sábado, 10 de dezembro de 2016

EXPANSÃO DA AGROPECUÁRIA AMEAÇA OUTRAS ESPÉCIES



Agropecuária ameaça 5% das espécies

Estadão Conteúdo 






O Brasil lançou nesta quinta-feira (8) a nova edição do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, pela primeira vez com uma avaliação sobre quase todas as espécies de vertebrados que habitam os biomas terrestres e marinhos do Brasil e sobre uma parcela inédita dos invertebrados. O trabalho analisou o status de conservação de 12.254 espécies, seu risco de extinção e os motivos para isso e concluiu que a perda de hábitat provocada pela atividade agropecuária ameaça pelo menos 5% delas.

Do total de espécies investigadas, 1.173 são enquadradas em algum nível de risco de extinção (vulnerável, em perigo ou criticamente em perigo). E a agropecuária é fator de pressão sobre quase 600, liderando como a principal ameaça. Na sequência, para os animais terrestres, vem a destruição de ecossistemas causada pela expansão urbana e por ações relacionadas à geração e à transmissão de energia - esta especialmente importante na Amazônia por causa das hidrelétricas. Para as espécies marinhas, a quase totalidade dos animais em risco sofre com a pesca desordenada.

Extinção zero

O diagnóstico foi apresentado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) durante a 13.ª Conferência de Biodiversidade da ONU, que é realizada em Cancún (México), como uma estratégia do País para o cumprimento de metas internacionais de combate à perda da biodiversidade. Uma delas prevê que se zere a extinção no mundo a partir de 2020.

Na prática, explica Claudio Maretti, do ICMBio, que apresentou o trabalho em Cancún, a partir daquele ano "nenhuma espécie pode piorar seu nível de risco de extinção". O ministro do Ambiente, Sarney Filho, que esteve na conferência no fim de semana passado, também lançou um compromisso de que 10% da espécies brasileiras listadas como ameaçadas melhorem seu status até 2020.

Segundo Maretti, daí vem a necessidade de análises amplas como as feitas pelo Livro Vermelho, que aponta, para cada uma das 1.173 espécies, o grau de perigo e a principal ameaça a ela. A lista de espécies propriamente dita já era conhecida há quase dois anos, mas é com o livro que são fornecidas as informações para balizar políticas públicas de conservação.

"É a avaliação que permite entender o que está acontecendo e quais espécies têm de ter restrição de uso e de captura ou que precisam de nova áreas protegidas", afirma Maretti. Ele destaca, por exemplo, a situação do caranguejo guaiamum (Cardisoma guanhumi). "Ele está na lista como criticamente ameaçado e fomos checar a situação com as comunidades locais. Percebemos que a principal causa não era a captura excessiva, mas a perda de hábitat, a destruição do mangue provocada em parte pelas fazendas de camarão. Um processo extrativista controlado pode até ajudar a proteger a espécie e a repovoar esses locais. Então precisamos fazer essas adequações." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

ÔNIBUS ELÉTRICOS CONTRA A POLUIÇÃO



China financiará ônibus elétricos no Brasil

Estadão Conteúdo






O Banco de Fomento da China vai abrir em 2017 uma linha de crédito de R$ 1 bilhão para investimentos no Brasil na construção de ônibus elétricos e painéis solares. A linha será aberta para a BYD, chinesa líder do setor e que mantém uma fábrica de ônibus elétricos em Campinas, no interior de São Paulo.

Em fevereiro, a companhia asiática vai abrir na região uma planta de painéis solares. Com essa linha, a BYD vai oferecer aos empresários de transporte público um contrato de leasing.

Cada ônibus elétrico custa R$ 1 milhão, enquanto um modelo comum (movido a combustível) sai por R$ 400 mil.

Segundo Adalberto Maluf, vice-presidente de vendas da BYD no Brasil, essa diferença será financiada no prazo de dez anos. As parcelas, segundo ele, serão pagas com o dinheiro que será economizado com combustível e manutenção.

De acordo com técnicos da BYD, cada ônibus elétrico tem vida útil de pelo menos 20 anos. Dessa forma, segundo eles, seria possível até reduzir as tarifas depois de pago o empréstimo.

