sexta-feira, 10 de outubro de 2014

SOBRAS DE CAMPANHA




SOBRAS DO FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA DO GOVERNADOR ELEITO FERNANDO PIMENTEL (PT) EM MINAS GERAIS SÃO LEVADAS PARA BRASÍLIA PARA REFORÇAR A CAMPANHA PRESIDENCIAL DO PT.
Aloprado' estava no avião que levava dinheiro com assessor de campanha

Andressa Anholete/Metro Brasília

O comitê financeiro da campanha do governador eleito de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) pagou à Gráfica e Editora Brasil, de Brasília, R$ 740 mil, por serviços de material impresso. Os dados constam da segunda prestação do candidato, divulgada em agosto. Pimentel, como venceu as eleições no primeiro turno, tem prazo até 4 de novembro para finalizar suas contas de campanha.
A gráfica pertence ao petista Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, mais conhecido como Bené, detido pela PF (Polícia Federal) na terça-feira (7), na capital federal, após ter embarcado em Belo Horizonte, com R$ 116 mil em dinheiro, em uma mala. Junto com ele estava o ex-assessor do Ministério das Cidades Marcier Trombieres Moreira, que deixou o cargo em julho para atuar na campanha de Pimentel ao governo de Minas Gerais.
Oliveira Neto ficou conhecido na campanha presidencial de 2010 por bancar aluguéis de imóvel na capital federal que serviu de comitê eleitoral da então candidata petista Dilma Rousseff.
No comitê, membros de um grupo que operava na clandestinidade na campanha de Rousseff teriam produzido dossiês contra o então candidato do PSDB à Presidência José Serra – eleito senador por São Paulo, no último domingo (5). Denunciados, eles foram classificados de "aloprados" pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O UOL tentou entrar em contato com a Gráfica e Editora Brasil, mas o telefone da empresa não atende.
Em nota, a assessoria do governador eleito informou que a "coligação não pode se responsabilizar pela conduta de fornecedores".
O comunicado ainda informa que a "campanha foi encerrada no último domingo (5), data limite para a permanência de qualquer prestador de serviços na campanha".
"Pela natureza do serviço prestado pela empresa [Gráfica e Editora Brasil], a relação com a gráfica já se encerrara", diz a nota.
A respeito de Trombieres, a nota informa que ele "prestou serviços de comunicação" para a campanha de Pimentel.

PETRO-ROUBALHEIRA



O DINHEIRO ROUBADO DO POVO BRASILEIRO FINANCIOU AS CAMPANHAS PARA PRESIDENTE DO PARTIDO PT EM 2006 (MENSALÃO), EM 2010 (PETRO-ROUBALHEIRA) E AGORA EM 2014 (QUAL O ORGÃO DO GOVERNO QUE ESTÁ FINANCIANDO?). O PT ESTÁ ESPERNEANDO DIZENDO QUE TUDO É MENTIRA, COMO FIZERAM NO MENSALÃO. COMO DESMENTIR UMA SUJEIRA DESSAS? ACORDA BRASIL! VAMOS MUDAR E APURAR TUDO ISSO.

