o local do ocorrido. "Nossos pensamentos estão com as vítimas e feridos", afirmou Müller. "O que se vê aqui é dramático."
A chanceler alemã, Angela Merkel, está reunida com o ministro do Interior, Thomas de Maizière, e deve falar em breve sobre o atentado. O porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, afirmou: "Estamos de luto e esperamos que os numerosos feridos recebam a ajuda necessária".
O responsável pelo mercado, um dos mais tradicionais de Berlim, afirmou à imprensa alemã que a feira ficará fechada por tempo indeterminado.