SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O advogado Fábio Konder Comparato,
professor emérito da Faculdade de Direito da USP e um dos principais
juristas do país, afirma que Luiz Inácio Lula da Silva já não tem o
carisma de outrora e que o PT já deveria começar a preparar o ministro
Fernando Haddad (Fazenda) para sucedê-lo na Presidência.
Referência da esquerda sobretudo na área de direitos humanos, após um
início de carreira voltado também ao direito comercial, Comparato atuou
na defesa de presos políticos e por reparação aos perseguidos pela
ditadura.
Esteve à frente de causas simbólicas dos familiares e mortos e
desaparecidos, como as da família Almeida Teles e Luiz Eduardo Merlino
contra o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra e de Inês Etienne Romeu
contra a União Federal. Assinou também a ação da OAB no Supremo Tribunal
Federal sustentando que a Lei da Anistia não poderia impedir a punição
de crimes contra a humanidade perpetrados na ditadura.
“Vivemos uma situação em que é importantíssimo que haja uma figura
carismática no governo. E, infelizmente, o Lula está perdendo o seu
carisma. E eu penso que talvez fosse o caso de se começar a atuar no
sentido de fazer do Fernando Haddad uma espécie de bom sucessor do
Lula”, disse Comparato à Folha de S.Paulo.
“Agora, eu não sei como se pode fazer isso, porque antigamente havia
partidos políticos, hoje não existem mais partidos, existem
personalidades. E as personalidades que contam na política vão
diminuindo, podemos contá-las com os dedos de uma só mão.”
Segundo o jurista, os atuais partidos já não têm força para fazer a
sociedade avançar. “Precisamos criar um grupo de políticos, de
intelectuais e gente com capacidade e experiência para reformular as
atividades daquilo que nós chamávamos outrora esquerda, que pressuponha
uma oposição ao que parece ser a única realidade política atual, não só
no Brasil, mas no mundo inteiro, que é a direita.”
Comparato deu as declarações no contexto do posicionamento de Lula em
relação ao passivo da ditadura. Ele disse que discorda da recente
declaração do presidente de que a ditadura “faz parte da história” (“não
vou ficar remoendo e eu vou tentar tocar esse país para frente”,
afirmou Lula) e da determinação do petista para que órgãos do governo
não lembrem os 60 anos do golpe, neste 31 de março.
“Eu acho que não se pode esquecer esse horror. E, sobretudo, é
preciso levar em consideração o fato de que toda a juventude brasileira
nasceu depois do golpe não viveu nada daquilo. Qualquer que seja a nossa
posição quanto ao governo Lula, é preciso não esquecer o horror do
golpe de 64. É preciso, antes de mais nada, não perder este horror na
nossa memória coletiva.”
Ainda assim, observou Comparato, é preciso que Lula tenha diálogo com
os militares e, nesse sentido, o advogado defende que o presidente siga
“os conselhos do ministro José Múcio [Defesa]”.
“Evidentemente, ele está mais ligado aos militares do que o
presidente, mas, sobretudo, ele parece consciente de que nós estamos
vivendo um momento difícil. E a minha impressão é de que o Lula não tem
consciência disso. É preciso que haja um interregno, uma conversa séria
do governo com o grupo militar.”
Comparato considera que os desdobramentos quanto às tentativas de
golpe por parte de Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados e aos ataques de 8
de janeiro “têm que continuar como o ministro Alexandre de Moraes
determinou. Ou seja, nós não podemos esquecer esse assunto. É preciso
pelo menos iniciar os processos penais”.
Aos 87 anos, Comparato não advoga mais, e diz que não tem saído de
casa por questões de saúde. Mas continua, apesar das limitações, a tomar
parte no debate público. Ao conversar com a reportagem por telefone no
último dia 20, acabara de participar de uma reunião por vídeo da
Comissão Arns, da qual é um dos ilustres integrantes –como diz fazer
semanalmente.
“Eu estou sujeito àquela praga que se chama velhice. De qualquer
maneira, eu espero que outras pessoas mais jovens tenham a convicção de
que nunca se pode esquecer os horrores de governos ditatoriais que
duraram pelo menos duas décadas no Brasil.”
A defesa do ex-deputado federal Daniel Silveira pediu à
Procuradoria-Geral da República (PGR) que investigue e, posteriormente,
encaminhe pedido de prisão imediata do ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Alexandre de Moraes pelo suposto crime de tortura.
Na denúncia encaminhada ao gabinete do procurador-geral da República,
Paulo Gonet, nesta sexta-feira, 29, o advogado Paulo Faria acusa o
magistrado de abuso de poder, prevaricação e tortura ao manter Silveira
preso em regime fechado “200 dias além do prazo legal para progressão de
regime”.
Faria diz que o ex-deputado não solicitou a ação contra Moraes e que a
iniciativa partiu dele. O ministro foi procurado por meio da assessoria
de comunicação do STF, mas não retornou até a publicação desta
reportagem.
“Há, sem dúvida, conduta assídua e dolosa desse relator para impedir,
ilegalmente, a progressão de regime a que tem direito, inclusive com
malabarismos e subterfúgios reprováveis e ilegais utilizados nas
decisões, em claros constrangimentos ilegais que cerceiam o direito à
liberdade”, diz o documento apresentado à PGR. “Ressalte-se que a
tortura não é apenas física, mas principalmente, psicológica, impondo
consequências nefastas à vítima”, disse o advogado na representação.
Faria alega que o atestado de pena a cumprir – documento que indica
por quanto tempo o condenado seguirá preso – só foi anexado por Moraes
ao processo no dia 19 de fevereiro, portanto, mais de um ano depois da
condenação de Silveira. “Trata-se de um documento essencial para a
defesa requerer todos os direitos legalmente previstos de quem cumpre
pena”, afirmou.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determina que o documento deve
ser expedido pelo juiz relator do caso no prazo de 60 dias a partir do
início da execução da pena. Faria alega que a demora para Silveira obter
o atestado é a prova de que há “perseguição”. O advogado diz ter
apresentado 22 pedidos de progressão de pena desde novembro de 2023 e
sete habeas corpus entre os dias 21 de fevereiro e 30 de março deste
ano.
“Tudo foi completamente ignorado pelo noticiado (Alexandre de
Moraes), absolutamente tudo, e sem qualquer explicação lógica, senão por
mero prazer em perseguir um desafeto pessoal”, disse Faria.
A PGR não tem competência para apresentar pedido de prisão. O órgão é
o titular da ação penal pública – ou seja, é o responsável por conduzir
as investigações do caso e, na existência de provas, apresentar
denúncia que pode transformar o investigado em réu. Caso uma denúncia do
tipo seja apresentada contra Moraes, os demais ministros do STF seriam
os responsáveis por analisar a conduta do colega.
Daniel Silveira foi preso pela Polícia Federal (PF) em fevereiro de
2023, exatamente um dia após perder o foro privilegiado de deputado
federal. A prisão foi decretada porque o ex-deputado descumpriu medidas
cautelares impostas pelo STF, como o uso de tornozeleira eletrônica e a
proibição de usar redes sociais, no processo em que ele foi condenado a
oito anos e nove meses de prisão por ataques antidemocráticos.
Em maio do mesmo ano, o STF derrubou o perdão presidencial concedido
pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Silveira. Naquele mesmo dia,
Moraes determinou o início do cumprimento definitivo da pena.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O julgamento de disputas administrativas
em torno do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), novo tributo a ser
gerido por estados e municípios, virou alvo de um impasse na
regulamentação da reforma tributária.
Segundo técnicos ouvidos pela Folha, ainda não há um consenso sobre
qual o melhor formato a ser adotado ou a quem caberá a responsabilidade
de uniformizar os entendimentos envolvendo IBS e CBS (Contribuição sobre
Bens e Serviços), de competência federal.
O tema é tido como complexo, pois hoje cada estado e município
(principalmente as capitais) tem uma instância própria de análise do
chamado contencioso administrativo —uma espécie de Carf (Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais) local.
Nas discussões internas, há quem queira manter todas as estruturas
atuais e só criar uma instância de harmonização dentro do Comitê Gestor
do IBS. Outra ala quer criar um conselho dentro do colegiado para
realizar os julgamentos.
Há dúvida também sobre qual seria a participação da União nesse
processo, com atuação direta nas decisões ou apenas na harmonização. A
existência do atual Carf será mantida.
Os embates são permeados por uma preocupação envolvendo as
corporações. Enquanto alguns estados indicam seus auditores fiscais para
participar dos julgamentos, como ocorre na União, outros contam com uma
carreira específica de “julgadores tributários”. A questão é como
ficariam esses servidores em caso de centralização das estruturas.
