sexta-feira, 11 de novembro de 2016

O EMPREGUISMO IMPEDE O DESENVOLVIMENTO DO BRASIL



TCU cobra demissões na Infraero para reduzir prejuízo bilionário da estatal

Tatiana Lagôa 







Aeroporto de Confins concedido no ano passado

O Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou a implantação de um Plano de Demissão Voluntária (PDV) na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Após a concessão de seis aeroportos à iniciativa privada – incluindo o aeroporto de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte – a estatal ficou com um excedente de aproximadamente 2 mil funcionários. Para o tribunal, esse é um dos motivos do prejuízo bilionário registrado pela operadora aeroportuária nos últimos três anos.
Conforme descoberto em auditoria pelo TCU, após a concessão dos aeroportos, a Infraero sofreu uma redução de 53% das receitas operacionais. Já as despesas caíram em apenas 34%. Esse descompasso, segundo o tribunal, se justifica pela permanência de 71% dos 2.768 funcionários nos quadros da estatal. Além do aeroporto de Confins, foram concedidos o Presidente Juscelino Kubitschek (Brasília), Governador André Franco Montoro (Guarulhos/SP), Viracopos (Campinas/SP), Tom Jobim (Galeão/RJ) e São Gonçalo do Amarante (Natal).
Quando os terminais passaram para a iniciativa privada, os funcionários tiveram como opção ficar na Infraero ou aderir ao chamado Programa de Incentivo à Transferência ou à Aposentadoria (Pdita), pelos quais poderiam se aposentar ou serem transferidos para os quadros da concessionária. Em Confins, a BH Airport (empresa que administra o terminal), contratou 43 funcionários provenientes da Infraero, segundo a concessionária.
Nos seis aeroportos, 2.582 funcionários se inscreveram ao plano[TEXTO], conforme informações da Infraero[/TEXTO]. Mas o programa ainda não foi finalizado por falta de verbas. Seriam necessários R$ 533 milhões, dos quais R$ 214 milhões ainda não foram liberados pelo governo federal.
Desperdício
O TCU questiona, entre outras coisas, a não finalizaçã[/TEXTO]o do programa. “A não implementação dessa medida possui como efeito o potencial desperdício de dinheiro público, já que estão sendo gastos recursos para remunerar empregados que estão esperando para serem desligados da estatal”, diz relatório do órgão.
A estimativa da instituição é que, em caso de implementação de um PDV, o recurso gasto para pagar os funcionários poderia ser recuperado em 19 meses, em decorrência da economia mensal com pessoal.
Porém, além de falta de recursos, a Infraero terá que lidar com a descrença dos próprios funcionários quanto ao processo. “Não vemos sentido algum em fazer outro PDV se ainda não conseguimos concluir o começado em 2012. Fora que a proposta financeira, que provavelmente será a mesma de quatro anos atrás, já não é mais interessante”, afirma o diretor-executivo do Sindicato Nacional dos Aeroportuários (Sina), Alberto Carvalho.
Além de implementação do PDV, o TCU dará um prazo de 90 dias para que a Infraero formule um plano de ação com prazos e metas, indicação de responsáveis pela implementação das medidas, benefícios esperados de cada medida apresentada e sistemática de controle e avaliação com portfólio de indicadores para acompanhamento do retorno das medidas propostas. A Infraero espera ser notificada para se pronunciar sobre o assunto.






Novas privatizações tendem a aumentar prejuízo da empresa
Se o cenário já não está nada animador para a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), este tende a piorar quando os próximos aeroportos forem concedidos à iniciativa privada. A previsão é que mais quatro terminais sejam privatizados no próximo ano.
Os próximos da fila são os aeroportos de Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre. Se concretizadas, as concessões poderão cair como uma bomba sobre o caixa da Infraero.
“Antes das concessões, a Infraero era superavitária. Se ela perder mais aeroportos rentáveis terá o quadro agravado”, afirma o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Administração Aeroportuária (Sineaa), Pedro Azambuja.
De fato, até 2012 a estatal apresentava lucro líquido. Mas, a partir de 2013, passou a ter prejuízos crescentes. Entre 2013 e 2015, a empresa acumulou prejuízo de R$ 7,786 bilhões.
Descontrole
A explicação para esse descontrole financeiro está, em partes, no perfil dos aeroportos que a empresa gerencia. “Antes, a Infraero tinha 67 aeroportos, dos quais 12 eram superavitários e seguravam o resultado da empresa. Agora ela perdeu seis dos mais rentáveis e vai perder mais quatro. Ficou só com o prejuízo”, explica Azambuja.
Para ele, uma solução seria que as concessões ocorressem aos moldes do que é visto em países como a Argentina. Lá, as concessões determinam que a cada aeroporto rentável, a concessionária administre pelo menos outro não rentável, como forma de manter o equilíbrio do sistema aéreo como um todo.

