segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

RUSSIA USOU INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA CONTRA A UCRÂNIA

 

  1. Internacional 

Em pouco menos de um dia, a aviação de Moscou neutralizou de 14 a 17 instalações de defesa em vários pontos do território ucraniano

Roberto Godoy, O Estado de S.Paulo

Os aparelhos se calam primeiro. Televisores ficam sem imagem, os rádios, sem som. Os celulares silenciam. E os computadores param. Às vezes, logo depois, é possível ouvir o ronco grave das turbinas dos aviões. Mas, na maioria das ocasiões, nem isso. O apagão dura pouco. 

O momento seguinte é o da chegada dos mísseis que vêm para cegar os olhos eletrônicos da defesa antiaérea: estações de radar, pontos de sensores digitais a laser, detectores de sinais infravermelhos. 

Ataque em Dnipro, na Ucrânia
Os aparelhos se calam primeiro. Depois, os mísseis vêm para cegar os olhos eletrônicos da defesa antiaérea. Foto: Reuters – 24/2/2022

Foi assim na noite fria de quarta-feira na Ucrânia sob o ataque das formidáveis forças da Rússia. Em pouco menos de um dia de operações, a aviação de Moscou neutralizou de 14 a 17 instalações em vários pontos do território ucraniano. 

Bombardeios

Cada estação de radar emite um sinal próprio, tem uma assinatura eletrônica única. A bordo do míssil destinado a atingi-la há uma central digital programada para procurar essa identidade – que, naturalmente, estará protegida por recursos tecnológicos. Também estará guarnecida no terreno por mísseis e canhões antiaéreos.

Os caças usados nas missões terão sido provavelmente modelos supersônicos Sukhoi-24 e Sukhoi-27, configurados para atingir alvos no solo com mísseis especializados, antirradar. O arsenal russo tem vários modelos, com alcances entre 30 km e 130 km, levando cargas explosivas de 39 kg a 96 kg, conduzidos por um núcleo de busca “inteligente” de tecnologia secreta. De quebra, os jatos são armados com bombas guiadas. A intenção é atingir toda a instalação. 

Na Ucrânia, a rede de radares era relativamente moderna. Foi comprada nos anos 2000, com unidades fixas e móveis, sobre carretas e contêineres. Modernizada e expandida entre 2011 e 2017, deveria ter passado por um novo ciclo de atualização a partir de 2019. Isso não foi feito.

A empresa estatal local envolvida, Artem, de Kharkiv, não conseguiu um acordo com o fornecedor original do sistema – a Rússia. Encontrar os radares é sensores com certeza é uma tarefa mais fácil quando se tem acesso a informações sensíveis. Para o adido aeronáutico da embaixada no Brasil de um dos países da Europa, “atacar com informações privilegiadas de construtor fez da neutralização das defesas aéreas ucranianas uma tarefa com a dificuldade de pescar em um barril”.

DEVEMOS ELIMINAR OU ACUMULAR COISAS?

 

UOL EdTech

Se tem uma coisa que as metodologias ágeis propõem extensamente é a síntese. Produtos e projetos começam com a sua mínima entrega possível (MVP) e são aperfeiçoados a partir daí. Muitas vezes, porém, aperfeiçoar, é tirar aquilo que está sobrando ao invés de adicionar algo que não vai fazer tanta diferença.

Acontece que as pessoas, via de regra, têm mais medo de eliminar coisas do que de adicionar coisas. E, além de gerar sobrecarga, adicionar é lugar comum.

E é sobre isso que vamos falar hoje.

Otimizar é a palavra de ordem. Mas é bastante comum que, no processo de otimização de tarefas, projetos e produtos, os envolvidos acabem acrescentando coisas: novas etapas, funcionalidades e até novos stakeholders passam a ser envolvidos. O resultado disso é contrário ao objetivo inicial – ao invés de otimizar as coisas, elas acabam se tornando mais lentas e mais burocráticas.

O caminho mais curto e com menos obstáculos deveria ser a escolha de todos os profissionais e empresas na hora de desenvolver seus negócios. Mas se isso não está acontecendo, talvez seja hora de parar e avaliar os seguintes pontos:

Será que você não está tentando reinventar a roda?

Um estudo da Harvard Business Review levanta os principais motivos pelos quais as pessoas preferem acrescentar tarefas, funcionalidades ou etapas na hora de contribuir para um projeto ou produto: viés, distração e visibilidade.

