quarta-feira, 20 de novembro de 2024

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E CONTRIBUIÇÃO DOS PAÍSES

 

História de AFP

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, faz um discurso durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP29) em Baku, em 13 de novembro de 2024

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, faz um discurso durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP29) em Baku, em 13 de novembro de 2024© Alexander NEMENOV

Com a reeleição de Donald Trump para a presidência dos EUA, todas as atenções se voltaram para a União Europeia na COP29, em Baku, para se juntar à China e pressionar por um acordo financeiro para combater o aquecimento global até sexta-feira.

Na capital do Azerbaijão, a UE está negociando discretamente com a China em uma aliança de “alta ambição” com países do sul, como Quênia e Palau.

Os países da UE são os maiores contribuintes do financiamento climático em todo o mundo, com 28,6 bilhões de euros (173 bilhões de reais) no ano passado provenientes de fontes públicas, aos quais se somaram 7,2 bilhões de euros (43 bilhões de reais) do setor privado, de acordo com a Comissão Europeia.

“Continuaremos a mostrar o caminho e a fazer nossa parte justa e ainda mais”, reiterou o comissário europeu responsável pelas negociações climáticas, Wopke Hoekstra.

“Vocês devem liderar esse processo, não têm escolha”, disse à AFP Diego Pacheco, chefe da delegação boliviana, entre duas reuniões, em um dos intrincados corredores do estádio de Baku.

O ‘think tank’ ODI calculou que muitos países europeus contribuem ainda mais do que sua “parcela justa”, estimada com base em suas emissões históricas, riqueza e população, incluindo Suécia, Dinamarca, França, Alemanha e Países Baixos. Em contrapartida, os Estados Unidos ficam para trás.

Mas há aqueles que se recusam a receber lições de países que basearam sua prosperidade no carvão e no petróleo. “Pare de tentar colocar [a responsabilidade] pela redução das emissões nos países em desenvolvimento”, disse Pacheco na plenária.

“Todos os olhos estão voltados para a UE para que assuma a liderança nessa questão […] dado o seu papel de grande contribuinte” para o financiamento climático, disse à AFP Ignacio Arroniz Velasco, do think tank E3G.

Mas a UE, onde a disciplina orçamentária é a ordem do dia, tem sido cuidadosa ao dizer quanto está disposta a pagar a partir do próximo ano, e quer manter suas cartas na manga o máximo possível.

“Esperamos que a UE dê um primeiro passo”, comentou Chiara Martinelli, da Climate Action Network (CAN) Europe.

Outro observador fez alusão à suposta relutância da Europa em “assumir” o papel de liderança que alguns esperam dela.

Os negociadores argumentaram que uma faixa de 200 a 400 bilhões de dólares (entre 1,1 trilhão e 2,3 trilhões de reais) em financiamento anual dos países ocidentais seria realista. “200 bilhões é muito, mas [é] possível”, disse um diplomata europeu.

Isso representaria pelo menos o dobro do compromisso atual de 100 bilhões de dólares (575 bilhões de reais), que a COP espera rever. Esses valores incluem financiamento público bilateral ou por meio de bancos multilaterais e uma parcela de financiamento privado.

Os europeus estão negociando parâmetros cruciais, como o horizonte da nova meta. Eles também querem ampliar a definição do pacote total, incluindo mais outras fontes de financiamento, especialmente o financiamento privado.

Mas, principalmente, eles querem que a contribuição voluntária de outros países, liderados pela China, seja incluída na meta total, o que os obrigaria a serem transparentes sobre o que já estão pagando.

MILEI DA ARGENTINA FOI O SUBSTITUTO DE TRUMP NO G20

História de Por Lisandra Paraguassu e Elizabeth Pineau – Reuters

O presidente da Argentina, Javier Milei, na cúpula do G20 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro 19/11/2024 REUTERS/Pilar Olivares

O presidente da Argentina, Javier Milei, na cúpula do G20 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro 19/11/2024 REUTERS/Pilar Olivares© Thomson Reuters

Por Lisandra Paraguassu e Elizabeth Pineau

RIO DE JANEIRO (Reuters) – Enquanto líderes mundiais na cúpula do G20 no Brasil se preparam para o retorno do presidente dos EUA, Donald Trump, ao centro dos temas globais, um chefe de Estado presente na sala já deu uma prévia de um estilo familiar e iconoclasta de direita.

O presidente argentino Javier Milei negou a ciência climática, discordou sobre igualdade de gênero, criticou impostos mais altos para bilionários e, recém-chegado de um encontro com Donald Trump em seu resort Mar-a-Lago, mostrou que está disposto a desafiar o consenso global.

Enquanto Milei celebrava com o presidente eleito dos EUA na Flórida, os principais diplomatas de seu país passaram a semana passada no Rio negociando um consenso delicado com colegas do G20 em torno de uma declaração conjunta de 9 mil palavras para aprovação final pelos chefes de Estado nesta semana.

Os diplomatas tiveram problemas quando os negociadores argentinos disseram ter recebido uma ligação do presidente com ordens para que endurecessem a resistência a trechos previamente acordados sobre cooperação tributária, relataram pessoas envolvidas nas discussões.

“Parece, agora, que a posição oficial da Argentina é criar problemas”, reclamou um diplomata europeu.

Os diplomatas argentinos cederam após dias de negociações intensas. Os chefes de Estado, no entanto, ouviram diretamente de Milei durante a cúpula suas objeções às menções no comunicado conjunto sobre tributação progressiva, igualdade de gênero e aos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, de acordo com fontes presentes no debate plenário.

Um porta-voz de Milei não respondeu a um pedido de comentário.

Ele adotou um tom desafiador nas redes sociais, repetindo uma mensagem anterior na plataforma X, na segunda-feira: “Não sou político, nem aspiro a ser. Assim como o presidente Trump, tive que entrar neste pântano podre como um ato de autodefesa”.

Em breve, ele pode não apenas ecoar a retórica, mas também as principais decisões políticas.

Após um longo debate privado com Milei antes da cúpula, o presidente francês Emmanuel Macron saiu convencido de que o argentino vai abandonar o Acordo de Paris se Trump cumprir sua ameaça de fazer o mesmo, segundo uma autoridade francesa.

Nas negociações climáticas da ONU na semana passada, a delegação argentina abandonou as discussões por ordens de Milei, um negacionista do aquecimento global. Durante a cúpula do G20, ele evitou uma sessão de trabalho sobre desenvolvimento sustentável nesta terça-feira, de acordo com uma fonte presente.Desde o início da cúpula, Milei deixou claro que não estava ali para fazer amigos.

Ao chegar na segunda-feira ao Museu de Arte Moderna do Rio, Milei cumprimentou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anfitrião do evento, com um aperto de mão frio. Ele segurava uma pasta junto ao peito, descartando o abraço habitual entre líderes latino-americanos amigáveis.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu e Elizabeth Pineau)

 

BRASIL RESISTE A ENTRAR NA NOVA ROTA DA SEDA DA CHINA COM MEDO DE ENDIVIDAMENTO

BBC News Brasil

Visita oficial de Xi Jinping ocorre após participação do presidente chinês na cúpula do G20 no Rio de Janeiro

Visita oficial de Xi Jinping ocorre após participação do presidente chinês na cúpula do G20 no Rio de Janeiro© Getty Images

A visita oficial do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil, nesta quarta-feira (20/11), será marcada por protocolos, forte esquema de segurança e uma série de acordos e memorandos a serem assinados. Nos últimos meses, diplomatas dos dois países se revezaram em visitas mútuas e reuniões para reunir um “pacote” de entregas para celebrar os 50 anos das relações diplomáticas entre os dois países.

Mas a visita do líder chinês não será marcada apenas pelo que será anunciado. A expectativa entre diplomatas e especialistas ouvidos pela BBC News Brasil nas últimas três semanas é de que a visita do líder chinês também seja marcada por uma ausência: a não adesão do Brasil ao projeto “Cinturão e Rota”, também conhecido como “Nova Rota da Seda”.

Trata-se de um programa trilionário chinês iniciado em 2013 que prevê a realização de obras e investimentos para ampliar mercados para a China e a presença do país no mundo.

Nos bastidores, os chineses vêm cortejando o Brasil a aderir ao projeto há anos. Havia até a expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pudesse anunciar uma adesão ao projeto em 2023, quando fez uma visita oficial à China.

Isto, porém, não se concretizou e governo brasileiro vem mantendo a política de seguir perto o suficiente dos chineses sem aderir ao projeto do país asiático.

