terça-feira, 27 de dezembro de 2016

MINAS GERAIS À PROCURA DE PRODUÇÃO E DINHEIRO



Minas projeta atrair bilhões em investimentos, mesmo em tempos de crise

Tatiana Lagôa 








Desafio do Indi é buscar consolidar os investimentos de forma mais direta e concreta possível

A recessão econômica não foi uma barreira para as 376 empresas nacionais e internacionais que investiram em Minas neste ano. Em recursos, os empreendimentos aplicaram R$ 1,09 bilhão no Estado, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi). Esse total pode ser triplicado em 2017, chegando a R$ 3 bilhões, caso as animadoras perspectivas se concretizem.
O Hoje em Dia recebeu esses dados, com exclusividade, pela presidente do Indi, Cristiane Amaral Serpa. Segundo ela, as projeções positivas quanto aos investimentos se baseiam, principalmente, nas prospecções em curso de empresas interessadas. A instituição realizou, recentemente, 77 visitas a empresas no exterior visando a atração de unidades para o Estado.
Cristiane explica que esse processo de visita ocorre quando as negociações já estão bastante avançadas: “A empresa tem a intenção, fez contato com a gente, possui documentos, cláusula de confidencialidade, etc”, afirma.
Aposta
Dentre os aportes esperados para o ano que vem está um que deverá gerar, sozinho, R$ 1 bilhão em investimentos. As negociações estão bastante adiantadas e, pelo o que tudo indica, o anúncio se dará no primeiro semestre de 2017. No entanto, em função de uma cláusula de confidencialidade no contrato assinado pelo Indi junto à empresa, os detalhes do empreendimento não puderam ser adiantados.
É possível saber, apenas, que a viabilização do empreendimento deverá gerar mais de mil empregos em Minas. Para se ter uma ideia do quão significativo é este número, em todo o ano de 2016, os negócios viabilizados por intermédio da instituição foram responsáveis por 1.200 novos postos de trabalho.

Incertezas
Além de ser o retorno de um trabalho do Indi que está em curso, a maior atratividade de investimentos em 2017 deverá ocorrer em decorrência do momento de incertezas nos âmbitos político e econômico vivenciado pelo Brasil.
Na análise de Cristiane Serpa, existe uma “desconfiança” quanto aos rumos do Brasil que acabam empurrando a decisão de investimento por parte do empresariado. Porém, para próximo ano, ela aposta que o país deverá passar por uma recuperação.
“Uma parte dos investimentos foram amadurecidos na medida em que o cenário vinha se construindo. Mas é um fato doméstico e internacional. As empresas esperavam para ver o que aconteceria com o país”
Cristiane Serpa
Burocracia
A crise e a desconfiança dos agentes de mercado não são os únicos empecilhos que precisam ser vencidos na busca por novos investimentos. A burocracia também torna o país menor atrativo.
“Alguns desses impedimentos de competitividade global não são limitadores apenas de Minas Gerais, mas nacionais”, afirma Serpa. Apesar disso, o Estado tem sido atraente por questões como localização privilegiada e capital humano intelectual expressivo.
Perfis
A prospecção de investimentos realizada pelo Indi abrange os mais variados perfis. A ideia é criar uma cadeia de fornecedores robusta e atrair grupos complementares entre si, reduzindo custos de produção.
Um exemplo é o recente fechamento do protocolo de intenções com a empresa Verallia, do grupo francês Saint-Gobain, em Jacutinga, no Sul de Minas. A multinacional atua no desenvolvimento e na fabricação de embalagens de vidro e deverá ajudar na competitividade de empresas de outros setores, como o de alimentos.
Além da diversificação dos setores, o governo tem buscado atrair empresas para todas as regiões do Estado. Tradicionalmente, as áreas mais procuradas são a região metropolitana de BH, o Sul de Minas e o Triângulo. A busca agora é colocar no circuito regiões como a Norte e o Vale do Jequitinhonha.
O trabalho envolve busca de condições específicas desejadas por cada empresa, como disponibilidade de água, gás, rodovias, proximidade com cadeia de fornecedores, dentre outras.
‘Minas oferece condições concretas para as empresas’, afirma Cristiane Serpa
Como avalia o ano de 2016 em se tratando de investimentos para o Estado?
Acho que apesar de o ano ter sido complexo para o país, uma série de investimentos que estavam programados e que a gente estava buscando prospectar para o Estado conseguimos concretizar. Do ponto de vista de investimentos estratégicos, a gente encerra o ano confirmando a vinda de uma indústria de vidro de porte internacional para Minas; a primeira que teremos desse perfil e que fortalece outros tipos de indústrias. Além disso, temos também uma série de investimentos nas áreas que o governo vem trabalhando como prioritárias e que também foram confirmados como energia, biotecnologia, tecnologia da informação e comunicação. Para a gente no Indi, o ano foi positivo.