Desvios na Petrobras aumentaram após desmontagem do esquema do mensalão

Josias de Souza

No depoimento que prestou à Justiça Federal do Paraná na quarta-feira (8), o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa expôs uma cronologia reveladora. Segundo o delator, o balcão de negócios instalado na maior estatal brasileira passou a operar mais intensamente a partir de 2006. Pouco depois, portanto, do fechamento dos guichês do mensalão, em 2005.
PAULO ROBERTO COSTA, O DELATOR - Investigado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, que apura esquema bilionário de lavagem de dinheiro, Paulo Roberto Costa é ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, cargo que ocupou entre 2004 e 2012. Foi preso em março deste ano por tentar ocultar provas que o incriminavam. Solto em maio, foi preso novamente em junho, e fez acordo de delação premiada com a PF em agosto, o que possibilitaria uma redução de sua pena em caso de condenação. Em depoimentos gravados feitos à polícia, ele cita, segundo a revista "Veja", ao menos 25 deputados federias, 6 senadores, 3 governadores, um ministro de Estado e pelo menos três partidos políticos (PT, PMDB e PP), que teriam recebido propina de 3% do valor dos contratos da estatal.
Paulo Roberto assumira a diretoria de Abastecimento da Petrobras em 2004, sob Lula. O delator explicou que, no alvorecer de sua gestão, as oportunidades de negócios eram escassas: “Em 2004 e 2005, nós tivemos pouquíssimas obras, porque o orçamento era muito restrito e também não tinha projeto”, disse Paulo Roberto.
“Então, as obras na área de Abastecimento praticamente começam no ano de 2006”, ele acrescentou. No ano anterior, 2005, outro delator, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), jogara o mensalão no ventilador. Sem vincular um escândalo ao outro, Paulo Roberto deixou transparecer que a Petrobras converteu-se numa rendosa fonte alternativa de trambiques.
Foi nessa época, segundo o delator, que ganharam impulso as obras da refinaria Abreu e Lima, hoje célebre por seus superfaturamentos. “Vai ficar pronta em novembro deste ano”, previu Paulo Roberto. “A parte de terraplanagem começou em 2007.” Antes, segundo suas palavras, “teve um período de pouquíssima realização financeira.”
A corrupção aumentou na proporção direta da elevação da “realização financeira”. De acordo com o delator, os contratos celebrados na Petrobras rendiam um pedágio político de 3%, que desciam às arcas de pelo menos três legendas: PT, PMDB e PP. A campanha eleitoral de 2002 fora irrigada com as verbas sujas do mensalão. A de 2010, informou Paulo Roberto, foi besuntada com verbas do petrolão, como vem sendo chamado o novo escândalo.
Um dos pontos áureos do depoimento de Paulo Roberto Costa foi o instante em que, autorizada pelo juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato, a defesa do doleiro Alberto Youssef formulou um lote de perguntas ao depoente. O inquisidor fez os questionamentos sabendo quais seriam as respostas do delator. Interessava-lhe deixar assentado nos autos que Youssef era um mero operador, não o mentor da petro-roubalheira.
— O senhor disse que Alberto Youssef procurava pessoas nas empreiteiras para pegar o dinheiro. É isso?, indagou o defensor do doleiro.
— Correto, respondeu Paulo Roberto, seco.
— As empresas sabiam que esse dinheiro que estava sendo pago ia para agentes públicos?
— Sim.
Na abertura do depoimento, o juiz determinara que não fossem mencionados os nomes das autoridades e dos políticos suspeitos de corrupção. Eles dispõem de prerrogativa de foro. Estão sendo investigados pelo STF. Daí o advogado ter tratado os beneficiários das propinas apenas como “agentes públicos”.
— Eles [os representantes das empresas] tinham convicção de que esse dinheiro ia financiar políticos e campanhas políticas?, prosseguiu o defensor de Youssef.
— Certamente. Sim, a resposta é sim, disse Paulo Roberto, em timbre categórico.
— Ou seja, esse esquema, me perdoe a expressão, de propina era também usado para financiar políticos brasileiros e o esquema de financiamento de campanhas políticas?, insistiu o advogado de Youssef.
— A resposta é sim.
— Em 2010, o senhor disse que esse dinheiro financiou campanhas políticas?
— Sim.
— Várias campanhas?
— Várias.
— Inclusive majoritárias?