As investidas chinesas vêm incluindo acenos ao Brasil como a concordância do país para que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) assumisse a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics, visitas de delegações governamentais chinesas ao Brasil e de brasileiros à China, além de bilhões de dólares em investimentos em diversas áreas.

Mas mesmo com todas as investidas chinesas, contudo, a tendência é de que não será dessa vez que o Brasil vai aderir à “Nova Rota da Seda”.

Nas últimas semanas, a BBC News Brasil conversou com diplomatas e especialistas em relações internacionais para entender o que faz com que o país, um dos principais aliados da China fora da Ásia, hesite tanto em aderir à “Nova Rota da Seda”.

Segundo eles, a decisão faz parte de uma mistura de fatores que envolve a tradição diplomática brasileira, o cenário internacional conturbado e a percepção entre os tomadores de decisão brasileiros de que o país teria pouco a ganhar com uma eventual adesão ao projeto.

Peru inaugurou na última semana o porto de Chancay, financiado pela Nova Rota da Seda

Peru inaugurou na última semana o porto de Chancay, financiado pela Nova Rota da Seda© Reuters

O que é a “Nova Rota da Seda”

O “Belt and Road Initiative” é o nome em inglês ao que ficou conhecido como “Nova Rota da Seda” ou “Iniciativa Cinturão e Rota”, na tradução direta para o português.

Lançado em 2013 pelo governo chinês, é um projeto trilionário voltado à construção de infraestrutura, incluindo rodovias, ferrovias, portos e obras no setor energético, como oleodutos e gasodutos que conectam a Ásia à Europa.

Estima-se que, desde o início, os investimentos variem entre US$ 890 bilhões (R$ 4,46 trilhões) e US$ 1 trilhão (R$ 5 trilhões).

O nome “Nova Rota da Seda” remete à histórica rota comercial do primeiro milênio que ligava a Ásia à Europa Central.

Originalmente focado na região conhecida como Eurásia, o projeto expandiu-se para regiões como África, Oceania e América Latina.

Segundo o centro de estudos norte-americano sobre relações internacionais Council on Foreign Relations (CFR), 147 países aderiram formalmente ou demonstraram interesse no plano. Isso representa dois terços da população mundial e 40% do PIB global.

Na América Latina, em torno de 20 países integram a iniciativa, incluindo a Argentina, que assinou um memorando de adesão em abril de 2022.

Especialistas consideram o projeto uma estratégia de expansão econômica e política da China, hoje a segunda maior economia global, com previsões anteriores à pandemia indicando que poderia ultrapassar os Estados Unidos até 2028.

No entanto, o projeto enfrenta críticas junto à comunidade internacional, como o risco de superendividamento de países que contratam os financiamentos. Um exemplo foi o Sri Lanka, que em 2018 transferiu para o governo chinês o controle de um porto construído no país com recursos chineses depois que a nação asiática não conseguiu mais pagar as parcelas de sua dívida com o governo de Pequim.

A China rebate essas acusações, alegando que as críticas visam prejudicar sua reputação internacional.

Mas se a China aparenta estar disposta a investir seus recursos e ampliar o fluxo comercial com países como o Brasil, por que o país vem evitando aderir à iniciativa?Obras no Sri Lanka acabaram transferidas para a China após país não conseguir arcar com financiamento

Obras no Sri Lanka acabaram transferidas para a China após país não conseguir arcar com financiamento© Getty Images

Tradição e cálculo

Um diplomata brasileiro ouvido em caráter reservado pela BBC News Brasil disse que um dos motivos pelos quais o Brasil não adere à “Nova Rota da Seda” é tradição da política externa brasileira.

Historicamente, o Brasil evita alinhamentos automáticos com superpotências como a China. Mesmo durante a ditadura militar, fortemente apoiada pelo regime norte-americano entre os anos 1964 e 1985, o regime dos generais brasileiros manteve certo distanciamento em relação aos Estados Unidos.

Conhecido como uma potência média ou uma potência regional, o Brasil é conhecido (e eventualmente criticado), por adotar uma política externa que tenta manter diálogo com diferentes blocos e nações enquanto tenta fazer avançar suas próprias agendas no cenário internacional.

A tese por trás desse comportamento é a de que o alinhamento do Brasil a um determinado bloco econômico ou político não gera, necessariamente, benefícios ao país e ainda pode prejudicá-lo em negociações com outros blocos ou nações.

O diplomata disse, por exemplo, que uma adesão à “Nova Rota da Seda” poderia prejudicar as relações do país com outros blocos ou países como os Estados Unidos, que oficialmente vê a China como sua principal adversária geopolítica no mundo.

“Os diplomatas também temem que o Brasil perderia voz e influência nas relações com a China, tendo que negociar com as dezenas de países que formam a iniciativa. Há o risco de retaliações comerciais por parte dos Estados Unidos. Tudo isso somado fez com que o governo brasileiro optasse por não aderir à Nova Rota da Seda”, afirma o professor.

Pablo Ibañez, coordenador do Centro de Altos Estudos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e ex-pesquisador visitante da Universidade Fudan, em Xangai, na China, também descreve esse cenário.

“O Itamaraty pensa assim: ‘Por que a gente vai passar a ter um alinhamento ainda maior com esse grupo (a China) em um momento extremamente delicado em que, no Ocidente, entende-se que a China é uma aliada da Rússia?’”, diz à BBC News Brasil.

Países europeus e os Estados Unidos veem com desconfiança iniciativas como os Brics, grupo inicialmente fundado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul e que vem se expandindo nos últimos anos.

Entre as várias iniciativas discutidas pelo grupo está a adoção de transações comerciais nas moedas locais dos seus países e não do dólar. A ideia é diminuir a dependência dessas nações em relação à moeda norte-americana.

Mas, durante a campanha presidencial, o então candidato Donald Trump, que venceu a disputa, prometeu aumentar as tarifas sobre as importações de países que adotarem este tipo de medida, o que poderia ter impactos sobre o Brasil e China, por exemplo.

O cientista político e professor de Relações Internacionais do Centro de Estudos Políticos-Estratégicos da Marinha do Brasil, Maurício Santoro, destaca que, no cálculo do governo brasileiro, também pesa o fato de o país já contar com vultosos investimentos chineses.

“No Itamaraty, há forte ceticismo quanto aos benefícios que a Nova Rota da Seda poderia trazer ao Brasil. Como o país já recebe muitos investimentos chineses — é o principal destino deles entre as nações do Sul Global — não haveria muitos ganhos a extras”, diz Santoro.

O cálculo leva em conta a atual situação do Brasil em relação à China.

A China é, desde 2009, o maior parceiro comercial do Brasil. Entre janeiro e setembro deste ano, o fluxo comercial entre os dois países foi de US$ 122 bilhões, um crescimento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Além disso, a China é um dos principais investidores diretos no Brasil.

Em 2023, a os chineses investiram US$ 1,73 bilhão no país, um aumento de 33% em relação a 2022, segundo o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). Ainda de acordo com a instituição, desde 2007, a China destinou US$ 72 bilhões em investimentos no Brasil.

Nos últimos anos, a China passou a investir pesadamente em setores como a construção de linhas de transmissão, exploração de petróleo, energia e, mais recentemente, na implantação de fábricas de carros elétricos ou híbridos.Especialistas veem pressão chinesa, mas não creem em retaliação por Brasil não aderir à iniciativa

Especialistas veem pressão chinesa, mas não creem em retaliação por Brasil não aderir à iniciativa© Reuters

Retaliação chinesa?

Os dois especialistas ouvidos pela BBC News Brasil dizem considerar remota a possibilidade de a China retaliar o Brasil por não aderir à iniciativa.

“O governo chinês certamente preferiria que o Brasil se tornasse parte da Nova Rota da Seda, pois isso seria um grande incentivo para outros países em desenvolvimento, particularmente na América Latina. Mas a decisão de não ingressar também não cria grandes problemas para o Brasil”, diz Santoro.

O professor Pablo Ibañez diz acreditar que uma retaliação seria improvável.

“Até agora, não fomos. O Brasil é o maior parceiro da China na América Latina e há muitos investimentos e sinergias entre os dois países. Além disso, a China é muito pragmática”, diz o professor.

De toda forma, diz Ibañez, o Brasil deverá tentar evitar se indispor com a China em meio à hesitação em aderir à iniciativa.

“Os chineses estão pressionando bastante. O assunto, com certeza, está na pauta. Mas Lula tem uma capacidade grande de convencimento. Ele deverá explicar que Donald Trump está vindo aí e que uma adesão poderia prejudicar a relação do Brasil com os Estados Unidos”, afirma.