Quando falamos que é um balanço positivo, o que isso significa em números?
São 376 investimentos. Estamos falando de R$ 1,09 bilhão e de uma geração de 1.200 empregos em diferentes fases. Tem alguns de implantação imediata como um centro de distribuição. Mas outros não são entradas neste ano, vão acontecer no próximo ano e subsequentemente. De um jeito ou de outro, a vinda do investimento já é positiva porque a construção de site, terraplenagem, por exemplo, geram emprego indireto.

Quais regiões recebem mais investimentos? Conseguimos mapear?
A gente consegue. Como é prioridade do governo trabalhar com diferentes territórios, a gente tem procurado investimentos que possam ir além dos territórios tradicionais como Sul de Minas, Triângulo Mineiro, a Região Metropolitana de Belo Horizonte, que têm uma tendência natural a atrair investimentos pela proximidade com os grandes centros. Mas conseguimos investimentos também para o Norte de Minas, estamos na iminência de fechar um investimento no Jequitinhonha. Houve uma capilaridade se beneficiando de incentivos da região da Sudene, por exemplo, e outros por uma questão mercadológica mesmo.

E qual o perfil das novas empresas? São de quais setores e portes?
Estamos falando de grandes empreendimentos. Os segmentos são variados pensando nos setores estratégicos que o governo tem buscado que permitam transversalidade. Temos empresas de médio e grande portes que são líderes nacionais ou globais.
No governo estadual anterior tinha uma política de não entrar em guerra fiscal. Já o Rio de Janeiro, por exemplo, sempre foi mais agressivo. Qual a postura adotada por Minas?
O Rio de Janeiro é agressivo e a situação está se provando não ser suficiente. O Rio teve que suspender incentivos que deu a uma série de empresas e várias dessas indústrias estão nos procurando. O que foi oferecido pelas empresas em Minas no governo anterior e nesse são condições concretas de realização e execução. São distintas as necessidades das empresas. A de vidro que assinou o protocolo tem necessidade de gás. Têm outras que é de localização. Outras, água. As necessidades são inúmeras.

Até que ponto que o estado de calamidade financeira trava o desenvolvimento de Minas?
A declaração é muito recente. A gente não teve ainda nenhum investidor ou empresa que questionou a capacidade do Estado de continuar desenvolvendo os negócios. Mas posso dizer que, dentre as várias ações que fizemos internacionalmente, visitamos 77 empresas estrangeiras. Há uma preocupação sobre o Brasil e não sobre estados. Mas como o Brasil está e como vai conseguir superar o momento. A gente enfrenta muito mais uma desconfiança ou discordância do país do que com relação a Minas.

E o que faz com que as empresas continuem a buscar o país?
O que é um diferencial concreto que temos em Minas Gerais, e acho que é um ponto que faz com que as empresas continuem investindo no país apesar do momento complexo que a gente vive, é o fato de o Brasil ter um mercado formidável, uma localização central e ter um capital intelectual muito expressivo.

Com a crise, aumenta a busca de vocês pelo mercado estrangeiro? Quais mercados vocês mais tem focado?
Temos atuação de fortalecimento da empresa já instalada em Minas seja brasileira ou estrangeira. Temos buscado dar competitividade para essas empresas com formação de uma cadeia de fornecedores e capacidade de internacionalizar e ter parceiros externos, diversificar o mercado e aumentar a capacidade de competição global. A segunda linha é de atração de investimento que se dá junto a empresas brasileiras que não estão instaladas em Minas, mas principalmente de empresa internacionais que queiram vir. Em 2015 fizemos atuação forte na Itália, em virtude do volume de empresas italianas instaladas aqui e pensando nos setores que a gente chama de transversais. Esse ano fizemos ação concreta na China, Reino Unido e Holanda.

