domingo, 4 de dezembro de 2016

REAÇÃO DE TRUMP AOS TELEFONEMAS RECEBIDOS



Trump ironiza reação a telefonema de presidente de Taiwan

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte






O presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump usou sua conta no Twitter para comentar sobre a conversa que teve por telefone com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen. Ontem, os dois líderes tiveram o que se acredita ter sido o primeiro diálogo entre um presidente eleito americano e um líder taiwanês em décadas.

"A presidente de Taiwan ME LIGOU hoje para me dar parabéns por ter vencido as eleições. Obrigado!", escreveu Trump.

O magnata aproveitou, ainda, para ironizar a reação que a conversa causou no ambiente político. "É interessante como os EUA vendem a Taiwan bilhões de dólares em equipamentos militares, mas eu não deveria aceitar um telefonema de 'parabéns'".

A ligação tomou conta das manchetes dos principais jornais norte-americanos deste sábado, com o The New York Times e o Wall Street Journal considerando a conversa como um afronta às relações comerciais com a China. O país se esforça há tempos para barrar relações diplomáticas entre os EUA e o Estado insular, que é considerado por Pequim território chinês.

O ministro das relações exteriores da China, Wang Yi, numa tentativa de diminuir a importância do contato entre os dois líderes, disse neste sábado que a ligação foi "apenas um truque de Taiwan" e não muda em nada as políticas dos EUA em relação ao seu país.

"A política de uma China única é o pilar de um desenvolvimento saudável das relações China-EUA e nós esperamos que essa base política não será danificada", teria dito Yi a uma televisão de Hong Kong.


CHAPECONHENSE HOMENAGEIA SEUS MORTOS NA ARENA CONDÁ

Cerimônia na Arena Condá termina com muita emoção e participação popular

Agência Brasil 












Sob um clima de forte emoção e com grande participação popular a cerimônia em homenagem às vítimas do acidente aéreo na Colômbia com o time da Chapecoense foi encerrada por volta das 15 horas de hoje (3) na Arena Condá.
Falaram na cerimônia - que contou com a presença do presidente Michel Temer e do governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo - o presidente em exercício da Chapecoense, Ivan Tozzo, e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon.
Uum dos destaque do evento foi a mensagem  enviada pelo papa Francisco, cujo texto foi lido durante a cerimônia pelo bispo de Chapecó (SC), dom Odelir Magri. "Consternado pela trágica notícia do acidente na Colômbia, o Papa pede que sejam transmitidas Suas condolências e sua participação na dor de todos os enlutados. Ao mesmo tempo, pede ao céu conforto e restabelecimento para os sobreviventes e coragem e consolação para todos os atingidos pela tragédia", diz a mensagem.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, em discurso no final, ressaltou o "momento de dor", e que não havia palavras que pudessem diminuir o sofrimento dos que perderam entes queridos no acidente. "Quero deixar aqui um abraço solidário de todo o mundo do futebol e dizer que a Fifa está do vosso lado, não só hoje mas sempre. Força Chape, somos todos brasileiros, somos todos chapecoenses", disse Infantino.
Pela manhã
A forte chuva que caiu em Chapecó na manhã não espantou o público que aguardou desde cedo a chegada dos corpos das vítimas do acidente aéreo na Colômbia com o time da Chapecoense. Os corpos chegaram por volta das 12h25 ao estádio, depois de um cortejo  que percorreu as ruas da cidade. As arquibancadas ficaram lotadas de torcedores e populares que, emocionados, se abrigam debaixo de capas e guarda-chuvas.
Em várias partes do estádio via-se faixas em agradecimento ao povo da Colômbia, país onde ocorreu o acidente e que prestou o atendimento e o resgate das vítimas. Na última quarta-feira (30), uma cerimônia muito emocionante em homenagem às vítimas foi  realizada no estádio de Medellín, exatamente no horário em que seria disputada a final da Copa Sul-Americana.
Alguns torcedores levaram à Arena Condá, inclusive, a bandeira colombiana. "Colombia, gracias por todo", é o que diz uma das faixas. Outra, em inglês, diz "A todo mundo, o que nos resta é agradecer".
"O carinho que eles [colombianos] tiveram com todo o povo chapecoense, com todos os brasileiros, foi muito comovente. Por mais que a gente queira demonstrar o quanto estamos gratos, não há palavras para dizer o quanto estamos hornados por tê-los como  irmãos, vizinhos. Eu acho que Deus colocou uma nação muito nobre, muito educada e cheia de princípios para ensinar para todo mundo a fraternidade e a solidariedades. Esses professores são os colombianos", disse Gustavo Braun, corretor de seguros que  levava uma das faixas.
Procuramos uma palavra para agradecer tanto carinho e encontramos várias.#ForçaChape pic.twitter.com/9rcFItsIlP
— Chapecoense (@ChapecoenseReal) December 3, 2016