Conhecido por seu pragmatismo, o governo chinês já vem dando mostras de que poderá lidar sem maiores complicações com o fato de o Brasil não ter aderido formalmente à “Nova Rota da Seda”.

O exemplo mais recente foi um artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo na semana passada e assinado por Xi Jinping. Nele, o líder chinês defende o aumento das parcerias entre os dois países, mas dentro de um cenário em que o Brasil não faz parte formal do projeto.

“Vamos promover continuamente o reforço das sinergias entre a Iniciativa Cinturão e Rota e as estratégias de desenvolvimento do Brasil”, diz um trecho do artigo.

Enquanto a adesão à “Nova Rota da Seda” não vem (se é que um dia virá), China e Brasil deverão assinar acordos em diversas áreas nesta quarta-feira. Entre eles estão acordos nas áreas cultural, energética, mineral e espacial.

Um deles, aliás, prevê a entrada em funcionamento no Brasil da empresa SpaceSail, que opera satélites de órbita baixa para transmissão de internet de banda larga em locais sem acesso à rede cabeada.

Ainda não há previsão para que o serviço comece a funcionar, mas o acordo é visto como uma tentativa de Brasil e China de diminuírem a dependência do mercado em relação à empresa Starlink, do bilionário sul-africano Elon Musk.

Nos últimos meses, o empresário entrou em embates com o Supremo Tribunal Federal (STF) após sua plataforma de rede social, o X (antigo Twitter) descumprir ordens expedidas pela Corte.

Atualmente, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Starlink é líder no mercado de internet via satélite.

 

TRUMP NÃO VAI ACABAR COM A REVOLUÇÃO VERDE

História de Jodie Cook – Forbes Brasil

Foto: Scott Olson/Getty Images

Foto: Scott Olson/Getty Images

Não superestime o dano que a política energética do presidente eleito Donald Trump pode causar à transição global para a energia verde. Sim, ele prometeu desfazer a Lei de Redução da Inflação (IRA) de 2022 dos Democratas, ridicularizando-a durante a campanha como uma “nova farsa verde” devido aos US$ 500 bilhões (R$ 2,8 trilhões) em créditos fiscais e outros subsídios para projetos de energia renovável. Algumas empresas de tecnologia limpa e seus apoiadores temem perder benefícios, o que levou tanto grupos ambientais quanto investidores de ações de energia limpa reagiram com alarme à vitória de Trump.

Mas a revogação da IRA dificilmente será um fato consumado, considerando que a maioria desses projetos tem gerado empregos e investimentos em distritos congressionais controlados pelos republicanos. A tecnologia limpa pode até se beneficiar de algumas outras políticas de Trump — como a redução da taxa de imposto corporativo e da burocracia, incluindo revisões ambientais demoradas que atrasam a localização de projetos e linhas de transmissão de eletricidade.

E aqui está a razão mais importante pela qual a energia verde deve continuar a prosperar durante o governo Trump 2.0: a indústria já passou do ponto de decolagem. Os subsídios fornecem um impulso extra (e são importantes para as tecnologias mais novas que ainda não são comerciais), mas não são absolutamente necessários para que a revolução verde continue. A economia, os consumidores e a crescente demanda por eletricidade — particularmente de todos os novos centros de dados sendo construídos para atender às necessidades da inteligência artificial — continuarão a impulsionar o crescimento da energia alternativa.

“Nossa capacidade de resolver esse problema de forma lucrativa é melhor do que qualquer um imagina”, argumenta o bilionário investidor em tecnologia climática Tom Steyer, da Galvanize Capital. Falando um mês antes da eleição no Forbes Sustainability Leaders Summit, Steyer apontou dados mostrando que 86% de todos os novos equipamentos de geração de eletricidade implantados no mundo no ano passado são movidos por fontes renováveis.

“Ninguém no Vietnã colocou um painel solar porque estava preocupado com [inundações induzidas por mudanças climáticas em] Houston. Ninguém fez isso por bondade”, disse Steyer, mas sim porque é barato. Considere a China, agora o maior mercado de carros do mundo, onde mais da metade das vendas são de veículos elétricos. “Eles vão vender mais veículos elétricos do que nós vendemos carros. Por que fariam isso? Não para ajudar os Estados Unidos, mas porque custam US$ 14.000 (R$ 80.640) e percorrem 1.200 milhas com uma única carga.”

“Mais barato, mais rápido, melhor — sobe como um foguete, todo mundo compra, e é assim que se vence no capitalismo”, disse Steyer. “Se os Estados Unidos não quiserem participar disso e quisermos construir um fosso em torno do país e voltar para os anos 1950, o resto do mundo vai avançar. Eles terão sucesso e nós falharemos.”

Sem dúvida, os produtores de combustíveis fósseis estão entre os grandes vencedores dos resultados de 5 de novembro. Por exemplo, o ex-deputado Lee Zeldin, nomeado por Trump para dirigir a Agência de Proteção Ambiental (EPA), certamente vai eliminar a nova regra do metano da EPA (finalizada apenas nesta semana), que multaria os perfuradores de petróleo e gás em bilhões de dólares por ano por vazamentos de gás natural.

Mas há muitas razões para que a energia alternativa se saia bem. Aqui estão 10 delas:1- A energia verde já é barata

Mesmo sem subsídios, a energia eólica e solar são as fontes de geração de eletricidade mais baratas do país, custando 9 centavos de dólar por quilowatt-hora ou menos para novos projetos em escala de utilidade, de acordo com a Lazard. Adicione baterias para armazenar essa energia (para momentos em que o vento não sopra ou o sol não brilha) e o custo sobe para cerca de 13 centavos. Isso é competitivo com novas turbinas a gás natural e muito mais barato do que tentar construir novas usinas nucleares de grande escala a 20 centavos por kWh.2- Há muita energia verde em estados republicanos

Impressionantes 80% dos benefícios da IRA até agora foram destinados a distritos congressionais republicanos. O Texas já gera mais energia verde do que a Califórnia e está prestes a adicionar 36 gigawatts de energia solar, eólica e baterias nos próximos 18 meses, mais do que qualquer outro estado, de acordo com a consultoria de dados de energia Cleanview. A Califórnia, que ocupa o segundo lugar, adicionará apenas 11 gigawatts. A gigante de energia renovável NextEra Energy disse aos analistas na semana passada que acredita que a IRA sobreviverá em grande parte porque os empregos verdes são politicamente populares. Essa é a esperança de 18 membros republicanos da Câmara que escreveram uma carta ao presidente da Casa, Mike Johnson, em agosto, ressaltando que “uma revogação completa criaria um cenário de pior caso, em que teríamos gasto bilhões de dólares dos contribuintes e recebido quase nada em troca”.3- As redes de energia dos EUA precisam de mais

Por décadas, a geração de eletricidade simplesmente acompanhou o crescimento econômico do país. Isso está prestes a mudar, já que gigantes da computação em nuvem estão aumentando a construção de centros de dados para atender à demanda por serviços online, como o líder de inteligência artificial ChatGPT, da OpenAI. Em outras palavras, a geração de eletricidade agora deve crescer mais rápido que a economia. A empresa de serviços públicos AEP antecipa um forte crescimento da demanda, particularmente em estados como Indiana, onde projeta um aumento de até 60% na demanda comercial de eletricidade nos próximos anos, principalmente devido aos centros de dados, como o projeto de US$ 11 bilhões (R$ 63,36 bilhões) que a Amazon está erguendo em New Carlisle, o maior projeto de capital da história do estado.4- Amazon, Google, Meta e Microsoft podem pagar por isso

Atualmente, os contribuintes estão, efetivamente, subsidiando centros de dados das empresas mais lucrativas do mundo, pagando 30% dos custos de novas usinas de energia que os suportam, por meio de créditos fiscais verdes. Por quê? Não é como se as grandes empresas de tecnologia pudessem construir um centro de dados, mas não conseguissem organizar eletricidade suficiente para alimentá-lo. Além disso, os operadores de redes podem obrigá-los a usar fontes renováveis. Se Trump cumprir suas promessas de cortar tanto os incentivos fiscais para energia verde quanto a taxa de imposto de renda corporativo (de 21% para 15%), esses grandes consumidores de eletricidade ficarão bem.5- Capitalistas encontrarão um caminho

