sexta-feira, 24 de outubro de 2014

DILMA X AÉCIO



COMO SERÁ O BRASIL DAQUI PRA FRENTE. VEJAM O QUE PENSA CADA CANDIDATO SOBRE OS DIVERSOS ASSUNTOS:

O QUE PENSAM DILMA E AÉCIO SOBRE 50 TEMAS
TEMA

DILMA ROUSSEFF (PT)

            AÉCIO NEVES
                    (PSDB)
Aborto
Defende a descriminalização do aborto por "motivos médicos e legais"
Considera que a legislação atual atende às demandas do Brasil
Acessibilidade
Manter o "Viver sem Limites", com políticas para pessoas com deficiência
Propõe financiar municípios que apresentem projetos de acessibilidade
Agronegócio
Defende a continuidade e ampliação da política de crédito rural
Diz que fortalecerá Ministério da Agricultura e atualizará legislação de crédito agrícola
Água em SP (crise de abastecimento)
"Governo federal está disposto a ajudar em tudo o que for preciso"
Propõe agir em parceria com o governo de São Paulo para resolver o problema
Banco Central
Diz que o Banco Central é autônomo, mas não pode ser independente
Diz que é favorável à autonomia operacional do Banco Central
Bancos públicos
Diz que bancos públicos devem continuar cumprindo papel social
Quer dar mais "transparência" e nega intenção de privatizá-los
Bolsa Família
Diz que manterá o Bolsa Família, "programa mais importante do governo"
Afirmou que manterá e ampliará o Bolsa Família
Ciência Sem Fronteiras
Prometeu manter o programa e anunciou a segunda etapa para o ano que vem
Disse que o programa será mantido e ampliado
Corrupção
Defendeu medidas para combater a corrupção, como tornar crime a prática de caixa dois
Promete acabar com "loteamento de cargos" e mudar relação com o Congresso
Cotas raciais
Afirma que são escolhas de um governo que busca “defender a igualdade racial”
Política de cotas deve ser melhor elaborada e mensurar também indicadores sociais
Cuba (financiamento da expansão do porto de Mariel)
"Brasil acredita e aposta no potencial humano e econômico de Cuba"
Diz que, se eleito, vai priorizar a conclusão de obras no país e não em Cuba
Cultura
Quer estimular a produção nacional em centros de arte
Revisar o Vale Cultura, aprimorar a Lei de Direitos Autorais e criar os Caminhos da Cultura
Demarcação de terras indígenas
Diz que a questão é um "desafio" para o governo e defende "revisão" das normas
Promete criar fundo de regularização para resolver conflitos
Dívidas dos estados
Quer aprovar no Congresso proposta que muda o indexador da dívida
Afirmou que trabalhará pela renegociação da dívida dos estados
Energia
Manter a geração com base em hidrelétricas e termelétricas e fontes alternativas
Defende planejamento com previsibilidade e matriz energética sustentável
Ensino em tempo integral
Prometeu ampliar a rede de ensino em tempo integral
Adoção da educação em tempo integral para os alunos no ensino fundamental
Ensino médio
Propôs reforma no ensino médio com alteração curricular
Prometeu criar o Promedio (tipo de ProUni) e fazer reforma na grade curricular
Fator previdenciário
Afirmou durante campanha que não vai acabar com o fator previdenciário
Diz que buscará uma alternativa ao fator previdenciário
Fies (Programa de Financiamento Estudantil)
Diz que dará continuidade ao programa
Promete manter programa, com ampliação de universidades parceiras
Financiamento de campanha
Defende o fim do financiamento empresarial de campanha
Diz acreditar que o financiamento privado de campanha deva ser limitado
Forças Armadas na segurança pública
Afirma que são exclusivamente para fronteiras e garantia da lei e da ordem
Diz acreditar que as Forças Armadas podem auxiliar em situações especiais
Fronteiras
Diz que União e estados não podem atuar de forma fragmentada
Propõe ação das Forças Armadas, reforço da PF e "nova" relação com vizinhos
Inflação
Afirmou que buscará atingir o centro da meta de inflação, de 4,5%
Disse que buscará atingir o centro da meta (4,5%) e depois reduzir para 3%
Homofobia
Defende a criminalização da homofobia no país
Diz que toda discriminação deve ser considerada crime, inclusive a homofobia
Maconha