Por causa da crise vocês estão mais agressivos na prospecção? E quais os desafios que esse cenário impõe?
O desafio é realmente o de buscar consolidar os investimentos de forma mais direta e concreta possível. Não podemos ter investimentos que não se realizem. Estamos buscando investimentos com maior probabilidade de manutenção do cronograma e instalação concreta. Um segundo ponto de desafio é a diversificação dos investimentos. Que eles não sejam pura e simplesmente com os tradicionais como mineração, alimentos, mas que possam ser também de tecnologia ou em áreas meio, como embalagens.

Em quanto tempo é possível reverter o quadro de desindustrialização do Estado?
Todos os setores neste ano sofreram queda. Do ponto de vista da desindustrialização, o que buscamos trabalhar é a requalificação da indústria. Dentro da própria estrutura de uma indústria como a mineração, o Indi tem discutido alternativas de melhorias. A tecnologia e inovação dentro da indústria. A gente aposta muito no conhecimento produzido aqui. Temos universidades importantes e uma área de tecnologia da inovação com startups e empresas.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

BOMBA DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL ASSUSTA NA ALEMANHA



Bomba da Segunda Guerra Mundial é desarmada na cidade alemã de Augsburg

Estadão Conteúdo 





Policial coloca placa para bloquear rua de Augsburg, no sul da Alemanha; moradores são sendo retirados da cidade depois que bomba da Segunda Guerra Mundial foi descoberta

Especialistas em explosivos desativaram neste domingo uma grande bomba da Segunda Guerra Mundial na cidade alemã de Augsburg, no sul do país, permitindo que milhares de residentes locais pudessem voltar para casa para suas comemorações de Natal.

A polícia da cidade usou o Twitter para contar, pouco antes das 7 da noite deste domingo, hora local, que tinha "boas notícias no Natal". Mais cedo, não havia informações sobre quanto tempo os residentes teriam de ficar longe de casa.

Cerca de 32 mil famílias, totalizando 54 mil habitantes do centro histórico do município, foram forçadas a deixar suas residências por volta das 10 da manhã deste domingo, para que os peritos pudessem lidar com a bomba.

Os especialistas tiveram que limpar sete décadas de estrume para encontrar e desativar três detonadores da bomba. O tamanho da munição - de 1,8 tonelada - sugere que a bomba era do tipo "blockbuster", de grande poder de destruição, e que foi usada pelas forças britânicas com o objetivo de explodir edifícios das redondezas para que outras bombas incendiárias pudessem começar incêndios mais facilmente.


A bomba foi descoberta na semana passada, durante obras de construção no centro histórico da cidade. A polícia disse que o Natal era o melhor momento para desativá-la porque havia menos tráfego e era mais provável que as pessoas pudessem ficar com parentes.

Encontrar bombas da Segunda Guerra Mundial não é incomum na Alemanha. Grande parte do centro histórico de Augsburg foi destruído em fevereiro de 1944, quando centenas de bombas britânicas e norte-americanas atingiram a cidade.

DESASTRE AÉREO COM AVIÃO RUSSO



Equipes de emergência resgatam 11 corpos de vítimas de acidente aéreo na Rússia

Estadão Conteúdo






Corpos das vítimas são resgatados no mar

Sochi, Rússia, 25/12/2016 - Equipes de emergência resgataram neste domingo 11 corpos de vítimas e fragmentos do avião russo que caiu pela manhã no Mar Morto, pouco depois de decolar. Os trabalhos seguiam pela madrugada, na tentativa de encontrar mais passageiros e a tripulação. O ministro dos Transportes russo, Maxim Sokolov, disse que mais fragmentos e outros corpos já foram encontrados.

No total, 84 passageiros e oito tripulantes estavam a bordo do avião militar russo que caiu dois minutos após decolar da cidade de Sochi. Dentre os passageiros estavam dezenas de cantores do coro militar da Rússia. O avião levava o coro do Ministério da Defesa, o famoso Conjunto Alexandrov, para um concerto de Ano Novo na base aérea de Hemeimeem, na província de Latakia, região costeira com a Síria. Também estavam a bordo nove jornalistas russos e um médico russo famoso por seu trabalho em zonas de guerra.

