sexta-feira, 30 de junho de 2017

DECISÃO DO STF FORTALECE AS DELAÇÕES PREMIADAS



Decisão histórica do STF fortalece as delações premiadas, afirma Janot

Estadão Conteúdo










Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o instituto das delações premiadas sai fortalecido após o que considerou um "julgamento expressivo" do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os parâmetros para a avaliação de acordos de colaboração premiadas. Janot destacou que a decisão da Corte impede a revisão de cláusulas pelo colegiado após a homologação, exceto se o delator descumprir o que combinou ou se houver alguma ilegalidade clara que descubra após a validação do acordo pelo relator.

"É uma decisão histórica, que fortalece, e muito, o instituto da colaboração premiada, incorporada ao direito brasileiro, fruto de tratados internacionais subscritos pelo Brasil. Dá segurança jurídica, confiança no Estado, e respeita o princípio da boa-fé", afirmou Rodrigo Janot, em coletiva de imprensa no Salão Branco do Supremo Tribunal Federal após julgamento nesta quinta-feira, 29.

As delações premiadas são um meio de obtenção de prova amplamente utilizado nas grandes investigações no Brasil, especialmente na Operação "Lava Jato" e, mais recentemente, no caso da JBS - no qual a PGR chegou a denunciar o presidente Michel Temer na segunda-feira, 26.

"A decisão reafirma a possibilidade de o MP fazer os acordos de colaboração premiada", afirma Janot. O procurador sustenta que, se o Supremo resolvesse que o colegiado poderia revisar o conteúdo do acordo depois de homologado, isso "levaria uma insegurança aos réus colaboradores, uma possibilidade da quebra de confiança, uma possibilidade de quebra do princípio da segurança jurídica".

"Ninguém aqui quer agasalhar ilegalidade", afirmou Janot, ao explicar que não viu como negativa a possibilidade de anulação de acordos em caso de haver alguma ilegalidade clara. "Eu acho que não seria necessário dizer isso, isso é óbvio. Se surge um fato novo ou se chega ao conhecimento do Judiciário um fato ocorrido, mas se, de qualquer forma torna ilegal o acordo, é óbvio que pode ser revisto o acordo", disse, concordando com o exemplo apresentado pelo ministro Alexandre de Moraes. "Se se descobre que houve tortura, o acordo tem que ser anulado mesmo", disse.

Provas

Questionado sobre em que tipo de situação provas poderiam vir a ser anuladas, Janot interpreta que há hipóteses diferentes. "Depende de como se dará a anulação. Se houver a rescisão do contrato porque o delator não cumpriu as obrigações contratuais a que se comprometeu, ele perde todas as premiações, mas todas as provas podem ser utilizadas pelo MP contra ele e contra todos os outros réus", afirmou Janot.

Por outro lado, ele disse que se a ilegalidade for praticada pelo Ministério Público, "o colaborador não tem como sofrer a consequência". "Em princípio, qualquer rescisão do acordo de colaboração permite ao MP a utilização de todas as provas, e ele perde toda a premiação prevista para o acordo", disse.

MÍDIA DA COREIA DO NORTE ATACA O PRESIDENTE TRUMP



Mídia da Coreia do Norte compara Trump a Hitler

Estadao Conteudo









Donald Trump, presidente dos EUA

A mídia estatal da Coreia do Norte descreveu a política de América Primeiro, do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como o "nazismo do século 21". No mais severo ataque ao republicano desde que ele assumiu o governo, a retórica estatal de Pyongyang comparou o republicano ao ditador Adolf Hitler.

"A política de Trump é uma versão americana do nazismo que ultrapassa o fascismo no século passado em sua natureza feroz, brutal e chauvinística", afirmou a agência de notícias da Coreia do Norte.

O tom reflete a linha de endurecimento da Coreia do Norte sobre Trump, já que o presidente dos Estados Unidos aumentou os ataques verbais contra a ditadura norte-coreana em seus quase seis meses em administração.

Enquanto a propaganda norte-coreana se dirige regularmente aos Estados Unidos com ameaças militares, até hoje havia poupado o próprio presidente americano de críticas. Fonte: Dow Jones Newswires.

