NIKOLA
TESLA
Este notável e incrível
cientista, cujos feitos, teoria e pensamentos, só foram reconhecidos após a sua
morte, como ocorre com quase todos os gênios, pois, ninguém da valor para eles
quando em vida, são chamados de loucos ou desequilibrados. Então, é necessário
que os mais jovens, hoje, possam tomar conhecimento daqueles que muito
realizaram em anos anteriores para que
hoje tenhamos o progresso e o benefício do trabalho e a genialidade desses
abnegados mestres que no passado fizeram muito por nós.
Com o intuito de
divulgar as realizações de NIKOLA TESLA, neste Blog, peço licença aos editores
das informações abaixo: Danilo Venticinque e Ricardo Normando Ferreira de
Paula, para publicar as belas reportagens que que eles fizeram e que ora divulgamos.
Nikola
Tesla, o padroeiro dos nerds
Obscurecido em vida por Thomas Edison,
o inventor sérvio volta a ser cultuado pelos jovens na internet como exemplo do
cientista idealista
DANILO
VENTICINQUE
Décadas
depois da morte dos dois antagonistas, uma inusitada campanha na internet
ressuscitou a maior rivalidade científica do seculo XIX. De um lado, estava o
americano Thomas Edison (1847-1931), eternizado como inventor da lâmpada e pai
da segunda revolução industrial. De outro, o sérvio Nikola Tesla (1856-1943),
responsável por importantes descobertas ligadas à transmissão de eletricidade e
à comunicação sem fio. Apesar da relevância do trabalho de Tesla, e de algumas
vitórias sobre seu rival, a história não deixou dúvidas quanto ao vencedor:
Edison fez fortuna com suas invenções, recebeu homenagens em todas as partes do
mundo e é conhecido até hoje por qualquer jovem que tenha tido aulas de física.
Tesla morreu sozinho, falido, e sua importância só era reconhecida por
estudiosos da história da ciência.
Tesla
tinha uma invejável formação científica, mas nenhum talento para os negócios
Indignado com a falta de popularidade de seu ídolo, o designer americano
Matthew Inman decidiu iniciar uma campanha para reerguer a imagem de Tesla. Em
agosto do ano passado, publicou, em seu popular blog de quadrinhos Oatmeal, uma
enorme ilustração dedicada a provar a tese de que Nikola Tesla era “o maior
nerd de todos os tempos”. A imagem foi compartilhada mais de 600 mil vezes –
marca impensada para uma publicação sobre história da ciência. Animado com os
resultados, Inman passou a vender camisetas e adesivos com os dizeres “Tesla
> Edison” (Tesla é maior que Edison) e a recrutar mais adeptos para sua
causa. Ao descobrir que as instalações do antigo laboratório de Tesla, em Nova
York, estavam à venda e poderiam ser destruídas para dar lugar a um centro
comercial, Inman decidiu mobilizar os esforços dos novos admiradores de Tesla.
Em outubro do ano passado, organizou uma campanha de arrecadação na internet
para tentar comprar o imóvel e transformá-lo num museu.
A vingança dos nerds
Ao contrário da imensa maioria das campanhas on-line, que costumam murchar quando os usuários têm de trocar os cliques por transferências bancárias, a mobilização dos fãs de Tesla superou as expectativas. Em seis dias, Inman conseguiu arrecadar US$ 850 mil para a causa. Com a ajuda de outra doação de US$ 850 mil, pelo Estado de Nova York, a soma chegou a US$ 1,7 milhão – o suficiente para comprar o imóvel e começar as reformas que o transformarão num museu.
Ao contrário da imensa maioria das campanhas on-line, que costumam murchar quando os usuários têm de trocar os cliques por transferências bancárias, a mobilização dos fãs de Tesla superou as expectativas. Em seis dias, Inman conseguiu arrecadar US$ 850 mil para a causa. Com a ajuda de outra doação de US$ 850 mil, pelo Estado de Nova York, a soma chegou a US$ 1,7 milhão – o suficiente para comprar o imóvel e começar as reformas que o transformarão num museu.
