terça-feira, 8 de outubro de 2013

REVOLUÇÃO DO ENSINO



iPad vai revolucionar o ensino, diz criador de escolas Steve Jobs
Escolas que foram inauguradas em agosto adotam novo modelo de ensino, que troca cadernos por iPads e séries por grupos de estudo


“O mundo está mudando cada vez mais rápido, principalmente sob a influência da revolução digital.” Assim começa o manifesto do grupo holandês “Educação para uma nova era”, iniciativa que pretende revolucionar o formato de ensino nas salas de aula do mundo. Partindo de quatro princípios - unir o mundo real ao virtual, reconhecer diferentes tipos de talento, desenvolver habilidades coletivamente e aproximar a escola da comunidade -, as Escolas Steve Jobs, como estão sendo chamadas pelo uso do iPad como principal ferramenta pedagógica, tentam se adequar à vida no século 21. “Para a educação, a tecnologia cria novos desafios, bem como novas oportunidades”, declara o manifesto.
O pesquisador holandês Maurice de Hond, 65 anos, é um dos criadores do projeto. Para ele, as escolas atuais preparam as crianças para uma realidade que já não existe. “Em casa, as crianças vivem em um mundo multimídia, interativo e digital. E quando elas vão para a escola, elas veem como eram as coisas no passado. É um museu onde as crianças são preparadas para 1990 em vez de 2020”, diz.
Em casa, as crianças vivem em um mundo multimídia, interativo e digital. E quando elas vão para a escola, elas veem como eram as coisas no passado. É um museu onde as crianças são preparadas para 1990 em vez de 2020
Maurice de Hond especialista em tecnologias
Foi em casa que Hond percebeu o potencial da tecnologia no mundo da educação. Uma de suas filhas (são cinco), então com menos de 2anos, pegou seu iPad e o manuseou com muita familiaridade. “O que me surpreendeu foi ela ter mostrado habilidades que eu jamais diria que uma criança daquela idade teria”, conta o holandês. “Era a revolução das crianças tomando forma”, revela.
Dali em diante, em 2010, com a parceria da professora Irene Felix, do especialista em educação digital Erik Verhulp e do diretor educacional Luc de Vries, Hond, que a princípio não tinha interesse em se envolver com o mundo da educação por considerá-lo “conservador” demais, passou a dar corpo à ideia de uma nova escola, preparada para os novos tempos. “Comece pelo novo olhando para o velho, em vez de começar pelo velho olhando para o novo”, ensina Hond.
Essa nova escola, que, para Hond, aproxima o real e o virtual, traz consigo a necessidade de uma reestruturação física e organizacional. A sala de aula tradicional, com quadro-negro, cadeiras, um professor à frente de 30 alunos, perde espaço para ambientes diferenciados e instigantes, como ateliês e classes com um número reduzido de crianças. Os potenciais máximos de cada realidade - física e virtual - devem ser explorados, explica Hond. “O prédio é o lugar onde as crianças se encontram no espaço físico. Use essa oportunidade para fazer as coisas em que o mundo virtual é inferior: se concentre em atividades físicas, interação social e cooperação”, afirma.
Com seus iPads constantemente próximos (dentro e fora das salas), os alunos têm a escola virtual disponível sempre e em toda a parte. Hond defende o uso do aparato tecnológico, pois ele auxilia a criança de uma forma que um professor, atento a toda uma turma, não consegue. “As crianças aprendem o que os professores conseguem ensinar, e normalmente o desenvolvimento pessoal do aluno é restringido pela velocidade do desenvolvimento médio da sala de aula. O iPad é uma ferramenta personalizada de ensino perfeita, pela qual a criança é capaz de desenvolver-se fora da zona de conforto do professor”, aponta. Tudo isso, ressalta Hond, mostra que o papel do professor está se tornando mais o de um guia e treinador do que de alguém que está dando uma lição para toda a classe.
Grupos por idades
Outra mudança de formato nessa nova sala de aula é a divisão por idades. O grupo “Educação para uma nova era” defende que as crianças sejam divididas em dois grupos etários: 4 a 7 anos e 8 a 12 anos. As atividades coletivas acontecem entre as 11h e as 15h, horários que os alunos devem estar presentes no colégio. Fora desse turno, é o próprio estudante que define, com o professor, sua tabela horária.
Os aplicativos utilizados no iPad pelas crianças registram os avanços conquistados e estão disponíveis para avaliação dos pais e professores, podendo ser substituídos se não apresentarem os resultados esperados. Outro uso da ferramenta é para a criação: “Nós queremos que os pupilos usem os iPads para registrar o que aprendem e sabem, seja através de vídeos, áudios, fotos, animações. Esse é um valor novo e revolucionário do tablet que se diferencia do velho formato de ensino”, analisa Hond.
Inicialmente, 11 escolas ensinarão sob os preceitos da “educação da nova era”. Elas abriram as portas em agosto de 2013, em diversas partes da Holanda. No entanto, revela Hond, muitas outras instituições estão mostrando interesse por esse novo formato de ensino, e novas Escolas Steve Jobs poderão surgir em 2014. Hond explica que o nome das instituições, além de se referir ao uso de iPads, é uma homenagem ao criador da Apple, que, na sua visão, “mudou o mundo com produtos que unem tecnologia e criatividade”.
O questionamento levantado pelo manifesto do grupo holandês “Educação para uma nova era” ecoa pelo mundo: “Nós realmente preparamos nossos alunos para o futuro em vez do passado?”. No fundo, a verdadeira questão, aponta Hond, não é a tecnologia, são as pessoas. “Nossa iniciativa é um pouco uma jornada ao desconhecido. Mas muitos professores sentem que atualmente estão presos em um sistema antigo, no qual as crianças têm se desenvolvido muito fora da escola com o uso de ferramentas digitais. O que estamos dizendo a eles é que os componentes mais importantes para o professor são: confiem nos jovens, não queiram controlar tudo e deixem as crianças surpreendê-los”, ensina.