Mesmo que os investimentos baseados em ESG tenham sofrido ataques políticos (de autoridades republicanas, entre outros), cerca de US$ 7 trilhões (R$ 40,32 trilhões) em fundos de ações e títulos verdes, socialmente responsáveis e designados ESG ainda estão alocados em todo o mundo. Retirar o dinheiro do governo fará com que as empresas compitam por um pool menor de capital privado. As melhores tecnologias que não precisam de subsídios irão se destacar mais rapidamente.6- Os sistemas de energia continuarão a se tornar mais eficientes

Estão chegando avanços impulsionados por IA e materiais, especialmente em energia nuclear de pequena escala e geotérmica. Mais tecnologias de carbono zero seguirão o caminho de redução de custos da energia eólica e solar, mesmo sem assistência federal. Um novo estudo do MIT acompanhou 1 mil pesquisadores trabalhando em uma empresa americana e descobriu que, quando adicionaram IA ao trabalho, eles descobriram 44% mais materiais e registraram 39% mais patentes, dobrando quase a produtividade dos principais pesquisadores. As otimizações de sistemas estão apenas começando.7- As políticas estaduais e locais estão fora do alcance de Trump

Comissários de serviços públicos estaduais e operadores de rede podem influenciar o que é construído e até exigir geração de energia verde. Em nenhum lugar do país seria possível construir uma usina a carvão, mesmo que houvesse financiamento. Os eleitores da Califórnia aprovaram recentemente um fundo de soluções climáticas de US$ 10 bilhões (R$ 57,6 bilhões). Se a Califórnia fosse um país, sua economia seria a quarta maior do mundo; suas medidas historicamente tiveram uma grande influência em todo o país. É verdade que Trump ameaçou reter verbas federais (até mesmo para ajuda em desastres) como forma de punir estados que não seguem sua linha em questões ambientais (ou outras). Mas o estado não é de recuar. O governador Gavin Newsom já convocou uma sessão legislativa especial para buscar recursos para financiar uma resposta legal aos esforços de Trump e “proteger os valores da Califórnia”.8- As grandes petrolíferas também gostam de subsídios verdes

Embora não sejam fãs de regulações rígidas e imprevisíveis, as grandes petrolíferas têm interesse em soluções climáticas. O CEO da ExxonMobil, Darren Woods, há muito defende a imposição de um imposto global sobre o carbono (uma solução preferida por economistas, mas que políticos não têm disposição para implementar) e não quer que Trump retire novamente os EUA do Acordo de Paris, argumentando que é melhor Washington ter uma cadeira na mesa de negociações. “Não acho que idas e vindas sejam boas para os negócios”, disse Woods esta semana na cúpula COP29 no Azerbaijão. A Exxon tem tentado melhorar sua imagem verde há uma década. Recentemente, desistiu de tentar descobrir como extrair quantidades comerciais de petróleo a partir de algas. A empresa planeja um vasto projeto de hidrogênio em uma de suas refinarias no Texas, mas diz que só dará continuidade se tiver certeza de que poderá reivindicar os generosos créditos fiscais de hidrogênio da IRA.9- O gás natural é verde

Não conte isso a Tom Steyer (ou ao ex-vice-presidente Al Gore, cuja Generation Investment Management possui US$ 15 bilhões — R$ 86,4 bilhões — em investimentos favoráveis ao clima), mas o gás natural é o maior contribuinte individual para a redução de 40% nas emissões de carbono relacionadas à eletricidade nos EUA. Desde o início da revolução do fraturamento hidráulico do gás de xisto, as emissões domésticas de CO2 caíram de um pico de 2,4 bilhões de toneladas por ano em 2007 para 1,5 bilhão de toneladas métricas em 2023, com o gás substituindo o carvão. Enquanto isso, as emissões globais continuaram a subir. Sim, o gás natural, ou metano, é um combustível fóssil, mas quando queimado em uma usina de energia emite apenas metade do dióxido de carbono do carvão, sem fuligem, metais pesados e fumaça. Trump deve revogar a moratória de Biden sobre a aprovação federal de novas instalações de exportação de gás natural liquefeito (LNG). Em uma década, os EUA passaram de quase nenhuma exportação de gás para liderar as exportações em relação ao Catar e à Austrália. Apesar da pausa na aprovação de instalações de exportação de LNG de Biden, diversas plantas ainda estão em construção. Trump vai suspender a moratória e poderá assumir o crédito por uma quase duplicação das exportações de LNG.10- A revolução verde tem impulso

Pelo que parece, estamos apenas começando. Na última década, os EUA quase quadruplicaram a geração de eletricidade a partir de fontes eólicas e solares, chegando a cerca de 660 mil bilhões de quilowatts-hora de geração de energia renovável em 2023. Parece muito, mas de 4% há uma década, a energia eólica e solar agora fornecem apenas 16% da eletricidade dos EUA (em comparação com 39% do gás natural). Pode surpreender alguns saber que, em todo o mundo, os humanos nunca usaram tanto petróleo (103 milhões de barris por dia), gás natural (410 bilhões de pés cúbicos por dia) e carvão (8,5 bilhões de toneladas por ano). A participação de mercado está mudando, mas mesmo sob Biden não estava avançando rápido o suficiente, diz Tom Steyer, que concorreu à presidência em 2020 e aguarda o dia em que pode se tornar politicamente viável para líderes mundiais estabelecer um preço global sobre o carbono. “Você precisa de um sistema de cap-and-trade em todo o mundo”, ele diz. “Os EUA não podem fazer a coisa certa e deixar o resto do mundo poluir de graça.” Ele só precisará esperar um ou dois ciclos eleitorais.

 

FESTIVAL JANJAPALOOZA SERÁ INVESTIGADO PELO TCU POR GASTO DO DINHEIRO PÚBLICO

 

Jetss

O festival foi organizado pelo Ministério da Cultura com participação da primeira-dama, Janja Lula, e envolve recursos destinados ao pagamento de cachês artísticos e outras despesas.
Sanderson questiona a legalidade e a moralidade da aplicação de R$ 870 mil em cachês de artistas, dentro de um total de R$ 33,5 milhões provenientes de patrocínios da Itaipu Binacional e da Petrobras.

O festival foi organizado pelo Ministério da Cultura com participação da primeira-dama, Janja Lula, e envolve recursos destinados ao pagamento de cachês artísticos e outras despesas.©Foto: Agência Brasil

O Tribunal de Contas da União (TCU) acolheu uma representação do deputado federal Sanderson (PL-RS) e abrirá uma investigação sobre o uso de dinheiro público no evento popularmente apelidado de “Janjapalooza”.

O festival foi organizado pelo Ministério da Cultura com participação da primeira-dama, Janja Lula, e envolve recursos destinados ao pagamento de cachês artísticos e outras despesas.

Sanderson questiona a legalidade e a moralidade da aplicação de R$ 870 mil em cachês de artistas, dentro de um total de R$ 33,5 milhões provenientes de patrocínios da Itaipu Binacional e da Petrobras. Para o parlamentar, os valores são incompatíveis com o atual cenário econômico do Brasil, marcado por desafios fiscais e necessidade de cortes de gastos.

“Não é admissível que recursos públicos sejam utilizados de forma questionável, principalmente em um momento em que o Brasil exige austeridade e responsabilidade fiscal. Esse tipo de gasto afronta os princípios básicos da gestão pública”, declarou Sanderson.

O TCU analisará detalhadamente as despesas para verificar se houve violação de princípios constitucionais como legalidade, eficiência e moralidade na administração pública. Dependendo do desfecho da apuração, o processo pode resultar em sanções administrativas e exigências de recomposição aos cofres públicos.

O evento e os artistas

O festival, que reuniu artistas consagrados como Diogo Nogueira, Daniela Mercury, Seu Jorge, Zeca Pagodinho, Maria Gadú, Fafá de Belém, Ney Matogrosso e outros, contou com a presença de nomes que apoiaram a campanha do presidente Lula em 2022.

A investigação ocorre em um contexto de críticas à gestão de recursos em eventos culturais, com a oposição questionando a priorização de gastos considerados excessivos frente às demandas do orçamento público.

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA E CURIOSIDADES

Karla Neto – Colunista Correspondente

Nesta quarta-feira (20), é celebrado o Dia Nacional da Consciência negra, a data foi oficializada por uma lei de 2011 e é inclusive feriado em alguns estados e cidades. Ela foi escolhida para homenagear Zumbi, o líder do Quilombo de Palmares, que morreu nesse dia, em 1695.

A data da morte de Zumbi dos Palmares, descoberta por historiadores no início da década de 1970, motivou membros do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em um congresso realizado em São Paulo, no ano de 1978, a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por direitos que os afro-brasileiros reivindicam.

