terça-feira, 30 de outubro de 2018

ISRAEL CUMPRIMENTA O PRESIDENTE ELEITO DO BRASIL JAIR MESSIAS BOLSONARO


Premiê de Israel parabeniza Bolsonaro e diz aguardar visita do presidente eleito

Estadão Conteúdo










O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou que conversou com o presidente eleito do Brasil

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou em seu perfil no Twitter que conversou nesta segunda-feira (29), com o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro. O israelense parabenizou Bolsonaro por sua vitória e disse que aguarda a sua visita ao País.

"Falei esta tarde com o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro. Eu o parabenizei por sua vitória. Disse a ele que estou certo de que sua eleição irá trazer uma grande amizade entre nossos povos e um fortalecimento dos laços entre Brasil e Israel. Estamos aguardando sua visita!", escreveu Netanyahu.



I spoke this evening with the president-elect of Brazil, @jairbolsonaro. I congratulated him on his victory. I told him I’m certain his election will lead to a great friendship between our peoples and a strengthening of Brazil-Israel ties. We are waiting for his visit to Israel!

Mais cedo, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que deve assumir a Casa Civil no governo do PSL, informou que Israel deve ser um dos primeiros países a serem visitados pelo futuro presidente, junto com Chile e Estados Unidos.

Também no Twitter, Bolsonaro escreveu sobre a conversa. "Acabo de receber os cumprimentos do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao lado do embaixador Yossi Shelley. Nossos laços de amizade se traduzirão em acordos onde nossos povos serão os maiores beneficiados", disse.


LÍDERES MUNDIAIS CUMPRIMENTAM O PRESIDENTE ELEITO DO BRASIL JAIR MESSIAS BOLSONARO


Trump afirma que vai trabalhar com Bolsonaro na área de comércio

Agência Brasil








O presidente americano observou que Bolsonaro venceu a disputa eleitoral por uma diferença “substancial”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse segunda-feira (29) que teve uma conversa “muito boa” com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Em sua conta no Twitter, Trump afirmou que os dois concordaram que Brasil e Estados Unidos “vão trabalhar juntos em comércio, Forças Armadas e em tudo mais”.
O presidente americano observou que Bolsonaro venceu a disputa eleitoral por uma diferença “substancial”. Bolsonaro recebeu 55,54% dos votos válidos e Fernando Haddad (PT), 44,46%. “Foi uma excelente ligação. Dei a ele meus parabéns”, escreveu Trump.
No domingo (28), o presidente eleito fez uma transmissão ao vivo pelo Facebook em que afirmou ter recebido uma ligação do presidente dos Estados Unidos. Bolsonaro disse ter interesse em se aproximar do país norte-americano.
“O presidente dos Estados Unidos acabou de nos ligar. Nos desejou boa sorte. E obviamente foi um contato bastante amigável. Nós queremos sim nos aproximar de vários países do mundo sem o viés ideológico”, disse.



Had a very good conversation with the newly elected President of Brazil, Jair Bolsonaro, who won his race by a substantial margin. We agreed that Brazil and the United States will work closely together on Trade, Military and everything else! Excellent call, wished him congrats!

Putin e porta-voz da China parabenizam Bolsonaro

Agência Brasil











Em telegrama enviado a Bolsonaro, Putin diz que seu desejo é desenvolver ainda mais as relações russo-brasileiras, classificadas por ele como "construtivas"

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o porta-voz do  Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, parabenizaram nesta segunda-feira (29) o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) por sua vitória. O russo enviou telegrama para Bolsonaro, enquanto o governo chinês se pronunciou por meio do representante da área internacional.
Em telegrama enviado a Bolsonaro, Putin diz que seu desejo é desenvolver ainda mais as relações russo-brasileiras, classificadas por ele como "construtivas".
O presidente russo expressou "sua confiança no desenvolvimento de toda a gama de relações" entre os dois países, assim como na cooperação construtiva, no âmbito das Nações Unidas, do G20 [grupo das economias mais desenvolvidas], dos Brics [ Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] de outras estruturas multilaterais em interesse dos povos da Rússia e do Brasil".
Laços
O governo da China também se manifestou sobre a confiança em aprofundar suas relações bilaterais e multilaterais, especialmente no que se refere ao Brics.
"Esperamos que os dois países [China e Brasil] fortaleçam a cooperação dentro dos Brics e a cooperação multilateral, servindo ao interesse comum dos países em desenvolvimento e aos mercados emergentes", ressaltou o porta-voz chinês.
Lu Kang lembrou a importante relação bilateral que une Brasil e China, já que o gigante asiático é o maior parceiro estratégico para o Brasil e sua maior fonte de investimento.

