quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

EUA PROIBE A EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO EM PARTES DO ÁRTICO E DO ATLÂNTICO



Obama proíbe exploração de petróleo e gás em partes do Ártico e do Atlântico

Estadão Conteúdo 







Decisão foi tomada em conjunto com o primeiro-ministro Justin Trudeau

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, designou na terça-feira grande parte das águas pertencentes ao país no Oceano Ártico e também certas áreas no Oceano Atlântico como zonas onde não poderá haver projetos futuros de exploração de petróleo e gás. A Casa Branca anunciou as ações em conjunto com o governo do primeiro-ministro Justin Trudeau, que também estabeleceu uma moratória para novos projetos de petróleo e gás em suas águas no Ártico, decisão sujeita a revisão periódica.

Os contratos de exploração já existentes não são afetados pela ação presidencial. O anúncio tem importância simbólica, mas pouco impacto imediato, já que não há operações comerciais em andamento em águas federais nem nas áreas distantes da costa leste do Atlântico pi no Ártico norte do Alasca. Os preços mais fracos do petróleo e o apetite modesto do setor por grandes investimentos em novos projetos offshore resultam em um quadro em que qualquer produção levaria quase uma década para ser obtida em novos projetos. Ainda assim, a medida mostra um esforço para garantir o legado ambiental de Obama antes de Donald Trump assumir a presidência em janeiro.

Grupos ambientais esperam que a proibição, apesar de depender de poderes executivos, dificultará a tarefa de futuros presidentes para revertê-la. A Casa Branca diz confiar que a determinação do Executivo será mantida na Justiça, caso seja alvo de contestação, e não deve ser revertida pelos próximos presidentes.

O governo citou questões ambientais nas duas regiões para justificar a moratória. Obama também disse que apenas 0,1% da produção de petróleo offshore veio do Ártico em 2015 e que, nos preços atuais, não deve haver produção significativa na área nas próximas décadas. Segundo o presidente, por isso é preciso trabalhar para fortalecer as comunidades do Ártico para além do petróleo e do gás. Já membros do setor criticaram a decisão, qualificando-a como "retórica política de último minuto". O governador do Alasca, o independente Bill Walker, disse que Obama marginalizou as vozes locais com a decisão. Walker afirmou que ninguém está mais interessado que a própria população do Alasca em garantir que o hábitat do Ártico seja protegido.

Trump tem escolhido nomes para o gabinete fortemente contrários às políticas de Obama para o meio ambiente e o combate às mudanças climáticas. Uma questão para o futuro é quão difícil será que outro presidente reverta a decisão de Obama, caso deseje. Se Trump tentar fazer isso, entidades dizem que levariam o caso à Justiça. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.


CHINA LANÇA SATÉLITE PARA MONITORAR A EMISSÃO DE CO2 NA ATMOSFERA



China lança satélite de detecção de CO2

AFP 







Lançamento feito pela China de seu primeiro satélite para monitorar as emissões de dióxido de carbono

A China lançou nesta quinta-feira seu primeiro satélite para monitorar as emissões de dióxido de carbono, anunciou a agência Xinhua, segundo a qual o dispositivo permitirá verificar se os países cumprem seus compromissos de redução gases do efeito estufa.
Maior emissor mundial de gases do efeito estufa, a China se tornou o terceiro país a dispor deste tipo de satélite, depois dos Estados Unidos e do Japão, de acordo com a agência estatal de notícias.
O TanSat foi colocado em órbita por um foguete Longa Marcha lançado do centro espacial de Jiuquan, no deserto de Gobi (norte da China).
“O satélite pode detectar as fontes de gás do efeito estufa para determinar se os países cumprem seus compromissos”, afirma a Xinhua.
“TanSat dará uma voz mais poderosa a China na área de mudança climática, de redução do CO2 e nas negociações sobre o direito a contaminar”, completa a agência.
O anúncio do lançamento acontece no momento em que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, questiona os esforços internacionais para combater a mudança climática.
China e Estados Unidos, os dois principais poluentes do planeta, anunciaram em setembro a ratificação do acordo sobre o clima, que prevê limitar a 2 graus o aquecimento global.

NEVE ENCOBRE DESERTO DO SAARA

Pela segunda vez na história, neve encobre o Deserto do Saara

Da Redação








Fenômeno que surpreendeu moradores não impressionou especialistas, que revelaram ser normal nevar no locar

Um fotógrafo amador registrou, na última segunda-feira (19), imagens que não eram vistas desde 1979: neve encobrindo o Deserto do Saara. O argelino Karim Bouchetata, autor das imagens, ficou impressionado com o acontecido, já que não acontecia há muito tempo.

“Todos ficaram espantados de ver a neve cobrindo o deserto. A neve ficou sobre a areia por cerca de um dia antes de derreter completamente”, disse Karim.