Comparação
A auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) comparou os números da Infraero com os da operadora aeroportuária espanhola Aena (Aeropuertos Españoles y Navegación Aérea). </CW>
O que melhor espelha o atual inchaço de pessoal da Infraero é o do número de pessoal administrativo comparativamente ao volume de passageiros. Enquanto na espanhola são quatro funcionários para cada milhão de passageiros/ano, na brasileira essa relação é de 48,5 funcionários.



A ELEIÇÃO DE TRUMP É UM PRENÚNCIO DE GUERRA?



Cuba anuncia exercícios militares contra hipotética invasão

Agência Brasil
Hoje em Dia - Belo Horizonte









A notícia do aumento de militares acabou sendo entendido como uma "afronta" à Trump, mesmo que o novo presidente não tenha sido mencionado

Depois de conseguir uma histórica reconciliação diplomática com os Estados Unidos, em 2015, no governo de Barack Obama, o presidente cubano, Raul Castro, enviou uma curta "mensagem de felicitação" a Donald Trump por sua eleição. O governo em Havana também anunciou, porém, que fará manobras militares entre 16 e 18 de novembro, o "Exercício Estratégico Bastião 2016", que mobiliza as tropas cubanas frente a uma hipotética invasão por parte dos Estados Unidos.
Mesmo não se referindo abertamente à mudança de governo nos Estados Unidos, que pode comprometer o processo de degelo das relações entre as duas nações, o momento no qual a notícia foi divulgada faz com que ela seja indiretamente direcionada a Trump e aos republicanos.

Segundo o jornal governista Granma, a partir do dia 16 próximo, daqui a exatamente uma semana, as forças armadas cubanas darão início à Operação Bastião 2016, cujo objetivo é verificar "a preparação das tropas e da população civil para enfrentar diversas possíveis ações do inimigo".

O jornal afirma que essas manobras militares incluirão "movimentos de tropas e de material bélico, voos de aviões da aeronáutica militar e testes de materiais explosivos".

É a sétima vez que o regime dos irmãos Raul e Fidel Castro anuncia esses exercícios, que acontecem sempre em concomitância com momentos de tensão nos Estados Unidos. A primeira vez que foram organizados foi em 1980, após as eleições do ex-presidente Ronald Reagan.

