quinta-feira, 8 de setembro de 2016

VAMOS HABITAR O NOVO PLANETA?



Planeta similar à Terra é descoberto

Estadão Conteúdo 






Novo planeta fica na zona considerada "habitável" por ficar a uma distância de sua estrela que permitiria a existência de água líquida

Um grupo de cientistas descobriu um planeta semelhante à Terra em órbita em torno da estrela mais próxima do Sistema Solar, a anã vermelha Proxima Centauri. O estudo foi publicado na quarta-feira (25) na revista Nature, e o planeta foi batizado como Proxima B.


Capa da revista Nature, que traz o planeta como capa da edição

Ele tem massa apenas 30% maior do que a da Terra, está na chamada "zona habitável", isto é, fica a uma distância de sua estrela que permitiria, teoricamente, a existência de água líquida em sua superfície. A presença de água líquida é considerada o requisito fundamental para ocorrência de vida, de acordo com os astrônomos.

A estrela Proxima Centauri pode ser considerada a vizinha mais próxima do Sol. Ela fica a "apenas" quatro anos-luz (cerca de 40 trilhões de quilômetros) do Sistema Solar. Caso uma nave como a Juno, enviada pela Nasa a Júpiter, fosse mandada à estrela "vizinha", ela levaria mais de 17 mil anos para cumprir a missão. A Juno é um dos artefatos mais velozes já construídos e viaja a até 265 mil quilômetros por hora.

Embora seja rochoso como a Terra e com dimensões apenas um pouco maiores, o Proxima B gira muito mais próximo de sua estrela-mãe - está em distância equivalente a 5% daquela que separa a Terra do Sol. A cada 11 dias, o planeta dá uma volta completa em torno da estrela. No entanto, a estrela é uma anã vermelha, bem menor e mais fria que o Sol e, com isso, o planeta fica na "zona habitável".

"Esperamos que essa descoberta inspire futuras gerações a continuar olhando além das estrelas. O que vem a seguir é a busca pela vida em Proxima B", declarou o autor principal do estudo, Guillem Anglada-Escudé, da Escola de Física e Astronomia da Universidade Queen Mary, de Londres (Inglaterra).

De acordo com o cientista, embora esteja na "zona habitável", Proxima B está extremamente perto de sua estrela. Isso significa que o planeta pode receber fluxos de raios X muito mais intensos, em relação aos que a Terra recebe do Sol. Os pesquisadores também não sabem se o planeta tem um campo magnético protetor, como ocorre na Terra. Por essas razões, será preciso pesquisar mais algumas décadas para descobrir as características da atmosfera do planeta e avaliar se a vida ali seria mesmo viável.


Representação de como seria a superfície do novo planeta

No estudo, os cientistas utilizaram instrumentos do observatório de La Silla, do ESO (European South Observatory), no Chile, além de diversos outros telescópios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

NÃO SERÁ CASSADO O MANDATO DE DEPUTADO



Câmara notifica Eduardo Cunha de sessão do dia 12 no Diário Oficial da União

Estadão Conteúdo







A sessão será destinada para votar o processo de cassação do mandato do ex-presidente da Câmara

A Câmara dos Deputados publicou nesta quinta-feira (8) no Diário Oficial da União (DOU) edital de notificação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre a realização de sessão no plenário da Casa na próxima segunda-feira, dia 12, às 19h. A sessão é destinada a votar o processo de cassação do mandato de Cunha.

Nos últimos dias, a Secretaria-Geral da Câmara tentou notificar o parlamentar pessoalmente, mas não conseguiu e, por isso, decidiu pelo aviso no veículo oficial. A publicação é uma etapa burocrática exigida em processos de perda de mandato parlamentar.

De acordo com o edital, a palavra será facultada a Cunha e ao seu advogado por até 25 minutos, cada. Depois da inclusão da representação contra Cunha na pauta plenária, a matéria terá preferência sobre os demais itens da Ordem do Dia de todas as sessões deliberativas até a conclusão da votação.

Votos

Os dados mais recentes de levantamento realizado pelo Grupo Estado mostram que os votos a favor da cassação de Cunha já somam 237 e os votos contrários estão em 2. Até as 21h desta quarta-feira (7) havia ainda 65 deputados que não quiseram responder ao levantamento e 26 que se disseram indecisos.