O viés é a percepção de que adicionar gera mais valor que eliminar coisas. A distração faz com que você busque sempre o que é mais fácil – e sintetizar coisas nem sempre é simples. E a visibilidade é uma consequência: acrescentar pontos a um produto, projeto ou situação cria uma memória, enquanto que excluir esses mesmos itens elimina a fonte de comparação e, portanto, a lembrança de quem foi responsável pelo quê.

Na próxima vez que estiver numa situação de colaboração, se pergunte “estou acrescentando alguma coisa aqui porque faz sentido ou só porque eu acho que preciso acrescentar para gerar valor?”. Se for a segunda opção, você está reinventando a roda.

Com certeza alguém já fez algo semelhante

Sabe quando alguém fala que quer ser a Netflix da indústria X, ou o Uber da indústria Y? Esses são exemplos de coisas que alguém já fez e que podem auxiliar muito no processo de simplificar as coisas.

Além disso, fazer um benchmark com empresas e soluções que não fazem parte da sua base de concorrentes abre espaço para que o raciocínio seja simplificado.

É mais fácil para um interlocutor entender a sua ideia tendo uma referência do que você quer dizer do que quando você explica em muitos detalhes o que está na sua mente.

Menos esforço, mais criação

Uma das vantagens da acelerada transformação digital é a possibilidade de automatizar e prever coisas sem um grande investimento de energia humana nisso.

Automatizar processos e tarefas, além de facilitar o dia a dia de trabalho e abrir espaço de agenda para o verdadeiro trabalho criativo, também auxilia na tomada de decisão e nas mudanças de rota e de investimentos ao longo do caminho.

Quanto menos esforço empregado no processo, mais simples é sintetizar a entrega final.

Em resumo: quanto mais você exercita seu poder de síntese, menos tempo você perde em tarefas e discussões que não vão agregar valor nenhum.

Vendas pela internet com o site Valeon

Você empresário que já escolheu e ou vai escolher anunciar os seus produtos e promoções na Startup ValeOn através do nosso site que é uma Plataforma Comercial Marketplace aqui da região do Vale do Aço em Minas Gerais, estará reconhecendo e constatando que se trata do melhor veículo de propaganda e divulgação desenvolvido com o propósito de solucionar e otimizar o problema de divulgação das empresas daqui da região de maneira inovadora e disruptiva através da criatividade e estudos constantes aliados a métodos de trabalho diferenciados dos nossos serviços e conseguimos desenvolver soluções estratégicas conectadas à constante evolução do mercado.

Ao entrar no nosso site você empresário e consumidor terá a oportunidade de verificar que se trata de um projeto de site diferenciado dos demais, pois, “tem tudo no mesmo lugar” e você poderá compartilhar além dos conteúdos das empresas, encontrará também: notícias, músicas e uma compilação excelente das diversas atrações do turismo da região.

Insistimos que os internautas acessem ao nosso site (https://valedoacoonline.com.br/) para que as mensagens nele vinculadas alcancem um maior número de visitantes para compartilharem algum conteúdo que achar conveniente e interessante para os seus familiares e amigos.

Enquanto a luta por preservar vidas continua à toda, empreendedores e gestores de diferentes áreas buscam formas de reinventar seus negócios para mitigar o impacto econômico da pandemia.

São momentos como este, que nos forçam a parar e repensar os negócios, são oportunidades para revermos o foco das nossas atividades.

Os negócios certamente devem estar atentos ao comportamento das pessoas. São esses comportamentos que ditam novas tendências de consumo e, por consequência, apontam caminhos para que as empresas possam se adaptar. Algumas tendências que já vinham impactando os negócios foram aceleradas, como a presença da tecnologia como forma de vender e se relacionar com clientes, a busca do cliente por comodidade, personalização e canais diferenciados para acessar os produtos e serviços.

Com a queda na movimentação de consumidores e a ascensão do comércio pela internet, a solução para retomar as vendas nas lojas passa pelo digital.

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domingo, 27 de fevereiro de 2022

CIDADÃOS UCRANIANOS VÃO RESISTIR

 

Guerra no leste europeu

Por
Luis Kawaguti – Gazeta do Povo

Pessoas se reúnem em abrigo antiaéreo: nasce, ainda sem um nome específico, a resistência ucraniana| Foto: Acervo pessoal

A publicitária Maryna (ela prefere que seu sobrenome não seja divulgado, por questões de segurança) ouviu a explosão do primeiro míssil russo sobre a capital ucraniana, Kiev, às 5h30 da manhã da última quarta-feira. Aquela foi a última noite em que dormiu em casa, pois agora passa a maior parte de seu tempo em um abrigo antiaéreo ou ajudando a comunidade a se organizar para tentar resistir à invasão russa.

