segunda-feira, 30 de outubro de 2017

POPULAÇÃO CONTRA A INDEPENDÊNCIA DA CATALUNHA



Milhares vão às ruas de Barcelona contra a independência da Catalunha

Estadão Conteúdo







Cerca de 1 milhão de catalães saíram às ruas de Barcelona neste domingo (29) para se opor à independência da Catalunha, segundo os organizadores da manifestação. Já a polícia local estima que aproximadamente 300 mil pessoas participaram do ato, de acordo com o jornal El País.

A marcha foi convocada pela Sociedade Civil Catalã com o objetivo de rejeitar o que a organização considera um "ataque sem precedentes à história da democracia". Participaram da manifestação lideranças de diversos partidos favoráveis à união da Espanha, incluindo conservadores, liberais e socialistas. O slogan do ato foi "Somos todos Catalunha. Senso comum pela coexistência".

O clima era festivo e manifestantes carregavam bandeiras da Espanha, da Catalunha e da União Europeia. Alguns erguiam placas nas quais se lia "Não deixaremos a Espanha ser despedaçada" e "O despertar de uma nação silenciada".

Ontem, a vice-primeira-ministra da Espanha, Soraya Sáenz de Santamaría, foi nomeada como interventora no governo da Catalunha, um dia após a declaração de independência feita pelo Parlamento regional. A interina foi indicada pelo primeiro-ministro, Mariano Rajoy, para administrar em substituição ao governador Carles Puigdemont, deposto do cargo na sexta-feira por liderar o movimento independentista. A intervenção acontecerá nas próximas oito semanas, até a realização de eleições regionais em 21 de dezembro.

CÂNCER DE PRÓSTATA - PERIGO PARA OS HOMENS - NOVO EXAME



Novo exame para detectar câncer de próstata reduz necessidade de biópsia
Flávia Ivo








Exame PHI é realizado por amostra sanguínea

Uma equação matemática resultante da combinação de três marcadores presentes em amostras sanguíneas de homens foi responsável por uma recente e substancial mudança no diagnóstico do câncer de próstata.
Com a entrada do Novembro Azul, mês escolhido pelos profissionais da saúde para dar foco e trabalhar a conscientização sobre a doença, volta-se a ressaltar a importância da detecção precoce da enfermidade para a sobrevida dos pacientes.
Afinal, nove em cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata em estágio inicial têm garantia de sucesso no tratamento. Neste cenário, um exame laboratorial apurado pode ser um dos pontos-chave para uma detecção mais precisa e, também, para se evitar intervenções cirúrgicas desnecessárias.
Neste ano, foi disponibilizado no Brasil um teste que pode reduzir em até 30% o número de biópsias prostáticas realizadas. Trata-se do Índice de Saúde da Próstata (PHI, do inglês Prostate Health Index).
A metodologia tradicional para detectar a enfermidade se dá pela alteração das enzimas PSA Total e PSA Livre e o toque retal realizado pelo urologista. O PHI soma uma terceira aferição, que é do p2PSA, realizando um cálculo matemático que vai evidenciar se o homem possui uma variação mais sugestiva de malignidade.
“O PHI permite que o urologista estratifique em baixo, médio e alto risco o paciente. Se o médico tem alguma dúvida, este exame consegue postergar a biópsia ou não”, afirma William Pedrosa, médico da assessoria científica do Hermes Pardini.
O PHI é recomendado para homens a partir dos 50 anos, que apresentam nível de PSA Total entre 2,0 e 10,0 ng/mL, sem alteração no toque retal
Consequências
O especialista lembra que a biópsia é um procedimento invasivo e que pode provocar uma série de desconfortos ao paciente.
“Tem como possíveis consequências a presença de sangue no esperma e na urina, sangramento retal, inflamação ou infecção na próstata (prostatite), além de sintomas gerais como febre, infecção urinária, e outras complicações que podem até gerar internações”, revela o médico.
O urologista Mateus Furtado, membro da Sociedade Brasileira de Urologia, destaca que cerca de 75% das biópsias prostáticas realizadas têm resultado negativo para câncer. Por isso, ele aposta em exames como o PHI e a ressonância magnética.
“Existem causas não-malignas que aumentam o PSA, como uma hiperplasia benigna, por exemplo. Já o paciente que tem um PHI alterado, a biópsia é positiva em cerca de 70% dos casos. É uma inovação que acrescentou muito, assim como a ressonância, que nos ajuda a definir se o paciente tem uma doença indolente”, explica.