Com isso, o 20 de novembro tornou-se a data para celebrar e relembrar a luta dos negros contra a opressão no Brasil, e o Treze de Maio, data em que a abolição da escravatura aconteceu, foi deixado de escanteio. O argumento utilizado é que o Treze de Maio representa uma “falsa liberdade”, uma vez que, após a Lei Áurea, os negros foram entregues à própria sorte e ficaram sem nenhum tipo de assistência do poder público.

As celebrações referentes a Consciência Negra surgiram nas lutas dos movimentos sociais contra o racismo na metade da década de 70. Oliveira Silveira foi um intelectual e ativista do Rio Grande do Sul, que pesquisou sobre a história do negro no Brasil e identificou que a data da morte de Zumbi dos Palmares, 20 de novembro, tinha requisitos que apresentavam orgulho para a população negra.
Junto com outros ativistas, mobilizaram o movimento negro e sugeriram esse dia como dia Nacional da Consciência Negra.

Em 1971, foi proposto que nessa data fosse comemorado o valor da comunidade negra e sua fundamental contribuição ao país.
O dia 20 de novembro se torna um dia para homenagear o líder na época dos quilombos. Fortalecendo mitos e referências históricas da cultura e trajetórias negra no Brasil e também trazer referências para lideranças atuais. Surge como uma iniciativa de gerar reflexão para as questões raciais no Brasil.

Em 2003, o Dia da Consciência Negra entrou no calendário escolar com a lei 10639/2003, que torna obrigatório o ensino de história e cultura afro brasileira nas escolas.

CURIOSIDADES  – Karla Neto

Você sabe por que aparece afta na boca?

Algumas possíveis causas para o aparecimento da lesão podem ser: alimentos mais condimentados, frutas cítricas/ácidas, estresse, mudanças hormonais nos ciclos da mulher, traumas mecânicos por pontas pontiagudas, escovas dentais, queimaduras por alimentos sólidos ou líquidos, predisposição genética familiar, refluxos, estomacais, ansiedade, uso de alguns medicamentos, substâncias que queimam, vírus e bactérias.

A afta é uma lesão de formato arredondado ou ovalado na boca. Ela é recoberta por uma membrana com uma tonalidade branca ou amarelada e uma leve mancha vermelha ao redor. A afta pode surgir tanto na parte interna da boca quanto na língua.

Pessoas com afta geralmente sentem dor e incômodo na região, principalmente no ato de falar ou comer. A afta dura normalmente entre 5 a 15 dias, desaparecendo após esse período. sem deixar alguma cicatriz ou marca característica.

É importante destacar que a afta não é contagiosa. Portanto, uma pessoa com afta pode naturalmente compartilhar talheres ou beijar, por exemplo, levando uma rotina normal. Também pode indicar que a imunidade do paciente está em baixa. Nesse caso, a afta se manifesta como um sinal de alerta demonstrando que o corpo não está em seu pleno desempenho. Aparecem em qualquer idade e com mais frequência no sexo feminino.

É importante diferenciar a lesão da afta da lesão provocada pelo herpes, pois são bem diferentes. Outras lesões sugestivas de aftas também ocorrem por dentes mal posicionados na arcada dentária, restaurações fraturadas, bordas cortantes dos dentes, dentes cariados, próteses mal adaptadas, mordidas acidentais, hábito de sucção do lábio e língua.

Como forma de tratamento, destaca-se a higiene bucal adequada, alimentação menos ácida, com sucos naturais não cítricos, uso de enxaguatórios sem álcool; pomadas ou cremes e analgésicos devem ser prescritos pelo dentista e aliviam os sintomas de dor.

Saiba aqui alguns benefícios de consumir a ameixa: Veja!

Contém minerais como magnésio, potássio, ferro, zinco, cálcio e fósforo. Portanto, beneficia também a visão, o sistema imunológico, e o fortalecimento ósseo. Ela ajuda a controlar os níveis de açúcar e colesterol, previne a anemia e auxilia a perda de peso.

Consumir até cinco ameixas secas por dia pode ajudar no controle de peso. Fortalecimento da imunidade: Tanto a ameixa seca quanto a fresca são ricas em antioxidantes e vitaminas, como a vitamina C, que fortalecem o sistema imunológico, ajudando a prevenir gripes e resfriados.

A ameixa é uma fruta rica em fibras, flavonoides e carotenoides, que são nutrientes e compostos bioativos que trazem muitos benefícios para a saúde, como combater a prisão de ventre, controlar a pressão arterial, facilitar o emagrecimento e evitar a diabetes.

  1. Diminuir o colesterol e triglicerídeos
    As fibras, presentes em boas quantidades na ameixa, favorecem a diminuição dos níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue, porque reduzem a absorção da gordura dos alimentos e inibem a formação do colesterol no fígado.
  2. Prevenir o envelhecimento precoce
    A ameixa tem boas quantidades de antioxidantes, como flavonoides e carotenos, que ajudam a prevenir o envelhecimento precoce por combaterem o excesso de radicais livres do organismo, evitando, assim, o surgimento de rugas e flacidez na pele
  3. Evitar a diabetes
    A ameixa ajuda a prevenir a resistência à insulina e a diabetes, por conter fibras que diminuem a velocidade de absorção dos carboidratos dos alimentos, equilibrando os níveis de glicose no sangue.

Tipos de ameixa

Os tipos mais comuns de ameixa são:

Ameixa amarela: esse tipo de ameixa tem a casca e polpa amarelas e contém boas quantidades de carotenoides, como luteína e zeaxantina. Além disso, o sabor dessa ameixa é adocicado;
Ameixa preta: com boas quantidades de flavonoides, como quercetina, antocianina e flavonol, a ameixa preta tem a casca preta e a polpa amarela, e um sabor doce;

Ameixa vermelha: essa ameixa pode ter a casca vermelha e a polpa vermelha ou amarela. Sendo rica em flavonoides, a ameixa vermelha tem um sabor que varia entre doce, doce-acidulado e agridoce.

 

CÃES ROBÔ PATRULHAM A MANSÃO DE TRUMP

 

História de Lily Jamali – Correspondente de tecnologia da BBC News na América do Norte BBC News Brasil

Este cão-robô está ajudando as autoridades a proteger o presidente eleito, Donald Trump, em sua residência na Flórida

Este cão-robô está ajudando as autoridades a proteger o presidente eleito, Donald Trump, em sua residência na Flórida© Reuters

Um cão-robô chamado “Spot”, fabricado pela Boston Dynamics, é a mais recente ferramenta no arsenal do Serviço Secreto dos Estados Unidos.

O dispositivo foi visto recentemente patrulhando o perímetro de Mar-a-Lago, residência e clube privado do presidente eleitoDonald Trump, em Palm Beach, na Flórida.

Eles não têm armas, e cada um pode ser controlado remotamente ou automaticamente, desde que sua rota seja pré-programada.

Os transeuntes são alertados por um aviso em cada pata de Spot: “DO NOT PET”, que pode ser traduzido como “não faça festa ou carinho”.

“Não sei se alguém se sente tentado a acariciar estes cães-robôs. Eles não parecem fofos”, diz Melissa Michelson, cientista política do Menlo College, nos EUA.

O vídeo de Spot desfilando pela propriedade se tornou viral no TikTok — com reações que variam de chamá-lo de legal e fofo a assustador — e se tornou motivo de piada em programas de televisão americanos. Mas sua missão não é brincadeira.

“Proteger o presidente eleito é uma prioridade máxima”, afirmou Anthony Guglielmi, chefe de comunicação do Serviço Secreto dos EUA, em declaração à BBC.

Nos meses que antecederam as eleições presidenciais americanas, Trump foi alvo de duas aparentes tentativas de assassinato. A primeira ocorreu durante um comício em Butler, na Pensilvânia, em julho; e a outra aconteceu no campo de golfe de Mar-a-Lago, em setembro.

Citando “preocupação com a segurança operacional”, o Serviço Secreto se recusou a responder às perguntas específicas da BBC sobre o uso de cães-robôs na segurança de Trump, incluindo quando a agência começou a usar o dispositivo em sua principal residência.

A Boston Dynamics também se recusou a responder perguntas específicas, embora tenha confirmado que o Serviço Secreto estava usando seu robô Spot.

Uma agente do Serviço Secreto interage com Spot em Mar-a-Lago

Uma agente do Serviço Secreto interage com Spot em Mar-a-Lago© Reuters

Mas por que o Serviço Secreto os estaria usando agora?