CONJECTURAS SOBRE TRUMP E O BRASIL



Trump e o Brasil

José Antônio Bicalho 




Já li boas análises sobre o que o Brasil deve esperar com Trump. Mas um ponto passou despercebido por todos os analistas. Com Trump, a maior ameaça à economia brasileira virá da China e não dos EUA. Como o discurso protecionista do republicano é direcionado principalmente para a China e o México, são esses dois países que deverão perder a maior fatia do mercado americano. A China, que trata as exportações como política de estado, irá buscar novos mercados para seus produtos. E serão os emergentes os primeiros na linha de tiro, já que na Europa existe um teto natural que já foi atingido para os produtos de baixa qualidade vindos da China. Então, preparem-se para a nova onda da invasão chinesa. E nesse caso, ao contrário do que acontece com o aço brasileiro nos EUA, a imposição de barreiras seriam mais do que justificadas.
Com Trump, a maior ameaça à economia brasileira virá da China e não dos EUA
Barreiras dos EUA
Em conversa com um diretor de uma grande siderúrgica, uma mais afetadas pelas barreiras americanas ao aço brasileiro, ouvi a seguinte reclamação: “Falta ao Brasil mais de malandragem e jogo de cintura na área diplomática. É preciso fazer pressão por outras vias para se conseguir derrubar essas barreiras”.
Para ilustrar sua tese, ele lembrou uma pequena história que teria se passado na gestão de Francisco Dornelles no Ministério das Relações Exteriores do governo Fernando Henrique. Naquela época, as siderúrgicas brasileiras enfrentavam problema semelhante ao de hoje, com injustificadas barreiras tarifárias impostas pelos EUA ao aço.
Como forma de pressão, o governo brasileiro aumentou de uma tacada os impostos pagos na importação de produtos audiovisuais americanos. E fez chegar aos grandes estúdios de Hollywood a informação extra-oficial de que se tratava de uma retaliação às barreiras contra o aço. Por força da ligação estreita entre os executivos da indústria do cinema e Washington, as sobretarifas foram retiradas em menos de uma semana.
Independentemente do questionamento ético que a história possa gerar, o ocorrido mostra que não se pode ficar parado quando se trata de barreiras, principalmente as americanas. Os julgamentos no âmbito da OMC são sabidamente demorados e não preveem ressarcimento de perdas, mesmo se a acusação de dumping for julgada improcedente. Então, acusar é um excelente negócio para as siderúrgicas americanas. Mesmo que percam no tribunal da OMC, já ganharam durante o período em que vigoraram as barreiras preventivas.
Espertos
Nesse jogo de espertos, a acusação que criou as barreiras atuais veio das empresas AK Steel, Nucor, Steel Dynamics, United States Steel e ArcelorMittal. Contra o Brasil, pesa a acusação de que o “Reintegra”, o programa que recuperação de impostos indiretos incidentes na cadeia de produtos exportados, é um subsídio oferecido pelo governo federal às siderúrgicas, o que configuraria a prática de dumping. Mas não é verdade. Nenhum país do mundo exporta impostos e o Reintegra apenas devolve o que já foi pago pelas empresas exportadoras. Além disso, por conta da sanha tributária do atual governo, ele está limitado a apenas 2% da receita de exportação.
As barreiras vigoram desde março e não apenas para o Brasil. O aço brasileiro (aços planos, laminados a frio e a quente) pagam hoje uma sobretaxa de 38,9%. Já a China, um país pratica dumping da forma mais deslavada, foi penalizada com tarifa de 265,8%. Os demais países são Índia (6,8%), Japão (71,3%), Coreia do Sul (4,5%), Rússia (14,8%) e Reino Unido (28,0%).
Para sair dessa turma, uma pressão diplomática do governo brasileiro muitíssimo bem vinda. Até porque, depois da posse de Trump tudo pode ficar mais difícil.


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

TRUMP RECEBE APOIO DO CONGRESSO E DO PRESIDENTE DA RUSSIA



Congresso dos EUA promete aprovar propostas de Trump rapidamente

Estadão Conteúdo 





Donald Trump

Os republicanos eleitos para o Congresso, onde serão maioria, estão prometendo uma ação rápida para algumas propostas do presidente eleito Donald Trump, assim que anunciarem uma "nova era" do Partido Republicano no controle de Washington. O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, do Kentucky, afirmou que o partido irá trabalhar com Trump para "mudar o rumo da América". O atual presidente da Câmara, Paul Ryan, fez um discurso na mesma linha. Os republicanos viram suas maiorias na Câmara e no Senado reduzidas, mas continuarão comandando as duas casas. Ryan e McConnell foram rápidos em declarar apoio a Trump e afirmaram que, em primeiro lugar, o programa "Obamacare", da área de saúde, será revogado. Fonte: Associated Press.

Donald Trump é um homem brilhante e talentoso, diz presidente russo Vladimir Putin

Putin elogiou a postura de Trump em melhorar as relações com a Rússia

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, elogiou nesta quinta-feira (17) os talentos do pré-candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, e elogiou seus apelos para melhorar as relações com a Rússia.

Em seu discurso anual, Putin disse que Trump é um homem "brilhante, talentoso e, sem dúvida, um líder absoluto na campanha presidencial dos Estados Unidos".

Putin havia dito anteriormente que estava pronto para trabalhar com o eventual vencedor na corrida presidencial. E Trump disse recentemente que poderia trabalhar com o líder russo.

"Eu acho que provavelmente irei me dar muito bem com ele", disse Trump sobre Putin em uma entrevista em outubro para a CNN. Fonte: Associated Press.