sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

MUITOS IDOSOS NÃO SABEM LIDAR COM A INTERNET



Pessoas com mais de 60 anos estão sendo relegadas pelo comércio on-line

Paula Coura 






“ANTENADO” – Rogério de Souza, 62 anos, não larga mais o computador e faz compras para o trabalho e para a casa pela internet; praticidade e melhores preços são principais atrativos

O tempo hoje é de estar conectado ao mundo virtual. Mas os consumidores da terceira idade são um filão ainda pouco explorado pelas empresas de vendas on-line. Apenas dois em cada dez idosos fazem compras pela internet, segundo estudo feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito Brasil (SPC).
O levantamento foi realizado com pessoas acima de 60 anos em todas as capitais brasileiras e no Distrito Federal (DF). O número, conforme a entidade, pode crescer, já que a internet está deixando de ser “um bicho de sete cabeças” para esse público.
Oportunidade de explorar o novo, praticidade e preços mais em conta são alguns dos pontos apontados por quem tem mais de 60 anos e já não quer mais largar o ambiente virtual.
“A população está envelhecendo, e as lojas não estão aproveitando bem o meio digital. Ainda são poucos os estabelecimentos que têm complemento da loja física com redes sociais como Instagram, Facebook e até mesmo site”, avalia Marco Antonio Gaspar, vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH).
Ele também explica que ainda parte do público mineiro é mais “arredio a mudanças” e é preciso explorar os vários canais de divulgação que a tecnologia pode oferecer. “Falta às empresas entender a internet como uma oportunidade de alavancar os negócios e também pensar na terceira idade como um grande filão. Não é uma coisa tão nova assim o meio digital. Minha mãe com 73 anos compra muito on-line”, afirma ele.
Rogério de Souza Magalhães, de 62 anos, já não consegue viver sem as compras no ambiente virtual. Ele trabalha em uma empresa de equipamentos para manutenção de estradas ferroviárias na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Com o dia agitado, sai diariamente de Mateus Leme para trabalhar em Betim, numa distância de cerca de 50 km entre as cidades. Para não perder tempo, percebeu na internet uma maneira prática de buscar artigos que demandam tempo e deslocamento às lojas físicas. Há quatro anos não larga o computador para buscar ferramentas, produtos para casa e até viagens. “Pesquiso de tudo, às vezes no trabalho mesmo porque é muito mais prático e sai bem mais barato”, revela Magalhães.


Preferências

Quem tem mais de 60 anos prefere comprar on-line eletroeletrônicos, eletrodomésticos e viagens, de acordo com a pesquisa, que mapeou os hábitos de consumo dos idosos. Navegar já é hábito de 27,1% dos entrevistados, que também usam as redes para se comunicar com a família (62,9%).
Para Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil, a pesquisa mostra que 20% da população idosa no Brasil está se adequando a fazer compras on-line, e que esse mercado ainda tem muito a crescer. “Sabemos que, no geral, os idosos têm menos afinidade pela tecnologia. Também podemos perceber que as lojas, muitas vezes, não apresentam seus produtos de maneira mais clara, que poderia ajudar esse público”, diz.

Compras ainda podem ‘assustar’ por causa de dados do cartão

Estima-se que 70% dos idosos brasileiros sejam independentes financeiramente, segundo estudos divulgados pelo Sebrae. Mas, mesmo com o poder de tomar decisões financeiras, muitos deles têm receio em embarcar no mercado digital. Alguns sites de compras não são claros e a hora de passar os dados do cartão de crédito ainda gera insegurança.
Esse é o caso de Nely Rodrigues Mendes, de 76 anos. Ela ajuda bastante a filha em um negócio de festas. É uma usuária constante do notebook que tem em casa e, pela internet, já comprou livros, doces, salgados e vários artigos de decoração.
Uma das últimas aquisições da aposentada foi um curso de crochê. Mas, na hora de repassar os dados do cartão de crédito ou débito, ainda pede ajuda para a neta.
“Ainda fico insegura porque é um pouco difícil. Minha neta me ajuda. Eu a chamo bem na hora de inserir esses dados. Mas, acho que agora, depois de vê-la fazendo várias vezes, já dou conta de fazer todo o processo sozinha”, relata a aposentada Nely.