Por WhatsApp, ela contou a este colunista como foi o primeiro impacto do conflito: “Naquela hora, a informação sobre diversas explosões já estava na internet, mas ninguém ainda estava entendendo o que aquilo significava”.

O significado agora está claro para todo o planeta: a Europa testemunha a maior guerra aberta entre Estados (Rússia e Ucrânia) desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

“Os ucranianos ficaram muito unidos com essa situação: nós informamos uns aos outros sobre notícias de fontes oficiais, damos apoio a quem precisa, levantamos dinheiro, doamos sangue e participamos da defesa territorial”, disse ela.

Os primeiros dias da guerra foram marcados por uma corrida a supermercados, postos de gasolina e caixas eletrônicos. O trânsito ficou caótico, pois milhares de pessoas tentaram deixar Kiev de carro.

Ao menos 100 mil pessoas já deixaram o país, segundo a ONU. Enquanto isso, dezenas de milhares se dirigem às fronteiras.

Mas um grande número de cidadãos permanece em Kiev, e eles estão dispostos a defender sua capital. Segundo Maryna, as pessoas estão se organizando para lutar – seja com um fuzil na mão, fazendo trabalhos logísticos e de apoio à população ou em atividades de propaganda.

Nasce, ainda sem um nome específico, a resistência ucraniana.

Guerra convencional x guerra irregular
Até agora, o conflito na Ucrânia é uma “guerra convencional”, onde forças armadas profissionais se enfrentam usando blindados, mísseis e aviões.

Em tese, o objetivo da Ucrânia é conter a invasão russa e, no futuro, lançar um contra-ataque convencional para empurrar os russos para fora de suas fronteiras.

Mas muitos analistas militares acham que isso não vai acontecer devido ao poderio bélico de Moscou. O conflito pode se transformar então em uma guerrilha de resistência com o objetivo de desgastar os russos a longo prazo.

“O que eu posso dizer é que os ucranianos acreditam na força de seu exército!”, afirmou Maryna.

Segundo ela, as forças armadas ucranianas ganharam muito respeito e prestígio na sociedade desde 2014, quando o país perdeu parte das províncias de Donetsk e Lugansk, no leste, para rebeldes financiados e controlados por Moscou.

“Em primeiro lugar, vem a luta pela liberdade, mas ela é feita pelas tropas profissionais”, apontou.

Em paralelo às ações do Exército, o presidente Volodymyr Zelensky vem incentivando os civis de Kiev a ajudar na defesa da capital.

Ele disse que quem quisesse uma arma iria receber. Milhares de fuzis e metralhadoras foram entregues. Os órgãos de imprensa internacionais já exibem imagens de milícias civis que se organizaram para apoiar os militares no terreno.

Antes da invasão, centenas de civis, homens e mulheres, vinham passando por treinamento militar.

Na fronteira entre a Ucrânia e a Polônia, membros das milícias de defesa da Ucrânia estão pedindo aos poloneses botas, capacetes e coletes à prova de balas para organizar o que chamam de unidades de “defesa territorial”, segundo apurou este colunista.

Os ucranianos têm forte ligação com os poloneses e vêm recebendo esse tipo de doação de maneira informal ao longo da fronteira.

Tanto nas cidades de fronteira quanto na capital polonesa, Varsóvia, as pessoas estão chocadas com a violência das ações russas e tristes pelos amigos ucranianos. Ao falar dos vizinhos, os poloneses lembram de sua própria história. Durante o Levante de 1944, o Exército da Pátria (Armia Krajowa), formado em grande parte por civis, lançou uma revolta contra os nazistas durante a ocupação na Segunda Guerra Mundial.

Eles esperavam receber ajuda do Exército Vermelho, que se aproximava da cidade. Mas os soviéticos preferiram estacionar fora de Varsóvia e assistir aos rebeldes serem massacrados pelas forças nazistas. Para os soviéticos, seria melhor tomar uma cidade sem resistência local, que poderia se voltar contra eles no futuro.

Uma revolta planejada para durar semanas se estendeu por mais de 60 dias, até o massacre da maioria dos partisans e a rendição dos que haviam sobrado.

Assim como a Polônia na Segunda Guerra, a Ucrânia parece estar sendo abandonada à própria sorte. Mas essa é uma história antiga e a Ucrânia já tem seus próprios heróis: eles são 13 guardas de fronteira que, sozinhos, tentaram defender nesta semana a minúscula Ilha Zmiinyi, no Mar Negro.