Mais de 3 mil pessoas trabalham no resgate - incluindo mais de 100 mergulhadores. Helicópteros, drones e submersíveis também estavam sendo usados para ajudar a detectar corpos e detritos.


Investigadores disseram que estão analisando todas as causas possíveis para o acidente, incluindo um ataque terrorista. Peritos salientaram fatores que sugerem um ataque terrorista, como a falta de qualquer relato da tripulação sobre mau funcionamento da aeronave e o fato de que os detritos do avião estão espalhados por uma ampla área.

"Faremos uma investigação completa das razões e faremos de tudo para apoiar as famílias das vítimas ", disse o presidente russo, Vladimir Putin, em pronunciamento na televisão, quando também declarou esta segunda-feira como dia de luto nacional.

PORTA-AVIÕES CHINÊS NAVEGA NO OCEANO PACÍFICO



Porta-aviões chinês navega pela primeira vez no Pacífico

Estadão Conteúdo








O único porta-aviões chinês navega para o Pacífico em sua primeira viagem no oceano, informou neste domingo a imprensa oficial, num momento de grande tensão com Taiwan agravada por comentários do futuro presidente americano Donald Trump.
Esta saída fora dos limites das águas do Mar da China é a primeira do porta-aviões construído na União Soviética e comprado pela China, indicou em seu site o Global Times. O navio entrou em serviço em setembro de 2012.
"Uma frota da Marinha chinesa, incluindo o porta-aviões Liaoning, dirigiu-se para o Pacífico no sábado para exercícios", anunciou a agência de notícias Xinhua.
Não há informações sobre a duração dos exercícios no Pacífico nem da rota escolhida pela frota. O Liaoning, que fica estacionado em Dalian, no nordeste da China, deve logicamente entrar no Pacífico atravessando a cadeia de ilhas que separa Taiwan do sul do Japão.
O ministério da Defesa japonês declarou neste domingo que observou um dia antes um grupo aeronaval, composto de sete aparelhos além do porta-aviões: três destroyers, três fragatas e um navio de abastecimento.
Segundo a Xinhua, o porta-aviões realizou na última semana exercícios no Mar Amarelo, entre as costas coreanas e chinesas. O Liaoning foi acompanhado por "vários destroyers e fragatas".
Sexta-feira, caças J-15 "decolaram do Liaoning, realizando exercícios, tais como reabastecimento e confronto", disse a fonte.
A marinha chinesa também havia anunciado em 15 de dezembro que o porta-aviões havia realizado seu primeiro exercício com disparos reais, incluindo uma dúzia de mísseis, no Mar de Bohai, dentro da costa chinesa.
Estes exercícios acontecem em um momento de tensão entre Pequim e Taiwan, na sequência de uma conversa telefônica entre Donald Trump e a presidente de Taiwan.
O regime comunista proíbe todo contato oficial entre países estrangeiros e Taiwan, que considera uma de suas províncias. Pequim não descarta o uso da força para restaurar sua soberania sobre a ilha.
A televisão estatal CCTV transmitiu em meados de dezembro imagens de caças decolando do porta-aviões, alvos explodindo em chamas e uma chuva de mísseis disparados para o ar.
Mas a real força do Liaoning permanece desconhecida. Os pilotos de aviões de caça ainda estão aprendendo a pousar, uma técnica difícil que os exércitos ocidentais relutam em ensinar para a China.
O Exército chinês procura se modernizar, especialmente para fazer frente aos Estados Unidos no Mar da China Meridional, uma zona reivindicada por Pequim.
Os Estados Unidos enviaram em várias ocasiões seus navios de cruzeiro nesta região, onde a China expande ilhas que ela controla para apoiar suas reivindicações.
A Marinha chinesa apreendeu em 15 de dezembro no Mar da China Meridional um drone submarino americano antes de devolvê-lo cinco dias depois. Pequim está construindo sua segundo porta-aviões, totalmente projeto no país, segundo anunciou em dezembro de 2015 o ministério da Defesa.