Não só para jovens

Para a economista Marcela Kawauti, do SPC Brasil, há na internet a falsa sensação de que todos os produtos são para jovens e isso pode acabar afastando a terceira idade do mundo virtual.
E ela é uma grande defensora de que as empresas mudem as estratégias pensando também nesse público acima de 60 anos.
“Os sites precisam ser mais amigáveis para quem vai usá-los e não se deve pensar apenas em quem é mais jovem. Por que isso? Diversidade também é essencial. Alguns produtos, por exemplo, como roupas para quem tem mais de 50 anos, são difíceis de serem achados pela internet. É um grande mercado e o setor está perdendo este grande filão”, avalia a economista do SPC Brasil.

OUTRA MULHER PERDE O GOVERNO



Parlamento da Coreia do Sul aprova impeachment da presidente Park Geun-hye

Estadão Conteúdo 






A presidente havia sido acusada de haver influências externas em seu governo

O Parlamento da Coreia do Sul votou hoje pelo impeachment da presidente Park Geun-hye, após meses de polêmica causada por acusações de influência externa no governo, dando início a um período de incertezas na quarta maior economia da Ásia.

O afastamento de Park foi aprovado por 234 votos a favor e 56 contra. O impeachment exigia maioria de pelo menos dois terços no Parlamento sul-coreano, que tem 300 integrantes.

O primeiro-ministro Hwang Kyo-ahn, cujo cargo no governo é meramente simbólico, assumirá como presidente interino no lugar de Park.

A queda de Park veio após promotores a acusarem de ter compartilhado documentos confidenciais com uma amiga de longa data e de tê-la ajudado a extorquir grandes grupos industriais, incluindo Samsung e Hyundai. Fonte: Dow Jones Newswires.


EFEITO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS



Sudão pode ser primeiro país a se tornar inabitável devido a mudanças climáticas

Agência Brasil 








Vista aérea da capital do Sudão, Cartum

As mudanças climáticas estão se tornando uma ameaça cada vez mais grave para a humanidade, podendo causar a devastação de regiões inteiras por escassez de água e alimentos. A informação é da Agência Sputnik.

Os cientistas continuam alertando sobre as consequências das mudanças. Uma prova disso é a possibilidade de um país africano se tornar inabitável e desértico em apenas 100 anos. Segundo o jornal canadense The Huffington Post, o país em questão seria o Sudão, habitado por mais de 40 milhões de pessoas. Segundo os especialistas, a região já iniciou o processo de desertificação e vem enfrentando tempestades intensas de poeira.

Os cientistas preveem que a temperatura da região aumente em 3 graus Celsius até 2060. "O Norte da África já é quente e sua temperatura continua subindo agressivamente. Em algum momento, neste século, uma parte da região se tornará inabitável", disse o climatólogo Jos Lelieveld, em entrevista à CNN.

Além disso, o "haboob", poderosa tempestade de areia, está se tornando um fenômeno cada vez mais comum em regiões do Sudão. De acordo com relatório do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da Organização das Nações Unidas, cerca de 4,6 milhões de pessoas no Sudão enfrentam a insuficiência de alimentos. Além disso, em futuro próximo, uma possível escassez de água poderá atingir 3,2 milhões da população do país.