Candidatos majoritários concorrem ao Senado, aos governos estaduais e à Presidência da República. O juiz farejou as intenções do advogado. E interveio: “Não, aí não vamos entrar nessa questão, doutor”, brecou. “Eu disse campanhas, Excelência, não disse de quem era”, tentou justificar o defensor do doleiro. E o magistrado: “Doutor, está indeferida a questão.”
“O senhor concorda que esse sistema acaba prejudicando um pouco o meu cliente?”, indagou o advogado. O juiz ironizou: “Bem, mas seu cliente é um político ou é o senhor Alberto Youssef?” O advogado tentou esticar a prosa: “A partir do momento que ele tem…” Mas não teve tempo de completar a frase: “Está indeferida a pergunta, doutor!”
Operação Lava Jato da PF33 fotos
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8.out.2014 - O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa viajou do Rio de Janeiro para Curitiba para prestar seu primeiro depoimento à Justiça Federal depois do acordo de delação premiada. Costa e o doleiro Alberto Youssef disseram que o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, intermediava os recursos desviados de obras da estatal para o partido. Costa também declarou em depoimento à Justiça que existe um cartel de cerca de dez empresas que controla grande obras dentro e fora da Petrobras.
Nada mais revelador da encrenca que está por vir do que o silêncio sobre os nomões escondidos atrás do escândalo. As cifras desviadas são bilionárias. A Polícia Federal estima que apenas o doleiro Alberto Youssef, que operava em nome do PP, lavou o equivalente a R$ 10 bilhões em dinheiro sujo. E ele não era o único a atuar na Petrobras.
Pelo PT, disseram Paulo Roberto e Alberto Youssef, operava o diretor Financeiro da legenda, João Vaccari Neto. Pelo PMDB, quem passava o chapéu era um cidadão chamado Fernando Soares. O esquema se servia de propinas pagas por pelo menos 12 empresas: Camargo Corrêa, OAS, UTC, Odebrecht, Queiroz Galvão, Toyo Setal, Galvão Engenharia, Andrade Gutierrez, Iesa, Engevix, Jaraguá Equipamentos e Mendes Junior. Todas negaram participação no esquema. Operavam sob a forma de cartel. Dentro e fora da Petrobras, disse Paulo Roberto.
Youssef prestou depoimento na sequência. Confirmou a maioria das informações de Paulo Roberto. Ecoando as preocupações de sua defesa, o doleiro qualificou-se como parte da engrenagem, não como mentor. A certa altura o juiz Sérgio Mouro pediu a Youssef que esclarecesse como funcionava o recebimento das propinas de 3% que o PP (1%) era obrigado a dividir com o PT (2%). O doleiro expressou-se com um didatismo hediondo:
“Vou explicar, para Vossa Excelência entender: o contrato é um só. Uma obra da Camargo Corrêa, de R$ 3,480 bilhões —R$ 34 milhões ela tinha que pagar para o PP. Eu era responsável por esse aporte [referente à diretoria de Abastecimento]. A outra parte eu não era responsável. A empresa tinha que pagar mais 1%, mais R$ 34 milhões, ou 2%, como o Paulo Robeto está dizendo, para outro operador, no caso o João Vaccari”, já que o PT controlava a diretoria de Serviços, responsável por orçar, licitar e fiscalizar as obras tocadas por outras diretorias.
No instante em que encerrava o interrogatório de Paulo Roberto Costa, o juiz Sérgio Moro perguntou ao delator se ele queria “dizer alguma coisa”. E o interrogado: “Queria dizer só uma coisa, Excelência. Eu trabalhei na Petrobras 35 anos. Vinte e sete anos do meu trabalho foram trabalhos técnicos, gerenciais. E eu não tive nenhuma mácula nesses 27 anos.”
Paulo Roberto prosseguiu: “Se houve erro —e houve, não é?— foi a partir da entrada minha na diretoria por envolvimento com grupos políticos, que usam a oração e São Francisco, que é dando que se recebe. Eles dizem muito isso. Então, esse envolvimento político que tem, que tinha, depois que eu saí não posso mais falar, mas que tinha em todas as diretorias da Petrobras é uma mácula dentro da companhia…”
A ser verdade o que disse Youssef em seu depoimento, o próprio Paulo Roberto é fruto de uma chantagem política dos aliados do Planalto. Nessa versão, ele foi alçado ao posto de diretor depois que deputados governistas bloquearam as votações na Câmara por 90 dias. Se a prisão dos mensaleiros ensinou alguma coisa foi que a ética não pode ser ensinada a quem não quer aprender. Quem sai aos seus não endireita.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