Ainda não está claro se a história realmente aconteceu ou se é propaganda de guerra. Segundo a BBC, gravações de áudio mostram uma suposta conversa por rádio envolvendo uma embarcação russa e a equipe de guardas. Um tripulante russo teria dito: “Eu proponho que vocês abaixem suas armas e se rendam para evitar derramamento de sangue e vítimas desnecessárias. De outra maneira, vocês serão bombardeados”.

Ouve-se então uma pequena discussão entre os guardas no rádio, que teriam dito entre si: “Ok, então é isso”, e respondido: “Navio da Rússia, vá para o inferno!”.

Os 13 defensores da ilha teriam então sido abatidos por salvas de artilharia naval. Os áudios foram difundidos por autoridades ucranianas. Moscou, por sua vez, nega e diz que todos foram feitos prisioneiros.

O presidente Zelensky condecorou os 13 com o título póstumo de “Herói da Ucrânia”.

Na Rússia, o presidente Vladimir Putin tem feito comunicados destinados aos militares ucranianos. Ele instiga as tropas ucranianas a atacarem seu próprio governo, que Putin classifica como “uma gangue de drogados e neonazistas”.

Em uma gravação em vídeo difundida em redes sociais na manhã de sábado (26), o presidente ucraniano disse: “Nós não vamos baixar nossas armas. Nós vamos defender nosso Estado, porque a nossa arma é a nossa verdade. E a nossa verdade é que essa é a nossa terra, nosso país, nossas crianças e nós vamos defender tudo isso”.

Zelensky vem personificando e incentivando um senso de patriotismo atávico que caracteriza os povos eslavos, cujas nações foram forjadas no calor da guerra. Essa característica já resultou em atos de bravura e heroísmo extremo, como no Levante de 44 da Polônia. Mas também costuma resultar em desfechos sangrentos, com a aniquilação dos heróis.

O presidente ucraniano parece já ter compreendido que a ajuda de fora não virá ou será limitada a sanções econômicas e políticas, além de doação de armamentos de defesa e compartilhamento de informações de inteligência. Os Estados Unidos e seus aliados ocidentais querem evitar que o conflito se alastre pela Europa ou se transforme em uma nova guerra mundial e possivelmente nuclear.

Por isso, está totalmente nas mãos de Zelensky e de sua cúpula a decisão de lutar até o fim pela pátria ou capitular, evitando que o número de mortes chegue a patamares que só podem ser endereçados por meio de estimativas.

Ele pode aceitar o convite de Putin para negociar em Minsk, capital de Belarus. Mas o desfecho disso deve ser sua deposição e um cenário da Ucrânia desmilitarizada e possivelmente submissa a Moscou.

Zelensky também pode optar por uma guerra de defesa, com características de guerrilha, que se estenda por anos para desgastar a Rússia e fazê-la desistir da ocupação em algum momento – como ocorreu com os Estados Unidos no Afeganistão no ano passado.

Ainda não é possível saber quais serão as ações de Zelensky. O que não se esperava era que um presidente europeu tivesse que tomar esse tipo de decisão em pleno século XXI.


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UCRÂNIA DESARMADA FACILITA A INVASÃO RUSSA

Invasão russa
Por
Fábio Galão – Gazeta do Povo

Moradores de Kiev se concentram em estação do metrô para se proteger do bombardeio das forças russas| Foto: EFE/EPA/MIKHAIL PALINCHAK

Ao fim do primeiro dia da invasão russa na Ucrânia, o presidente do país, Volodymyr Zelensky, reclamou da falta de ajuda internacional e disse que os ucranianos estavam sendo obrigados a se defender “sozinhos” da agressão de Moscou, que ostenta um poderio militar muito superior ao da ex-república soviética.

Curiosamente, há 30 anos, a Ucrânia era a terceira maior potência nuclear do planeta, com cerca de 5 mil armas nucleares que haviam sido deixadas no país pela recém-extinta União Soviética.

Em dezembro de 1994, Rússia, Ucrânia, Reino Unido e Estados Unidos assinaram o Memorando de Budapeste, por meio do qual Kiev se comprometeu a se desfazer desse arsenal e os outros signatários, a não usar força militar contra os ucranianos e a respeitar a soberania e as fronteiras do país.

Pelo documento, qualquer agressão à Ucrânia seria respondida com a busca por uma ação de ajuda imediata junto ao Conselho de Segurança das Nações Unidas. Como se vê, apenas a Ucrânia respeitou sua parte no acordo, destruindo ou transferindo para a Rússia as armas nucleares que estavam no seu território.

