terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

CONSUMO CONSCIENTE




Por Lélio Braga Calhau (*)



O consumidor brasileiro é bombardeado sempre com estímulos para comprar, muitas vezes com ofertas de necessidades artificiais, que não precisamos verdadeiramente. A propaganda para consumir nos cerca a todo momento e lugar e quer, inclusive, invadir o sossego de nossos lares com ligações 24 horas por dia de grandes empresas (curiosamente, os mesmo litigantes profissionais que entopem a Justiça com ações, lesando consumidores) fazendo “ofertas espetaculares”. São instituições financeiras, companhias de telefonia celular, empresas de internet, empresas aéreas, entre outras.
Uma das estratégias de marketing utilizadas por esses grandes fornecedores para legalmente “tomar o seu dinheiro” é, literalmente, mexer nas suas emoções. Por quê? Porque eles sabem que se suas emoções forem balançadas, você terá mais dificuldade de raciocinar sobre se uma determinada compra será realmente boa para você ou não. E aqui não estou falando do simples exagero, mas da vontade de fazer uma venda para o consumidor, mesmo que isso o prejudique.
Segundo Laura Lake, algumas empresas fazem o consumidor sentir que precisa de certo produto para se sentir melhor, ou aparentar, de determinada maneira. No final, porém, o ponto verdadeiro é que as empresas fazem as pessoas quererem o produto, mesmo que verdadeiramente não precisem dele.
E como isso pode ser conseguido? Tentando fazer o consumidor confundir desejos com necessidades. Assim, ele não racionaliza direito e acaba fazendo uma compra mal feita. Imagine que qualquer compra assim já te dá um certo grau de prejuízo, mas contabilize, então, isso ao longo de uma vida inteira. Não há fortuna que se sustente com isso no longo prazo.
É o que acontece quando você entra numa concessionária para comprar um carro pequeno e o vendedor fica tentando forçá-lo a comprar um maior – e que nem te serve tão bem. Ou o profissional de telemarketing que fica ligando o tempo todo para que você compre um “pacote de dados” fantástico, que curiosamente só será ofertado naquele momento, etc.
Fique atento, pois, em muitos casos, as pessoas ficam focadas em ganhar mais dinheiro e se esquecem de defendê-lo nas pequenas coisas, diariamente, desses “abutres financeiros”. Não deixe nenhum vendedor confundi-lo em qualquer compra. Desejo é uma coisa e necessidade é outra. Não aceite apelo emocional, como “você merece isso”, “sua família vai adorar”, “todo mundo está comprando”.
Exija sempre um prazo mínimo para refletir. Peça que enviem a “oferta fantástica” por e-mail – coisa que raramente eles o farão. Não caia em “necessidades artificiais”, pois essas estratégias buscam apenas tomar o seu dinheiro sem trazer nenhum valor novo e efetivo para a sua vida.
Avalie sempre e separe os seus desejos das suas necessidades. Você pode ter o que deseja, mas isso não pode comprometer as suas necessidades reais e verdadeiras.
(*) Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais, coordenador do site e do Podcast “Educação Financeira para Todos”


ANIMAIS FELINOS SÃO VISTOS EM ÁREAS URBANAS DA ÍNDIA



Leopardo invade escola na Índia e fere seis pessoas

Hoje em Dia 









Um leopardo invadiu uma escola em Bangalore, na Índia, e feriu seis pessoas que tentavam capturá-lo neste domingo (7). Câmeras flagraram quando o felino de oito anos ataca um homem perto da piscina da escola. A captura demorou cerca de 10 horas

Depois de anestesiado, o animal foi solto no parque nacional. Não havia alunos na escola no momento do incidente. Dentre os feridos, estão um cientista e cinegrafista de uma TV local.

Um censo recente da vida selvagem estimou que a Índia abriga cerca de 14 mil leopardos. Não é a primeira que o país registrar ataques de leopardos a humanos. Os animais costumam ser vistos com frequência em áreas urbanas na Índia.

FENÔMENO RARO



Homem morre e outras três pessoas ficam feridas após queda de meteorito

Agência Brasil 





As autoridades indianas dizem que um homem morreu e outras três pessoas ficaram feridas após a queda de um meteorito no sábado (8), no estado de Tamil Nadu. A vítima é um motorista de ônibus, que passava próximo ao local onde o meteorito caiu. O impacto deixou uma grande cratera no chão e destruiu vitrines num edifício próximo.
Imagens da imprensa local mostram uma pedra de tom azulado, que o ministro de Tamil Nadu, Jayalalithaa Jayaram, descreveu como um meteorito, mas cientistas dizem que isso ainda não foi provado. S. P. Rajaguru, professor assistente no Instituto Indiano de Astrofísica, em Bangalore, admitiu que a pedra pode ser um meteorito, mas acredita que é necessário fazer mais testes. Caso seja comprovado, tratar-se-á da primeira morte de uma pessoa causada por um meteorito, disse o professor.
Segundo ele, a maioria dos meteoros nunca atingem a superfície da Terra, porque são pulverizados completamente na atmosfera. “Atingir a superfície da Terra é muito raro e não há registos de mortes.”
Os meteoros são partículas de poeiras e pedras que geralmente se incendeiam ao passarem pela atmosfera da Terra. Os que não são destruídos por completo, chegando até a Terra, são designados como meteoritos.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O HOMEM VAI DESTRUINDO A NATUREZA



Aves ameaçadas de extinção nas montanhas de Minas

Ricardo Rodrigues - Hoje em Dia 



          Crejoá, Araçai-Banana, Tiriba-de-orelha-branca: algumas espécies ameaçadas de extinção

Dentre as 106 espécies de aves ameaçadas pela destruição das áreas verdes em Minas, as que habitam topos de montanha encontram nas mudanças climáticas mais um inimigo mortal. Isolados nesses habitats, os pássaros ficam vulneráveis a fatores como aquecimento global e, sobretudo, aos impactos da mineração e agronegócio.

