sexta-feira, 24 de julho de 2015

MITOS DE CARREIRAS



Ganhar muito, bater metas, ter vários diplomas: veja 7 mitos de carreiras

Do UOL, em São Paulo 


Dinheiro é sucesso, diploma significa prestígio e, para a carreira, é importante ter uma grande rede de contatos. Pensamentos comuns em ambientes profissionais, mas considerados mitos por alguns especialistas em carreiras.
Essa é a visão de Lucas Scudeler Gomes, coach da Pandora, empresa de desenvolvimento profissional.  "São verdades dentro de um determinado contexto, mas que, quando colocadas como absolutas, geram distorções".
Gomes selecionou sete desses pensamentos. O UOL também consultou o coach Maurício Sampaio; o consultor executivo Amauri Nóbrega; o diretor da Wyser, empresa de recrutamento e seleção de executivos, Fábio Nogueira; e a vice-presidente executiva da Thomas Case & Associados, consultoria de gestão de carreira,  Silvana Case, para opinarem sobre o assunto.


  

1. Dinheiro é sinônimo de sucesso


Ninguém nega a importância do dinheiro para a vida, mas ele não pode ser o único parâmetro para o sucesso. Conseguir um excelente salário em um emprego que consome a maior parte das horas do dia e não permite que se dedique à família, vida social ou outros projetos, pode trazer infelicidade.
"Dinheiro é um meio, não um fim", diz Lucas Gomes. "O ideal é conseguir ganhar dinheiro com aquilo que gosta de trabalhar", afirma Amauri Nóbrega.
Além disso, a quantidade que cada um almeja é variável. "Ganhar dinheiro é relativo. R$ 100 mil é muito ou pouco? R$ 1 milhão é muito ou pouco? Tem gente que deseja andar de Ferrari, enquanto outros querem um carro apenas para transporte. A percepção de sucesso é muito variável", diz Amauri Nóbrega.









2. Quanto mais diplomas tiver, mais prestígio conquista


Os especialistas são unânimes em dizer que formação acadêmica não serve de nada sem experiência profissional e resultados. "Muitas vezes, ele [diploma] pode valer como um dos critérios de desempate entre candidatos a um determinado cargo. Se não trouxer resultados concretos, porém, os diplomas somente servirão para decorar as paredes do escritório", diz Silvana Case.
Segundo Maurício Sampaio, muitos profissionais retardam a entrada no mercado de trabalho para conseguir diplomas, entrando direto em uma pós-graduação depois da faculdade, e isso pode ser ruim, porque outros profissionais já estão trabalhando e conquistando seu espaço. "Nem oito, nem 80. É bom o diploma, mas também é bom ir para a prática".









3. Quanto maior o network, melhor para você


"Quantidade não é sinônimo de qualidade", afirma Fábio Nogueira. O número de cartões de visita que tem em sua coleção ou de telefones na agenda não significa nada se esses contatos não estão dispostos a se encontrar com você ou ajudá-lo quando precisar.
"Se você tem meia dúzia de amigos que são presidentes de empresa e param o que estão fazendo para o atender, é melhor do que ter uma rede vasta de gente que demora para responder", diz Lucas Gomes.


4. Os fins justificam os meios


Essa fala é muito comum e igualmente questionada, principalmente do ponto de vista ético. "Vou bater uma meta, mesmo que tenha de subornar uma pessoa para fechar o contrato?", diz Lucas Gomes.













5. O importante é conseguir bater metas


Metas são importantes para a conquista de resultados. Na maioria dos casos, são elas que vão determinar o sucesso financeiro de uma empresa. Mas os especialistas alertam que utilizá-las como o único parâmetro é um risco. "É importante bater meta, mas os meios utilizados para atingir esse objetivo são fundamentais", afirma Fábio Nogueira.
Para Lucas Gomes, atingir metas deixando de lado outros fatores, como qualidade do trabalho e bem-estar dos profissionais envolvidos, não é sustentável a longo prazo. Clientes não vão comprar um produto ruim duas vezes, assim como funcionários insatisfeitos terão um rendimento cada vez pior.
Maurício Sampaio diz, porém, que a tendência é que as empresas foquem cada vez mais nas metas, principalmente em períodos de crise, como o atual. "O importante é a performance. Empresa vive de receita".