“É difícil em história falar, com as informações que temos hoje, se a decisão foi certa ou errada. Entendo que a decisão naquele momento foi acertada, porque havia o contexto do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, então fazia todo o sentido para a Ucrânia e para diversos países entregar seu arsenal nuclear, como aconteceu nesse caso. Se isso não tivesse acontecido, talvez nem teríamos mais planeta, porque havia uma corrida em curso pela bomba atômica”, afirmou o advogado e professor Renato Ribeiro de Almeida, doutor em direito do Estado e mestre em direito político e econômico, que citou ainda o contexto do fim da União Soviética, quando “ninguém sabia quais seriam os países que ficariam com o espólio dela”.

A Rússia, é claro, desrespeita flagrantemente o acordo, porque antes da invasão iniciada na quinta-feira (24), já havia atentado em 2014 contra a soberania ucraniana ao anexar a Crimeia e apoiar separatistas na região de Donbass. Quanto à ajuda militar, o Conselho de Segurança das Nações Unidas ironicamente é presidido no momento pela Rússia, mas mesmo em outras instâncias o Ocidente não tem seguido o espírito de solidariedade à Ucrânia do memorando de 1994.

“Sabemos que, por mais que haja discordância com a Rússia e suas decisões, ninguém vai entrar em conflito direto com os russos porque teríamos um conflito de ordem nuclear. Os países europeus e principalmente os Estados Unidos estão repudiando [a invasão], impondo sanções econômicas, mas para além disso, eu tenho convicção de que não será feito nenhum tipo de escalada militar, a não ser que a Rússia entre em guerra com algum país da Otan, o que não deve ser o caso”, afirmou Almeida.

Em entrevista à NPR, a pesquisadora Mariana Budjeryn, da Universidade de Harvard, lembrou que um mecanismo de consulta previsto no Memorando de Budapeste foi acionado pela primeira vez em 2014, quando o presidente russo, Vladimir Putin, deflagrou as primeiras ações contra a Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, sequer compareceu a uma reunião em Paris para discutir o assunto.

“A Rússia argumenta que assinou [o memorando] com um governo diferente, não com este ‘ilegítimo’. Mas isso, é claro, não atende a nenhum tipo de critério legal internacional. Você não assina acordos com o governo, você assina com o país”, ponderou Budjeryn.

A pesquisadora argumentou que em 1994 teria custado muito à Ucrânia “tanto economicamente quanto em termos de repercussões políticas internacionais” manter o arsenal nuclear que estava no seu território.

“Mas na esfera pública, essas narrativas mais simplórias se firmam, a narrativa na Ucrânia, entre a população, é: ‘Tínhamos o terceiro maior arsenal nuclear do mundo, desistimos dele por este pedaço de papel e veja o que aconteceu’”, disse Budjeryn, que alertou que a agressão a um país que aceitou se desnuclearizar “envia um sinal muito errado para outros países, que podem querer buscar armas nucleares”.

Para Andriy Zahorodniuk, ex-ministro da Defesa da Ucrânia, o país desistiu da sua capacidade nuclear “por nada”. “Agora, toda vez que alguém nos oferece para assinar um pedaço de papel, a resposta é: ‘Muito obrigado. Nós já assinamos um desses faz algum tempo’”, ironizou, em entrevista ao New York Times.

O governo de Putin alega, sem apresentar provas, que a Ucrânia tem planos de voltar a ter armas nucleares.


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O NÚMERO DE HOMICÍDIOS CAIU

 

Editorial
Por
Gazeta do Povo

Cobertura do carnaval 2019 no litoral do Paraná – praias do Paraná – Polícia militar do Paraná – PM – Rotam – Bope – polícia de trânsito – fuzil – pistola – viatura – motocicleta – bicicleta – choque –

| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo/ Arquivo


Em meio ao horror da guerra no Leste Europeu, que inevitavelmente se tornou protagonista do noticiário, uma excelente notícia para o país acabou sendo ofuscada. No intervalo de apenas um ano, os homicídios caíram 7% em relação ao ano passado, segundo dados coletados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, com base em números oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. O montante ainda é bastante alto para uma democracia, com 41,1 mil mortes violentas intencionais, mas não se pode deixar de celebrar um fato: trata-se do menor número desde 2007, quando esse tipo de medição passou a ser feita.

A redução indica retomada de uma tendência de queda nas estatísticas de morte violenta que vem sendo registrada desde 2018, a qual interrompida por um crescimento de 5% em 2020, ano de início da pandemia, com fortes abalos na organização social do país.