A comissão de sistematização, que coordena a formulação dos projetos
de lei complementar ligados à reforma, discutiu o tema em reunião na
semana passada, mas ficou de retomar o assunto diante da falta de
consenso.
Segundo os relatos, esse é um dos tópicos mais delicados a serem resolvidos até o envio dos projetos.
O Ministério da Fazenda almeja apresentar as propostas ainda na
primeira quinzena de abril e está sob pressão da cúpula da Câmara dos
Deputados para cumprir esse prazo. Integrantes da pasta têm sido
aconselhados a “escolher as brigas” para conseguir finalizar os textos
legais e avançar na discussão.
Enquanto isso, parlamentares já se movimentam e apresentam projetos
paralelos para dar uma possível saída ao “Carf do IBS”. A deputada
Adriana Ventura (Novo-SP) propôs criar o Conselho Tributário do IBS e
uma Câmara Técnica de Uniformização, formada por três representantes da
União, três de estados e municípios e seis membros indicados por
entidades de classe dos contribuintes.
As divergências sobre como deve ser conduzido o processo
administrativo fiscal têm sua origem no modelo dual de IVA (Imposto
sobre Valor Agregado) escolhido para vigorar no Brasil. Embora tenha
facilitado a aceitação política da reforma, diferentes técnicos
reconhecem que a opção gerou desafios adicionais para a regulamentação.
IBS e CBS são definidos como “tributos espelhados”: embora com
alíquotas diferentes, serão cobrados sobre uma mesma transação. Em
termos mais técnicos, é o mesmo fato gerador que vai originar as duas
obrigações tributárias.
Se o fato gerador é o mesmo, não faria sentido ter diferentes
entendimentos sobre sua incidência —mas esse é justamente o risco, caso
as administrações tributárias e as procuradorias possam tomar decisões
de forma descentralizada.
“Toda preocupação é que não se crie uma jurisprudência esparsa e
dissonante. Essa é a premissa que tem suscitado as discussões. Senão, em
vez de simplificar, acaba só criando uma nova confusão”, diz a
procuradora-geral do Estado de São Paulo, Inês Coimbra. Ela também é
presidente do Conpeg (Colégio Nacional de Procuradores-Gerais dos
Estados e do Distrito Federal).
O alinhamento desejado, porém, esbarra em divergências de formato,
papel e composição. Na avaliação de Coimbra, a discussão ainda é “um
pouco mais embrionária” por mexer de forma ampla com toda a
administração tributária.
O primeiro ponto a ser definido é se o IBS terá um único tribunal
administrativo, provavelmente ligado ao Comitê Gestor, ou seguirá com as
estruturas atuais de julgamento, descentralizadas.
No caso de um único tribunal, há dúvidas sobre como se dariam as
indicações de seus integrantes. Se a opção for manter o desenho atual,
será preciso ter uma instância de harmonização do próprio IBS.
Outro foco de preocupação é quem vai representar as administrações
tributárias de municípios menores, que hoje não têm suas próprias
procuradorias especializadas em temas tributários.
O governo não quer incentivar a proliferação de novas carreiras, e a
função deve ser delegada a alguma estrutura já existente. Mesmo assim,
houve divergências.
Uma ala queria que a interpretação jurídica fosse feita pelos
próprios auditores fiscais municipais, o que é considerado indevido por
alguns técnicos. A solução seria vincular os municípios menores às
procuradorias das capitais, mas as próprias prefeituras pediram para
serem representadas pelas procuradorias estaduais.
Há necessidade de alinhamento também com os entendimentos adotados no
âmbito da CBS, para evitar situações esdrúxulas em que o contribuinte
se livra da cobrança de um tributo, mas mantém a obrigação de pagar o
outro, a despeito de o fato gerador ser o mesmo.
Segundo técnicos envolvidos na discussão, a União tenta resguardar
para si a tarefa de ser o órgão central para dirimir as divergências e
garantir que as jurisprudências de IBS e CBS caminhem juntas.
Essa reivindicação, porém, enfrenta resistência dos estados, que
alegam impossibilidade legal de aceitar uma vinculação automática aos
entendimentos tributários da União.
A discussão gira em torno apenas do contencioso administrativo. Como
mostrou a Folha, há todo um debate em paralelo sobre como resolver os
conflitos judiciais envolvendo os novos tributos.
O governo estuda uma nova PEC (proposta de emenda à Constituição)
para criar um foro nacional que concentre os julgamentos ligados a CBS e
IBS.
A proposta também estabelece um novo tipo de ação, chamada de ADL
(Ação Declaratória de Legalidade), para que atores legitimados pela
Constituição Federal possam acionar diretamente o STJ (Superior Tribunal
de Justiça) para fixar a interpretação jurídica sobre a aplicação dos
novos tributos.
A proposta está sendo elaborada pela AGU (Advocacia-Geral da União) e
pelo Ministério da Fazenda, em diálogo com o Judiciário e também
estados e municípios.
A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann,
esteve em Cuba na última quinta-feira, 28, onde assinou um acordo de
cooperação e intercâmbio com o Partido Comunista (PC) cubano. O tratado é
similar ao que a legenda assinou em setembro do ano passado com o
Partido Comunista da China. O pacto visa reforçar os laços entre as duas
organizações e fortalecer a troca de experiências, segundo a legenda.
A visita de Gleisi à ilha caribenha ocorreu na mesma semana em que o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, pela primeira vez neste
mandato, um governo autoritário de esquerda. Na última quinta-feira,
Lula criticou abertamente o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de
quem é aliado histórico, por causa do veto do seu governo à candidatura
de María Corina Machado, que saiu vencedora das primárias organizadas
pela oposição. O petista disse que é “grave que a candidata não possa
ter sido registrada, porque ela não foi proibida pela Justiça”.
A passagem de Gleisi pelo país caribenho ainda contou com um encontro
com o presidente Miguel Diáz-Canel. Também participou da reunião o
deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). A presidente do PT escreveu
nas redes sociais que transmitiu ao líder cubano o interesse de dialogar
“sobre o que mais o Brasil pode fazer para ajudar Cuba, em meio ao
bloqueio que está sofrendo”.
De acordo com a parlamentar, Diáz-Canel destacou “os excelentes
vínculos entre as duas organizações políticas e a importância de
aprofundá-las”. O presidente cubano e primeiro secretário do Partido
Comunista ainda teria agradecido, segundo Gleisi, o apoio de Lula aos
cubanos por meio de parcerias para fazer frente ao embargo
norte-americano.
Cuba enfrenta atualmente uma das piores crises econômicas de sua
história. A situação na ilha tem se agravado a tal ponto que
especialistas têm traçado paralelos com o chamado período especial,
quando a economia cubana passou por severa recessão provocada pela
dissolução do seu principal parceiro econômico e político, a União
Soviética.
Há duas semanas, centenas de cubanos foram às ruas de Santiago, uma
cidade no leste do país a 800 quilômetros da capital, Havana, para
protestar contra os apagões de luz e a falta de comida. O governo de
Cuba culpou os Estados Unidos pela situação econômica na ilha e convocou
um representante da embaixada americana para consultas no dia 18 deste
mês.
Lula esteve em Cuba em setembro do ano passado para participar da
cúpula do G-77 + China, que reúne países em desenvolvimento. Na ocasião,
o presidente brasileiro classificou como “ilegal” o bloqueio dos
Estados Unidos ao país.
“Cuba tem sido defensora de uma governança global mais justa. E até
hoje é vítima de um embargo econômico ilegal. O Brasil é contra qualquer
medida coercitiva de caráter unilateral. Rechaçamos a inclusão de Cuba
na lista de Estados patrocinadores do terrorismo”, disse Lula.
Em novembro do ano passado, o governo Lula se posicionou contra
embargo dos norte-americanos em votação na Assembleia Geral da
Organização das Nações Unidas (ONU). Os cubanos sofrem sanções do país
vizinho desde o primeiro ano da Revolução Socialista por, dentre outros
motivos, ter expropriado empresas norte-americanas sem indenização.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara adiou a votação
do parecer sobre a prisão preventiva do deputado federal Chiquinho
Brazão (sem partido-RJ), apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos
mandantes da execução da vereadora Marielle Franco, em 2018. O relatório
do deputado Darci de Matos (PSD-SC) é favorável à manutenção da prisão.
Como os deputados Gilson Marques (Novo-SC), Roberto Duarte
(Republicanos-AC) e Fausto Pinato (PP-SP) pediram vista, o parecer será
votado em abril.
Na prática, o pedido dos três parlamentares adia em duas sessões da
CCJ a votação do parecer. Aprovado na CCJ, o relatório segue para o
plenário da Casa, onde deve obter ao menos 257 votos que autorizem a
prisão do parlamentar.