“Se mantido na temperatura adequada, o tempo de conservação do sêmen é indeterminado”, informa Ricardo Muzzi, biomédico do Instituto Hermes Pardini

Congelamento de sêmen é alternativa para pacientes
Segunda maior causa de mortes entre homens no país, o câncer de próstata atingiu pelo menos 61 mil brasileiros no último ano, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), causando a morte de mais de 13 mil deles.
Para tumores detectados precocemente, tratamentos alternativos como a crioterapia e o ultrassom de alta frequência têm sido utilizados, apesar de “não haver resultados a longo prazo que confirmaram a efetividade deles”, informa o urologista Mateus Furtado.
Hoje, conforme o especialista, apesar de a cirurgia de remoção da próstata ainda ser temida por eles, o procedimento ganhou precisão e efetividade com os processos laparoscópicos e robóticos. “Quando detectado o tumor em fase inicial, é possível preservar a inervação, o fluxo sanguíneo e as funções fisiológicas normais”, coloca o médico.
No entanto, apesar de toda essa evolução, radio, hormônio e quimioterapia ainda são amplamente necessárias para o tratamento do câncer de próstata. Tais procedimentos, além dos benefícios e prejuízos bem conhecidos por grande parte da população nos homens, podem provocar a queda na produção de espermatozoides ou mesmo chegar a ausência deles, a esterilidade.
Orientação
Antes de iniciar qualquer tipo de tratamento para esta espécie de câncer, é importante que o urologista ou oncologista oriente o paciente sobre as possibilidades de não poder ter filhos após o procedimento. Se este for um desejo do homem, criopreservar o sêmen é a melhor alternativa.
De acordo com Ricardo Muzzi, biomédico especialista em reprodução assistida Criovida – Unidade de Criopreservação do Instituto Hermes Pardini, nos últimos anos a busca pelo serviço por pacientes que estão nesta situação tem aumentado.
“O banco de sêmen sempre teve procura grande para quem deseja fazer vasectomia, mas o cenário tem mudado com a entrada desse outro perfil”, revela Muzzi.
O biomédico conta que os pacientes costumam chegar abalados emocionalmente, mas que não sentem constrangimento algum em realizar o processo, já que o objetivo é futuramente fazer uma inseminação artificial.
Para criopreservar o sêmen é preciso passar por uma triagem clínica, consulta com urologista e exames sorológicos. Além disso, estar em abstinência sexual mínima de dois e máxima de sete dias para a coleta do esperma, que é preservado em nitrogênio líquido a menos de 195°C.
Além Disso
No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes de mortalidade do Inca. Durante o Novembro Azul, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta para a enfermidade e a importância de se procurar o médico para uma avaliação individualizada.
Apesar dos avanços terapêuticos, cerca de 25% dos pacientes com câncer de próstata ainda morrem devido à doença. Atualmente, cerca de 20% ainda são diagnosticados em estágios avançados, embora um declínio importante tenha ocorrido nas últimas décadas em decorrência, principalmente, de políticas de rastreamento da doença e maior conscientização da população masculina.
“Uma forma de tratamento que vem ganhando volume nos últimos anos é a vigilância ativa, na qual não se trata um câncer de baixa agressividade, passamos apenas a acompanhar sua evolução em exames periódicos”, explica o presidente da SBU, Archimedes Nardozza.
A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens a partir de 50 anos procurem um profissional especializado para avaliação individualizada. Aqueles de etnia negra ou com parentes de primeiro grau com câncer de próstata devem começar aos 45 anos.
Para esclarecer a doença, a entidade disponibilizou no portaldaurologia.org.br diversos textos e vídeos sobre o câncer de próstata.


BELO HORIZONTE ESTÁ INFESTADA DE LADRÕES DE CELULAR



Ladrões de celular atacam em seis de cada 10 ruas de Belo Horizonte

Raul Mariano









O estudante Lucas Gomes teve o celular levado por um assaltante na rua Padre Pedro Pinto, em Venda Nova; o prejuízo foi de R$ 1.700

Mais da metade das ruas de Belo Horizonte registraram pelo menos um roubo de celular nos últimos três anos. São cerca de 6.700 vias marcadas pela ação de criminosos que, segundo especialistas, elegeram o aparelho como alvo predileto. Apenas de janeiro a setembro de 2017, a capital contabilizou mais de 23 mil ocorrências dessa natureza conforme dados da Polícia Militar.
No ranking de logradouros com maior foco do problema, a avenida Cristiano Machado lidera com 589 roubos de celular registrados no período.
Em seguida, está a rua Padre Pedro Pinto, em Venda Nova, com 398 ocorrências registradas nesses meses. Um crescimento de quase 40% em relação à mesma época de 2016.
Quem transita por lá afirma que os ataques a pedestres já se tornaram algo comum. É o caso do estudante de publicidade Lucas Gomes, que foi alvo de bandidos armados no local em plena luz do dia.
Ele percebeu que estava sendo seguido e atravessou a rua na tentativa de escapar, mas, ao chegar do outro lado, foi abordado pelo criminoso. “Eram 13h. Ele mostrou o revólver, pediu que eu desbloqueasse o celular e tirasse meu chip antes de entregar para ele. Meu aparelho custava R$ 1.700 e só tinha quatro meses de uso”, lamenta.
A pouco menos de 300 metros dali, já na avenida Vilarinho, Anísio da Silva, funcionário da padaria Renault, foi vítima de outro assalto enquanto esperava o ônibus no fim do expediente. “O ladrão chegou a pé, com um capacete na mão, e levou meu telefone. Depois disso, aconteceu de novo com várias pessoas no mesmo ponto”, relata.
Leia mais:
A menos de dois quilômetros do local, na Cristiano Machado, em frente ao Shopping Estação, o problema se repete. Usuários do transporte coletivo alegam que os roubos são diários e sempre nos horários de saída das faculdades que estão instaladas nas proximidades.
Funcionária de uma loja de celulares do mall e usuária do transporte público, Ingrid Rosenberg explica que o problema tem sido percebido na procura de clientes que querem fazer seguro do aparelho.
“Percebemos que tem muita gente acionando o seguro. Aqui nos arredores do shopping acontecem roubos todos os dias. É algo constante”, afirma.