MORRE MAIS UM PIONEIRO ESPACIAL



Morre o astronauta John Glenn, pioneiro da corrida espacial

Agência Brasil 






Glenn ficou mundialmente conhecido pelo seu vôo na missão espacial Friendship 7, em fevereiro de 1962

A Nasa informou nesta quinta-feira (8) no seu site que o famoso astronauta e ex-senador americano John Glenn morreu aos 95 anos. Glenn havia sido hospitalizado na semana passada no Wexner Medical Center, em Columbus, capital do estado de Ohio.
Glenn ficou mundialmente conhecido pelo seu vôo na missão espacial Friendship 7, em fevereiro de 1962, na qual ele se tornou o primeiro americano a entrar na órbita da Terra. A sua viagem “pavimentou efetivamente o caminho para a exploração humana do espaço nas décadas seguintes”, informou a Nasa.


quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

REFORMA DA PREVIDÊNCIA - TEMA POLÊMICO



Impacto na economia com reforma da Previdência cresce após 2020

Estadão Conteúdo 






Um dos pontos mais polêmicos da proposta de reforma da Previdência, as regras de acesso para aposentadoria vão garantir 50% da economia de despesas que o governo federal terá nos primeiros cinco anos de implementação das mudanças. Somente no prazo de dez anos é que o governo começará de fato a observar o impacto mais forte nas contas públicas das mudanças nas regras de cálculo da aposentadoria - aquelas que determinam o valor do benefício depois da proposta aprovada pelo Congresso.

"A regra de cálculo ganha impulso mais à frente, no fim da década de 20", disse ao jornal "O Estado de S. Paulo" o secretário de Previdência Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano. Pelas projeções do governo, nos cinco primeiros anos a economia poderá chegar a R$ 141,1 bilhões.

Até 2027, a equipe econômica espera ter economizado R$ 565,2 bilhões de gastos com as aposentadorias pagas pelo INSS, R$ 113,1 bilhões com as mudanças nas regras de concessão dos benefícios de assistência social para a população de baixa renda, os chamados BPC, e R$ 60 bilhões com as alterações nas aposentadorias dos servidores públicos federais.

Ao fim de dez anos, a redução de gastos terá alcançado R$ 740 bilhões. Esse é o tamanho do gasto projetado pelos técnicos do governo que a União terá no período, caso não haja mudanças em 2017 nas regras dos benefícios previdenciários e de assistência social. "Depois, os efeitos das medidas começam a se harmonizar", afirmou o secretário, um dos responsáveis pelo desenho da proposta.

Em 2018, o governo espera reduzir em R$ 2 bilhões as despesas com as mudanças nas regras de acesso e R$ 200 milhões com as regras de cálculo. No total, a economia esperada no primeiro ano de vigência da reforma é de R$ 3,9 bilhões, cifra que leva em conta o dinheiro a ser poupado com a mudança nas regras de concessão de pensão por morte.

Os valores consideram a manutenção da regra atual de valorização do salário mínimo, que leva em conta o resultado do PIB de dois anos atrás mais a inflação do período. Caso essa regra não seja renovada - a atual tem vigência até 2019 -, a economia pode ser ainda maior, disse o secretário.

Segundo Caetano, as alterações nas regras de concessão de pensão por morte têm maior impacto também nos primeiros anos. Pelas mudanças propostas, o valor da pensão não será mais integral, nem vinculado ao salário mínimo. Além disso, não será mais permitido o acúmulo do benefício.

Mais do que a importância do ajuste nas contas públicas proporcionado pela reforma, o secretário destacou que a proposta vai permitir que os trabalhadores tenham garantido o pagamento da aposentadoria. Ele destacou que as medidas terão impacto nos próximos mandatos, depois do fim do governo Michel Temer. Segundo ele, em alguns Estados, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, os governadores já estão enfrentando problemas de pagamento das aposentadorias.

No dia seguinte à apresentação dos detalhes da reforma, a procura por informações foi grande na Secretaria de Previdência. O órgão prepara uma cartilha para esclarecer diversos pontos que será lançada nos próximos dias. Essa cartilha já estava pronta na segunda-feira, mas mudanças no texto da PEC obrigaram os técnicos a revisar o material.

As maiores dúvidas se referem às regras da aposentadoria para funcionários públicos, consideradas complexas por conta da regra de transição. O governo precisou compatibilizar a proposta com transições já existentes por causa de mudanças passadas na legislação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...