Ao Estadão, os deputados afirmam que o pedido não se
dá pelo mérito do caso Marielle, e sim por razões regimentais. Para os
deputados, não houve tempo hábil para a análise do relatório da PF.
Segundo os três, a Câmara não precisa agir imediatamente, pois Chiquinho
Brazão já está preso. A aprovação da CCJ a toque de caixa, afirmam os
parlamentares, poderia abrir margem para a defesa de Brazão alegar que
garantias processuais não foram seguidas. Veja abaixo o que dizem os
parlamentares.
Roberto Duarte (Republicanos-AC)
Roberto Duarte disse que não houve tempo hábil para a apreciação do
processo. Segundo o deputado, até terça-feira, 26, peças essenciais para
a análise do caso, como o relatório da PF e os mandados que autorizaram
as medidas cautelares do domingo, 24, ainda não haviam sido
disponibilizadas no sistema eletrônico da CCJ.
Além disso, Duarte afirmou que o rito adotado pode estar sendo
“problemático” sob o aspecto da tipologia penal, ou seja, o crime que
está sendo atribuído a Brazão. Segundo o deputado, se a acusação
associada ao foro privilegiado for a de obstrução de justiça, não há
amparo legal para a detenção, pois, segundo a Constituição,
parlamentares só podem ser presos em flagrante ou por crimes
inafiançáveis.
“Com a máxima vênia ao STF, nem a Constituição, nem a legislação por
ela recepcionada entendem o crime de obstrução de Justiça como crime
inafiançável”, diz Duarte. “Esse tipo de falha pode derrubar um
inquérito bem fundamentado, e precisamos agir tecnicamente”, completa o
deputado.
Gilson Marques (Novo-SC)
Para Gilson Marques, o tempo corre em desfavor de Chiquinho Brazão,
preso preventivamente – por tempo indeterminado – em decisão já
referendada pela Primeira Turma do STF. “Não tenho sensibilidade nenhuma
em termos de agilizar o processo”, disse. “Pedindo vista, você atrasa a
análise, que, aliás, precisa ser feita com calma”, disse.
Para Gilson, uma votação apressada é de interesse de Brazão, ao passo
que, nessa marcha, a defesa poderia argumentar que nem todas as
garantias processuais foram cumpridas. “Se fosse votado ontem, a toque
de caixa, sem apresentar os documentos necessários e sem análise, a
primeira coisa que os advogados iam fazer é alegar cerceamento da ampla
defesa”, afirmou.
Fausto Pinato (PP-SP)
Fausto Pinato afirmou que a semana já teria os trabalhos encurtados
por ter o feriado da Semana Santa, com os deputados retornando às bases.
A abreviação dos trabalhos na Casa acabou apressando a análise da CCJ
sobre o caso e, segundo Pinato, o parecer de Darci de Matos não estava
pronto para ir ao plenário. “Se eles colocam para votar, do jeito que
estava ali, poderia perder a votação”, afirmou.
Segundo a PF, o caso Marielle foi “sabotado” durante anos por
envolvidos que estavam em posições de comando na Polícia Civil do Rio de
Janeiro, e a PF passou, em 2023, a auxiliar o caso, com a abertura de
inquérito. Para Pinato, não há razão para liquidar em um único dia um
caso que demandou tanto tempo de investigação, até mesmo pela prisão
preventiva já estar em vigor. “(A investigação da PF) demorou um ano e
pouco. Por que temos que julgar no dia, passando por cima do
regimento?”, disse o deputado.
Assessoria do deputado diz que prisão é arbitrária
A assessoria do deputado Chiquinho Brazão afirmou que o parlamentar é
inocente e a prisão é arbitrária. “É estarrecedor que o deputado
federal Chiquinho Brazão, um cidadão inocente e um parlamentar no
exercício de seu mandato, tenha sido preso de forma arbitrária em pleno
domingo”, disse assessoria por nota, divulgada pela Agência Brasil.
“O próprio relatório policial confessa a mais absoluta ausência de
provas contra o deputado. Além de altamente desnecessária, visto que o
deputado sempre esteve à disposição das autoridades, a medida é absurda e
se baseia apenas em presunções e nas declarações de um criminoso
confesso que busca diminuir sua pena”, afirmou.
Os macacos, à medida que envelhecem, restringem seu círculo de
relações, embora mantenham as interações com seus congeneres mais leais,
segundo um estudo publicado esta semana.
E esse isolamento não é apenas sofrido pelos demais macacos, mas também desejado.
O fenômeno é observado em muitos primatas, inclusive em humanos,
embora os humanos sejam capazes de neutralizá-lo, diz o estudo publicado
na revista Proceedings B of the Royal Society britânica.
O estudo destaca que o tema é relevante ante o rápido envelhecimento
da população humana. A ONU calcula que em 2050 cerca de 2 milhões de
pessoas terão mais de 60 anos.
A pesquisa, que sugere que preservar as relações sociais na velhice é
um fator importante para se manter com boa saúde, não avança nos
motivos por trás desse distanciamento.
Está comprovado que, com o envelhecimento, a pessoa “se restringe a
um círculo menor de pessoas”, disse à AFP o etólogo Baptiste Sadoughi,
principal autor do estudo publicado na quarta-feira.
Os indivíduos priorizam a qualidade das relações sobre a quantidade,
segundo a teoria da seleção socioemocional desenvolvida na década de
1990, explica esse doutor em ecologia do comportamento da Universidade
de Göttingen na Alemanha e o Instituto Leibniz para a Pesquisa de
Primatas (DPZ).
O problema com os humanos é que os estudos de comportamento se
baseiam em mostras transversais, ou seja, misturam grupos de diferentes
idade em um mesmo momento, o que inevitavelmente produz vieses.
O estudo realizado pela equipe do DPZ foi seguir longitudinalmente
uma população de primatas, os macacos de Assam, durante um período
prolongado: o comportamento de 61 fêmeas, de 4 a 30 anos, foi observado
durante vários anos entre 2013 e 2021, vivendo em liberdade em uma
reserva tailandesa.
– “Menos interações físicas” –
Os resultados são claros. O isolamento social está aumentando, “com
uma redução pela metade do tamanho da rede social média entre uma mulher
de 10 anos e uma de 20 anos”, de acordo com Sadoughi.
Os cientistas mediram esse isolamento com base em práticas de limpeza
mútua, a forma preferida de relacionamento nessa espécie de primata.
As análises excluem que esse isolamento seja o resultado de uma segregação espacial.
Mesmo na velhice, os macacos mantêm uma proximidade física com seus congeneres.
Seu isolamento é social e relativo e, em parte, deliberado: “o
indivíduo que está envelhecendo é responsável por grande parte dessas
mudanças, porque ele se aproxima menos dos outros e inicia menos
interações físicas”.
Mas também é sofrido, pois com a idade, a macaca fêmea “é cuidada por um número cada vez menor de indivíduos”.
Entretanto, ela continuará a ser cuidada por seus amigos leais, observa o etólogo.
Ela interagirá cada vez mais “com os indivíduos com os quais interagiu com mais frequência, ou melhor”.
Os macacos de Assam estão, portanto, sujeitos a um fenômeno de
seletividade social, mas com uma diferença importante em relação aos
humanos, pois esses últimos compensam a redução de seu círculo social
com interações mais frequentes com seus amigos mais leais.
Sadoughi acredita que essa seletividade social é “uma estratégia para
lidar com o envelhecimento, que pode ter existido desde que somos
primatas”, tanto humanos quanto macacos.
Engenharia
Química, Engenharia Civil, Engenharia elétrica, Arquitetura,ADM de
Empresas ou Medicina?
Qual o mais difícil é difícil dizer, no entanto, aqui está uma visão geral da percepção comum sobre esses cursos:
Engenharia Química: Frequentemente considerada desafiadora devido ao intenso foco em química e processos complexos.
Engenharia Civil: Requer um bom entendimento de matemática e física, além de habilidades práticas de engenharia.
Engenharia Elétrica: Conhecida por sua abordagem rigorosa em matemática e física, especialmente em eletricidade e eletrônica.
Arquitetura: Pode ser menos intensiva em matemática e
ciências exatas, mas exige criatividade, habilidades de desenho técnico
e compreensão de design.
Administração de Empresas (ADM): Geralmente considerada menos técnica, focando mais em habilidades de gestão, economia e ciências sociais.
Medicina: Conhecida por ser extremamente exigente,
com longos anos de estudo e necessidade de um vasto conhecimento em
ciências da vida, além de habilidades práticas e emocionais.
