terça-feira, 8 de outubro de 2013



Teóricos da partícula de Higgs ganham Nobel de Física 2013
Do UOL, em São Paulo

François Englert (e) e Peter Higgs ganharam o Prêmio Nobel pela descoberta do bóson de Higgs

O belga François Englert, 80, e o britânico Peter Higgs, 84, ganharam o Prêmio Nobel de Física 2013, anunciou nesta terça-feira (8) a instituição, em Estocolmo, na Suécia.
O que é a partícula de Higgs?
Segundo teorias da Física, o bóson Higgs é uma partícula subatômica considerada uma das matérias-primas básicas da criação do universo. Diferente dos átomos, feitos de massa, as partículas de Higgs não teriam nenhum elemento em sua composição. Elas são importantes porque dão respaldo a uma das mais aceitas teorias acerca do universo - a do Modelo Padrão, que explica como outras partículas obtiveram massa. Segundo essa tese, o universo foi resfriado após o Big Bang, quando uma força invisível, conhecida como Campo de Higgs, formou-se junto de partículas associadas, os Bósons de Higgs, transferindo massa para outras partículas fundamentais
FONTE: BBC
Ambos foram laureados pela descoberta da existência de uma partícula elementar batizada como bóson de Higgs, também conhecida como "partícula de Deus", que confere massa a outras partículas.
Os dois cientistas eram favoritos para ganhar o prêmio de 8 milhões de coroas suecas (US$ 1,25 milhão de dólares). A dupla, separadamente, previu a existência da partícula - fundamental para explicar porque a matéria tem massa elementar - há quase 50 anos.
O trabalho teórico foi finalmente provado no ano passado em experiências feitas no gigantesco colisor do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN).
Higgs é professor emérito da Universidade de Edimburgo, na Escócia. Já Englert é professor emérito da Universidade Livre de Bruxelas, na Bélgica, da universidade de Tel Aviv, em Israel, e da Chapman University, nos Estados Unidos.
Havia um consenso entre os cientistas que o Nobel iria reconhecer a descoberta do bóson de Higgs, um dos grandes acontecimentos do mundo da física nos últimos tempos.
No entanto, seis cientistas publicaram estudos relevantes sobre o bóson de Higgs em 1964, e milhares de outros colaboraram para detectá-lo no gigantesco acelerador de partículas do Cern. O testamento de Alfred Nobel limita o prêmio a no máximo três pessoas.
Higgs, Englert e outro belga, Robert Brout, eram favoritos porque tiveram os trabalhos citados com mais frequência por outros pesquisadores. No entanto, Brout morreu em 2011 e o prêmio não pode ser concedido postumamente.
O Cern anunciou em julho de 2012 que havia descoberto o bóson de Higgs e isso motivou a expectativa de que Higgs ganharia o Nobel já no ano passado. Mas, na época, os dados preliminares do Cern ainda precisavam ser confirmados, o que só aconteceu neste ano.
Nobel 2013
O Nobel de física é o segundo a ser entregue este ano. Os cientistas James E. Rothman e Randy W. Schekman, dos Estados Unidos, e o Thomas C. Südhof, da Alemanha, ganharam, conjuntamente, o Prêmio Nobel da Medicina 2013, anunciado na segunda-feira (7). 
Ao longo desta semana serão anunciados os ganhadores do Nobel de Química (quarta-feira), Literatura (quinta-feira) e da Paz (sexta-feira). A edição deste ano dos prêmios se encerra na próxima segunda-feira (14), com o de Economia.
A entrega dos Nobel acontece, de acordo com a tradição, em duas cerimônias paralelas, em Oslo para o da Paz e em Estocolmo para os restantes, no dia 10 de dezembro, coincidindo com o aniversário da morte de Alfred Nobel. (Com agências internacionais)
Ganhadores do Nobel de Física nos últimos 10 anos