“Assim
que concluírmos as negociações, queremos restaurar o que sobrou do laboratório
e transformar os outros espaços num tributo interativo a Tesla”, afirma a
pesquisadora Jane Alcorn, presidente do museu. “Nossa intenção é corrigir as
injustiças históricas contra Tesla e reafirmar sua importância para a sociedade
moderna.” A obra levará alguns anos para ficar pronta e começar a receber
visitantes, mas o sucesso da campanha de arrecadação e sua grande repercussão
na internet são indícios de uma importante mudança na percepção histórica
de Tesla – e, consequentemente, na maneira como a sociedade julga o valor de um
inventor.
No fim do século XIX e no início do século XX, quando Tesla e Edison estavam na ativa, todo inventor também era um homem de negócios. Com seus laboratórios espalhados por todo o mundo e um exército de engenheiros sob seu comando, Thomas Edison era um símbolo dessa geração. “Meu maior objetivo é ganhar dinheiro com minhas invenções e usá-lo para criar novas invenções”, dizia. Seu método de trabalho era baseado em inúmeras tentativas e erros, sem grande sofisticação teórica. A persistência e o dom para os negócios o ajudaram a prosperar, apesar da concorrência de cientistas mais talentosos.
Tesla tinha uma personalidade quase oposta à de Edison. Falava oito línguas fluentemente e tinha uma invejável formação científica, mas pouco tino para os negócios. Dizia que os inventores eram seres incompreendidos, que raramente recebiam recompensas. A maioria de suas invenções tinha pouca utilidade prática. Muitas delas só foram colocadas em uso por outros cientistas, que levaram o crédito por seu trabalho. Tesla também era tido como um homem excêntrico. Trabalhava das 3 horas da manhã às 11 da noite, com raras pausas para se alimentar. Pesava apenas 64 quilos, apesar de seus 2 metros de altura. Viveu em celibato, para evitar que os relacionamentos o afastassem do laboratório. Em sua autobiografia Minhas invenções, recém-publicada no Brasil pela editora Unesp, ele afirma que tinha memória fotográfica e que suas ideias vinham acompanhadas por alucinações e clarões de luz. Morreu aos 86 anos, falido e com fama de louco.
No fim do século XIX e no início do século XX, quando Tesla e Edison estavam na ativa, todo inventor também era um homem de negócios. Com seus laboratórios espalhados por todo o mundo e um exército de engenheiros sob seu comando, Thomas Edison era um símbolo dessa geração. “Meu maior objetivo é ganhar dinheiro com minhas invenções e usá-lo para criar novas invenções”, dizia. Seu método de trabalho era baseado em inúmeras tentativas e erros, sem grande sofisticação teórica. A persistência e o dom para os negócios o ajudaram a prosperar, apesar da concorrência de cientistas mais talentosos.
Tesla tinha uma personalidade quase oposta à de Edison. Falava oito línguas fluentemente e tinha uma invejável formação científica, mas pouco tino para os negócios. Dizia que os inventores eram seres incompreendidos, que raramente recebiam recompensas. A maioria de suas invenções tinha pouca utilidade prática. Muitas delas só foram colocadas em uso por outros cientistas, que levaram o crédito por seu trabalho. Tesla também era tido como um homem excêntrico. Trabalhava das 3 horas da manhã às 11 da noite, com raras pausas para se alimentar. Pesava apenas 64 quilos, apesar de seus 2 metros de altura. Viveu em celibato, para evitar que os relacionamentos o afastassem do laboratório. Em sua autobiografia Minhas invenções, recém-publicada no Brasil pela editora Unesp, ele afirma que tinha memória fotográfica e que suas ideias vinham acompanhadas por alucinações e clarões de luz. Morreu aos 86 anos, falido e com fama de louco.