Bruna Machado
Escolher um curso de graduação é uma decisão importante que pode
afetar o futuro profissional e pessoal de uma pessoa. Por isso, é
preciso considerar diversos fatores, como os interesses, as habilidades,
as oportunidades e os desafios de cada área.
Se você está pensando em começar uma graduação, deveria saber quais
são os cursos mais desafiadores e que levam os estudantes às lágrimas
nas universidades. Confira, a seguir, os cursos de graduação que mais
causam sofrimento.
Cursos de graduação que mais causam sofrimento aos estudantes
Um dos critérios que pode ser usado para medir a dificuldade de um curso é a taxa de abandono dos estudantes.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Semesp em 2020, os
cursos com maior índice de evasão no Brasil foram Engenharia Elétrica
(40%), Engenharia Mecânica (39%), Engenharia Civil (38%), Engenharia de
Produção (37%) e Engenharia Química (36%).
Isso se deve, principalmente, ao fato de que esses cursos exigem um
alto nível de conhecimento em matemática, física e química, além de
muita dedicação e disciplina da parte dos alunos.
Outro critério que pode ser considerado é o grau de tecnicidade dos
conteúdos que serão aprendidos. Nesse sentido, alguns cursos que se
destacam pela complexidade são Engenharia Aeroespacial, Medicina e
Direito.
O curso de Engenharia Aeroespacial envolve o estudo de diversas
teorias matemáticas, como cálculo, álgebra e trigonometria, além de
conceitos de aerodinâmica, mecânica dos fluidos, termodinâmica e
estruturas.
Já o curso de Medicina requer conhecimento avançado sobre a ciência
por trás de medicamentos, drogas e doenças, além de habilidades
adequadas para interagir com os pacientes durante a prática clínica.
Quando falamos sobre o curso de Direito, é importante lembrar que ele
demanda muita leitura e compreensão de princípios legais complexos que
influenciam em diversos aspectos da vida em sociedade.
Por fim, outro critério que pode ser considerado é a exigência do
curso em termos de requisitos adicionais que precisam ser cumpridos para
a conclusão da graduação.
Alguns exemplos são Arquitetura, Artes e Filosofia. O curso de
Arquitetura pode ser desafiador pela carga de trabalho substancial, que
muitas vezes causa privação do sono entre os estudantes, além da alta
exigência dos professores.
O curso de Artes requer criatividade, sensibilidade e expressão
artística dos estudantes, que precisam desenvolver projetos originais e
inovadores.
Enquanto o curso de Filosofia exige capacidade crítica, reflexiva e
argumentativa dos estudantes, que precisam ler e interpretar textos
filosóficos densos e abstratos.
É importante ressaltar que a dificuldade de um curso vai variar
conforme as habilidades e interesses de cada pessoa. O que pode ser
fácil para alguns pode ser difícil para outros e vice-versa. Por isso, o
ideal é escolher um curso que esteja alinhado com paixão, talento e o
objetivo profissional de cada um.
O mundo vive uma era de crescente instabilidade geopolítica motivada
por uma percepção, de parte da sociedade, que deu voz a movimentos
extremistas, nacionalistas e fundamentalistas.
Nesta esfera, houve a ascensão da extrema direita em vários países, e
de grupos radicais, geralmente, a eles ligados, que estimulam o
empobrecimento dos debates sobre os grandes temas, os reduzindo à
simplificações, por vezes, rudimentares, amplamente difundidas e
viralizadas nas redes.
A veiculação massiva de desinformação, prospera na ausência de
regulação das mídias por parte dos Estados, confunde e impacta, de
alguma maneira, o comportamento de uma parcela da sociedade.
Todo esse movimento tem fortalecido regimes autoritários
estabelecidos e figuras políticas com tendências autocráticas, abrindo
espaço para uma era de instabilidades com características diversas, mas
que passam, todas elas, pela indisposição, de alguns líderes, de
compreenderem o planeta e prepararem suas populações para um tempo de
desafios climáticos, humanitários e tecnológicos.
Nesse momento, a crescente instabilidade geopolítica na Ásia, na
África, no Oriente Médio e na Europa, sugere aumento do protecionismo e
das barreiras ao comércio internacional, da inflação, dos juros e de
alguma desordem na cadeia global de suprimentos, que já vinha
enfrentando dificuldades mesmo antes da pandemia.
Adiciona-se a isso, as constantes tensões geradas pelas mudanças do
clima que pressionam autoridades, em todo o mundo, a desenvolverem
regulações e políticas públicas capazes de contribuírem, de fato, com a
redução da emissão dos gases de efeito estufa, responsáveis, em grande
parte, pelo aquecimento global. Sendo, também, um dos causadores do
aumento do número de refugiados que, muitas vezes, deixam seus países
após um evento traumático de ordem climática.
A tecnologia, no contexto da relação entre empregado e empregador e
das perspectivas futuras para o trabalho, também é uma variável de
instabilidade. O desafio de organismos internacionais, como a OIT
(Organização Internacional do Trabalho), está na harmonização destas
relações, criando um determinado nível de padronização entre os países, o
que, certamente, melhoraria a qualidade da competição, em âmbito
privado, entre as nações, e, em última análise, favoreceria os
consumidores. Por outro lado, a padronização das relações de trabalho
não pode se tornar uma barreira para os países menos desenvolvidos!
O enfraquecimento das instituições multilaterais é, também, um fator
relevante, porque cria condições para que, alguns países, imponham seus
interesses de forma unilateral, por vezes, com impacto humanitário
potencialmente catastrófico. Ao mesmo tempo, coloca em perspectiva a
necessidade de reforma desses organismos, em busca de uma governança
global mais alinhada com o atual momento histórico.
Essa conjuntura impacta de muitas maneiras a administração das
empresas, principalmente aquelas com algum grau de internacionalização
que, desde o pós-guerra, navegavam em um ambiente em que o risco de
eventos geopolíticos graves era, consideravelmente, baixo. Uma fase
marcada por acordos de paz e um sentimento generalizado de reconstrução
das economias!
As instabilidades geopolíticas tornam ainda mais complexo o comércio
internacional e exigem, por parte de seus operadores, a ponderação
desses elementos, seja por organizações multinacionais em suas
definições de estratégia, ou por empresas de pequeno/médio porte, já que
todos nós estamos envolvidos, em algum grau, na globalização e, esta,
por sua vez, parece irreversível.
Descubra o Marketplace Valeon do Vale do Aço: Um Hub de Empresas, Notícias e Diversão para Empreendedores
Moysés Peruhype Carlech – ChatGPT
O Vale do Aço é uma região próspera e empreendedora, conhecida por
sua indústria siderúrgica e seu ambiente de negócios dinâmico. Agora
imagine ter um único local onde você pode encontrar todas as informações
e recursos necessários para ter sucesso nesse ambiente competitivo.
Bem-vindo ao Marketplace Valeon do Vale do Aço – um hub online que
engloba empresas, notícias, diversão e empreendedorismo, oferecendo uma
plataforma única para empresários e gerando leads valiosos.
Um ecossistema empresarial abrangente:
O Marketplace Valeon do Vale do Aço reúne empresas locais de diversos
setores em um só lugar. Com uma interface intuitiva, os usuários podem
facilmente encontrar e se conectar com fornecedores, parceiros
comerciais e clientes potenciais na região. A plataforma oferece uma
ampla gama de categorias de negócios, desde indústrias tradicionais até
empresas inovadoras, garantindo que todos os empreendedores encontrem as
oportunidades certas para expandir seus negócios.
Notícias e insights atualizados:
Além de ser um diretório empresarial, o Marketplace Valeon do Vale do
Aço também oferece um fluxo contínuo de notícias e insights relevantes
para os empresários da região. Através de parcerias com veículos de
comunicação locais e especialistas em negócios, a plataforma mantém os
usuários informados sobre as últimas tendências, oportunidades de
mercado, mudanças regulatórias e eventos relevantes. Essas informações
valiosas ajudam os empresários a tomar decisões informadas e a se
manterem à frente da concorrência.
Diversão e engajamento:
Sabemos que a vida empresarial não é só trabalho. O Marketplace
Valeon do Vale do Aço também oferece uma seção de entretenimento e
lazer, onde os usuários podem descobrir eventos locais, pontos
turísticos, restaurantes e muito mais. Essa abordagem holística permite
que os empresários equilibrem o trabalho e a diversão, criando uma
comunidade unida e fortalecendo os laços na região.