Ron Williams, ex-agente do Serviço Secreto que agora é CEO da empresa de segurança e gerenciamento de riscos Talon Companies, suspeita que as tentativas de assassinato contra Trump reforçaram a urgência de “atualizar a tecnologia que pode melhorar a capacidade de detectar e deter”, diz Williams.

Em Mar-a-Lago, onde grande parte da propriedade fica exposta, ele acredita que os cães-robôs já deveriam ter sido implementados há muito tempo. “Eles podem cobrir uma área muito maior” do que os seres humanos sozinhos, ele explica.

Williams espera que os cães-robôs se tornem mais comuns com o tempo.

E não se trata apenas do Serviço Secreto. Segundo ele, os cães-robôs têm se tornado um recurso cada vez mais usado por militares e órgãos de segurança pública em todo o mundo.

Um esquadrão antibombas no condado de Montgomery, na Pensilvânia, que comprou o Spot no primeiro semestre, utiliza o dispositivo para inspecionar possíveis explosivos, de acordo com os materiais promocionais da Boston Dynamics.

No ano passado, o Departamento de Polícia de Nova York investiu na aquisição de cães-robôs para integrar sua força, apesar das críticas de “exagero distópico do poder policial”, de acordo com a revista Wired.

Do outro lado do globo, a Ucrânia os utilizou para realizar operações de reconhecimento no conflito em andamento, desencadeado pela invasão russa em 2022, segundo reportagem do Kyiv Post.

O Spot é conhecido por sua agilidade. Ele pode subir e descer escadas, além de passar por espaços apertados. Pode até mesmo abrir portas.

Mas sua habilidade de revelar ameaças em potencial é um dos principais motivos pelos quais tantas agências parecem dispostas a pagar até US$ 75 mil (R$ 432 mil) pelo dispositivo.

Guglielmi, chefe de comunicação do Serviço Secreto, afirmou que os cães-robôs estavam “equipados com tecnologia de vigilância e uma série de sensores avançados que dão suporte às nossas operações de proteção”.

O dispositivo vem equipado com várias câmeras que geram um mapa em 3D do seu entorno, de acordo com os materiais promocionais da Boston Dynamics, e também pode ter recursos extras, como sensor térmico.

Mas nada disso acontece sem um mestre humano.

“Eles têm basicamente um joystick que controla o cão-robô enquanto ele anda”, afirma Missy Cummings, professora de engenharia da Universidade George Mason, que administra o Centro de Autonomia e Robótica da instituição. O Spot também pode se mover automaticamente ao longo de rotas predefinidas.

Diferentemente de seus equivalentes humanos e caninos de verdade, os cães-robôs não se distraem com cenas, sons ou cheiros que encontram.

Mas, apesar de seus vários recursos impressionantes, os dispositivos podem ser desativados.

“Basta borrifar spray de cabelo da Aqua Net (marca americana) na ‘cara’ deles”, diz Cummings.

“Isso seria suficiente para impedir que as câmeras funcionassem corretamente.”

Embora o cão-robô avistado em Mar-a-Lago não esteja armado, ela afirma que os concorrentes parecem estar testando modelos que estão.

“As pessoas estão tentando transformar estes cães em armas”, acrescenta Cummings, citando um modelo chinês com um rifle acoplado, do qual ela tomou conhecimento durante um encontro sobre robótica nesta semana.

Eles não estão prestes a substituir os seres humanos, diz Melissa Michelson, que compara os dispositivos à tecnologia de direção assistida em alguns veículos.

“Não temos muita fé na capacidade dos carros de dirigirem sozinhos”, afirma Michelson.

Não é à toa que agentes do Serviço Secreto foram vistos patrulhando ao lado de Spot em Mar-a-Lago.

“Ainda precisamos desses seres humanos nos bastidores para usar o julgamento humano e poder intervir se houver uma falha tecnológica”, ela argumenta.

MARCAS NÃO FALHAM POR FATORES ISOLADOS IGNORAM A COMPLEXIDADE DO MERCADO E SUBESTIMAM OS CLIENTES

 

Alexandre Poseddon – Especialista em Marcas

A era do marketing de propósito trouxe uma nova regra: seja autêntico ou prepare-se para o fracasso. Quando o propósito não passa de uma promessa vazia, o preço de ignorar a autenticidade e a conexão com o público é o fracasso!

Quando falamos sobre o fracasso de marcas, é tentador apontar razões óbvias: má gestão, falta de inovação, desatenção às mudanças do mercado. No entanto, se formos a fundo, percebemos que o buraco é mais embaixo – e talvez até mais humano. Marcas não falham apenas por fatores isolados, mas por uma combinação de decisões que ignoram as complexidades do mercado, subestimam o cliente e, muitas vezes, traem os próprios valores. Ao explorar esses temas, fica claro que os motivos vão além das estatísticas: o fracasso revela a desconexão entre o propósito da marca e a realidade.

A promessa vazia: por que propósito é mais do que uma moda passageira

Hoje, muitos CEOs insistem em propósitos de marca, mas poucos realmente entendem o que isso significa. A questão não é ter um “propósito” – é como ele é executado e vivido no dia a dia da empresa. Um propósito bem fundamentado vai além de slogans e campanhas publicitárias: ele exige autenticidade. Um exemplo clássico do que não fazer é a campanha da Pepsi de 2017, protagonizada por Kendall Jenner. A marca tentou se apropriar de um movimento social, mas o fez de maneira superficial e desrespeitosa, resultando em uma avalanche de críticas. Aqui, a empresa revelou um equívoco perigoso: ao tentar se conectar com um público engajado, não foi autêntica e acabou por alienar seus próprios consumidores. Se o propósito não é genuíno, ele não apenas fracassa – ele se torna motivo de vergonha pública.

O estudo da Accenture de 2019 traz dados relevantes: 63% dos consumidores preferem marcas com posicionamento claro e alinhado a causas sociais. Mas não se engane: eles também detectam quando essa conexão é forçada. Propósito não é algo que se finge, e as empresas que tentam “comprar” essa autenticidade encontram um público cada vez mais crítico.

Falta de visão: a paralisia frente à mudança

Se há uma lição que Blockbuster deixou para o mundo é a importância de enxergar além do “agora”. Ao ignorar o crescimento do streaming, a empresa perdeu a chance de se reinventar. E, pior, assumiu que a necessidade dos consumidores de visitar uma loja física nunca mudaria. Blockbuster não falhou por uma simples falta de inovação; falhou porque seus líderes estavam presos a um modelo que, para eles, parecia inabalável. Nesse caso, o fracasso é uma mistura de miopia e teimosia.

Harvard Business Review abordou esse fenômeno em um artigo sobre “A Ilusão da Estabilidade do Mercado” (2006), que aponta que empresas que confiam na estabilidade do mercado são as mais vulneráveis ao fracasso. Blockbuster exemplifica perfeitamente esse ponto: ao não ver a iminente transformação digital, abriu caminho para que a Netflix dominasse o mercado de entretenimento. E aqui a ironia é quase amarga – a empresa teve a oportunidade de comprar a Netflix e recusou, numa combinação fatal de arrogância e falta de visão.

A cultura da arrogância: quando a confiança se torna cegueira

Muitas empresas de sucesso se tornam vítimas de sua própria arrogância. Quando uma marca acredita que sua popularidade é invencível, começa a desconectar-se do público que a fez crescer. A Abercrombie & Fitch, por exemplo, construiu uma imagem elitista, que acabou se virando contra ela. Em 2013, o então CEO Mike Jeffries afirmou que a marca era “para pessoas populares e atraentes”, alienando uma geração que começou a valorizar diversidade e inclusão.

Esse excesso de confiança é perigoso porque mascara uma desconexão fundamental com o consumidor. O estudo “Brand Relevance Index”, da consultoria Prophet, demonstra que marcas conectadas aos clientes são mais valorizadas e têm melhor desempenho. Contudo, empresas como a Abercrombie ignoram esse sinal, acreditando que um público fiel não se cansará. E, muitas vezes, a queda só se torna perceptível quando o estrago já foi feito.

Quando a estrutura organizacional vira âncora

Um dos grandes dilemas corporativos é que, à medida que uma empresa cresce, suas estruturas se tornam mais rígidas. O que deveria ser um suporte se transforma em um peso. A Kodak é um exemplo clássico desse problema. Mesmo tendo desenvolvido a tecnologia de câmeras digitais, a empresa se recusou a adotar o digital, temendo que isso comprometesse seu lucrativo negócio de filmes fotográficos. A ironia? Enquanto ela hesitava, Canon e Sony avançavam com câmeras digitais e dominaram o mercado.