O assunto foi tratado em uma reunião em Shenzhen, cidade onde está a sede da BYD, entre o presidente da empresa, Wang Chuan Fu, e o prefeito reeleito de Campinas, Jonas Donizete (PSB).

Donizete disse no encontro que, diante da iniciativa dos chineses, vai incluir na licitação do transporte público de Campinas em 2017 a exigência da aquisição de uma cota mínima de ônibus elétricos para as companhias que forem operar na cidade.

Atualmente, já circulam em Campinas 11 ônibus elétricos da BYD, que foram comprados pela Itajaí Transporte. Além disso, cinco táxis elétricos operam na cidade do interior paulista.

O ônibus tem autonomia para rodar 300 km por dia usando uma bateria de ferro-lítio, enquanto os carros andam 400 km sem precisar reabastecer.

A BYD também espera, com essa linha de crédito, entrar no mercado da capital paulista, onde há a perspectiva que se aprove, em 2018, um cota semelhante à de Campinas no momento da renovação dos contratos de transporte público.

Além de Campinas, Curitiba e o Distrito Federal já operam com ônibus elétricos.
Considerada o Vale do Silício da China, Shenzhen será em 2017 a primeira cidade do mundo a ter 100% da frota de ônibus e táxis movida a energia elétrica.

Com 20 milhões de habitantes, Shenzhen espera também inaugurar em 2017 um trem monotrilho elétrico.

Executivos da BYD disseram ao Estado esperar que o governo de Michel Temer retome o Programa de Incentivo à Indústria de Nanocondutores (Padis), que foi derrubado no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. No dia 20, a BYD estará no 4.° leilão de energia solar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL DO PAÍS EM CRISE



Minas registrou a maior queda de produção do país em outubro, segundo o IBGE

Bruno Moreno 









DESEMPENHO – No acumulado do ano, indústria mineira registra retração de 7,9%, segundo o IBGE

A indústria mineira teve o pior desempenho dentre as 14 praças analisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na passagem de setembro para outubro deste ano. A queda foi de 7,6% na produção física, enquanto a média no Brasil ficou em -1,1%.

O presidente do Conselho de Política Econômica da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Lincoln Fernandes, não vê perspectiva de mudança de cenário no curto prazo.

“Entre 75% e 80% da indústria de Minas Gerais é formada por quatro grandes setores: automobilístico, mineral metálico, alimentício e bens de capital (máquinas e equipamentos industriais). Só vejo uma possível melhora para o setor alimentício em 2017”, aponta Lincoln Fernandes.

E a razão para que isso ocorra, na opinião dele, não será a intervenção de nenhum governo, mas a melhoria das condições climáticas. Como tem chovido mais, haverá maior disponibilidade de produtos agrícolas, principalmente grãos, que são a base para as rações de animais, e a venda de carne é representativa na balança comercial mineira.

“Tivemos uma menor oferta de bovinos para os frigoríficos e, consequentemente, menor produção”, disse. Outro setor que pode apresentar uma melhora é o de derivados do petróleo e sucroalcooleiro.

Alimentos

O diretor Comercial da Forno de Minas, Vicente Camiloti, projeta um ano bom para a empresa, com um crescimento de 20% em faturamento e 14% em volume.

“Normalmente, o setor de alimentos é o primeiro que reage. Porém, não será fácil devido, principalmente, ao fraco crescimento econômico, baixo investimento público e pressão dos gastos públicos. Para continuar crescendo, a Forno de Minas trabalha na melhoria da produtividade, ampliação do mix de produtos e aumento da base de clientes”, explicou.

No acumulado dos últimos 12 meses, Minas Gerais é o quarto Estado com pior desempenho da produção industrial (-7,9%), à frente apenas de Espírito Santo (-21,2%), Amazonas (-15,3%) e Pernambuco (-10,6%). Como os índices desses estados estão altos, a média nacional foi puxada para cima, e está pior do que Minas Gerais, com queda de 8,4%.

Para crescer

O conselheiro da Fiemg avalia que é preciso uma melhora no cenário internacional para que a indústria mineira volte a crescer, principalmente com o aumento da exportação de carros para mercados para os quais Minas já vendeu, mas que perdeu nos últimos anos, como o Oriente Médio e a África.