VALORIZAÇÃO DOS PROFESSORES



Brasil fica no penúltimo lugar em ranking de valorização do professor
País está na frente apenas de Israel entre 21 nações avaliadas. China lidera lista, seguida por Grécia, Turquia e Coréia do Sul

O Brasil ficou na penúltima colocação entre 21 nações em um índice sobre a valorização dos professores divulgado nesta quinta-feira pela fundação internacional Varkey Gems, sediada em Londres. O País está à frente apenas de Israel no status dado aos seus educadores. Em primeiro lugar aparece a China, seguida de Grécia, Turquia, Coreia do Sul e Nova Zelândia.
Os 21 países analisados foram selecionados pelo desempenho no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês). Em cada nação foram feitas 1 mil entrevistas que levaram em conta o status do professor, a recompensa recebida pelo trabalho e a organização do sistema de ensino.
Os países asiáticos tiveram desempenho superior a nações européias – como Holanda, Reino Unido e França -  e aos Estados Unidos, que aparecem no meio da fila. A pesquisa também comparou o status do professor a outras profissões. Em dois terços dos países, eles foram comparados a assistentes sociais. No Brasil, Estados Unidos, França e Turquia, as pessoas pensam que os professores são mais semelhantes a bibliotecários. Apenas na China os entrevistados disseram que acreditam que o professor tem o mesmo status de um médico.
Enquanto na China 50% dos entrevistados disseram que incentivariam seus filhos a seguir carreira no magistério, apenas 8% fariam o mesmo em Israel. Já no Brasil, cerca de 20% afirmaram que encorajariam seus filhos a seguir a profissão.
Em relação à confiança de que o professor pode ajudar a dar uma boa educação aos alunos, o Brasil liderou as respostas positivas, seguido da Finlândia. Sobre o salário, 95% dos entrevistados em todos os países disseram que acreditam que o educador deve ganhar mais do que recebe atualmente.
A pesquisa completa está disponível do site da instituição (apenas em inglês).  
Ranking de valorização dos professores
Posição
País
China
Grécia
Turquia
Coreia do Sul
Nova Zelândia
Egito
Singapura
Holanda
Estados Unidos
10º
Reino Unido
11º
França
12º
Espanha
13º
Finlândia
14º
Portugal
15º
Suíça
16º
Alemanha
17º
Japão
18º
Itália
19º
República Tcheca
20º
Brasil
21º
Israel

EDUCAÇÃO



Atrizes globais fazem campanha em defesa dos professores

 

No ar como a fútil Amora, em Sangue Bom, a atriz Sophie Charlotte resolveu sair em defesa dos professores. Em meio à série de manifestações organizadas nas últimas semanas pelos educadores das redes municipal e estadual do Rio de Janeiro, Sophie e outras atrizes, como Thaila Ayalla e Fiorella Mattheis, demonstraram seu apoio aos professores pelas redes sociais na última semana. 
Vestidas com uniformes escolares, as atrizes posaram em frente à bandeira brasileira como se fossem estudantes, em meio a livros. "O médico que te cura, o policial que te protege, o advogado que te defende, os candidatos que te representam... Todos eles precisaram de um professor. E como está a saúde, a segurança, a Justiça e a política do Brasil? Entenderam porque precisamos mudar essa história e lutar por uma educação digna para o nosso País? #PresenteProfessor #SoSEducação", dizia a mensagem das postagens no Instagram.
O ato faz parte de uma ação organizada pelo 'Movimento Reúna', que apoia a greve dos professores. Os profissionais lutam por melhorias nos cargos e salários, e protestam ainda contra a truculência da Polícia Militar.
Na última semana, cenas de abuso da força policial contra os educadores repercutiram negativamente, e as manifestações de apoio aos professores do Rio de Janeiro ganharam força. 

 



GOVER NO LULA NÃO CONCORDA COM AS REDES SOCIAIS LIVRES DE CENSURA

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