Márcio
Doti
A cada dia fica mais evidente que onde
cada um puxa a brasa para a sua sardinha, o caminho que resta ao cidadão
brasileiro é o de demonstrar o quanto vale uma garganta. Por garganta devemos
entender as vaias, as mensagens eletrônicas, faixas, redes sociais, tudo o que
estiver ao alcance para fazer valer a presença dos mais fracos na fila do
atendimento. Por mais fracos devemos tomar o povo, cada cidadão, todos os
cidadãos sujeitos aos absurdos hoje impostos a todos nós.
Vejamos o que estava para acontecer na área de pós-graduação e doutorado ambos custeados pelo governo federal. A pátria educadora chegou a anunciar que iria cortar 75% das verbas destinadas à CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, órgão do Ministério da Educação, responsável pelo setor. Isso, depois do governo ter iniciado o ano com um corte de um terço nas verbas da educação, para cumprir metas de enxugamento impostas pela área econômica.
A reação ao anúncio foi imediata. Pessoal das universidades, a juventude e gente da área acadêmica, todos se juntaram e puseram a garganta para funcionar. Certamente que esse foi como deve estar sendo e futuramente será o pesadelo da presidente Dilma em se equilibrar na corda bamba. De um lado as demandas e do outro os operadores da economia de olho nos gastos e nos ponteiros da inflação e todos os indicadores econômicos. Num ambiente assim, quem grita é respeitado, quem se faz notar é considerado. Triste mas verdadeiro. Veio, então, o Ministério da Educação e expediu nota em que anunciava uma redução de 10 ao invés dos 75%. Mesmo assim, os repasses serão feitos em três etapas, havendo dúvidas quanto aos valores da terceira parte que vão depender dos indicadores econômicos. E também das vaias e cobranças, de gargantas revoltadas.
Não vamos nos esquecer de que o próprio ministro presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski levou ao Congresso um pedido de reajuste para seus colegas e todo o judiciário alegando que o pessoal precisava fazer feira, ir ao supermercado. Marcou presença, argumentou e saiu com 60% de reajuste. Os partidos políticos nem precisaram gritar, falar alto, enfim, usar a garganta. Tiveram logo um reajuste nos repasses do Fundo Partidário da ordem de 300%. Isto mesmo. Três vezes mais do que recebiam.
O assunto é sério, importante, estamos falando da formação de nossos jovens, estamos tratando de movimentar os nossos centros de inteligência, sabemos bem que o diferencial de um país é a importância que ele dá à pesquisa, sendo dali que nascem os conhecimentos científicos e tecnológicos que vão refletir na nossa produção e consequentemente na nossa economia. Sem muita pesquisa, mas tomando por base o que acabamos de dizer e o que se estampa diante de nós, é preciso exercitar as gargantas, fazer-se notar para merecer respeito. Volto a valorizar o papel desempenhado pelas redes sociais nesse processo. Ao despertar o cidadão, motivá-lo para a reflexão, para o conhecimento de situações, estamos fazendo dos processos de comunicação em geral um ambiente importante para induzir transformações e crescimento da sociedade brasileira. Sem grito, sem garganta, com a falta de respeito que vem predominando é difícil saber onde vamos parar.
Vejamos o que estava para acontecer na área de pós-graduação e doutorado ambos custeados pelo governo federal. A pátria educadora chegou a anunciar que iria cortar 75% das verbas destinadas à CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, órgão do Ministério da Educação, responsável pelo setor. Isso, depois do governo ter iniciado o ano com um corte de um terço nas verbas da educação, para cumprir metas de enxugamento impostas pela área econômica.
A reação ao anúncio foi imediata. Pessoal das universidades, a juventude e gente da área acadêmica, todos se juntaram e puseram a garganta para funcionar. Certamente que esse foi como deve estar sendo e futuramente será o pesadelo da presidente Dilma em se equilibrar na corda bamba. De um lado as demandas e do outro os operadores da economia de olho nos gastos e nos ponteiros da inflação e todos os indicadores econômicos. Num ambiente assim, quem grita é respeitado, quem se faz notar é considerado. Triste mas verdadeiro. Veio, então, o Ministério da Educação e expediu nota em que anunciava uma redução de 10 ao invés dos 75%. Mesmo assim, os repasses serão feitos em três etapas, havendo dúvidas quanto aos valores da terceira parte que vão depender dos indicadores econômicos. E também das vaias e cobranças, de gargantas revoltadas.
Não vamos nos esquecer de que o próprio ministro presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski levou ao Congresso um pedido de reajuste para seus colegas e todo o judiciário alegando que o pessoal precisava fazer feira, ir ao supermercado. Marcou presença, argumentou e saiu com 60% de reajuste. Os partidos políticos nem precisaram gritar, falar alto, enfim, usar a garganta. Tiveram logo um reajuste nos repasses do Fundo Partidário da ordem de 300%. Isto mesmo. Três vezes mais do que recebiam.
O assunto é sério, importante, estamos falando da formação de nossos jovens, estamos tratando de movimentar os nossos centros de inteligência, sabemos bem que o diferencial de um país é a importância que ele dá à pesquisa, sendo dali que nascem os conhecimentos científicos e tecnológicos que vão refletir na nossa produção e consequentemente na nossa economia. Sem muita pesquisa, mas tomando por base o que acabamos de dizer e o que se estampa diante de nós, é preciso exercitar as gargantas, fazer-se notar para merecer respeito. Volto a valorizar o papel desempenhado pelas redes sociais nesse processo. Ao despertar o cidadão, motivá-lo para a reflexão, para o conhecimento de situações, estamos fazendo dos processos de comunicação em geral um ambiente importante para induzir transformações e crescimento da sociedade brasileira. Sem grito, sem garganta, com a falta de respeito que vem predominando é difícil saber onde vamos parar.