Descartou a legalização no Brasil nos termos em que ocorreu no Uruguai
Disse que não viu  "resultado objetivo" em países que legalizaram
Mais Médicos
Promete ampliar e complementar o programa, com a criação do Mais Especialidades
Continuará com o Mais Médicos, mas estabelecerá novas regras para o programa
Minha Casa, Minha Vida
Diz que ampliará Minha Casa, Minha Vida e anunciou nova etapa do programa
Afirma que o programa tem de ser "ajustado e complementado"
Ministérios
Defendeu na campanha o atual número de ministérios (39)
Afirmou que, se eleito, reduzirá para 22 ou 23  o número total de ministérios
Mobilidade urbana
Dará atenção especial à expansão do transporte sobre trilhos
Quer priorizar metrô de superfície, veículos leves sobre trilhos e ferrovias
Mudanças climáticas
Diz que situação não se resume à Amazônia e quer cooperação com outros países
Promete levar o Brasil à transição para uma economia de baixo carbono
Petrobras
Admitiu desvios, disse que tomará medidas para ressarcir e defende estatal
Vê corrupção "institucionalizada" e prometeu desaparelhar a máquina pública
Pobreza
Defende a chamada "busca ativa" de famílias que não estão nos programas sociais
Propõe criar o projeto Áreas Livres de Pobreza, mapeando regiões vulneráveis
Política externa
Acredita que o Brasil deve assumir papel de "destaque" na Améria Latina
Diz que o Brasil é "vítima" de "certa esquizofrenia" em sua política internacional
Presídios (parcerias público-privadas)
Diz que decisão cabe aos governos estaduais
Defende Parcerias-Público-Privadas (PPPs) na administração de presídios
Privatizações
Diz defender regime de partilha porque "equilibra" interesses públicos e privados
Diz que vai "reestatizar" empresas públicas e que não fará novas privatizações
Professores
Afirmou que dará "salários adequados" aos professores
Quer melhorar salários com  aumento do repasse da União ao Fundeb
Pronatec
Diz que programa continuará e anunciou mais 12 milhões de vagas para 2015
Prometeu ampliar o alcance do Pronatec
Prouni (Programa Universidade para Todos)
Diz que dará continuidade ao programa
Afirma que vai expandir e aperfeiçoar o programa
Racismo
Propõe garantir acesso a serviços e articular políticas contra o preconceito
Quer ampliar inserção de negros em universidades, na política e em cargos públicos
Redução da maioridade penal
Diz que "nenhum país que promoveu a redução teve queda da criminalidade"
Defende a redução da maioridade penal para 16 anos em crimes hediondos
Reeleição
Diz não acreditar em um governo "efetivo" em quatro anos
Defende fim da reeleição e mandato de cinco anos
Reforma agrária
Diz que a reforma não pode ser só distribuição de terras e defende mais ações
Promete "retomar a reforma agrária com seriedade e prioridade"
Reforma tributária
Afirmou que o caminho para a reforma tributária é a unificação dos impostos
Assumiu compromisso de fazer uma simplificação do sistema tributário
Salário mínimo
Diz que manterá política de valorização do salário mínimo
Afirmou que continuará com a política de aumento real do salário mínimo
Saneamento
Propõe universalizar o abastecimento e expandir a rede de esgotos
Quer estimular investimento de fundos de pensão em saneamento básico
Segurança pública
Propõe atuar com os governos estaduais na garantia da segurança pública
Quer proibir o contingenciamento de verbas para a segurança pública
Superávit primário
Afirmou que não realizará "choque fiscal" para cumprir superávit primário
Superávit primário poderá ser "ajustado" e que não usará "artifícios contábeis"
Tarifas públicas
Aumento das tarifas é possível, mas não aplicará "tarifaço"
Afirmou que será necessário realinhar os preços da gasolina e da energia elétrica
União civil entre homossexuais
Defende união civil entre pessoas do mesmo sexo, com todos os direitos civis
Afirmou que o casamento gay já é parte da realidade do Brasil
Violência contra a mulher
Defende o combate à violência e mais direitos e autonomia para as mulheres
Prometeu criar uma "rede de proteção à mulher"