Metade da força de trabalho no Brasil terá mais de 50 anos até 2040

Janaina Oliveira 





VULNERABILIDADE – Joaquim Alves, 66, diz que só faz bico e conta com a ajuda de Deus

Até o ano de 2040, metade da força de trabalho no país terá mais de 50 anos. Só que é exatamente nessa faixa de idade que tem crescido uma parcela da população que não consegue espaço no mercado. Sem perspectivas, muitos desistem de procurar emprego. Para piorar, ainda não têm tempo de contribuição para a aposentadoria. É a geração dos “nem nem” maduros, pessoas que nem trabalham, nem estão aposentados.
O termo é uma referência aos “nem nem” jovens, multidão de brasileiros entre 15 e 29 anos que não frequentam a escola ou faculdade e também não exercem uma ocupação profissional.
Segundo a economista Ana Amélia Camarano, uma das autoras do livro “Política Nacional do Idoso, velhas e novas questões”, editado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) recentemente, o contingente de homens entre 50 e 64 anos “nem nem” subiu de 191,1 mil, em 1984, para 1,135 milhão, em 2014.
Em duas décadas, a participação desse grupo no total da população nessa faixa etária saltou de 3,5% para 7,8%. E a tendência, com a crise financeira e a piora do desemprego, é que esse número cresça ainda mais.
Conforme ela descreve, no geral, os “nem nem” trabalharam parte da vida sem carteira assinada, na informalidade, e não conseguem o direito de se aposentar. Muitos já não procuram mais trabalho por desalento, porque acham que não vão mais conseguir.
Outros sobrevivem graças às esposas, que ganharam espaço no mercado de trabalho e, de carona, uma jornada dupla ou tripla. E quase ¼ mora com os pais idosos, que recebem pensão pelo INSS.
A pesquisadora analisou apenas a situação dos homens, mas acredita que o contingente de mulheres “nem nem” também deve aumentar.
“É importante discutirmos a situação dessas pessoas, especialmente em um momento em que o governo fala na reforma da Previdência. Não dá para falar em idade mínima de 65 anos, por exemplo, sem que sejam implantadas simultaneamente políticas públicas de inclusão e qualificação dessa mão de obra”, diz.
Ana Amélia reconhece a necessidade de um ajuste fiscal nas contas públicas. Mas ressalta que é importante pensar sobre a empregabilidade.
“Há muito preconceito com relação à força de trabalho mais velha. Então, uma mudança como a idade mínima não pode vir sozinha, sob risco de virar um problema social e aumentar ainda mais a pobreza”, afirma.
Entre as medidas que a especialista chama de “colchão amortecedor” estão parcerias com empresas privadas para contratação de trabalhadores mais velhos, ações voltadas para a saúde e educação, programas de qualificação e requalificação com enfoque nas mudanças tecnológicas e investimentos na mobilidade urbana.
“Se o tempo de deslocamento até o trabalho já é penoso para o jovem, imagina para quem envelheceu. Sem falar nas condições do transporte público”, diz.
As famílias dos “nem nem” maduros geralmente são mais pobres. Em média, o rendimento domiciliar per capita é de R$ 697,20, o que equivale a cerca de 60% da renda dos lares onde não há homens com esse perfil

Exclusão do mercado se dá cada vez mais cedo no país

Aos 64 anos, Paulo Álvares sofre de artrite e gota e tem dificuldades para andar. Vendia queijos, mas foram raras as vezes em que trabalhou com carteira assinada. Sem aposentadoria e sem emprego, depende do irmão caçula, o professor aposentado Wilson Álvares, 60, para sobreviver.
“É muito triste chegar nessa etapa da vida nessa situação. Já tentei arranjar trabalho, mas ninguém quer saber de dar emprego para velho”, diz ele, que se identificou com o termo “nem nem” da maturidade. “Esse cara sou eu”, brinca ele.
O preconceito que o idoso enfrenta no mercado de trabalho ganhou um capítulo específico no livro de “Política Nacional do Idoso, velhas e novas questões”, editado pelo Ipea.