Outras dois fatores que poderiam trazer impacto positivo para a produção industrial seriam o retorno do funcionamento da mineradora Samarco e a redução de impostos para o setor sucroalcooleiro.


Ministro diz que programa evita novas demissões

O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, disse ontem que a manutenção do programa de proteção ao emprego – agora batizado de Programa de Sustentação ao Emprego (PSE) – vai evitar demissões de mais de 200 mil trabalhadores.

O sistema, criado durante o governo Dilma Rousseff, reduz em 30% o custo das empresas com salários, em troca da manutenção dos postos de trabalho por empresas em crise. O impacto nos vencimentos dos trabalhadores é de até 15%, já que outros 15% do salário é financiado pelo governo com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Antes de participar de almoço oferecido por empresas da indústria eletroeletrônica na capital paulista, Nogueira informou que a preservação, agora de forma permanente, do programa significará gastos de R$ 1,3 bilhão para o governo em quatro anos, mas permitirá uma economia de 25% no pagamento de seguro-desemprego caso o contingente superior a 200 mil pessoas fosse demitido.

“Hoje, o governo paga R$ 44 bilhões por ano em seguro desemprego. Com medidas de governança e controle de fraude devemos economizar R$ 2,4 bilhões por ano”, acrescentou.

O programa, adiantou o ministro, terá nova abordagem, atendendo novos setores, inclusive micro e pequenas empresas. Ele também afirmou que mudanças no percentual financiado pelo governo é um tema em discussão com o ministério da Fazenda.

Nogueira afirmou também que o governo ainda deve enviar uma proposta de reforma trabalhista ao Congresso, mesmo após o presidente Michel Temer sugerir que o Supremo já deu contribuição importante ao referendar a possibilidade de o acordado prevalecer sobre o legislado.

O ministro não quis se comprometer com um prazo, mas alertou que o Brasil “não pode esperar muito”. “A atualização da legislação trabalhista está sendo definida através de um amplo diálogo com trabalhadores e empregadores.

Estamos construindo a proposta ancorada em três eixos. O primeiro é garantir os direitos adquiridos, que serão aprimorados. O segundo é a segurança jurídica, prestigiando as convenções coletivas. E o terceiro é criar oportunidade de trabalho para todos”, comentou.

Segundo ele, o governo só deve encaminhar essa proposta após a aprovação da PEC do Teto e da reforma da Previdência. 




sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

MAIS UM ANIMAL AMEAÇADO DE EXTINÇÃO



Com redução de habitat natural, girafa agora está ameaçada de extinção

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte






Houve uma redução populacional em cerca de 40% em 30 anos

Em uma nova revisão da Lista Vermelha de espécies ameaçadas, elaborada pela União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN), a girafa, o mais alto mamífero terrestre no planeta, foi considerado ameaçado de extinção.

De acordo com a organização, que divulgou o relatório nesta quinta-feira (8) durante a 13ª Conferência da Biodiversidade da ONU, em Cancun, a espécie (Giraffa camelopardalis), antes classificada como de "preocupação menor", passou a "vulnerável" após sofrer uma redução populacional estimada entre 36% e 40% entre 1985 a 2015.

Esta é a terceira categoria mais ameaçada, abaixo apenas de "em perigo" e "em perigo crítico". A IUCN também classifica animais já extintos na natureza e totalmente extintos.

Se há 21 anos, a estimativa era de existirem em torno de 160 mil indivíduos na natureza, espalhados entre o sul e o leste da África, com algumas populações isoladas nas regiões oeste e central do continente, hoje são pouco mais de 97 mil, segundo cálculos da IUCN.

De acordo com a organização, as girafas vêm sofrendo com o aumento da população humana nessas regiões, em especial por causa do crescimento da caça ilegal. Mais gente também representa um aumento da perda de habitat por expansão da agricultura e de mineração e de conflitos civis, que acabam impactando a vida selvagem.

Aves

A IUCN avaliou ainda o riscos a cerca de 700 espécies de aves recém-descobertas no mundo e concluiu que 11% delas já estão ameaçadas de extinção. "Muitas espécies estão desaparecendo antes mesmo que consigamos descrevê-las", afirmou Inger Andersen, diretora-geral da IUCN, em comunicado à imprensa.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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