É fato que o Sistema Único de Segurança Pública, criado em junho de 2018, tem permitido a progressiva consolidação do financiamento dos estados, entes federados mais importantes no combate ao crime, visto que detém o controle das polícias. Foram mais de $157,7 bilhões investidos em segurança pública nos dois anos anteriores à publicação. Ainda que mais dinheiro investido não signifique necessariamente redução da violência, o volume de gastos é um indicativo de deslocamento de prioridades.

Nesse sentido, é necessário ter um olho atento para os avanços em uma agenda importantíssima para o país: o combate ao crime organizado. No último dia 21, o Ministério da Justiça informou que recuperou cerca de R$ 1 bilhão de organizações criminosas. O montante inclui valores oriundos da apreensão de drogas, bens de luxo, armas e dinheiro em espécie. A ação foi possível por meio do investimento em tecnologia, com o Projeto Excel, que auxilia as forças de segurança estaduais no combate ao crime.

Nos últimos anos, as apreensões de drogas atingiram sucessivos recordes. O combate às facções criminosas têm não só provocado prejuízos consideráveis para essas organizações, como revelado detalhes de sua estrutura desconhecidos até então. Essas organizações são diretamente responsáveis por ondas de violência motivadas pelas disputas de território e pela própria hierarquia do crime, que impõe o terror, a intimidação e a morte como forma usual de resolução de conflitos. As evidências mostram que o esforço coletivo de diversos entes federados está contribuindo de fato para o enfraquecimento dessas organizações. A redução na frequência de grandes rebeliões em presídios brasileiros é uma delas.  Convém lembrar que em 2017 o país atingiu a preocupante marca de 65 mil homicídios em todo o território. Não por acaso, naquele ano, uma série de rebeliões aterrorizava a opinião pública, sedimentando a sensação de insegurança e ineficiência do Estado, o que elevou a bandeira da segurança pública ao topo dos temas mais discutidos nas eleições de 2018.

Agora, é fundamental o desenvolvimento de pesquisas aprofundadas sobre o tema, tendo por objeto esses novos e promissores números, pois esse é o caminho para a leitura correta do está se passando no país. Os ventos parecem apontar numa direção de incremento civilizatório, mas entender o porquê é crucial para gestores e operadores de segurança pública consolidarem uma tendência duradoura de pacificação que, se bem administrada, pode durar décadas.


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CONFLITO NA UCRÂNIA PODE DESENCADEAR A TERCEIRA GUERRA?

Crise no leste europeu

Por
Maria Clara Vieira – Gazeta do Povo

— (Ukraine), 24/02/2022.- A handout photo made available by the Ukrainian Embassy in Italy shows the aftermath of an alleged Russian bombing on a Ukrainian military outpost at an undisclosed location in Ukraine, 24 February 2022. Russian troops entered Ukraine on 24 February. (Italia, Rusia, Ucrania) EFE/EPA/Ukrainian Embassy HANDOUT BEST QUALITY AVAILABLE HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES

Instalação militar ucraniana bombardeada pela Rússia| Foto: EFE

Desde que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu as repúblicas separatistas de Luhansk e Donetsk, ao leste da Ucrânia, no que foi considerado o “discurso mais perigoso do pós-Guerra Fria”, a guerra entre o gigante asiático e a ex-república soviética não demorou para passar de um conflito iminente a uma realidade concreta.

Nesta quinta-feira (24), Kiev e outras cidades ucranianas amanheceram sob bombardeios e sirenes que anunciavam o início da invasão russa. Lideranças internacionais, representantes de organizações de segurança, analistas e pesquisadores se desdobram para compreender, explicar e responder ao disparate russo à altura, enquanto as populações dos países direta ou indiretamente envolvidos na situação se questionam se estão, afinal, diante do estopim de uma terceira guerra mundial.

Dada a natureza multipolar do conflito – que, de um lado, conta com o rechaço dos países ocidentais e, do outro, com o consentimento tácito da China e de outras ditaduras -, o escalonamento das tensões depende de uma série de fatores.

Para o cientista político Márcio Coimbra, ex-diretor da Apex e coordenador de pós-graduação do Mackenzie Brasília, a ampliação da guerra a nível internacional é improvavel no curto prazo.

“Como a Ucrânia não faz parte da OTAN e os líderes europeus estão com muito medo de uma guerra, penso que a tendência é deixarem o país ser tomado pela Rússia para evitar um conflito de maiores proporções”, explicou o especialista, que comparou o cenário com os Acordos de Munique às vésperas da Segunda Guerra, quando a Tchecoslováquia foi cedida à Alemanha nazista.