O relatório do Boston Consulting Group de 2021 aponta que empresas com estruturas organizacionais flexíveis são mais capazes de se adaptar e inovar. No entanto, a Kodak mostrou que estruturas pesadas e falta de visão podem comprometer até mesmo as melhores inovações. A empresa literalmente tinha a chave para o futuro, mas decidiu guardá-la em um cofre.

Promessas vagas e a falta de clareza no valor entregue

Um erro que pode parecer menos evidente, mas é fatal, é a falta de clareza na proposta de valor. Marcas que não comunicam seu diferencial ou se perdem em promessas vagas acabam falhando em construir uma base sólida de clientes. A rede J.C. Penney, por exemplo, viveu isso. Em 2011, a empresa tentou mudar sua estratégia, eliminando descontos e promoções, um movimento que confundiu clientes fiéis e afastou consumidores. O resultado foi uma queda nas vendas e uma imagem de marca desgastada.

A McKinsey destaca em sua pesquisa que 75% dos consumidores preferem marcas que têm uma proposta de valor clara. Quando uma marca falha em demonstrar seu diferencial, ela se torna irrelevante. No caso da J.C. Penney, a mudança de direção não teve uma mensagem clara e, pior ainda, parecia uma traição aos clientes habituais.

Em busca de uma conexão genuína com o público

As falhas de marcas que já foram ícones no mercado trazem uma lição importante: sucesso não é uma linha reta. Uma marca precisa ser adaptável, transparente e, acima de tudo, autêntica. O que esses casos nos mostram é que o fracasso não acontece apenas por uma falta de inovação ou de visão. Ele é, na verdade, um reflexo de uma desconexão fundamental com o consumidor.

Empresas que entendem e respeitam o consumidor, que não têm medo de inovar e que trabalham para entregar valor verdadeiro, têm mais chances de sobreviver em um mercado competitivo. Não se trata apenas de reagir às mudanças, mas de se conectar com as pessoas que compõem seu público e de não subestimar o poder das decisões estratégicas. Afinal, como diria o ditado, o verdadeiro sucesso de uma marca não é alcançado ao pisar no topo – é sustentado ao permanecer conectada a quem a colocou lá.

Quem é Alexandre Poseddon

Alexandre Poseddon é o estrategista por trás de campanhas que alavancaram diversas personalidades públicas, desde influenciadores com mais de 10 milhões de seguidores até políticos eleitos entre os mais votados do país. Com mais de 15 anos de experiência, Alexandre possui uma trajetória premiada no marketing. Atualmente, é diretor de marketing da P1LED, onde aplica sua visão estratégica para transformar empresas, elevando seu posicionamento no mercado com uma abordagem que combina autenticidade e conexão real com o público

CARACTERÍSTICAS DA VALEON

Perseverança

Ser perseverante envolve não desistir dos objetivos estipulados em razão das atividades, e assim manter consistência em suas ações. Requer determinação e coerência com valores pessoais, e está relacionado com a resiliência, pois em cada momento de dificuldade ao longo da vida é necessário conseguir retornar a estados emocionais saudáveis que permitem seguir perseverante.

Comunicação

Comunicação é a transferência de informação e significado de uma pessoa para outra pessoa. É o processo de passar informação e compreensão entre as pessoas. É a maneira de se relacionar com os outros por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação é o ponto que liga os seres humanos para que eles possam compartilhar conhecimentos e sentimentos. Ela envolve transação entre pessoas. Aquela através da qual uma instituição comunica suas práticas, objetivos e políticas gerenciais, visando à formação ou manutenção de imagem positiva junto a seus públicos.

Autocuidado

Como o próprio nome diz, o autocuidado se refere ao conjunto de ações que cada indivíduo exerce para cuidar de si e promover melhor qualidade de vida para si mesmo. A forma de fazer isso deve estar em consonância com os objetivos, desejos, prazeres e interesses de cada um e cada pessoa deve buscar maneiras próprias de se cuidar.

Autonomia

Autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias escolhas. Neste caso, a autonomia indica uma realidade que é dirigida por uma lei própria, que apesar de ser diferente das outras, não é incompatível com elas.

A autonomia no trabalho é um dos fatores que impulsionam resultados dentro das empresas. Segundo uma pesquisa da Page Talent, divulgada em um portal especializado, 58% dos profissionais no Brasil têm mais facilidade para desenvolver suas tarefas quando agem de maneira independente. Contudo, nem todas as empresas oferecem esse atributo aos colaboradores, o que acaba afastando profissionais de gerações mais jovens e impede a inovação dentro da companhia.

Inovação

Inovar profissionalmente envolve explorar novas oportunidades, exercer a criatividade, buscar novas soluções. É importante que a inovação ocorra dentro da área de atuação de um profissional, evitando que soluções se tornem defasadas. Mas também é saudável conectar a curiosidade com outras áreas, pois mesmo que não represente uma nova competência usada no dia a dia, descobrir novos assuntos é uma forma importante de ter um repertório de soluções diversificadas e atuais.

Busca por Conhecimento Tecnológico

A tecnologia tornou-se um conhecimento transversal. Compreender aspectos tecnológicos é uma necessidade crescente para profissionais de todas as áreas. Ressaltamos repetidamente a importância da tecnologia, uma ideia apoiada por diversos especialistas em carreira.

Capacidade de Análise

Analisar significa observar, investigar, discernir. É uma competência que diferencia pessoas e profissionais, muito importante para contextos de liderança, mas também em contextos gerais. Na atualidade, em um mundo com abundância de informações no qual o discernimento, seletividade e foco também se tornam grandes diferenciais, a capacidade de analisar ganha importância ainda maior.

Resiliência

É lidar com adversidades, críticas, situações de crise, pressões (inclusive de si mesmo), e ter capacidade de retornar ao estado emocional saudável, ou seja, retornar às condições naturais após momentos de dificuldade. Essa é uma das qualidades mais visíveis em líderes. O líder, mesmo colocando a sua vida em perigo, deve ter a capacidade de manter-se fiel e com serenidade em seus objetivos.

Nossos contatos: Fones: (31) 3827-2297 e (31) 98428-0590 (Wpp)

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terça-feira, 19 de novembro de 2024

ESCALA 6X1 É CONTRÁRIA AO AVANÇO NO MERCADO DE TRABALHO

História de Francisco Carlos de Assis e Daniel Tozzi Mendes – Jornal Estadão

O presidente do Banco Central (BC)Roberto Campos Neto, voltou nesta segunda-feira, 18, a manifestar preocupação com um eventual avanço do debate que toma como base a proposta de emenda à Constituição que estabelece o fim da jornada de trabalho de 6 dias e trabalho por um de descanso, a chamada escala 6×1. De acordo com o banqueiro central, a proposta caminha na mão contrária dos avanços conquistados na esteira da reforma trabalhista — realizada no governo de Michel Temer (2016-2018). Ele participou até o início da tarde desta segunda-feira de evento realizado pela Consulting House em São Paulo.

A propósito, segundo Campos Neto, o bom momento pelo qual passa o mercado de trabalho se deve às reformas feitas no Brasil. Atualmente o País conta com uma das menores taxas de desemprego de sua história.

“O bom momento do mercado de trabalho se deve às reformas feitas no Brasil”, disse o presidente do BC.

O debate sobre a redução da jornada de trabalho no País ganhou força nos últimos dias porque a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) já conseguiu o número de assinaturas de seus pares necessário (171) para que sua proposta de emenda à Constituição para a redução da jornada de 6 dias de trabalho por um de descanso possa ser aceita pela Câmara.

Campos Neto comentou sobre expectativas da economia Foto: Alex Silva / Estadão

Campos Neto comentou sobre expectativas da economia Foto: Alex Silva / Estadão© Fornecido por Estadão

Pela proposta da parlamentar do PSOL, a jornada de trabalho, caso aprovada a sua alteração, passaria ser de quatro dias de trabalho por três de descanso, ou seja 4×3.

Ao comentar as expectativas em torno de crescimento e inflação, Campos Neto disse que os elevados preços dos insumos têm levado os agentes da economia real se revelarem mais pessimistas do que os agentes do mercado financeiro.

Os efeitos do cenário global

No mesmo evento em São Paulo, o presidente do BC afirmou que os bancos centrais ao redor do mundo têm se debruçado sobre a discussão a respeito do que aconteceria com a política monetária se a economia mundial começasse a contrair daqui para a frente.

Campos Neto contextualizou que, em momentos em que há certo esfriamento da atividade, os governos costumam agir com expansão fiscal.