Ao ser perguntado pelos jornalistas sobre a aproximação em relação a Taiwan, mostrada por Bolsonaro durante a campanha, o porta-voz disse que as relações da China com qualquer país do mundo se baseiam no princípio de "uma única China", que considera Taiwan como parte de seu território.

"A China está disposta a seguir o princípio do respeito mútuo e trabalhar com o Brasil para avançar em nossa associação estratégica", acrescentou o porta-voz.


segunda-feira, 29 de outubro de 2018

TRUMP CUMPRIMENTA BOLSONARO PELA VITÓRIA



Bolsonaro diz ter recebido ligação de Donald Trump para cumprimentá-lo por vitória

Agência Brasil










O presidente eleito disse ter interesse em se aproximar do país norte-americano

Eleito na noite deste domingo (28) para a Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL) fez uma segunda transmissão ao vivo no Facebook em que afirma ter recebido uma ligação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O presidente eleito disse ter interesse em se aproximar do país norte-americano.
“O presidente dos Estados Unidos acabou de nos ligar. Nos desejou boa sorte. E obviamente foi um contato bastante amigável. Nós queremos sim nos aproximar de vários países do mundo sem o viés ideológico”, disse. Até o momento, a Casa Branca não se manifestou sobre esse contato entre Trump e Bolsonaro.
Mais cedo, Jair Bolsonaro fez o seu primeiro discurso como presidente eleito, também por um vídeo na rede social. Segundo ele, os compromissos assumidos durante a campanha serão cumpridos. “Em assumindo, no ano que vem, seremos o presidente de todos. Eu vou buscar pacificar o nosso Brasil. Sem eles contra nós, nem nós contra eles. Nós temos como fazer política que atenda ao interesse de todos”, disse.

A ELITE DOS INTELECTUAIS BRASILEIROS NÃO APROVAM A ELEIÇÃO DO BOLSONARO


Intelectuais analisam futuro governo de Bolsonaro

Agência Brasil










Eleitores comemoram o resultado da eleição na Esplanada dos Ministérios

A Agência Brasil conversou com alguns intelectuais que participaram da 42º Encontro Anual da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências Sociais (Anpocs), encerrado na última sexta-feira em Caxambu, no Sul de Minas, para colher expectativas quanto ao governo Jair Bolsonaro.
Por causa do posicionamento histórico do deputado federal e ex-capitão do Exército, a favor da ditadura cívico-militar (1964-1985) e de discursos polêmicos contra minorias e opositores, alguns ouvidos durante a campanha eleitoral, os cientistas sociais ponderam sobre possibilidades de retrocesso na democracia, mas lembram que as liberdades estão estabelecidas no Brasil há 30 anos desde a aprovação da Constituição Federal.
A historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz, professora da Universidade de São Paulo (USP), avalia que Jair Bolsonaro faz parte da “onda conservadora” que já percorreu outras partes do mundo. Ela considera que poderá haver “processos de luta” para manutenção de direitos e garantias individuais, mas assinala que “alguns dos direitos que conquistamos nestas três décadas estão consolidados”. Além dos direitos conquistados, as minorias ocupam espaço mais amplo na sociedade. “Não me parece que aqueles negros que conseguiram finalmente entrar na universidade e que estão em postos na academia, e querem mais, vão perder seus lugares. Assim como as mulheres, depois da conquista de alguns direitos feministas, não vão voltar para dentro do lar”.
O cientista político Rogério Arantes, também da USP, vê limitações para agenda conservadora. “Imaginar que ele vai passar por cima de todas essas condições, que ele vai passar por cima do Congresso Nacional, do Supremo [Tribunal Federal], da Constituição não me parece plausível. Essas instituições têm a sua força, consolidaram o seu papel na democracia brasileira e saberão resistir a qualquer tentativa de autoritarismo desenfreado a partir do Executivo”.
Para a cientista política Isabel Lustosa, pesquisadora titular da Casa de Rui Barbosa (RJ), “as perspectivas não são otimistas”. Segundo ela, “promessas de campanha de ‘varrer a oposição’ não é possível ver com otimismo, principalmente porque é difícil identificar todos esses inimigos que ele diz que está vendo e apontando como suscetíveis de serem varridos do mapa”. A pesquisadora pondera que alguns posicionamentos de candidato foram revistos em campanha. “Ele promete privatizar tudo, mas depois recua. É difícil de saber como vai ser essa governabilidade”, diz a cientista política.
Capacidade de conquistar