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Se não
fosse por Nikola Tesla, possivelmente você não estaria lendo este
texto agora na tela do computador e, ainda mais, nenhum equipamento
eletroeletrônico existiria.
Entre
suas contribuições para o avanço do mundo moderno estão o desenvolvimento do rádio,
demonstrando a transmissão sem fios em 1894, robótica, controle remoto, radar,
ciência computacional, balística, física nuclear e física teórica.
Suas
idéias no mundo foram tão revolucionárias que o Estado de Nova York e muitos
outros estados nos EUA proclamaram 10 de julho, aniversário de Nikola Tesla,
como o dia de Tesla. Sempre à frente de seu tempo, constituiu-se em um dos
mariores visionários da ciência, o que torna injusta a “total escuridão” em que
este homem terminou os seus dias. A placa de rua Nikola Tesla Corner” foi
recentemente colocado na esquina da Rua 40 com a Avenida 6, em Manhattan. Há
uma foto grande de Tesla na Estátua da Liberdade Museum. O Liberty Science
Center, em Jersey City, New Jersey tem uma demonstração de ciência diária da bobina
de Tesla criar um milhão de volts de eletricidade diante dos olhos de
espectadores.
Este
grande gênio nasceu em 10 de julho de 1856 em Smiljan, Lika, que era então
parte do Império Austo-Húngaro região, da Croácia. O pai, Milutin Tesla,
sacerdote ortodoxo sérvio e a mãe, Djuka Mandic (poderíamos entendê-la como uma
inventora) contribuiram de forma determinante nas escolhas futuras de Tesla.
Tesla
estudou na Realschule, Karlstadt em 1873, o Instituto Politécnico em Graz, na
Áustria e na Universidade de Praga quando ficou fascinado com eletricidade. A
partir daí, iniciou sua carreira como engenheiro elétrico com uma companhia
telefônica em Budapeste em 1881.
Mais
tarde, Tesla recebeu e aceitou uma oferta para trabalhar para Thomas Edison, em
Nova York. Seu sonho de infância era ir aos Estados Unidos para aproveitar o
poder de Niagara Falls. Tesla começou a melhorar a linha de dínamos de Edison,
enquanto trabalhava no laboratório em Nova Jersey. Foi aqui que a sua
divergência de opinião com Edison sobre corrente contínua e corrente alternada
começou. Apesar de muitas descobertas profícuas, as divergências entre Tesla e
Edison, o fez, em 1912, recusar em dividir o Prêmio Nobel de Física entre os
dois. Assim, o prêmio acabou sendo dado a outro pesquisador.
Nikola
Tesla desenvolveu o modelo polifásico alternado que conhecemos atualmente, além
de realizar 40 patentes básicas dos EUA sobre o sistema. Todas estas patentes
foram compradas por George Westinghouse. Foi aí que a guerra das correntes
tomou corpo maior. O grande conflito era Edison (com sua corrente contínua)
versus Tesla-Westinghouse (corrente alternada). Estes acabaram vencendo a
batalha por que a tecnologia da corrente alternada se mostrou superior.
Em
fevereiro de 1882, Tesla descobriu o campo magnético rotativo, um princípio
fundamental na física e na base de quase todos os dispositivos que usam
corrente alternada. Tesla brilhantemente tinha adaptado o princípio
da rotação do campo magnético para a construção do motor de indução alternado
atual e o sistema polifásico para a geração, transmissão, distribuição e
utilização de energia elétrica.
Hoje a
eletricidade é gerada a partir da conversão da energia mecânica por meio de
suas invenções. Contudo, é consenso entre todos aqueles que conhecem a história
de Tesla e as necessidades do mundo moderno que a sua maior conquista foi o
sistema polifásico de corrente alternada, que é hoje a forma como todo o globo
é iluminado.
Foi
condecorado pelo Rei Nikola de Montenegro com a Ordem de Danilo por esta
tecnologia.
Ao todo,
ele registrou mais de 700 patentes mundiais. Sua visão incluía a exploração de
energia solar e do poder do mar. Ele previu comunicações interplanetárias e
satélites.