6. Alguém sempre ganha e alguém sempre perde


No caso de uma concorrência, em que três empresas competem para vender um produto, é natural que a vitória de uma represente a derrota para as outras. Mas isso não é verdade em todas as relações de trabalho. Os especialistas defendem o que chamam de "ganha-ganha".
Para Lucas Gomes, isso é claro na relação entre a empresa e um cliente. Se ambos não estiverem satisfeitos, aquele cliente não volta a fazer negócios. Isso também é válido na relação com um fornecedor, ao negociar preços, por exemplo. O melhor, para manter uma parceria duradoura, é que ambos estejam satisfeitos.
"Existem situações em que ambos ganham. Se o empregado já não está feliz e não é mais capaz de gerar resultado, pode ser uma boa para ambos romper a parceria e buscar novos ares", diz Fábio Nogueira.







7. Aposentadoria é para ficar totalmente encostado


Aposentadoria é o momento de calçar o chinelo, apoiar-se no dinheiro que recebe da previdência privada ou do INSS, e relaxar, certo? Nem sempre. "A maioria que faz isso fica insatisfeita. A satisfação vem da evolução, de aprender coisas novas", diz Lucas Gomes.
"Hoje, há pessoas com 55, 60 anos, que estão aposentados e ainda têm 15, 20 anos de auge pela frente", afirma Maurício Sampaio.
Os especialistas aconselham a buscar novos interesses, como investir em novos negócios ou atividades, por exemplo, buscando algo que satisfaz. Mas sempre com planejamento, para não ter problemas financeiros, aconselha Silvana Case.
Amauri Nóbrega recomenda que a nova atividade seja próxima da que estava acostumado a fazer, ou que parta de um hobby que já tenha, porque diminui as chances de dar errado.

COMO SE LIVRAR DE UM TUBARÃO DE VERDADE



Como evitar ataques de tubarão - e o que fazer se for atacado
Surfista australiano conseguiu escapar durante torneio na África do Sul; especialista ensina como evitar a proximidade com esses animais.
Da BBC




                Grande tubarão-grande foi fotografado em posição de ataque na Austrália (Foto:       Reprodução/Instagram/Calypsostarcharters)

O surfista australiano Mick Fanning passou um susto no último domingo: foi atacado por um tubarão durante uma competição na África do Sul, incidente que acabou sendo transmitido ao vivo pela TV.
Ele conseguiu bater no tubarão e escapar em um bote de resgate.
Cerca de 70 ataques não provocados de tubarão têm sido registrados por ano no mundo, resultando em cerca de dez mortes. Ou seja: em termos globais, a probabilidade é maior de morrer sendo atingido por raios ou de picadas de abelhas do que por tubarões.
Mas os números de ataques têm crescido constantemente a cada década, provavelmente em decorrência do aumento da população humana global e de sua presença mais constantes nas águas.
Ante os aguçados sentidos de olfato, paladar, audição e visão do tubarão, como se precaver de um eventual ataque? E o que fazer se for atacado?
Eis algumas dicas, compiladas pelo biólogo George H. Burgess, do Museu de História Natural da Flórida (EUA):

Evite a água do mar no período entre o pôr do sol e o nascer do sol
É nesse período que os tubarões estão mais ativos.
Também é bom evitar nadar durante ou depois de tempestades, que deixam as águas turvas e agitam os peixes dos quais os tubarões se alimentam. Esse cenário pode impedir o tubarão de distinguir entre suas presas e seres humanos.
O mesmo raciocínio se aplica a nascentes de rios, onde as águas costumam estar lamacentas.