Petter Higgs (Grã-Bretanha) e François Englert (Bélgica) 2013

2012
Serge Haroche (França) e David Wineland (EUA)
2011
Saul Perlmutter (Estados Unidos), Adam Riess (Estados Unidos) e Brian Schmidt (Estados Unidos/Austrália)
2010
Andre Geim (Holanda) e Konstantin Novoselov (Rússia/Grã-Bretanha)
2009
Charles Kao (Estados Unidos/Grã-Bretanha), Willard Boyle (Estados Unidos/Canadá) e George Smith (Estados Unidos)
2008
Yoichiro Nambu (Estados Unidos), Makoto Kobayashi e Toshihide Maskawa (Japão)
2007
Albert Fert (França) e Peter Grunberg (Alemanha)
2006
John C. Mather (Estados Unidos) e George F. Smoot (Estados Unidos)
2005
Roy J. Glauber (Estados Unidos), John L. Hall (Estados Unidos) e Theodor W. Hansch (Alemanha)
2004
David J. Gross, H. David Politzer e Frank Wilczek (Estados Unidos)






segunda-feira, 7 de outubro de 2013

TIL - JOSÉ DE ALENCAR




Til: Ambientado no interior de SP, romance integra fase regionalista de José de Alencar

Romancista, jornalista, político, advogado, orador, crítico, cronista, polemista e dramaturgo, José de Alencar (Messejana, CE, 1829 – Rio de Janeiro, 1877) formou-se em Direito e iniciou a atividade literária no “Correio Mercantil” e “Diário do Rio de Janeiro”.

Til, escrito em 1872, pertence à fase regionalista da obra do autor, que inclui ainda livros como O gaúcho, O sertanejo e Tronco do ipê. Essas obras têm alguns elementos comuns, como retratar os costumes, a linguagem e a vida rural do século XIX. Também apresentam características românticas, como a idealização da natureza, a subjetividade e os enredos românticos.

Os protagonistas são Berta, Miguel, Linda e Afonso. Numa fazenda do interior paulista, segredos, desencontros amorosos e renúncias integram o enredo, bem dentro dos paradigmas do romantismo. Basta verificar a forma como alguns personagens são construídos.

A história gira em torno de paixões. Linda e Afonso são irmãos gêmeos, filhos de Luís Galvão e Dona Ermelinda. Linda ama Miguel, e Berta e Miguel se amam, mas, para que a amiga Linda não sofra, Berta consegue que Miguel se apaixone por Linda. Trata-se de uma estrutura narrativa em que os sentimentos comandam as ações.

Outro exemplo está na história de vida de Berta. De bom coração, ela visitava constantemente Zana, uma mulher com problemas mentais. O menino Brás, porém, também com alguma deficiência, sente ciúmes da protagonista e tenta matá-la. Repreendido pela heroína, arrepende-se.

O leitor fica sabendo que Brás era filho de uma irmã de Luís Galvão, que morrera viúva, e, por isso, ele vivia na casa de seu tio. Ele dera ainda a Berta o apelido de Til, pois, quando ela lhe ensinou o alfabeto, ele achou o til um sinal “gracioso”, associando-o a ela.

As rocambolescas ações do livro têm outros pontos altos. Um deles é quando Luís Galvão revela ser o pai de Berta com Besita, a moça mais bonita da cidade a quem ele seduziu e por quem Jão Fera, matador profissional, estava apaixonado em vão. Ele, porém, a pedido de Berta, se compromete a não cometer mais atos violentos e passa a trabalhar no campo.

Nhá Tudinha, mãe de Miguel, por sua vez, adota Berta como sua filha. Luís, no entanto, pede a Berta que vá morar com ele e sua família em São Paulo, mas ela se nega e pede que leve Miguel, apaixonado por Linda. Miguel tenta convencê-la a ir junto, mas ela recusa, ficando no interior. Bem ao estilo romântico, declara: “Não, Miguel. Lá todos são felizes! Meu lugar é aqui, onde todos sofrem.”

A narrativa é conduzida com leveza ao gosto dos sentimentos dos quatro adolescentes. Eles mudam pouco ao longo da história, o único que altera seu comportamento, graças à boa influência da protagonista, é Jão Fera. Os episódios vão se acumulando sem grandes tragédias, embora sempre pareça que elas vão acontecer. O ponto mais forte é a valorização do interior do país e da vida bucólica como respostas a um país onde as cidades já começavam a ganhar maior importância.




GOVER NO LULA NÃO CONCORDA COM AS REDES SOCIAIS LIVRES DE CENSURA

  Brasil e Mundo ...