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A VERDADE SOBRE O PETRÓLEO BRASILEIRO



A verdade sobre o petróleo brasileiro

Temos petróleo e não temos gasolina. Em quantidade somos auto-suficientes e em qualidade não. Como sempre acontece, as nossas refinarias são mal projetadas e insuficientes para atender o consumo e as políticas energéticas adotadas não são as mais adequadas para a solução dos nossos problemas. Refinarias de petróleo mal projetadas e superfaturadas, vejam  a refinaria Abreu e Lima em PE pivô das acusações de desvio de 18 Bilhões de dinheiro público. O nosso petróleo é próprio para extrair óleo diesel e todos os nossos veículos deveriam utilizar este combustível e entretanto ele é proibido para carros de passeio e somos obrigados a utilizar gasolina importada a preços astronômicos.

O Brasil é auto-suficiente em petróleo?
O ponto é que existem basicamente dois tipos de petróleo: os chamados leves, dos quais é mais fácil extrair gasolina e outros derivados nobres, e os pesados, mais densos, bons para fazer asfalto e combustível de máquinas (óleo diesel).

por Guilherme Castellar e Bruno Vieira Feijó

Como diria Albert Einstein, depende do ponto de vista do observador. “Se olharmos pela quantidade, o Brasil é auto-suficiente. Agora, pela qualidade, ainda somos dependentes de petróleo importado”, diz o engenheiro Wilson Iramina, do Departamento de Minas e Petróleo da USP. Quer dizer: produzimos cerca de 2,4 milhão de barris por dia, e isso é exatamente o consumo diário do país. Ok. Só que mesmo assim precisamos importar um quinto do óleo que vai para as nossas refinarias. O ponto é que existem basicamente dois tipos de petróleo: os chamados leves, dos quais é mais fácil extrair gasolina e outros derivados nobres, e os pesados, mais densos, bons para fazer asfalto e combustível de máquinas. E apenas 6% da nossa producão se encaixa no grupo dos leves. Isso não significa que o Brasil só é auto-suficiente em asfalto, claro. Dá, sim, para extrair bastante gasolina a partir de óleo pesado. A diferença é que sai mais caro. E tem outra: a maior parte das nossas refinarias é configurada para processar óleo leve. O governo as construiu antes que nossas grandes reservas de óleo pesado começassem a ser exploradas, nos anos 90. A Petrobras, então, tem de misturar o óleo daqui com o importado para ter como refiná-lo. Mas isso não vai durar para sempre, diz a empresa. Ela promete que, com a modernização das refinarias e a descoberta de novos campos de óleo leve, não precisará importar mais nada até 2014. (Não ocorreu e quando ocorrerá?), 

Compra caro e vende barato

O que sobra do nosso óleo pesado vai para exportação. Mas o dinheiro que entra ainda não é suficiente para cobrir o que gastamos importando petróleo. Isso porque o óleo leve é mais caro, por render mais derivados nobres e ser mais fácil de refinar. Entre janeiro e abril deste ano, por exemplo, compramos petróleo por um preço médio de 64 dólares por barril (160 litros), e vendemos o nosso por 46 dólares o barril. Isso gerou um prejuízo de quase 1 bilhão de dólares na balança comercial. Mas a Petrobras calcula que uma reviravolta garantirá um lucro de pelo menos 2 bilhões de dólares. Isso graças à sua plataforma de óleo pesado mais recente, a P-50, e a entrada em produção de novos campos de petróleo leve.

Quer pagar quanto?

"O barril de petróleo fechou a 66 dólares." Esse tipo de frase dá a impressão de que só existe um tipo de óleo cru no mundo. Mas não. Ela se refere ao preço de algum tipo especifico, normalmente o West Texas Intermediate (WTI), negociado na Bolsa de Nova York. Outra referência do mercado é o Brent Blend, uma mistura de óleos de 15 campos do Atlântico Norte comercializada na Bolsa de Londres. Os dois são petróleos leves, mais nobres, e custam 40% a mais que o nosso óleo pesado. Mas não são o que há de mais valioso no mundo do ouro negro. Óleos superleves, produzidos em geral na África e no Oriente Médio (mas também em campas nacionais, como o de Urucu, na Amazônia), custam uns 10% mais que o Brent.