A constatação é do casal de biólogos Guilherme Freitas e Lílian Costa, que estudam a avifauna dos topos da Serra do Espinhaço, divisor natural das bacias dos rios São Francisco, Doce e Jequitinhonha. Entre as nove espécies que mais sofrem com as mudanças climáticas, quatro são as mais ameaçadas: o lenheiro-da-serra-do-cipó, o pedreiro-da-serra-do-espinhaço, a garrincha-chorona e o beija-flor-de-gravata-verde.

Como habitam apenas elevadíssimas altitudes, se a temperatura subir, essas aves não conseguem encontrar clima mais ameno, uma vez que já estão no topo, explica Freitas. “Elas estão seriamente impactadas, restritas a ilhas de ambientes com clima e vegetação diferenciados, com tipos específicos de plantas e de animais, pois as mineradoras avançam para as montanhas do Espinhaço”, alerta o biólogo.

Na Serra do Breu, região Central do Estado, o pedreiro-do-espinhaço (Cinclodes espinhacensis) é monitorado com anilhas coloridas e rádio transmissores. O pássaro se alimenta, por exemplo, de larvas aquáticas. Foi descoberto em 2008 e descrito em 2012 pela equipe do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, que envolve os laboratórios de Ornitologia e de Biodiversidade e Evolução Molecular, coordenados pelos professores Marcos Rodrigues e Fabrício Santos.

Em perigo

Endêmico dos topos da Serra do Cipó, também na região Central, o pássaro foi incluído na lista de espécies ameaçadas no Brasil na categoria em perigo, assinala Lílian, que participou do processo de descoberta da espécie.

O pedreiro tem similaridade com outra espécie isolada na divisa do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além de um grupo de espécies restritas aos Andes e Patagônia, como explica Freitas, doutor em zoologia e um dos descobridores do pedreiro em Minas.

No Alto da Boa Vista e no Alto do Palácio, o lenheiro-do-cipó também ganhou anilhas durante estudos sobre a espécie, descoberta em 1990, na Serra do Cipó.

O pássaro “está em situação crítica e deve voltar para a categoria ameaçada”, prevê Lílian, que estudou a espécie no doutorado em ecologia, conservação e manejo da vida silvestre.

O lenheiro sofre o impacto do chopim, ou vira-bosta, pássaro põe seus ovos apenas em ninhos de outras espécies e prolifera com a presença da criação de gado na Serra do Cipó.

“O número de fêmeas do lenheiro tem diminuído e os machos monitorados há mais de seis anos nunca encontraram uma para parear”, diz a pesquisadora.


Previsão de declínio populacional de espécies raras

Na Serra do Espinhaço, de Minas à Bahia, o beija-flor-da-gravata-verde e o beija-flor-da-gravata-vermelha se destacam entre as aves que vivem nos campos rupestres, associadas às regiões frias e que mostram conexões biogeográficas com outras montanhas da América do Sul.

Acima de 2 mil metros de altitude também vive a garrincha-chorona. Com populações em declínio, habita campos de altitude da Serra da Mantiqueira (Sul de Minas) e nos campos rupestres da Serra do Caraça, além da Serra do Mar. Nas montanhas do Sudeste encontra-se o rabo-mole-da-serra e o papa-mosca-das-costas-cinzentas. Para este último está previsto um grande declínio populacional nos próximos anos, por conta das mudanças climáticas.

Mata Atlântica

A Mata Atlântica é o bioma com o maior número de espécies ameaçadas. “A fragmentação das florestas provoca a diminuição da oferta de alimentos, abrigos, sítios reprodutivos, alterações nas condições ambientais, como temperatura e umidade. Enfim, alterações em pontos vitais para a manutenção dos estoques populacionais, especialmente de espécies mais sensíveis”, explica a bióloga Gláucia Drummond, presidente da Fundação Biodiversitas.
Com o apoio da American Bird Conservancy (ABC), a Biodiversitas ampliou para 950 hectares, neste ano, a Reserva Mata do Passarinho, no Vale do Jequitinhonha, que abrange os municípios de Bandeira e Jordânia e Macarani (BA). Considerada “um baú de biodiversidade”, a reserva, criada em 2007, protege 330 espécies de aves, das quais 46 ameaçadas de extinção.

Na reserva vive o entufado-baiano (Merulaxis stressemani), extremamente ameaçado de extinção. Estima-se que haja apenas 15 indivíduos na natureza, o que torna sua situação de conservação muito delicada.



AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

  Brasil e Mundo ...