O cientista político Leonardo Avritzer, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), evita fazer previsão sobre como Jair Bolsonaro irá governar o país. Como outros presidentes, as possibilidades de trabalho do Executivo dependem do relacionamento com outros Poderes da República. Para ele, o novo governo “vai ser resultado de três coisas: de uma tentativa de fazer algumas políticas de direita a partir do Executivo; de uma capacidade ou incapacidade de conquistar maioria no Congresso; e da agenda de controle do Poder Judiciário, que temos que ver como vai reagir”.
O acadêmico enxerga no Congresso alguma moderação a ser apresentada pelo novo governo. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, Avritzer calcula que Bolsonaro terá uma base numerosa, “mas não muito significativa, entre 235 a 240 deputados”. Conforme a lei, são necessários 308 votos na Câmara dos Deputados (dois terços do quórum) para aprovar emendas constitucionais, antes de enviar ou após receber uma proposta aprovada no Senado Federal. O contingente insuficiente de apoiantes obrigará negociação ou composição com outras forças que não participaram de sua campanha, como PSDB, MDB e parte do DEM. “Precisa ver como se organizaram as forças de centro que foram derrotadas”.
Nesse sentido, tem mais chance uma pauta como a redução da maioridade penal, para qual há algum consenso à direita, do que uma proposta de Reforma da Previdência Social, não unânime em nenhum estrato do Legislativo. “Essa é uma pauta difícil. Grande parte da coalizão pró-Bolsonaro está no campo das Forças Armadas e das carreiras de elite do Estado brasileiro. Vai ter resistência. De qualquer forma, a gente não sabe que tipo de reforma ele vai propor”, assinala Avritzer. Revezes em pautas econômicas podem ter outras consequências, alerta o cientista político. “Se a reforma dele não satisfizer o mercado, rapidamente o governo dele se desestabilizará. Não está claro que ele terá um período de graça de seis meses. Pode ser até um período menor. Creio que nem o mercado financeiro e nem uma parte do empresariado vão se contentar com reformas no campo moral”.
Riscos no Judiciário

Assim como o Congresso, a relação com o Judiciário vai depender de “cautela e aceitação” mútua. Na perspectiva do cientista político, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mantiveram atitude de “contenção” até a realização do segundo turno das eleições. Para além de ameaças contra o Judiciário, desmentidas ou desautorizadas por Bolsonaro, e que geram manifestações dos ministros das duas Cortes, restou na visão de Avritzer “um claro passivo” que pode ou não ir ou não adiante em algum contencioso.
“De um lado o processo legal em relação ao WhatsApp. De outro, ele fez uma declaração de gastos pouco crível, gastos de R$ 1,7 milhão, do qual ele está tendo dificuldades de comprovar esses valores”. Para o cientista político, são eventuais passivos com o processo dos gastos de campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também foi. “No caso do governo ser desastroso, claro que está em aberto a possibilidade de impugnação da chapa”, aponta.
Outro flanco de estresse pode ser a retomada da tramitação da proposta original das dez medidas de combate à corrupção, defendida pelo Ministério Público Federal. “Bolsonaro vai depender de atores políticos tradicionais, do assim chamado ‘centrão’. Eles seriam os que têm mais a perder com uma coisa como as dez medidas contra a corrupção. Vai depender demais de quem for o próximo presidente da Câmara. Sendo alguém próximo do presidenciável ou sendo alguém mais dependente, isso pode gerar [propostas] alternativas. Vale lembrar que [o presidente da Câmara dos Deputados] Rodrigo Maia [DEM-RJ] não apoiou as 10 medidas, motivo pelo qual o projeto saiu da Casa emendado, o que desagradou alguns atores, como o chamado ‘grupo da Lava Jato’ ou chamado ‘PJ – Partido da Justiça’”, lembrou sem desconsiderar “ser possível Bolsonaro pactuar com esse grupo da Lava Jato”.
Outro relacionamento que será observado pelos analistas políticos é do governo Bolsonaro com os militares. Para Leonardo Avritzer, apesar da origem do ex-capitão, do companheiro de chapa, general Hamilton Mourão, e da presença na campanha de nomes como o general Augusto Heleno, “ainda não dá para dizer claramente, quanto os militares estarão de volta ao centro da política”. O cientista político afirma que “vamos ter a volta dos militares” , mas não acredita que “a corporação em si estará no centro do governo Jair Bolsonaro. Isso significaria fazer uma aposta neste governo que é muito incerto, e significaria comprometer a legitimidade do Exército com esse governo”. Para ele ,“não é claro que o grupo mais profissional da corporação, o assim chamado Alto Comando, estará no centro do governo”.

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