Foco no empreendedorismo:
O Marketplace Valeon do Vale do Aço é uma plataforma que nutre o
espírito empreendedor. Além de fornecer informações e recursos valiosos,
também oferece orientação e suporte para os empresários que desejam
iniciar seus próprios negócios. Com seções dedicadas a tutoriais,
estudos de caso inspiradores e conselhos de especialistas, o marketplace
incentiva e capacita os empreendedores a alcançarem seus objetivos.
Geração de leads para os empresários:
Uma das maiores vantagens do Marketplace Valeon do Vale do Aço é a
capacidade de gerar leads qualificados para os empresários. Com um
público-alvo altamente segmentado, a plataforma oferece a oportunidade
de se conectar diretamente com potenciais clientes interessados nos
produtos e serviços oferecidos pelas empresas cadastradas. Isso
significa que os empresários podem aumentar sua visibilidade, expandir
sua base de clientes e impulsionar suas vendas de forma eficiente.
Conclusão:
O Vale do Aço é uma região cheia de oportunidades e empreendedorismo,
e o Marketplace Valeon do Vale do Aço se torna um recurso indispensável
para os empresários locais. Ao oferecer um ecossistema empresarial
abrangente, notícias atualizadas, diversão, suporte ao empreendedorismo e
a geração de leads qualificados, o Marketplace Valeon se destaca como
uma ferramenta poderosa para impulsionar os negócios na região. Não
perca a chance de fazer parte dessa comunidade dinâmica e descubra o
poder do Marketplace Valeon do Vale do Aço para o seu sucesso
empresarial.
A STARTUP VALEON OFERECE SEUS SERVIÇOS AOS EMPRESÁRIOS DO VALE DO AÇO
Moysés Peruhype Carlech
A Startup Valeon, um site marketplace de Ipatinga-MG, que faz
divulgação de todas as empresas da região do Vale do Aço, chama a
atenção para as seguintes questões:
• O comércio eletrônico vendeu mais de 260 bilhões em 2021 e superou
pela primeira vez os shopping centers, que faturou mais de 175 bilhões.
• Estima-se que mais de 35 bilhões de vendas dos shoppings foram migradas
para o online, um sintoma da inadequação do canal ao crescimento digital.
• Ou seja, não existe mais a possibilidade de se trabalhar apenas no offline.
• É hora de migrar para o digital de maneira inteligente, estratégica e intensiva.
• Investir em sistemas inovadores permitirá que o seu negócio se
expanda, seja através de mobilidade, geolocalização, comunicação,
vendas, etc.
• Temas importantes para discussão dos Shoppings Centers e do Comércio em Geral:
a) Digitalização dos Lojistas;
b) Apoio aos lojistas;
c) Captura e gestão de dados;
d) Arquitetura de experiências;
e) Contribuição maior da área Mall e mídia;
f) Evolução do tenant mix;
g) Propósito, sustentabilidade, diversidade e inclusão;
h) O impacto do universo digital e das novas tecnologias no setor varejista;
i) Convergência do varejo físico e online;
j) Criação de ambientes flexíveis para atrair clientes mais jovens;
k) Aceleração de colaboração entre +varejistas e shoppings;
l) Incorporação da ideia de pontos de distribuição;
m) Surgimento de um cenário mais favorável ao investimento.
Vantagens competitivas da Startup Valeon:
• Toda Startup quando entra no mercado possui o sonho de se tornar
rapidamente reconhecida e desenvolvida no seu ramo de atuação e a
Startup Valeon não foge disso, fazem dois anos que estamos batalhando
para conquistarmos esse mercado aqui do Vale do Aço.
• Essa ascensão fica mais fácil de ser alcançada quando podemos
contar com apoio dos parceiros já consolidados no mercado e que estejam
dispostos a investir na execução de nossas ideias e a escolha desses
parceiros para nós está na preferência dos empresários aqui do Vale do
Aço para os nossos serviços.
• Parcerias nesse sentido têm se tornado cada vez mais comuns, pois
são capazes de proporcionar vantagens recíprocas aos envolvidos.
• A Startup Valeon é inovadora e focada em produzir soluções em tecnologia e estamos diariamente à procura do inédito.
• O Site desenvolvido pela Startup Valeon, focou nas necessidades do
mercado e na falta de um Marketplace para resolver alguns problemas
desse mercado e em especial viemos para ser mais um complemento na
divulgação de suas Empresas e durante esses dois anos de nosso
funcionamento procuramos preencher as lacunas do mercado com tecnologia,
inovação com soluções tecnológicas que facilitam a rotina dessa grande
empresa. Temos a missão de surpreender constantemente, antecipar
tendências, inovar. Precisamos estar em constante evolução para nos
manter alinhados com os desejos do consumidor. Por isso, pensamos em
como fazer a diferença buscando estar sempre um passo à frente.
• Temos a plena certeza que estamos solucionando vários problemas de
divulgação de suas empresas e bem como contribuindo com o seu
faturamento através da nossa grande audiência e de muitos acessos ao
site (https://valedoacoonline.com.br/) que completou ter mais de 100.000 acessos.
Provas de Benefícios que o nosso site produz e proporciona:
• Fazemos muito mais que aumentar as suas vendas com a utilização das nossas ferramentas de marketing;
• Atraímos visualmente mais clientes;
• Somos mais dinâmicos;
• Somos mais assertivos nas recomendações dos produtos e promoções;
• O nosso site é otimizado para aproveitar todos os visitantes;
• Proporcionamos aumento do tráfego orgânico.
• Fazemos vários investimentos em marketing como anúncios em
buscadores, redes sociais e em várias publicidades online para
impulsionar o potencial das lojas inscritas no nosso site e aumentar as
suas vendas.
Proposta:
Nós da Startup Valeon, oferecemos para continuar a divulgação de suas
Empresas na nossa máquina de vendas, continuando as atividades de
divulgação e propaganda com preços bem competitivos, bem menores do que
os valores propostos pelos nossos concorrentes offlines.
Pretendemos ainda, fazer uma página no site da Valeon para cada
empresa contendo: fotos, endereços, produtos, promoções, endereços,
telefone, WhatsApp, etc.
O site da Valeon é uma HOMENAGEM AO VALE DO AÇO e esperamos que seja
também uma SURPRESA para os lojistas dessa nossa região do Vale do Aço.
A Valeon é uma caixinha de possibilidades. Você pode moldar
ela em torno do negócio. O que é muito importante. O nosso é colocar o
consumidor no centro e entender o que ele precisa. A ValeOn possibilita
que você empresário consiga oferecer, especificamente para o seu
consumidor, a melhor experiência. A ValeOn já é tradicional e
reconhecida no mercado, onde você empresário pode contar com a
experiência e funcionalidades de uma tecnologia corporativa que atende
as principais operações robustas do mundo essencial e fundamental. A
ValeOn além de trazer mais segurança e credibilidade para o seu negócio,
também resulta em muita troca de conhecimento e ótimos resultados para
ambos os lados, como toda boa parceria entre empresas deve ser.
Lembrem-se que a ValeOn é uma Startup Marketplace de Ipatinga-MG que tem
a responsabilidade de levar o cliente até à sua empresa e que temos
potencial para transformar mercados, impactar consumidores e revirar
empresas e indústrias onde nossos produtos e serviços têm capacidade de
escala e de atrair os investimentos corretos para o nosso crescimento.
A Startup Valeon um marketplace aqui do Vale do Aço volta a
oferecer novamente os seus serviços de prestação de serviços de
divulgação de suas empresas no nosso site que é uma Plataforma
Comercial, o que aliás, já estamos fazendo há algum tempo, por nossa
livre e espontânea vontade, e desejamos que essa parceria com a sua
empresa seja oficializada.
A exemplo de outras empresas pelo país, elas estão levando
para o ambiente virtual as suas lojas em operações que reúnem as
melhores marcas do varejo e um mix de opções.
O objetivo desse projeto é facilitar esse relacionamento com o
cliente, facilitando a compra virtual e oferecer mais um canal de
compra, que se tornou ainda mais relevante após a pandemia.
Um dos pontos focais dessa nossa proposta é o lojista que
pode tirar o máximo de possibilidade de venda por meio da nossa
plataforma. A começar pela nossa taxa de remuneração da operação que é
muito abaixo do valor praticado pelo mercado.
Vamos agora, enumerar uma série de vantagens competitivas que oferecemos na nossa Plataforma Comercial Valeon:
O Site Valeon é bem elaborado, com layout diferenciado e único, tem bom market fit que agrada ao mercado e aos clientes.
A Plataforma Valeon tem imagens diferenciadas com separação
das lojas por categorias, com a descrição dos produtos e acesso ao site
de cada loja, tudo isso numa vitrine virtual que possibilita a
comunicação dos clientes com as lojas.
Não se trata da digitalização da compra nas lojas e sim
trata-se da integração dos ambientes online e offline na jornada da
compra.