Um total de 181 parlamentares não foi encontrado. A maioria deles pertence às bancadas do PMDB, PP, PSD e PR, partidos que tradicionalmente apoiavam Cunha. Para o ex-presidente da Casa ter o mandato cassado, são necessários pelo menos 257 votos, a maioria absoluta dos 513 deputados.


O LULA NÃO É SANTO



'A conta chega para todo mundo', afirma Delcídio sobre Lula

Estadão Conteúdo
Hoje em Dia - Belo Horizonte






Delcídio do Amaral

Autor da delação que levou à denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o senador cassado Delcídio Amaral (sem partido-MS) disse nesta sexta-feira ao Estado que "um dia a conta chega para todo mundo". Delcídio se referia ao fato de Lula ter se tornado réu em ação criminal na Justiça Federal em Brasília por tramar contra a Operação Lava Jato.

O próprio Delcídio também é réu na mesma ação, ao lado de outros cinco acusados de envolvimento em um plano para comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró. Delcídio foi preso no dia 25 de novembro, por determinação do Supremo Tribunal Federal. Em fevereiro, ele foi solto. Seus depoimentos deram sustentação a várias denúncias da Procuradoria-Geral da República e abertura de inquéritos no âmbito da Lava Jato.

Para o senador cassado, a decisão judicial que recebeu a acusação da Procuradoria contra Lula "só fortalece" suas revelações. "Isso só fortalece a minha colaboração, mostra a efetividade da minha colaboração. O juiz, assim como a Procuradoria, se aprofundaram com relação a esse episódio da obstrução. As provas foram consideradas suficientes e levaram à denúncia e ao recebimento pela Justiça."

Em troca de sua delação, o ex-senador deverá se livrar de uma eventual pena de prisão, mesmo que condenado na ação por tentativa de obstrução da Lava Jato.

Delcídio disse que está cumprindo todos os termos do acordo de colaboração que firmou com a Procuradoria-Geral da República, que em parecer afirmou que ele não estaria comparecendo quinzenalmente à Justiça e nem morando no endereço declarado.



Lula virou réu na Operação 'Lava Jato'

'Absolvição'.

A defesa de André Esteves disse que o juiz Ricardo Leite, da Justiça Federal em Brasília, "deve ainda examinar se é caso de absolvição sumária ou mesmo de rejeição da denúncia". "Nós vamos lutar por isso, pois estamos convencidos de que nosso cliente não cometeu nenhuma irregularidade. Não há justa causa para abrir processo penal em bases tão fracas".

O advogado Damian Vilutis, que defende Maurício Bumlai, negou que seu cliente entregou dinheiro a Delcídio para ser enviado a Cerveró ou para os familiares do ex-diretor.

O criminalista Conrado de Almeida Prado, que defende José Carlos Bumlai, afirmou que a aceitação da denúncia já era esperada e que vai se manifestar sobre o caso perante o juiz.
"Vamos pleitear que ela (denúncia) seja rejeitada e, caso seja mantida, a defesa vai provar que José Carlos Bumlai nunca deu dinheiro a Nestor Cerveró ou sua família a fim de comprar silêncio ou impedir o acordo de delação premiada", afirmou. "Tanto isso é verdade que a delação aconteceu, e que o próprio Nestor admitiu em outro processo que não tratou com Bumlai a respeito de nenhuma irregularidade."

Edson Ribeiro disse que "tanto o Ministério Público quanto o juiz foram induzidos a erro por Bernardo, filho de Nestor Cerveró". "Eu jamais tentei obstruir de qualquer forma a Justiça."
A reportagem não conseguiu contato ontem com a defesa de Diogo Ferreira Rodrigues.


CALÇADOS EM CRISE NO BRASIL



Sapato da China derruba polo calçadista mineiro

Tatiana Lagôa 




O par de sapato chinês que o presidente Michel Temer (PMDB) comprou na China representa uma verdadeira praga para o mercado, e, consequentemente, para parte da economia de Minas Gerais. O principal polo calçadista do Estado, formado por 12 cidades sendo Nova Serrana o destaque, tem sentido os efeitos da redução do consumo interno e da invasão de importados. Desde outubro de 2015, já foram fechadas 50 empresas com a demissão de quase mil pessoas. Entre janeiro e agosto, a produção reduziu cerca de 15% frente ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Calçados de Nova Serrana (Sindinova).
No último sábado, a foto do presidente experimentando o calçado na China ganhou a internet e motivou até nota da Associação Brasileira das Indústrias de Calçado. Para se ter uma ideia do tamanho do baque no polo de Nova Serrana, entre outubro de 2014 e outubro de 2015, quando a economia do país já apresentava um mau desempenho, apenas cinco empresas do polo faliram. O número é dez vezes menor do que o apresentado neste ano. A queda na produção no exercício passado também foi um pouco menor do que a apresentada agora. Na época, a baixa foi de 5%.