O momento atual, contudo, não é dos mais propícios para isso, na avaliação de Campos Neto, entre outras coisas, porque o nível da dívida dos países já está muito alto.

“Fato é que isso significa que alguns bancos centrais estão pensando qual será nossa ‘caixa de ferramentas’ daqui para frente. Será que nós vamos poder usar as mesmas ferramentas que fizemos no passado?”, questionou o chefe do BC brasileiro. “Existe hoje um questionamento que talvez tenha menos grau de liberdade para frente”, complementou.

 

TRUMP VAI ACABAR COM SUBSÍDIO GOVERNAMENTAL PARA OS CARROS ELÉTRICOS

 

História de Lisa Friedman – Jornal Estadão

A equipe de transição do presidente eleito Donald Trump está explorando uma série de medidas para dificultar a competitividade dos veículos elétricos em relação aos movidos a gasolina, culminando com a eliminação de um subsídio de US$ 7,5 mil para pessoas que compram veículos elétricos, de acordo com três pessoas com conhecimento direto dos planos.

Harold G. Hamm, um bilionário do petróleo, tem discutido o crédito de US$ 7,5 mil com a equipe de Trump. Hamm é o fundador e presidente da Continental Resources, uma das maiores empresas petrolíferas independentes dos Estados Unidos. O crescimento do mercado dos veículos elétricos representa uma ameaça para o setor de petróleo e gás. De acordo com a Agência Internacional de Energia, a adoção global de veículos elétricos poderia reduzir a demanda de petróleo em quase 6 milhões de barris por dia até 2030.

Elon Musk (E), aliado de Trump, é contra os subsídios aos elétricos Foto: Alex Brandon/AP

Elon Musk (E), aliado de Trump, é contra os subsídios aos elétricos Foto: Alex Brandon/AP

O crédito fiscal para veículos elétricos também é combatido por outro aliado importante de Trump, Elon Musk, o dono da Tesla. Em julho, ele disse que a eliminação do subsídio prejudicaria a Ford, a GM e outros concorrentes de sua empresa.

Trump não pode eliminar unilateralmente os créditos fiscais para veículos elétricos. Isso porque eles fazem parte da Lei de Redução da Inflação, que o presidente Joe Biden sancionou em 2022. O Congresso teria de alterá-la ou aprovar uma nova lei para eliminar os créditos.

Mas, se você tinha um veículo elétrico em sua lista de Natal e esperava usar o subsídio, os observadores políticos disseram que seria prudente comprar antes de janeiro, dada a incerteza sobre sua durabilidade.

Aqui estão cinco coisas que você deve saber sobre os subsídios para veículos elétricos:

Como funcionam os créditos fiscais para veículos elétricos

De acordo com a lei, os consumidores podem reduzir o preço de compra de um veículo elétrico, híbrido plug-in ou de célula de combustível em até US$ 7,5 mil para um veículo novo e até US$ 4 mil para um veículo usado. Há algumas restrições. Para se qualificar, os compradores devem adquirir o veículo para uso próprio, não para revenda.

O crédito está disponível somente para contribuintes cuja renda bruta não exceda US$ 300 mil por ano para casais; US$ 225 mil para chefes de família; ou US$ 150 mil para solteiros.

O veículo deve ser montado na América do Norte, e suas baterias também devem ser fabricadas na América do Norte. Ele também deve atender aos requisitos de fornecimento de lítio e outros minerais essenciais.

O governo Biden criou um site que lista as marcas e modelos elegíveis.

O que Elon Musk quer

Musk, o homem mais rico do mundo, CEO da Tesla e um dos maiores apoiadores de Trump, quer que os créditos fiscais para veículos elétricos sejam eliminados.

Ao contrário de seus concorrentes, como a Ford e a GM, a Tesla não depende muito dos subsídios. Alguns modelos da Tesla não se qualificam para eles por conta das várias exigências, incluindo a de que os veículos não tenham componentes fabricados na China. A Tesla também teve uma enorme vantagem na produção e construiu uma ampla rede de estações de recarga, o que lhe confere um apelo de mercado maior do que o de seus concorrentes, segundo analistas.

“Acho que seria devastador para nossos concorrentes e para a Tesla”, disse Musk em uma teleconferência em julho, durante a qual ele especulou sobre o impacto do fim dos créditos fiscais. “Mas, a longo prazo, provavelmente ajudaria a Tesla, seria meu palpite.”

O que os outros fabricantes de automóveis querem

A Alliance for Automotive Innovation (Aliança para Inovação Automotiva), que representa 42 montadoras que produzem cerca de 97% dos veículos novos nos Estados Unidos, quer manter os créditos fiscais para veículos elétricos.

Em uma carta aos congressistas republicanos, a organização afirmou que os créditos são fundamentais para manter a competitividade.

Os economistas argumentaram que a eliminação do crédito fiscal para carros elétricos e outras partes das políticas climáticas de Biden acabariam ajudando a China, colocando em risco centenas de bilhões de dólares em investimentos em fábricas que foram feitos nos Estados Unidos e enviando esse trabalho para outros países, incluindo a China.

Jennifer Granholm, secretária de energia de Biden, disse que os Estados Unidos estão tentando construir uma cadeia de suprimentos doméstica para baterias e veículos elétricos desde a aprovação da lei climática.

“Você elimina esses créditos e o que você faz?”, disse ela. “Você acaba cedendo o território para outros países, especialmente para a China.”

Então, por que visar os veículos elétricos?

Os veículos elétricos estão agora completamente inseridos nas guerras culturais dos Estados Unidos.

No início de sua campanha presidencial, Trump aproveitou os veículos elétricos como uma espécie de substituto para as políticas climáticas de Biden, ao criticá-los por serem caros e ineficazes. Outros republicanos seguiram o exemplo e atacaram tanto os veículos movidos a bateria quanto as pessoas que os promovem.

“Democratas como Pete Buttigieg querem emascular a maneira como dirigimos e forçar todos vocês a dependerem de veículos elétricos”, disse a deputada republicana Marjorie Taylor Greene, em um comício de Trump em Detroit no ano passado.

Buttigieg, o secretário de transportes, é homossexual, e a escolha da palavra pareceu a muitos observadores uma tentativa de questionar sua masculinidade – e, por extensão, a masculinidade de qualquer pessoa que não esteja dirigindo um carro que não tenha um motor de combustão.

No final da campanha, à medida que Trump se aproximava de Musk, a postura do presidente eleito se suavizou um pouco. “Estou sempre falando sobre veículos elétricos, mas não quero dizer que sou contra eles – sou totalmente a favor deles”, disse Trump em um comício em julho. “Eu já os dirigi e eles são incríveis, mas não são para todo mundo.”

Como Trump pode acabar com os subsídios?

Enquanto espera que o Congresso elimine os subsídios, uma vez no cargo, Trump pode dificultar o acesso e o uso do dinheiro pelos consumidores.

Seu governo pode emitir novas orientações que eliminem o crédito fiscal para veículos elétricos adquiridos via leasing.

“Isso provavelmente é fato consumado, porque basta uma ligação da Casa Branca”, disse Mike Murphy, um agente republicano veterano que apoia os veículos elétricos.

Ele disse que, como um grande número de vendas de veículos elétricos é feito para empresas de leasing, a eliminação da cláusula “rapidamente jogaria água fria nas novas vendas”. O novo governo também poderia tirar do ar sites que informam os consumidores sobre como usar o crédito, semeando confusão.

Espera-se que os legisladores usem a “reconciliação”, uma manobra parlamentar que permite a aprovação de projetos de lei sobre impostos e gastos com maioria simples. É a mesma tática legislativa que os democratas usaram para aprovar o projeto de redução da inflação sem os votos dos republicanos.

“Eles vão agir com bastante rapidez, pelo que me disseram”, disse Thomas J. Pyle, presidente da American Energy Alliance, um grupo conservador de pesquisa de energia, sobre os republicanos. Ele previu um projeto de lei orçamentária “monstruoso” que terá como objetivo cortar os créditos fiscais para veículos elétricos, bem como os subsídios para energia eólica, solar e outras energias limpas, a fim de abrir caminho para a próxima rodada de cortes de impostos de Trump.

“O presidente Biden abriu o precedente para isso”, disse Pyle. “Não há nada que os democratas possam fazer ou dizer sobre isso. A questão é o quanto os republicanos estarão unidos, e eu suspeito que, no início, eles estariam, para dar a Donald Trump sua lua de mel.”

MUDANÇAS CLIMÁTICAS E CONTRIBUIÇÃO DOS PAÍSES

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