Nikola
Tesla também patenteou o sistema básico de rádio em 1896. Sua publicação
continha todos os diagramas esquemáticos descrevendo todos os elementos básicos
do transmissor de rádio que mais tarde foi usado por Marconi que, em dezembro
de 1901, estabeleceu a comunicação sem fios entre o Reino Unido e a New
Foundland, no Canadá, o que lhe valeu o prêmio Nobel em 1909.
Contudo, parte do trabalho de Marconi não era original.
Waldorf
Astoria foi a residência de Nikola Tesla durante muitos anos. Ele viveu lá
quando ele estava no auge do poder financeiro e intelectual. Lá,
organizava jantares convidando pessoas famosas que mais tarde testemunharam
experiências elétricas espetaculares em seu laboratório.
Nikola
Tesla foi uma das personalidades mais célebres na imprensa americana, no século
passado. De acordo com a edição especial da Life Magazine de
setembro de 1997, Tesla está entre as 100 pessoas mais famosas dos últimos
1.000 anos. Ele é um dos grandes homens que que criaram um divisor
de águas na história humana. Ele foi um Super Star.
Em 1894,
ele recebeu o doutorado honoris causa pela Universidade de Columbia e Yale e a
medalha Elliot Cresson pelo Instituto Franklin. Em 1934, a cidade
de Filadélfia concedeu-lhe a medalha John Scott pelo seu sistema de energia
polifásico. Ele era um membro honorário da Associação Nacional de Luz elétrica
e um membro da Associação Americana para o Avanço da Ciência.
Em seu 75
º aniversário em 1931, o inventor apareceu na capa da revista Time. Nesta
ocasião, Tesla recebeu cartas de congratulações de mais de 70 pioneiros na
ciência e na engenharia, incluindo Albert Einstein. Estas cartas foram montados
e apresentados à Tesla, na forma de um volumoso depoimento.
Tesla
faleceu em 07 de janeiro de 1943 no Hotel New Yorker (Sala 3327 no 33 º piso),
onde viveu durante os últimos dez anos de sua vida.
Um
funeral de Estado foi realizada na St. John the Divine Cathedral em
Nova York. Telegramas de condolências foram recebidos de muitos notáveis,
incluindo a primeira-dama Eleanor Roosevelt e vice-presidente Wallace. Mais de
2000 pessoas compareceram, entre eles vários prêmios Nobel. Ele foi cremado em
Ardsley on the Hudson, em Nova York. Suas cinzas foram colocadas em uma esfera
de ouro, a forma preferida de Tesla, em exposição permanente no Museu Tesla em
Belgrado, juntamente com sua máscara mortuária.
Para
conhecer mais acerca deste grande gênio da humanidade veja o Documentário
Tesla: O mestre dos raios:
tvescola.me.gov.br/index.php?option=com_zoo&view=item
Se
o século XX consagrou o homem de negócios e sua capacidade de transformar
invenções num império, os jovens do século XXI parecem ter mais apreço pelo
nerd recluso, que tenta transformar o mundo trancado em seu laboratório. Larry
Page, cofundador do Google, costuma citar Minhas invenções, de Tesla,
entre os livros que mais influenciaram sua carreira. Elon Musk, fundador da
empresa de pagamentos on-line PayPal, decidiu homenageá-lo ao batizar de Tesla
Motors sua montadora de carros elétricos. Tanto Page quanto Musk têm em comum o
fato de terem feito fortuna com ideias que, inicialmente, tinham pouca
viabilidade comercial. É a cultura dominante dos pequenos empreendedores de
tecnologia, das redes sociais às empresas de robótica. Primeiro, cria-se algo
inovador. Depois, pensa-se em como ganhar dinheiro. A homenagem tardia a Tesla
pode ser um sinal de que, se ele tivesse nascido um século mais tarde, poderia
ter tido mais admiradores, mais sorte e, quem sabe, mais dinheiro