Segundo o pesquisador Jorge Felix, além de o mercado demandar por mão de obra mais velha em quantidade abaixo da oferta suscitada pelo envelhecimento populacional, quando ele a absorve, a tendência é fazê-lo em condições de precariedade. “O que se vê é a negação das empresas em manter os trabalhadores maduros, sob a justificativa de redução de produtividade ou de corte de custos de produção, pela demissão dos empregados com salários mais altos”, anota o especialista.

De acordo com Felix, a exclusão do mercado, que se dá cada vez mais cedo, explica, em parte, o fato de o trabalhador por conta própria aparecer como segunda condição mais verificada de inserção do idoso no mercado de trabalho.
Joaquim Alves, 66, já trabalhou na lavoura, lavra de diamante, carvoaria e na construção civil, quase sempre sem ser fichado. Hoje, sem espaço no mercado, luta para tentar juntar documentos e obter a aposentadoria. “Faço bico quando aparece e conto com a ajuda de Deus”, diz.
Segundo o pesquisador do Ipea, as metamorfoses do mercado de trabalho verificadas desde as últimas duas décadas do século XX provocaram o aumento da vulnerabilidade do trabalhador em idade cada vez menor, já a partir dos 45 anos, tendo grande impacto na fase pós-laboral da vida.

Para ele, a taxa de empregabilidade dos trabalhadores maduros é fortemente correlacionada ao nível educacional e à capacidade e à vontade política de estabelecer uma espécie de rede nacional com a iniciativa privada. É preciso, portanto, fomentar ações de gestão de pessoal em consonância com o conceito de “sociedade para todas as idades”.





sábado, 3 de dezembro de 2016

CONTRA SENSO - PAÍS POBRE E JUROS ALTOS



Cautela excessiva do BC no corte dos juros é lamentável, diz Mendonça de Barros

Estadão conteúdo








País caminha para perder 10% de PIB per capta em três anos

O economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados, disse nesta sexta-feira, 2, que lamenta a cautela excessiva do Banco Central (BC) no novo ciclo de afrouxamento monetário, iniciado com dois cortes seguidos de 0,25 ponto porcentual na taxa básica de juros, a Selic. Durante participação em congresso que reúne nesta sexta empresários da indústria química na zona sul de São Paulo, Mendonça de Barros comentou que, em termos técnicos, a taxa real de juros está muito acima da taxa neutra, aquela que não produz nem inflação nem desinflação. Citando a "boa teoria monetária", o fundador da MB Associados ressaltou que, num ambiente de recessão econômica, o mais correto seria o BC colocar os juros reais abaixo da taxa neutra, "que ninguém sabe exatamente qual é, mas vamos admitir que seja 4%".

Ele considerou ainda que agride ao bom senso uma política monetária que aumenta, em termos reais, a taxa de juros num momento em que o País caminha para perder 10% de PIB per capta em três anos. "E não quero crer que o Banco Central vai seguir dessa forma", disse o economista, antes de defender que o Comitê de Política Monetária (Copom) comece a entregar redução mais acelerada da taxa de juros a partir de janeiro. Por força da recessão e pelo fato de a taxa de juros ter estranhamente subido, Mendonça de Barros considerou que a inflação deverá convergir ao centro da meta (4,5%) no ano que vem. Ele disse que suas previsões estão "mais ou menos" em linha com as simulações do BC que indicam inflação na faixa de 4,3 a 4,7% em 2017.

A desaceleração deve vir da recuperação na oferta de produtos agrícolas e da desinflação nos preços de serviços, comentou o economista, lembrando que há dois anos consecutivos o valor dos aluguéis está em queda. Nesse contexto, Mendonça de Barros ressaltou que a distensão monetária deveria ter ritmo de meio ponto porcentual a cada rodada de corte, o que, na visão dele, deve começar a acontecer na reunião do Copom em janeiro. "Deveria ser algo que levasse os juros para um digito entre o fim de 2017 e inicio de 2018", concluiu.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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