“Outra possibilidade é que Putin tente transformar a Ucrânia em uma Bielorrússia. Pode colocar um governo ‘fantasma’, completamente controlado por Moscou. Por outro lado, há sempre o risco de o presidente russo tentar extrapolar o território ucraniano, mas estaria às portas da OTAN. Acho que ele é inteligente o suficiente para não se precipitar desse jeito”, avalia Coimbra.

Para o cientista político Késsio Lemos, pesquisador do INCT-INEU, a guerra só deve atingir proporções internacionais se a Rússia não se contiver à Ucrânia.

“A OTAN acabou de se manifestar e disse que não vai enviar forças militares à Ucrânia. Portanto, o país está sozinho do ponto de vista militar direto. O apoio do Ocidente será através de sanções pesadíssimas e oferecendo algum tipo de suporte para que a Ucrânia resista, o que é pouco provável. Se houver um evento que afete diretamente um país da OTAN, aí temos uma possibilidade de escalada a nível mundial”, explica Lemos.

O que deve realmente pesar na balança do conflito, contudo, é a postura da China. “O grande problema nisso tudo é que, se não houver uma grande mobilização internacional consistente, abre-se um grande corredor de oportunidades para que a China ataque Taiwan. Pode ser que aí vejamos uma escalada a nível mundial, uma vez que os chineses têm planos muito bem traçados para essa invasão”, completa Coimbra.


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JUSTIÇA ELEITORAL SÓ EXISTE NO BRASIL COM MILHARES DE SERVIDORES


  1. Política
     

A ‘Justiça Eleitoral’, da maneira como invadiu a vida política brasileira, é uma aberração

J. R. Guzzo*, O Estado de S.Paulo

O Brasil é mesmo um país extraordinário. Só aqui, em todo o sistema solar, a troca de chefe de uma repartição pública que deveria trabalhar em silêncio, como qualquer outro serviço prestado à população – dessas que só vão bem quando ninguém nota que elas existem –, se transforma num evento de Estado. Pior: só aqui um sistema cuja única função é organizar fisicamente as eleições (arrumar as urnas, as seções de votação, os mesários etc.) e depois contar os votos dá a si mesmo importância igual à que é dada às próprias eleições. É surreal. No Brasil, num ano de eleição presidencial como este, os marechais de campo da “Justiça Eleitoral” são tão falados quanto os candidatos. O eleitor nem deveria saber seus nomes, como não sabe quem é o chefe do Instituto Nacional de Pesos e Medidas, ou coisa que o valha; quer apenas que a balança esteja certa. Aqui, viraram as estrelas do espetáculo.

Estrelas
J. R. Guzzo: ‘A Justiça Eleitoral não é uma ideia. É um Tribunal Superior Eleitoral, com uma sede-palácio de 12 mil metros quadrados em Brasília’.  Foto: Antônio Augusto/TSE/Divulgação

A “Justiça Eleitoral”, da maneira como invadiu a vida política brasileira, é uma aberração – para começar, não existe em nenhuma democracia séria do mundo. O nome já é absurdo: “Justiça Eleitoral”. As eleições não são uma questão para a Justiça, como as ações de divórcio, os contratos de aluguel ou as brigas de herança; são um direito constitucional dos brasileiros maiores de 16 anos, unicamente isso, e é obrigação elementar do Estado tornar este direito utilizável pela população. É óbvio que disputas que surgirem terão de ser resolvidas na Justiça, como quaisquer outras – mas só aí. O Poder Judiciário, por si, não tem de organizar coisa nenhuma. Tem de julgar conflitos, apenas isso. Mas não. No Brasil as eleições, com ou sem conflito, são consideradas um problema judicial em si próprias. O resultado, em vez de um simples serviço administrativo, é esse mamute incompreensível que está aí.

Estrelas
J. R. Guzzo: ‘No Brasil, num ano de eleição presidencial, os marechais de campo da ‘Justiça Eleitoral’ são tão falados quanto os candidatos’.  Foto: Abdias Pinheiro/SECOM/TSE

A Justiça Eleitoral não é uma ideia. É um Tribunal Superior Eleitoral, com uma sede-palácio de 12 mil metros quadrados em Brasília. (Em Brasília, acredite se quiser, há uma “Praça dos Tribunais Superiores”.) São 27 Tribunais Regionais Eleitorais, um para cada Estado. São despesas de R$ 10 bilhões a cada ano. São milhares de funcionários. São procuradores. São salários, penduricalhos, adicionais, auxílios, verbas compensatórias, verbas indenizatórias, acréscimo por trabalhar, aposentadorias com salário integral – não acaba mais. Acima de tudo, há uma pergunta impossível de responder: por que a população paga R$ 10 bilhões todos os anos para a “Justiça Eleitoral”, se só há eleições de dois em dois anos? Cada uma, sejam municipais ou gerais, está saindo por R$ 20 bi. Para ter esses governos que estão aí?