LAMAÇAL DE CORRUPÇÃO



COMO O PT ATRAVÉS DE SUA CANDIDATA VAI ENFRENTAR A OPINIÃO PÚBLICA NOS DEBATES E NO PROGRAMA ELEITORAL,  IMERSA NESSE LAMAÇAL DE CORRUPÇÃO E ROUBALHEIRA PARA BENEFICIAR O SEU PARTIDO E OUTRAS PESSOAS? VAI DIZER COM A CARA MAIS LIMPA QUE “NÃO SABIA DE NADA”? E AINDA TEM ELEITORES QUE CONCORDAM COM TUDO ISSO VOTANDO NESSE PARTIDO.

Áudios de depoimento de Paulo Roberto são devastadores para PT e PMDB

Fernando Rodrigues

É estarrecedor ouvir o que disse Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, a respeito de como eram divididas as propinas que recebia e dividia com partidos políticos. Tudo está ficando público hoje. O PT, sigla de Dilma Rousseff, seria um dos beneficiados.
Não há como imaginar essas revelações deixando de impactar no processo eleitoral em curso. A rigor, já se sabia a respeito das propinas. Mas ouvir o diretor relatando torna tudo mais chocante. Paulo Roberto fala de dinheiro de propina entregue ao PT e ao PMDB, exatamente os partidos de Dilma Rousseff e de Michel Temer, que formam a chapa de presidente e vice em busca da reeleição.
A emissora de notícias Globonews colocou no ar trechos dos áudios no início da tarde de hoje (09.out.2014). No áudio, a partir de 1 minutos e 30 segundos, é possível ouvir o seguinte trecho que fala Paulo Roberto Costa, transcrita a seguir:
Em relação à Diretoria de Serviços, todos sabiam que eu tinha um percentual desses contratos da área de Abastecimento. Dos 3%, 2% eram para atender ao PT, através da Diretoria de Serviços. Outras diretorias, como Gás e Energia e como Exploração e Produção, também eram PT. Então se tinha PT na Diretoria de Exploração e Produção, PT na Diretoria de Gás e Energia e PT na área de Serviços. Então o comentário que pautava lá dentro da companhia era que, nesse caso, os 3% ficavam diretamente… diretamente para o PT. Não era… não tinha participação do PP, porque eram diretorias indicadas, tanto para execução do serviço quanto para o negócio, PT com PT. Então, o que rezava dentro da companhia era que esse valor seria integral para o PT. A Diretoria Internacional tinha indicação do PMDB. Então tinha também recursos que eram repassados para o PMDB, na Diretoria Internacional”.

Aí Paulo Roberto é interrogado da seguinte forma: “Certo, mas a pergunta que eu fiz especificamente é se os diretores especificamente, por exemplo, o sr. recebia parte desses valores?”. E Paulo Roberto responde:
Sim. Então, o que que normalmente, em valores médios, acontecia? Do 1% que era para o PP –em média, obviamente que dependendo do contrato poderia ser um pouco mais, um pouco menos– , 60% iam para o partido, 20% eram para despesas (às vezes, nota fiscal, despesa para envio etc.). São todos valores médios. Podem ter alteração nesses valores. E [dos] 20% restantes eram repassados 70% para mim e 30% para o [José] Janene [ex-deputado federal, do PP do Paraná, que já morreu] ou para o Alberto Youssef”.
Outra pergunta para Paulo Roberto: “E como o sr. recebia a sua parcela?”
Paulo Roberto: “Eu recebia em espécie, normalmente na minha casa, ou no shopping, ou no escritório, depois que eu abri a companhia minha lá de consultoria”.
Pergunta: “Quem entregava esses valores para o sr.?”
Paulo Roberto: “Normalmente, o Alberto Youssef ou o Janene”.
Pergunta: E nas outras agremiações políticas? O sr. sabe quem eram os distribuidores?
Paulo Roberto: “Dentro do PT, a ligação que o diretor de Serviços tinha era com o tesoureiro na época do PT, o sr. João Vaccari. No PMDB, da Diretoria Internacional, o nome que fazia essa articulação toda chama-se Fernando Soares”.

OUTRO MENSALÃO



O PT GOSTA DE MENSALÃO, MAL ACABA UM COMEÇA OUTRO                                                                                    Desvio na Petrobras financiou PT, PMDB e PP, diz ex-diretor
Dinheiro foi repassado para as campanhas políticas de 2010, segundo o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa

Em depoimento à Justiça Federal na quarta-feira, em Curitiba, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que recursos para obras da estatal foram desviados para financiar campanhas de três partidos nas eleições de 2010. De acordo com informações dos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, o executivo se referia ao PT, PMDB e PP.
O dinheiro correspondia a 3% dos valores líquidos dos contratos. Esse percentual era dividido entre o próprio Costa e os partidos, segundo advogados que acompanharam o interrogatório.
Costa foi nomeado para o cargo em 2004, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e demitido em 2012 por Dilma Rousseff. Ele foi indicado por sugestão do deputado José Janene (PP/PR), apontado pela Polícia Federal como parceiro do doleiro Alberto Youssef. O apoio do PT e do PMDB teria vindo depois.
A acusação sobre os desvios para campanhas em 2010 foi feita no primeiro depoimento à Justiça após Costa ter feito acordo de delação premiada com procuradores da Operação Lava Jato, que investiga esquema de lavagem de dinheiro. O acordo prevê uma pena menor em troca de informações. O ex-diretor da Petrobras deixou a carceragem da Polícia Federal no último dia 1º e está em prisão domiciliar em sua casa, no Rio de Janeiro.
Ele ainda disse que foi nomeado pelo cargo já sabendo que teria de levantar recursos ilícitos para os partidos. Além disso, teriam participado do esquema o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e três ex-diretores da estatal: Nestor Cerveró, Jorge Zelada e Renato Duque.

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