Tamanho não é documento

A diferença entre um petróleo leve e um pesado está no tamanho das moléculas de cada um. Os mais finos são feitos de cadeias de carbono pequenas, com cerca de 10 átomos. Por isso eles são bons para extrair gasolina, já que a dita é formada por cadeias de 7 a 9 átomos de carbono. Já os pesados têm moléculas enormes, com mais de 70 átomos. E dá muito mais trabalho reduzir essas cadeias para fazer gasolina. A escala que usam para indicar a densidade do óleo chama-se grau API (sigla em inglês para Instituto Americano do Petróleo). Quanto mais leve for o ouro negro, mais graus API ele tem. Os pesados, ficam entre 10º API e 22º API. Os que têm até 30 API são os intermediárias. E os mais nobres chegam a 50 API.

 



ECONOMIA



O BRASIL NÃO É UM MAR DE ROSAS COMO QUER DEMONSTRAR A PRESIDENTA CANDIDATA À REELEIÇÃO. OS DESAFIOS LISTADOS ABAIXO MOSTRAM O QUE IREMOS ENFRENTAR APÓS AS ELEIÇÕES.

Veja 5 desafios que próximo governo enfrentará na economia

PT e PSDB podem divergir em muitos temas, mas a desaceleração do crescimento parece ter criado um certo consenso de que a economia está em uma encruzilhada

BBC BRASIL.com

Seja quem for o vencedor da votação deste domingo, dia 26, este terá de tomar decisões-chave sobre questões que afetam o seu bolso.
PT e PSDB podem divergir em muitos temas, mas a desaceleração do crescimento parece ter criado um certo consenso de que a economia está em uma encruzilhada.
Como os tucanos costumam enfatizar, a expectativa oficial é que o País cresça só 0,9% este ano e analistas do mercado são ainda mais pessimistas, estimando uma expansão de menos de 0,3%.
Por outro lado, como ressaltam os petistas, o desemprego tem se mantido em patamares historicamente baixos, o que tem evitado que a população seja duramente afetada - embora não esteja claro por quanto tempo esse cenário positivo no mercado de trabalho pode ser mantido sem uma retomada.
Economistas de diversas linhas teóricas concordam que impulsionar a economia depende tanto de uma agenda de curto prazo, que inclui o controle da inflação e ajuste das contas públicas, quanto de uma de longo prazo, ligada a reformas estruturais.
Confira abaixo os seis desafios que, na opinião deles, o novo governo deve enfrentar na área econômica:

1) Inflação

Boa parte dos brasileiros já sente o peso da alta de preços no bolso e caberá ao próximo governo evitar um descontrole nessa área.
Aécio Neves, do PSDB, diz que perseguirá uma meta de 3% de inflação e a presidente Dilma Rousseff, do PT, garante que será "duríssima" contra o problema.
Espera-se que a alta de preços deste ano fique próxima do teto da meta do Banco Central – de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para cima e para baixo.
Para muitos economistas, porém, a meta só será alcançada com o adiamento dos reajustes de preços administrados (definidos ou influenciados por órgãos públicos).
"Em 2015, será difícil evitar a recomposição de alguns desses preços, o que deve ser um desafio a mais no controle da inflação", diz o conselheiro senior e ex-vice presidente do Banco Mundial Otaviano Canuto.
Entre os que podem subir estão o preço da energia, as tarifas de ônibus e combustíveis.
Canuto explica que, em 2015, uma possível desvalorização do real também pode ter um impacto inflacionário adicional (em função da alta dos importados).
"Caberá a nova gestão achar uma solução para a questão da inflação, que até pode ser via política monetária. Mas, como os juros já estão relativamente elevados, o ideal seria que se tentasse uma política fiscal mais retraída", opina.