No país, as lojas online, que também contam com lojas
físicas, cresceram três vezes mais que as puramente virtuais e com
relação às retiradas, estudos demonstram que 67% dos consumidores que
compram online preferem retirar o produto em lojas físicas.
O número de visitantes do Site da Valeon (https://valedoacoonline.com.br/) tem crescido exponencialmente, até o momento, temos mais de 222.000 visitantes e o site (https://valeonnoticias.com.br/) também nosso tem mais de 5.800.000 de visitantes.
O site Valeon oferece ao consumidor a oportunidade de
comprar da sua loja favorita pelo smartphone ou computador, em casa, e
ainda poder retirar ou receber o pedido com rapidez.
A Plataforma Comercial da Valeon difere dos outros
marketplaces por oferecer além da exposição das empresas, seus produtos e
promoções, tem outras formas de atrair a atenção dos internautas como:
empresas, serviços, turismo, cinemas e diversão no Shopping, ofertas de
produtos dos supermercados, revenda de veículos usados, notícias locais
do Brasil e do Mundo, diversão de músicas, rádios e Gossip.
Nós somos a mudança, não somos ainda uma empresa tradicional. Crescemos
tantas vezes ao longo do ano, que mal conseguimos contar. Nossa
história ainda é curta, mas sabemos que ela está apenas começando.
Afinal, espera-se tudo de uma startup que costuma triplicar seu crescimento, não é?
Colocamos todo esse potencial criativo para a decisão dos senhores donos das empresas e os consumidores.
Quase cinco dezenas de empresas resolveram abrir fogo e ir às barras
da Justiça contra o governo, diante da tungada fiscal que a equipe
econômica resolveu adotar para compor o caixa. Na prática, o
ministro Fernando Haddad pilotou a ideia que, caso dê certo, poderá
gerar perto de R$ 24 bilhões aos cofres públicos através de uma
artimanha que empurra por até cinco anos a compensação de créditos
tributários a diversas companhias. É uma espécie de moratória
branca para todas aquelas corporações com mais de R$ 10 milhões a
receber. A questão é controversa e tem dividido juristas, mas acendeu a
luz vermelha nas empresas, desesperadas com a possibilidade. O embate
bilionário mira trazer maior arrecadação e assim cumprir a tão almejada
meta de déficit zero. Não deixa de ser, evidentemente, um casuísmo
injusto. Efetivamente o que o governo está estabelecendo é um novo modelo de empréstimo compulsório.
E a troca de acusações aumenta. As corporações afetadas falam em
arbitrariedade, enquanto os técnicos de Brasília alegam que as
companhias registraram um forte aumento do uso desse instrumento
inviabilizando a quitação de tantas demandas de imediato. Lá atrás, a
gestão do ex-mandatário Bolsonaro recorreu ao mesmo estratagema no que
tange aos precatórios. Com a anuência do Congresso, que aprovou uma
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para limitar o pagamento dessas
dívidas, a União acabou tendo fôlego extra para outros dispêndios
visando a reeleição do “mito”, o que acabou não se concretizando.
Desta feita, o viés político parece também estar presente. Enquanto
os assessores de Haddad maquinam a fórmula para esse calote temporário,
o governo de Lula acelera entendimentos para perdoar temporariamente
compromissos de estados endividados. Quer, como é lógico, o
aval dos governadores para as suas pretensões com candidatos seus nas
próximas eleições municipais. O aceno do petista acontece na pior hora e
da forma mais equivocada. Criou desavenças inclusive com entes
federativos do Norte e Nordeste por atender basicamente a turma do Sul e
Sudeste. Esse socorro oportunista é quase um prêmio por má gestão. Os
estados, que já possuem juros favorecidos, terão suas dívidas revistas,
em alguns casos até em parte perdoadas, e o contribuinte é que vai pagar
a conta no final. Na balança equivocada dos critérios de Lula,
empresas têm seus créditos suspensos e os aliados políticos conseguem
perdão dos compromissos. Uma releitura de Robin Hood às
avessas. Naturalmente, os encalacrados governadores da banda rica do
País elogiaram a disposição do chefe de Estado para o entendimento.
Classificaram de “avanço importante”. A pergunta que não quer
calar é: avanço para quem? Que tipo de lição e justiça são dadas em
casos assim? Condenar a eficiência e perdoar a indisciplina? Enquanto
isso, o Tesouro, nessas idas e vindas, acaba de registrar um déficit de
R$ 58,4 bilhões em fevereiro último, o pior resultado da série
histórica para o mês. Definitivamente, não está seguindo pelo bom
caminho. Parece que nunca aprende.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Os ministérios das Cidades e dos
Transportes foram os principais alvos do bloqueio de R$ 2,9 bilhões em
verbas no Orçamento, uma medida preventiva para evitar o estouro do
limite de despesas do novo arcabouço fiscal.
O decreto que oficializa o congelamento dos recursos foi editado pelo
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e publicado em edição extra
do Diário Oficial da União de quinta-feira (28).
Na pasta das Cidades, a trava é de R$ 741,5 milhões, o que
corresponde a 3,98% de suas despesas discricionárias (R$ 18,63 bilhões).
A cifra inclui gastos com custeio das atividades do dia a dia do órgão e
investimentos.
Já nos Transportes, o bloqueio é de R$ 679 milhões, o equivalente a
4,41% do orçamento disponível para o órgão (R$ 15,4 bilhões). Os dois
juntos concentram metade do valor congelado pelo governo.
Os alvos do bloqueio são decididos pela JEO (Junta de Execução
Orçamentária), colegiado composto pelos ministros Rui Costa (Casa
Civil), Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Esther
Dweck (Gestão).
A junta indica o valor do bloqueio necessário, e cada ministério tem
autonomia para decidir quais ações serão preservadas e quais terão uma
parcela congelada.
Além de Cidades e Transportes, também foram alvo de bloqueio os
recursos de Defesa (R$ 446,5 milhões), Desenvolvimento e Assistência
Social (R$ 281,7 milhões), Integração (R$ 179,8 milhões), Ciência,
Tecnologia e Inovação (R$ 118,8 milhões) e Agricultura (R$ 105,5
milhões).
Vídeo relacionado: Governo federal bloqueia R$ 2,9 bilhões do orçamento | LINHA DE FRENTE (Dailymotion)
Também foram afetados, em menor magnitude, Fazenda (R$ 94,4 milhões),
Relações Exteriores (R$ 69,3 milhões), Justiça e Segurança Pública (R$
65,6 milhões), Portos e Aeroportos (R$ 52,3 milhões), Planejamento (R$
37,1 milhões) e Gestão (R$ 36,3 milhões).
O congelamento de verbas afetou apenas despesas dos próprios
ministérios e manteve blindadas as emendas parlamentares, como mostrou a
Folha.
“Não tem cenário de bloqueio [emendas parlamentares]”, disse o
secretário de Orçamento Federal, Paulo Bijos, em entrevista na última
sexta-feira (22).
Na primeira reavaliação do Orçamento de 2024, o governo indicou a
necessidade do bloqueio de R$ 2,9 bilhões devido ao aumento de despesas
obrigatórias, sobretudo da Previdência Social. Nessa situação, é preciso
conter gastos discricionários para manter o montante total dentro dos
limites do arcabouço.
Por outro lado, as estimativas para o desempenho da arrecadação
permitiram ao Executivo apresentar o primeiro relatório bimestral com um
resultado primário dentro da meta fiscal, que tem como alvo central o
déficit zero, mas permite uma flutuação até 0,25% do PIB (Produto
Interno Bruto) para mais ou menos.
Os dados oficiais indicam um déficit de R$ 9,3 bilhões, o equivalente
a -0,1% do PIB. Embora pior do que o superávit de R$ 9,1 bilhões
aprovado no Orçamento, o resultado segue dentro do intervalo de
tolerância da meta defendida por Haddad.
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF
(Supremo Tribunal Federal), rejeitou o pedido do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) para que tivesse o passaporte devolvido a fim de viajar a
Israel.
Os advogados do ex-mandatário haviam solicitado ao magistrado a
autorização para que ele pudesse ir a Israel entre 12 e 18 de maio a
convite do primeiro-ministro do país, Binyamin Netanyahu.
Bolsonaro teve o passaporte apreendido pela Polícia Federal por ordem
de Moraes em fevereiro na operação “Tempus Veritatis”, que teve como
alvo o ex-presidente, ex-assessores e aliados, incluindo militares de
alta patente.
O ministro também proibiu o ex-presidente de manter contato com
outros investigados, entre eles o presidente nacional do PL, Valdemar
Costa Neto.