“O que mais pesou para o polo foi a queda do mercado de um modo geral. O lojista não comprava porque o consumidor não demandava”, afirma o presidente do Sindinova, Pedro Gomes. Agravou e muito a situação a dificuldade de competir com produtos estrangeiros. No ramo dos calçados esportivos, as marcas consolidadas no mercado mundial têm reduzido os preços dos tênis. Tendência que os empresários brasileiros não têm conseguido acompanhar por causa da alta dos custos. Os calçados chineses, por exemplo, têm preços abaixo dos praticados no mercado nacional.
Reinvenção
A Lynd Calçados é uma das empresas afetadas pela crise. No ano passado, ela amargou uma queda de 8% na produção frente a 2014. “A g[/TEXTO]ente crescia uma média de 10% a 15% ao ano. Desde que abrimos a empresa, em 1998, esse foi o pior resultado”, afirma o proprietário, Ronaldo Lacerda. Para melhorar o quadro, ele ampliou o mix de produtos em 50%, com a criação de diferentes tipos de tênis. A mudança demandou aumento no número de funcionários e elevou os custos de produção. Mas, até o momento, eles não conseguiram superar o desempenho de 2015.
Para tentar um melhor desempenho, o proprietário da Cromic, Júnior César Silva, mudou toda a linha de produção. Deixou de fazer sapatos esportivos e masculinos e partiu para a linha de calçados femininos. O resultado foi uma alta de 8% na produção do primeiro semestre comparado com 2015.
912
postos de trabalho
Foram cortados na cidade de Nova
Serrana em 12 meses, até julho,
segundo o Ministério do Trabalho
e emprego

Projeto de lei pode render benefícios para tentar retirar as fábricas do fundo do poço
Apesar de o Arranjo Produtivo Local (APL) de calçados mineiro já existir fisicamente, ele poderá ser oficializado. Tramita na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o Projeto de Lei 3.286/2016 que institui o polo com doze cidades. Entram nessa lista as cidades Perdigão, Araújos, São Gonçalo do Pará, Bom Despacho, Conceição do Pará, Divinópolis, Igaratinga, Leandro Ferreira, Nova Serrana, Onça do Pitangui, Pará de Minas, Pitangui. O projeto já foi aprovado na Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) e agora aguarda parecer da Comissão de Desenvolvimento Econômico. O texto precisa passar duas vezes pela apreciação em plenário.
“O que pretendemos com a criação do polo calçadista de Nova Serrana é o fortalecimento de toda a cadeia produtiva do setor, o crescimento da economia e consequentemente a geração de emprego e renda na região, que conta com esse potencial em desenvolvimento”, afirma o autor do projeto, deputado Fábio Avelar (PTdoB). Ele explica que o diferencial de se oficializar o polo é a possibilidade de ganhos como, por exemplo, benefícios fiscais e incentivos por meio de facilitações para a tomada de crédito.
No projeto inclusive é citada a obrigação do poder público de destinar recursos específicos para o desenvolvimento e a pesquisa de novas técnicas para o aprimoramento das fábricas locais, o tratamento tributário diferenciado e a criação de linhas de crédito especiais para subsidiar a produção. A expectativa é a de que a análise da Comissão de Desenvolvimento Econômico seja concluída nas próximas semanas. Se tudo seguir o ritmo esperado pelo parlamentar, o projeto poderá ser aprovado ainda neste ano.
Para o presidente do Sindicato Intermunicipal das Indústrias de Calçados de Nova Serrana (Sindinova), Pedro Gomes, é preciso primeiro a aprovação do projeto para que os empresários possam ver na prática os possíveis ganhos que ele pode trazer. “Porque se for para nos chamar de polo apenas, isso nós já somos”, pondera.opopopo
“Com os custos de produção em alta, os tênis brasileiros aumentam uma média de 8% ao ano, enquanto os estrangeiros chegam mais baratos no país. Por isso a dificuldade de competir”
Ronaldo Andrade Lacerda
Proprietário da Lynd Calçados





VÁRIOS RECADOS SOBRE O CONTROLE DAS BIG TECHS

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