COLUNA ESPLANADA DO DIA 30/06/2017



Dória candidato em SP

Coluna Esplanada – Leandro Mazzini 







João Dória Jr. passou por Brasília, falou como prefeito, mas agiu como candidato: encontrou políticos de diferentes legendas e empresários. Aos entusiastas de seu nome para presidente, uma revelação: ele almeja o Governo de São Paulo na eleição de 2018. É o trato com o padrinho Geraldo Alckmin – que em janeiro será lançado por Dória nas prévias no PSDB como candidato ao Planalto. Caso Alckmin fique inviabilizado, tucanos lançarão o nome de Dória a tempo. Em almoço com empresários ontem, ele encerrou a palestra: “Contem comigo, como brasileiro e prefeito, por enquanto”.
Intensivão
Dória visitou os presidentes da Câmara, do Senado e líderes do PSDB. À noite tinha jantar na casa do deputado Izalci, presidente do PSDB-DF.
Time
Embora negue em público que será candidato em 2018, Dória Jr. segue a linha de José Serra, que se elegeu prefeito, administrou dois anos, e se elegeu governador.
Homenagem
Marco Aurélio Costa, ex-dono do Piantela, fez almoço em homenagem a José Dirceu no domingo, em Brasília. O ex-ministro foi com a família e a inseparável tornozeleira.
Imperador
Dirceu reencontrou os amigos que não o abandonaram – ao contrário dos que o bajulavam quando ministro. Ele revelou que leu, na cadeia, livros sobre Napoleão.
Joelho no queixo
Vai ter choradeira dos engravatados. O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, enviou ofício para o presidente da Comissão de Orçamento, senador Dario Berger, solicitando alteração no Projeto de Lei que trata do Orçamento Geral da União para 2018. Foi claro e direto: que as passagens aéreas compradas por quaisquer instituições dos três Poderes sejam para a classe econômica dos aviões.
Corte para valer
No ofício o ministro crava que a determinação valerá para todos, dos servidores federais até para chefes do Ministério Público, ministros do Executivo e das Altas Cortes; para deputados e senadores; vice e presidente da República. Vale inclusive para viagens internacionais. Veja o ofício neste link, < http://bit.ly/2s3a2Do >
Mãos à obra
A categoria da infraestrutura nacional aguarda a sanção, e sem vetos, da MP 765/2016. Os artigos conferem autonomia e reais condições de trabalho aos servidores concursados responsáveis por toda a infraestrutura de grande porte do país.
Os sem-noção
Apesar de não parecer, a vaga de ministro-substituto do TSE é muito disputada. Tanto que o advogado Erick Pereira, apesar de não compor a lista, tem sido alvo de ataques.
Voz do povo
Consulta pública realizada pelo Senado mostra ampla rejeição à reforma trabalhista: mais de 129 mil pessoas já se manifestaram contra a proposta e apenas 5.700 a favor.
Cabo de guerra
O presidente Michel Temer e a equipe econômica travam um cabo de guerra em meio à crise. Enquanto ele busca votos para derrubar a denúncia da PGR, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, cobra no Senado votação da reforma trabalhista.
Cabo de guerra 2
Temer não vê “clima” para propor as alterações nas regras do PIS, da Cofins, do ICMS e do ISS. Mas o mercado tem pressa e precisa sobreviver, cobra a equipe econômica. Temer titubeia em chancelar a equipe econômica a enviar uma MP ao Congresso com mudanças nas regras do PIS e da Cofins.
Meia-ponte, volver!
Olha a situação da ponte binacional Oiapoque (AP) - São Jorge (Guiana). A obra, após cinco anos pronta e sem uso, foi inaugurada sem festa em maio. Faz sentido. Só os guianeses podem atravessar para o lado brasileiro, sem serem parados. O daqui que se aventura a passar para lá é barrado nas guaritas, porque precisa de visto.
Gigi consultor
Gilmar Mendes não gosta de jornalistas. Ele foi um dos protagonistas do fim da obrigatoriedade do diploma para a profissão, sem sequer visitar uma redação ou uma faculdade de comunicação, à época da votação na Corte.
Ponto Final
“Esse pessoal enlouqueceu. É uma casta que se considera acima de tudo e de todos”.
Do líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), sobre a proposta da nova Lei da Magistratura com mais e amplas benesses financeiras para togados.


PARLAMENTO EUROPEU QUER SUSPENDER ACORDO COM O MERCOSUL DEVIDO CRISE POLÍTICA



Crise no Brasil põe acordo entre UE e Mercosul em xeque

Estadão Conteúdo











Sede do Parlamento Europeu em Bruxelas

Um grupo de deputados europeus pediu que a negociação para a criação de um acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a Europa seja suspensa diante da crise política no Brasil. Numa carta à chefe da diplomacia de Bruxelas, os eurodeputados citam a instabilidade do governo de Michel Temer e as acusações de corrupção envolvendo o chefe de Estado no País. 

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A negociação, que começou em 1999, estava finalmente numa fase decisiva, com os governos tanto da Europa quanto do bloco sul-americano dispostos a fechar um entendimento até o fim do ano. Para isso, porém, os dois lados precisam ceder. A Europa tem de incluir uma abertura maior para seu mercado no setor agrícola e de carnes, enquanto o Mercosul terá de admitir um corte mais profundo de tarifas no setor industrial.

Mas a crise política hoje no Brasil põe uma pressão extra sobre o processo. No Parlamento Europeu, 22 deputados enviaram uma carta para a chefe da diplomacia da Comissão Europeia, Federica Mogherini, alertando que a negociação "precisa ser interrompida diante da crise política no Brasil".

A carta é assinada por representantes de quatro grupos políticos. Além da instabilidade política, a carta obtida pelo Estado ainda alerta Federica sobre o "aumento da violência no campo e o uso de forças armadas para reprimir protestos".

Um dos grupos que apoiaram a iniciativa foi o Podemos, partido na Europa que chacoalhou a política espanhola nos últimos anos. De acordo com o deputado Xabier Benito, vice-presidente da Comissão para o Mercosul dentro do Parlamento, o "Tribunal Superior de Justiça investiga o presidente Temer e seu entorno político por supostos delitos de corrupção".

Miguel Urbán, porta-voz de Podemos na Europa, também insiste que é "absolutamente inaceitável que a Comissão Europeia continue com as negociações de um acordo de comércio com o Mercosul sem considerar a grave situação de direitos humanos no Brasil."

Demanda

Além de suspender imediatamente o acordo, o grupo pede que a comissão "avalie o impacto sobre os direitos humanos das relações de comércio e investimentos existentes entre a UE e o Mercosul".

O grupo de deputados representa menos de 10% do Parlamento Europeu. Mas fontes apontam que os deputados que assinaram a carta ocupam cargos importantes dentro das comissões de trabalho do Parlamento.

Oficialmente, Bruxelas indica que continua comprometida com o processo. Um dos objetivos é de ter um acordo desenhado já para dezembro para ser anunciado no mesmo mês durante da Conferência Ministerial da OMC, em Buenos Aires. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AS ARMADILHAS DA INTERNET E OS FOTÓGRAFOS NÃO NOS DEIXAM TRABALHAR

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