 

PROCURAM-SE ESTADISTAS NO MUNDO

 

  1. Opinião 

Ao contrário dos medíocres líderes ocidentais, Putin tem objetivos definidos e determinação implacável. Mas também tem suas fraquezas e é possível explorá-las

Notas & Informações, O Estado de S.Paulo

Não há dúvida de que a invasão da Ucrânia pela Rússia foi amplamente planejada, mas certamente só aconteceu agora porque o momento não poderia ser mais favorável ao presidente russo, Vladimir Putin, por lhe oferecer uma conjunção de fraqueza, mediocridade e desarticulação no Ocidente.

Considere-se o G7. A Alemanha tem um governo de transição liderado por um chanceler que está aprendendo o ofício à sombra de uma estadista incomparável como Angela Merkel; o primeiro-ministro japonês é igualmente um neófito, reputado como bom administrador, mas de personalidade apagada; o líder italiano é também um tecnocrata competente, mas a política do país segue se consumindo em idiossincrasias partidárias; o primeiro-ministro canadense parece só ter olhos para sua agenda de costumes progressista; o presidente francês está embrenhado em sua disputa eleitoral; e o premiê britânico está enfraquecido pelos escândalos envolvendo festas privadas durante a pandemia.

Nos EUA, Joe Biden foi eleito como um representante experiente do establishment para uma missão de conciliação: construir pontes com os republicanos não intoxicados pelo populismo de Donald Trump e refrear os excessos dos radicais democratas. Mas não fez nem uma coisa nem outra. Seu principal desafio militar, a retirada do Afeganistão, foi um fracasso retumbante que debilitou a confiança de seus aliados e da população. Hoje sua popularidade está na lona.

Em contraste, como disse o historiador Paul Johnson, “Putin é o mais formidável potentado russo desde Stalin”, pois “tem um programa claro – reconstruir o império soviético – e é totalmente implacável em sua busca”. Treinado na KGB, comentou Johnson, “Putin é um mentiroso, falsificador e intimidador profissional, cujos instintos são uma mescla brilhante de desaforo e enganação”. Putin também tem a vassalagem da antiga hierarquia soviética e o apoio de uma parte importante da opinião pública. “Ele pode, portanto, posar como um populista e agir como um tirano.”

A política de confronto com o Ocidente, que agora atinge o seu pico, começou em 2007, quando Putin fez um discurso combativo na Conferência de Segurança de Munique. No ano seguinte, foi à guerra na Geórgia; em 2014, atacou a Ucrânia e anexou a Crimeia.

Tudo isso foi recebido no Ocidente com protestos protocolares, sanções inócuas e indiferença, o que certamente encorajou Putin a embalar seus sonhos de restabelecimento do império russo – sua permanência como “czar” já está garantida.

Putin tem a seu favor todo o estoque de arsenais legados pela URSS e imensos recursos energéticos. As antigas colônias soviéticas estão repletas de antigas lideranças desapropriadas e minorias étnicas relegadas à condição de cidadãos de segunda classe, aptas a serem intoxicadas pela nostalgia da Grande Rússia.

Mas Putin também tem suas fraquezas. É vaidoso, como mostram as suas fotos públicas de torso nu ou as cerimônias pomposas no Kremlin. E é dado a aventuras, manobras de alto risco e belicosidade imprudente.

A economia da Rússia é menor que a da Coreia do Sul. O parque industrial russo é atrasado. Os recursos das exportações de commodities são consumidos com os gastos militares e da cleptocracia no Kremlin. À população ele vende segurança e estabilidade após o caos dos anos 90, mas sua burocracia custosa e incompetente é incapaz de produzir qualquer melhora no padrão de vida.

Hoje sua popularidade está relativamente baixa e ele é confrontado por dissidentes ousados e expressivos, como Alexey Navalny. A distância entre o estilo de vida dos russos e o de populações prósperas no Ocidente aumenta e aumentará mais com as sanções econômicas. Mais importante, os russos veem os ucranianos como irmãos e quaisquer atrocidades durante a invasão serão recebidas com amargura e revolta.

Essas fraquezas podem ser exploradas, mas isso exigirá líderes capazes de amalgamar força, determinação e paciência, e sobretudo capazes de se unir em torno de prioridades claras. Para azar dos ucranianos, parece que esses líderes ainda não existem.

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