Na decisão que vetou a ida de Bolsonaro a Israel, Moraes afirmou que
“a medida cautelar permanece necessária e adequada”, uma vez que a
“investigação, inclusive quanto ao requerente, ainda se encontra em
andamento, como bem observado pela Procuradoria-Geral da República, ao
se manifestar pelo indeferimento do pedido”.
“As diligências estão em curso, razão pela qual é absolutamente
prematuro remover a restrição imposta ao investigado, conforme,
anteriormente, por mim decidido em situações absolutamente análogas”,
disse.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, deu parecer contra a
devolução do passaporte por entender que “pressupostos da medida
continuam justificados no caso”.
“Não se tem notícia de evento que torne superável a decisão que
determinou a retenção do passaporte do requerente. A medida em questão
se prende justamente a prevenir que o sujeito à providência saia do
país, ante o perigo para o desenvolvimento das investigações criminais e
eventual aplicação da lei penal”, disse.
O veto à devolução do passaporte ocorre após o integrante do Supremo
ter mandado Bolsonaro explicar por que se hospedou de 12 a 14 de
fevereiro na Embaixada da Hungria, quatro dias após a operação da PF.
O ex-presidente respondeu que é “ilógico” imaginar que se tratou de
uma tentativa de fuga. No local, Bolsonaro não poderia ser alvo de uma
ordem de prisão, por se tratar de prédio protegido pelas convenções
diplomáticas.
O ex-presidente é aliado do líder da Hungria, Viktor Orbán, um dos
principais expoentes da extrema-direita na Europa. Ele se encontrou com
Orbán em Buenos Aires, em dezembro de 2023, durante a posse do
presidente da Argentina, Javier Milei.
A defesa do ex-presidente, porém, afirmou que ele se hospedou na
embaixada só para manter contato com autoridades do país. “Frequento
embaixadas pelo Brasil, converso com embaixadores”, repetiu Bolsonaro.
As fotos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o líder
francês Emmanuel Macron, tiradas na quarta-feira (27), não deixam
dúvidas de que os dois vivem uma espécie de lula-de-mel diplomática.
Algumas imagens, de tão fora do script para dois chefes de estado,
rodaram o mundo e viraram memes na internet como “ensaio pré-casamento”
ou “trash the dress”, quando os noivos posam em situações e paisagens
inusitadas. Mas por trás do romantismo das fotos existem muitos
interesses — de ambos os lados. No lado de Lula, a maior ambição é convencer Macron a destravar o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia.
Com ajuda dos ministros Marina Silva (Meio Ambiente), Fernando Haddad (Fazenda) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (Desenvolvimento), o governo brasileiro atua nos bastidores para dissuadir os franceses. É sabido que Macron enfrenta o poderoso lobby do agro francês, que se sente ameaçado pela abertura do mercado a produtos mais baratos vindos da América do Sul.
Inicialmente, os franceses culpavam a devastação ambiental do governo Bolsonaro para não concretizar o acordo. “O
acordo tal como está agora é péssimo, porque foi negociado há 20 anos.
Precisamos reconstruí-lo pensando no mundo como ele é hoje”, afirmou o presidente francês, em encontro com empresários e banqueiros na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp),
na quarta-feira (27). “Não defendo, porque não leva em conta o clima
como deveria. E digo isso num país que está muito empenhado na luta
contra o desmatamento”, disse.
Ao lado de Alckmin e Haddad, Macron defendeu a construção de um novo acordo, que permita reciprocidade entre os mercados sul-americano e europeu, com mais exigências de todas as partes. “Se
o Brasil quer avançar nas negociações com a gente, precisa apresentar
metas e compromissos concretos, principalmente no que trata de proteção
da Amazônia”, afirmou Macron. “França e Brasil têm uma agenda comum para
combater as mudanças climáticas.”
Tirando o que deu errado, quase tudo deu certo na vista de Macron ao Brasil.
• Pelo lado de Macron, a visita objetivou, no campo
político, tratar do combate à desinformação, conter o avanço da direita e
valorizar a democracia. Comercialmente, o mais emblemático gesto do
encontro foi o compromisso do francês com o Programa de Desenvolvimento
de Submarinos da Marinha, o Prosub. Macron se comprometeu a trocar tecnologia para fabricação de submarinos convencionais, a diesel, e nucleares.
• Por isso, ao lado de Macron, Lula lançou o submarino Tonelero em Itaguaí, litoral do Rio de Janeiro, o terceiro da Marinha brasileira. “Hoje,
com o complexo instalado aqui, o Brasil se posiciona dentro de um
pequeno grupo de países que domina a construção de submarinos. O Prosub
garante a soberania brasileira no nosso litoral, fortalece a indústria
naval e promove o desenvolvimento do setor com muita inovação”, disse Lula.
BILATERAL
Em sincronia com a visita do presidente da França ao País, a ApexBrasil lançou estudo para promover relações econômicas bilaterais entre os dois países. Chamado de Perfil de Comércio e Investimentos —França, o levantamento mostra que há mais de 400 oportunidades comerciais para produtos brasileiros, totalizando um mercado potencial de mais de US$ 120 bilhões. Investimentos franceses no Brasil também são destaque.
• Em 2023, a corrente de comércio entre Brasil e
França foi de US$ 8,4 bilhões e as exportações brasileiras chegaram a
US$ 2,9 bilhões.
• Desde 2019, as vendas brasileiras cresceram, em
média, 3% ao ano, mas a participação brasileira no mercado francês
(0,5%) ainda é inferior à média de participação global do Brasil (1,2%).
• Além de aumentar seu market share, o País tem o desafio de diversificar os produtos exportados.
• Os dez principais grupos de produtos vendidos pelo
Brasil para a França representam mais de 70% do valor total, com
destaque para commodities como farelos de soja, óleos brutos de petróleo
e minérios de ferro.
Quanto às importações, a França é um dos mais importantes fornecedores do Brasil (9º).
As compras brasileiras têm aumentado nos últimos anos, a uma taxa anual
de 3,2%. Defensivos agrícolas, em especial, ganharam importância nas
importações brasileiras em decorrência do bom desempenho do agronegócio e
da guerra da Rússia na Ucrânia.
Ex-presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk afirma que “qualquer
cenário é possível” diante da guerra na Ucrânia, e que UE reconheceu
necessidade de uma defesa comum “independente e autossuficiente”.O
primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, alertou que há uma ameaça “real”
de conflito na Europa e que o continente entrou em uma “era pré-guerra”
pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, citando o conflito
prolongado entre Moscou e Kiev após a invasão do território ucraniano
pelos russos.
Nas últimas semanas, a Rússia intensificou seu bombardeio contra a
Ucrânia, que faz fronteira com a Polônia, e um dos mísseis russos
sobrevoou brevemente o espaço aéreo polonês, que é um país-membro da
Otan e da União Europeia (UE).
“A guerra não é mais um conceito do passado. Ela é real e começou há
mais de dois anos. O mais preocupante no momento é que literalmente
qualquer cenário é possível. Não vemos uma situação como essa desde
1945”, disse Tusk em uma entrevista ao grupo de mídia europeu LENA na
sexta-feira (29/03).
A Segunda Guerra Mundial terminou em 1945 com a rendição da Alemanha de Hitler e o bombardeio de Hiroshima e Nagasaki pelos EUA.
“Sei que parece devastador, especialmente para a geração mais jovem,
mas temos que nos acostumar com o fato de que uma nova era começou: a
era pré-guerra. Não estou exagerando, isso está se tornando mais claro a
cada dia.”
Vídeo relacionado: Novo partido nacionalista na Polónia quer saída do país da UE (Euronews Português)
Tusk, que presidiu o Conselho Europeu de 2014 a 2019, fez o
comentário um mês após o aniversário de dois anos da invasão da Ucrânia
pela Rússia. A guerra interrompeu uma era de paz na Europa e levou as
nações a aumentarem os gastos com defesa e a produção de armas.
Ele disse ainda que ninguém na Europa se sentiria seguro se Kiev
perdesse a guerra. A Polônia vem sendo um dos países que mais apoia a
Ucrânia desde o início do conflito.
Defesa comum
O primeiro-ministro polonês afirmou ter notado uma revolução na
mentalidade europeia, pois segundo ele ninguém mais no bloco
questionaria a necessidade de uma defesa comum “independente e
autossuficiente”.
Ele citou como exemplo os dois maiores partidos da Alemanha, o
Partido Social Democrata (SPD) e a União Democrata Cristã (CDU), que
estão “competindo para ver qual deles é mais pró-ucraniano”.