O fenômeno, porém, não surpreende especialistas. Eles explicam que com o frio intenso na região, nevar é normal. “Apesar de ser uma região desértica, também há chuvas no norte da África. Com frio intenso, pode nevar”, disse o meteorologista Augusto José Pereira Filho, professor da Universidade de São Paulo (USP).

A primeira vez em que neve caiu sobre o deserto foi em fevereiro de 1979, quando o local ficou encoberto por cerca de meia hora. Este foi o primeiro acontecimento do evento ao qual se tem notícia.



NO BRASIL OS POLÍTICOS NEGAM A PROPINA - DIZEM QUE FOI DOAÇÃO EXPONTÂNEA



Odebrecht admite ter pago mais de R$ 3,3 bilhões em propina em 12 países

Agência Brasil 








Em acordo de delação premiada firmado com autoridades norte-americanas, a Odebrecht e uma de suas subsidiárias, a Braskem, admitiram ter pago mais de US$ 1 bilhão, cerca de R$ 3,3 bilhões, em propina a funcionários do governo em 12 países, entre eles o Brasil, seus representantes e partidos políticos. De acordo com documentos divulgados nesta quarta (21) pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, representantes da Odebrecht confessaram o pagamento de propina de US$ 788 milhões, desde 2001, enquanto a Braskem admitiu ter pago aproximadamente US$ 250 milhões, entre 2016 e 2014.
Em acordo firmado com autoridades brasileiras, norte-americanas e suíças, a Odebrecht e a Braskem, braço da empreiteira que atua no setor petroquímico, se declararam culpadas por várias fraudes e concordaram em pagar uma multa total de pelo menos US$ 3,5 bilhões em penas globais para resolver o que é considerado o maior caso de suborno estrangeiro na história.
Segundo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht criou um departamento exclusivo para gerenciar o pagamento de propina. Na Divisão de Operações Estruturadas, executivos da empresa gerenciavam o “orçamento sombra", usado para pagar propinas e subornos no Brasil, Angola, Argentina, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Perú e Venezuela.
"A Odebrecht e a Braskem usaram uma unidade de negócios da Odebrecht - um Departamento de Suborno, por assim dizer - que sistematicamente pagou centenas de milhões de dólares para corrupção de funcionários governamentais em países de três continentes", o disse vice-procurador-geral adjunto do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Sung-Hee Suh.

Nos termos do acordo de culpabilidade divulgado pelos Estados Unidos, em 2006 o esquema de pagamento de propinas dentro da empreiteira evoluiu de tal forma que a Odebrecht criou a "Divisão de Operações Estruturadas". Até 2009, o chefe do departamento reportou-se aos mais altos níveis da Odebrecht, inclusive para obter autorização para aprovar pagamentos de suborno. Depois de 2009, a responsabilidade foi delegada a outras empresas de negócios no Brasil e nas demais jurisdições.
Para ocultar as atividades fraudulentas, a Divisão de Operações Estruturadas utilizava um sistema de comunicações “completamente separado” e “off-book”, que permitia aos membros da divisão comunicarem-se uns com os outros e com operadores financeiros externos com segurança, por e-mails e mensagens instantâneas, usando nomes de código e senhas.
Já a Braskem, usando o sistema Odebrecht, autorizou o pagamento de subornos a políticos e partidos políticos no Brasil, bem como a funcionários da Petrobras. Em troca, a Braskem tinha benefícios, como tarifas preferenciais da Petrobras pela compra de matérias-primas utilizadas pela empresa e legislação favorável.

Odebrecht pagou R$ 1,1 bilhão em propina no Brasil, segundo EUA

A Odebrecht pagou US$ 349 milhões (R$ 1,16 bilhão em câmbio atual) em propina a agente políticos brasileiros, incluindo partidos e membros do governo, para conseguir vantagens em negócios da empreiteira no país.
A informação consta de documentos tornados públicos pelo DOJ (Departamento de Justiça) dos Estados Unidos, que assinou nesta quarta-feira (21) acordo de leniência com o grupo baiano. Deste montante, US$ 40 milhões (R$ 133 milhões) foram destinados a partidos por meio do departamento de Operações Estruturadas, área da empresa responsável por operacionalizar o pagamento de propina.
Segundo os investigadores americanos, o montante foi pago entre 2003 e 2016 e gerou benefícios à empreiteira em mais de US$ 1,9 bilhão (R$ 6,3 bilhões em câmbio atual).
Esse montante faz parte dos cerca de US$ 788 milhões (R$ 2,6 bilhões, ao câmbio atual) de propinas pagas pela Odebrecht em 11 países, além do Brasil.
Os documentos foram tornados públicos nesta quarta-feira, após a Odebrecht assinar em Washington, nos EUA, o acordo em que a empreiteira e a Braskem se comprometem a pagar uma multa total de R$ 6,9 bilhões.

QUAL É A SABEDORIA DA JOGADA DE LULA

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