2) Investimentos

O consumo interno e o estímulo ao crédito estiveram entre os principais motores do crescimento brasileiro nos últimos anos.
Os investimentos, porém, não acompanharam essa expansão (e caíram do patamar de 20% para 17% do PIB), o que contribuiu para a freada.
Economistas veem diferentes razões para tal descompasso.
Alguns culpam a falta de reformas para amenizar problemas como a complexa burocracia do País, as deficiências de infraestrutura e gargalos de mão de obra – que inibiriam investimentos.
Outros criticam o governo por supostos erros de gestão que teriam atrasado projetos importantes (como o pré-sal) e afastado empresários de parcerias na área de infraestrutura.
Há certo consenso de que a falta de investimentos também estaria ligada a "expectativas negativas".
Para o governo, porém, esse "pessimismo" seria politicamente motivado e intensificado pela crise internacional. Já consultorias econômicas o atribuem a incertezas relacionadas à condução da política econômica.
Sem destravar os investimentos é difícil pensar que a economia possa voltar a crescer no patamar dos 4% da década passada.
"Por isso, impulsionar os investimentos privados na produção e em infraestrutura será um dos principais desafios do novo governo", diz o economista André Biancarelli, da Unicamp.

3) Contas públicas

Analistas calculam que as contas públicas fecharão 2014 com um "déficit nominal" superior a 4% do PIB – o pior resultado em mais de uma década.
O calculo de tal déficit contabiliza receitas e despesas do governo, além do pagamento dos juros da dívida pública.
O governo se comprometeu a poupar 1,9% do PIB para pagar esses juros, mas há dúvidas sobre se atingirá a meta.
Para Otto Nogami, do Insper, a expansão dos gastos e deterioração das contas públicas têm tido um impacto negativo na inflação, além de abalar a credibilidade do País frente a investidores.
Muitos economistas também vêm denunciando que, em uma tentativa de se aproximar da meta, o governo teria lançado mão de uma "contabilidade criativa" - manobras contábeis que fariam parecer que se estaria economizando recursos, quando isso não ocorreria.
"Para colocar as contas públicas em dia, o novo governo poderia adotar basicamente duas estratégias: aumento de impostos ou corte de gastos", explica Lourdes Sola, professora da USP especialista em economia política.
A primeira seria extremamente impopular. A segunda precisaria ser planejada com cautela - cortar em gastos sociais e investimentos, por exemplo, poderia ser um "tiro no pé".
"A questão das metas fiscais é uma discussão de curto prazo, mas não podemos perder de vista seu objetivo de longo prazo, que é tornar o Estado mais eficiente para investir no que interessa", diz Biancarelli.

4) Inclusão social

O aumento da renda dos trabalhadores, a formalização do trabalho e programas sociais ajudaram milhares de pessoas a cruzar a linha da pobreza nos últimos anos.
Mas se o País se mantiver com um nível de crescimento baixo, em algum momento o emprego pode ser afetado, colocando em risco esses ganhos.
A campanha do PT tem defendido que o partido seria o mais apto a impedir retrocessos - "protegendo o emprego" e investindo no social.
Já a campanha do PSDB acabou na defensiva, repetindo à exaustão que não pretende cortar gastos sociais ou fazer um ajuste drástico, ao custo de uma escalada do desemprego.
Nogami admite que de fato é possível que um ajuste, ainda que gradual, tenha algum efeito sobre o nível de emprego.

"A questão é que ele é inevitável e, ao adiar essas reformas, também podemos estar aumentando seus custos", opina.
"O grande desafio não é simplesmente crescer, mas sim crescer com estabilidade e emprego", resume Carlos Melo, cientista político do Insper.

5) Problemas estruturais

Há certo consenso de que, para garantir o crescimento da economia no médio e longo prazo, é preciso atacar os problemas estruturais que afetam a competitividade das empresas no País.
Entre eles estão a complexa burocracia e sistema tributário brasileiro e as deficiências de infraestrutura.
"Trata-se de uma agenda de médio e longo prazo, mas que precisa começar a ser colocada em prática o quanto antes", diz Canuto.
O objetivo seria ampliar o chamado PIB potencial do País, que leva em consideração a sua capacidade instalada para estimar quanto ele pode crescer sem que sejam criadas pressões inflacionárias (por falta de oferta).
"O próximo governo precisará fazer reformas estruturais para realmente mudar o ambiente de negócios no Brasil, porque só isso lançará as bases para um crescimento sustentado", diz Canuto.

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