“A União Europeia como uma unidade, como uma organização poderosa,
deve estar mentalmente preparada para lutar pela segurança de nossas
fronteiras e de nosso território”, disse.
A necessidade de uma Europa mais forte ficou ainda mais clara quando o
ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que está concorrendo às eleições
de 2024, expressou abertamente opiniões céticas em relação à Otan.
“Nosso trabalho é nutrir as relações transatlânticas,
independentemente de quem seja o presidente dos EUA”, disse Tusk na
entrevista.
Na complexa tapeçaria das relações humanas, a amizade desempenha um
papel fundamental. No entanto, ao contrário dos términos de
relacionamentos amorosos, o fim de uma amizade muitas vezes ocorre nas
sombras.Muitos de nós conhecemos bem aquela sensação de tristeza, raiva
intensa e solidão repentina que acompanha o fim de um relacionamento
amoroso. E não faltam conselhos de especialistas, livros, músicas e
séries para ajudar as pessoas a superarem esse tipo de término. Mas e
quanto à dor de perder uma amizade?
Na Grécia Antiga, o conceito de amor era diversificado, incluindo
três principais tipos: Eros, relacionado ao amor romântico; Philia, que
representava a amizade; e Ágape, caracterizado pelo amor incondicional
por todos os seres. Essas diferentes facetas do amor refletiam a
complexidade das relações humanas naquela sociedade.
Atualmente, quando falamos sobre amor ou término, tendemos a nos
concentrar principalmente no Eros, presente nos relacionamentos
românticos. No entanto, o Philia, a amizade, pode ser tão significativo
quanto o Eros.
Ellen Simone Gregorini, psicóloga transpessoal – que investiga
estados de consciência expandida, experiências espirituais e questões
existenciais, visando entender o ser humano como um todo –, destaca que o
filósofo Aristóteles foi fundamental no desenvolvimento do pensamento
grego sobre o Philia, enaltecendo-o como um modo especial de “viver
junto” e “viver na intimidade”.
“Nessa relação, amigos conscientes de seus sentimentos mais profundos
e do desejo mútuo de bem-querer criam um laço amoroso no qual dão e
recebem, ajudam e são ajudados, amam e são amados, em um espaço afetivo
marcado pela admiração, respeito, carinho e ternura”, acrescenta
Gregorini.
No entanto, quando esse vínculo é quebrado, seja por conflitos ou mudanças na vida, as consequências podem ser devastadoras.
Como uma amizade chega ao fim?
Segundo Gregorini, enquanto algumas amizades terminam naturalmente ao longo da vida, outras podem ser traumáticas e dolorosas.
“À medida que avançamos em nossos caminhos, mudanças pessoais podem
levar naturalmente ao distanciamento de algumas amizades. E guardamos
essas amizades de forma carinhosa, sem traumas ou dores”, explica a
psicóloga.
No entanto, ela destaca que, assim como nos relacionamentos amorosos,
uma amizade pode se tornar tóxica, levando à necessidade de separação
mútua. “Você começa a perceber que, anteriormente, compartilhar coisas
com um amigo ou amiga era agradável, mas agora tornou-se menos
satisfatório devido às críticas constantes, inveja ou à percepção de que
a pessoa não contribui para seu bem-estar. Isso acaba virando uma
relação tóxica. É uma relação que nos aprisiona e não contribui para o
nosso crescimento.”
Além disso, amizades também podem terminar devido a quebras de
confiança. Por exemplo, quando um amigo beija seu parceiro ou
compartilha um segredo seu com outra pessoa.
Fernanda Lopes, professora de psicologia na Universidade de Fortaleza
especializada em temáticas relacionadas ao término e luto, ressalta que
uma traição ou decepção na amizade pode ter um impacto emocional tão
intenso, ou até maior, do que em qualquer outro tipo de relação.
A dor invisível do término de uma amizade
De acordo com Lopes, embora reconheçamos a importância da amizade, é
comum que a sociedade valorize mais os relacionamentos amorosos e
familiares, relegando a amizade a um papel secundário, como se fosse uma
relação de menor significado.
“Quem nós somos é [algo] construído a partir dos vínculos que
formamos desde o nosso nascimento”, afirma Lopes. “Precisamos parar de
classificar as perdas por categoria. Tem muito mais a ver com a relação
do que com o status da relação. Porque, na verdade, o que fundamenta
quanto sofrimento ou quanto aquilo vai impactar é o vínculo.”
A psicóloga observa que esse nível de sofrimento pode ser tão
desestabilizador quanto o término de um relacionamento amoroso. Ela
destaca que a decepção ou traição em uma amizade pode ter um impacto
emocional semelhante, porém muitas vezes não discutido. “A gente não
fala sobre nada de perdas relacionadas a amizades, a gente sempre fala
muito de ganhos, de como aquilo faz bem, de como aquela relação é boa.”
Portanto, quando perdemos um amigo, seja de forma literal ou
simbólica, enfrentamos um processo de luto que pode afetar o nosso
emocional de maneira intensa.
Segundo Lopes, quanto mais ligados estamos à pessoa, mais intensas
são as reações de luto. “Quando perdemos alguém ou nos decepcionamos,
isso nos desestrutura no momento. Pode interferir na confiança em outros
relacionamentos, inclusive nos amorosos e familiares. O impacto
emocional é grande, pois acreditávamos que aquela pessoa fazia parte de
nosso mundo seguro. Quando essa relação significativa se desestrutura,
tudo o que acreditávamos pode ruir.”
Lopes diz que podemos passar por um processo de retração, assim como
acontece após términos de relacionamentos amorosos, quando a confiança
em outros relacionamentos é abalada e pode ser difícil se relacionar
novamente.
“As reações são semelhantes, por isso não devemos desqualificá-las,
pois elas podem ser emocionalmente graves, especialmente quando não são
validadas. Por não serem reconhecidas, as pessoas afetadas, muitas
vezes, não têm espaço para expressar sua dor”.
O processo de cura
Fernanda Lopes ressalta que não há uma fórmula pré-definida para lidar com essa dor. Segundo ela, o processo de luto é natural.
“Uma das coisas mais importantes é a validação do outro. No entanto,
como a amizade muitas vezes é vista como uma relação menos importante,
rotulada como ‘apenas um amigo’, essa ideia me preocupa, pois o luto
associado a ela pode não receber o reconhecimento merecido”, destaca a
psicóloga.
Gregorini enfatiza a importância de ter uma rede de apoio tanto no
término de relacionamentos amorosos quanto no de amizades. “É crucial
elaborar esse luto, não guardar os sentimentos negativos. É importante
buscar pessoas próximas para compartilhar e expressar esses sentimentos.
O simples ato de falar já é o primeiro passo para a elaboração”.
Ela destaca que, ao passar pelo processo de luto e elaboração, a
pessoa fecha um ciclo, reconhece o aprendizado advindo da experiência e
sai transformada tanto pela relação quanto pela dor enfrentada.
De acordo com Maria Claudia Tardin, professora de psicologia da
Faculdade Presbiteriana Mackenzie Rio (FPMR), uma estratégia eficaz para
lidar com essas dores é encarar a solidão de forma positiva. “Quando
você aprende a apreciar sua própria companhia, você consegue identificar
quais companhias realmente acrescentam algo à sua vida e fazem bem”,
afirma.
Ela também ressalta que amigos íntimos são raros. “Podemos contá-los
nos dedos de uma mão. Ter um amigo íntimo significa ter alguém que
esteja presente em nossas transformações, assim como nós acompanhamos as
deles”.
A importância de reconhecer a amizade como um relacionamento importante
À medida que envelhecemos, os amigos se tornam mais importantes para
nossa saúde e felicidade, revela pesquisa publicada no jornal Personal
Relationships. Ter amizades solidárias na velhice foi identificado como
um indicador mais intenso de bem-estar do que laços familiares fortes.
Na Alemanha, está em pauta um projeto de lei que reconhece a
importância da amizade. Ele visa oferecer proteção legal a pessoas que
vivem juntas e compartilham responsabilidades, mesmo sem laços
familiares ou casamento. Isso visa criar uma estrutura para proteger
esses relacionamentos, especialmente em emergências médicas. Entre
beneficiados estão idosos, mães e pais solteiros e comunidade LGBTQ+.
“Em determinadas situações, como na comunidade LGBTQIAPN+ e em outros
grupos vulneráveis, os amigos frequentemente têm um papel semelhante ao
da família”, observa Lopes.
“Esses amigos são como uma segunda família, escolhida
conscientemente. Não são laços de sangue, mas relações cultivadas ao
longo do tempo. Alguns estão presentes por anos, outros temporariamente,
mas todos são confiáveis, respeitados e fonte de conforto”, acrescenta
Tardin.