Fique em grupo
Pessoas desacompanhadas têm mais chance de serem atacadas do que as que permanecem em grupo.
E é bom não se distanciar demais da costa - quanto mais longe, mais demorado será o socorro.
Pense no que você vai vestir
Evite ornamentos (como bijuterias) brilhantes, porque a luz refletida faz lembrar as escamas de peixes.
Tampouco use roupas de cores muito claras ou estampas, porque os tubarões são especialmente bons em identificar contraste.
Estão sendo testados trajes especiais, com listras, que se assemelhem a cobras marinhas venenosas. O objetivo é ver se esses trajes servem de advertência ao tubarão - de que a carne humana não deve ser comida.
Evite águas usadas por pescadores (amadores ou comerciais)
Os tubarões são capazes de sentir odores emitidos pelas iscas, mesmo a grande distância. Então é bom ficar longe de águas em que pescadores estejam usando varas e de rotas pesqueiras.
Evite águas contaminadas (ou em processo de contaminação)
Fique longe de águas que recebam esgoto, e nunca entre no mar se estiver sofrendo algum sangramento. As duas coisas podem atrair tubarões.
Fique atento às presas dos tubarões
Se outros mamíferos marinhos (como focas) estiverem por perto, é possível que tubarões também estejam por ali.
Vale ficar de olho, também, em peixes que sirvam como isca ou outros animais se alimentando - por exemplo, pássaros mergulhando na água para comer. Animais (como tubarões) que comem a mesma comida podem estar por perto.
Lembre-se: um predador nunca fica muito longe de sua presa.
Não fique espirrando água
Tente não espirrar ou mover demais a água, para evitar fazer os mesmos movimentos feitos pelas comidas favoritas do tubarão.
Pelo mesmo motivo, evite deixar animais de estimação na água, já que eles espirram muita água.
Atenção ao local onde você nada
Provavelmente não é uma boa ideia nadar entre bancos de areia ou perto de áreas íngremes no oceano: essas são algumas das regiões favoritas para tubarões se reunirem.
Mantenha distância de águas infestadas por tubarões
Fique longe da água se souber que há tubarões presentes e saia da água se os animais forem avistados ali perto.
Se vir um tubarão, fique quieto
Se vir um tubarão, fique onde está, o mais quieto possível. A maioria dos tubarões ficará apenas curiosa e provavelmente vai embora por conta própria.
Tente permanecer calmo. Ataques são eventos raros.
Se atacado, responda agressivamente
Se você for atacado, a regra básica é: faça o que precisar para se desvencilhar, mas faça-o calmamente.
Tente lutar e assustar o tubarão. O melhor jeito de fazer isso é atingir o nariz do animal.
É possível também bater nos seus olhos e guelras (órgãos respiratórios), dois dos órgãos mais sensíveis do tubarão.
Nunca desvie o olhar do tubarão e defenda seu corpo (e as laterais dele) com alguma "arma", como a prancha de surfe - sem usar as mãos.


CONGRESSO


PAÍS VERDADEIRAMENTE DEMOCRÁTICO



O que faz da Noruega o país mais democrático do mundo?

Constanza Hola Chamy Da BBC Mundo 



O país investiu os recursos derivados do petróleo em outras áreas produtivas que ajudaram a manter a estabilidade econômica
Ao falar de vikings, petróleo e fiordes, a Noruega imediatamente vem à mente. Mas à lista de conceitos típicos associados ao país nórdico será preciso adicionar mais um: a democracia.
Pelo quinto ano consecutivo, a Noruega conseguiu foi considerada o país mais democrático do mundo, segundo o Índice de Democracia 2014 publicado pela The Economist Intelligence Unit (EIU) no dia 20 de janeiro.
O país escandinavo obteve 9,93 pontos em uma escala de 10 pelo terceiro ano consecutivo. A presença do país no topo da lista já é mais tradição do que surpresa dentro da lista de 165 países e dois territórios que o índice contempla.
A Noruega conseguiu a pontuação máxima em quatro dos cinco fatores avaliados pela medição (processo eleitoral e pluralismo, liberdades civis, funcionalidade do governo, participação política e cultura política).
Mas o que permitiu que o país nórdico se tornasse o mais democrático do mundo?
Igualdade, igualdade e igualdade
Os especialistas consultados pela BBC concordam que instituições públicas fortes, uma cultura baseada na confiança e na baixa desigualdade são essenciais.


As instituições públicas norueguesas são bastante valorizadas
"Um estado forte com pouca corrupção e favoritismo gera confiança e tem os instrumentos necessários para contribuir para baixar a desigualdade através de altos impostos que criam bons serviços públicos", disse à BBC Benedicte Bull, líder da Rede Norueguesa de Estudos Latino-americanos (Norlarnet).
No país, a igualdade parece ser um conceito chave.
"A Noruega é um país com uma forte cultura igualitária cujas origens estão na religião protestante, de ter sido um país pobre e austero e com uma profunda tradição de proximidade entre o poder público e a sociedade", disse à BBC Mariano Aguirre, diretor do Centro Norueguês para a Construção da Paz (NOREF), com sede em Oslo.
A alta valorização da igualdade tem muito a ver com a história do país. A Noruega é diferente de outros países europeus, já que nunca foi potência colonial. Na verdade, é o contrário.
O país foi historicamente dominado por outras potências como a Dinamarca, a Suécia e a Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial. Segundo Aguirre, "a sociedade norueguesa não tem a melancolia do poder que alguns dos países que foram potências coloniais têm".
"Também acho que nós temos uma cultura de participação que vem de muito tempo atrás. Ela surgiu com os grandes movimentos sociais (de trabalhadores, movimentos laicos, etc.) do século 19 e alguns, pelo menos, continuam sendo fortes", completa Bull.

É a Noruega ou é a Escandinávia?


A igualdade é considerada um conceito chave na política do país, que tem um passado de austeridade
Mas o bom desempenho da Noruega no índice da EIU coincide com o do resto de sua região. Quatro dos cinco países mais democráticos, segundo o índice, são os nórdicos.
Historicamente, o primeiro lugar da lista quase sempre ficou com um país escandinavo: a Noruega nas últimas cinco medições e a Suécia nas edições de 2006 e de 2008.
"É uma sociedade pequena (menos de seis milhões de habitantes), rica devido a seu inteligente manejo do petróleo e a ter usado a renda que este recurso produz para desenvolver outros setores produtivos (como a pesca e a indústria hidráulica)", afirma Aguirre.
"Todos estes países têm estados de bem-estar social que geram confiança no sistema e também nivelam as desigualdades, o que, por sua vez, gera confiança nas instituições democráticas", explica Bull.
No entanto, a pesquisadora adverte que estes fatores podem estar em retrocesso em vários países escandinavos. Mesmo assim, "a cultura política que geraram permanece, pelo menos por enquanto".

O caso da Suíça
A Suíça é provavelmente o lugar mais emblemático da democracia direta, já que seus eleitores têm a oportunidade de participar frequentemente de referendos e iniciativas populares vinculantes, que costumam fazer parte da agenda do poder Executivo.


A capital da Noruega, Oslo, tem uma vibrante cultura urbana
No índice do EIU, no entanto, o país não aparece em primeiro lugar, e, sim, em sexto.
"O processo de consulta cidadã que a Suíça tem foi, em muitos sentidos, um modelo. No entanto, algumas dessas consultas deram resultados que não são muito democráticos", diz Francisco Panizza, da London School of Economics.
Por exemplo, a Suíça foi um dos últimos países a aceitar o voto feminino e graças às consultas populares foram tomadas decisões polêmicas, como a de proibir a construção de minaretes em mesquitas.
"A cidadania às vezes toma decisões que não parecem compatíveis com certos valores da democracia."

Críticas e riscos
Apesar do bom desempenho da Noruega, há aqueles que advertem que a democracia também tem problemas nesses países.
"Nos últimos anos aumentou o déficit democrático", afirma Erik Oddvar Eriksen, diretor do Centro de Estudos Europeus (ARENA), da Universidade de Oslo.


Um dos principais desafios do país é integrar os imigrantes e evitar que a sociedade se radicalize contra muçulmanos
Eriksen diz que, uma vez que a Noruega é parte do Espaço Econômico Europeu, mesmo que seus cidadãos exerçam o direito a voto, eles não necessariamente estão elegendo as pessoas que tomam as decisões finais que afetarão suas vidas.
Hoje, o principal teste para a democracia norueguesa tem a ver com a imigração. "O desafio mais importante é integrar todos os grupos de imigrantes nas instituições democráticas", diz Benedicte Bull.
E um dos principais obstáculos é a integração da comunidade muçulmana.
"Há um risco de que parte da comunidade norueguesa se contagie e se radicalize contra a comunidade de imigrantes muçulmanos. O partido de extrema direita, Partido Progressista, ganhou votos suficientes nas últimas eleições para ser hoje parte do governo de coalizão", ressalta Mariano Aguirre.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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