Prejuízo
Quem não tem seguro e vira alvo dos assaltantes é obrigado a assumir o prejuízo. No caso de João Victor Belchior, estudante de Ciências Contábeis, o rombo foi de aproximadamente R$ 800.
“O indivíduo chegou armado e, além do meu celular, levou as bolsas de várias mulheres que esperavam pelo ônibus”, relembra.



O PARTIDO "PT" RECEBE MENSALMENTE 8,2 MILHÕES DO GOVERNO



Marina se isola e Rede vive nova crise interna

estadão Conteúdo








A dificuldade em dialogar com outras legendas é outro ponto de divergência interna na Rede


Enquanto as principais forças políticas do País já se movimentam objetivamente para a disputa presidencial de 2018, a Rede Sustentabilidade, partido da ex-ministra Marina Silva, terceira colocada na eleição de 2014, enfrenta dificuldades financeiras, uma crise ideológica e se vê diante da ameaça de debandada de filiados. 

Esse é o quadro apresentado ao jornal O Estado de S. Paulo por militantes, assessores e dirigentes do partido, que falaram em caráter reservado. Após ter o registro aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral em setembro de 2015, a Rede ainda tem estrutura de partido "nanico", o que ficou evidenciado também no fraco desempenho de seus candidatos nas eleições municipais do ano passado.

Com somente quatro deputados federais (todos eleitos por outros partidos em 2014), a legenda recebe por mês cerca de R$ 280 mil do Fundo Partidário. É pouco dinheiro para custear uma estrutura nacional. Para efeito comparativo, o PT, por exemplo, com 58 deputados, recebe R$ 8,2 milhões mensais.

O partido está hoje sem estrutura de comunicação, uma vez que rompeu os contratos com seus prestadores de serviço. Entre auxiliares há relatos de atrasos salariais.

A dificuldade em dialogar com outras legendas é outro ponto de divergência interna na Rede. O grupo de Marina reluta em formar alianças com outras siglas para ampliar o tempo de exposição na TV em 2018.

Sozinha, a Rede terá direito no ano que vem a cerca de 15 segundos em cada bloco do horário eleitoral gratuito para presidente, se forem consideradas as regras previstas na legislação eleitoral. Setores do partido defendem a união com as legendas com as quais a candidatura de Marina esteve unida em 2014: PPS, PHS, PSL e PRP. Naquela eleição, sem conseguir o registro da Rede, a ex-ministra concorreu na chapa do PSB, primeiro como vice de Eduardo Campos e, após a morte do ex-governador de Pernambuco, como presidenciável.

Outra ala, porém, advoga a tese que o partido deve buscar aliança com legendas maiores, como o DEM. Um terceiro grupo prega que a Rede enfrente sozinha as urnas.

Isolamento

Um dos principais motivos de queixa de integrantes da Rede em relação à Marina é o isolamento da ex-ministra. De acordo com militantes ouvidos pelo Estado, o círculo próximo de Marina é composto pelos coordenadores executivos do partido, Bazileu Margarido e Carlos Painel, o coordenador de organização, Pedro Ivo, e a ex-senadora Heloisa Helena.

Segundo integrantes da Rede ouvidos pela reportagem, Marina concentra sua interlocução com este chamado "núcleo duro" e se distanciou dos parlamentares da sigla, que formaram um outro polo de poder na legenda.

Enquanto o deputado federal Alessandro Molon (Rede-RJ) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ganharam protagonismo nas votações das denúncias contra o presidente Michel Temer e sobre o afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), Marina se calou.

Mais recentemente integrantes do núcleo duro da legenda passaram a apostar nas chamadas "candidaturas cívicas" para 2018. A Rede, ao lado do PSOL, é o partido que mais tem dialogado com movimentos organizados que buscam legendas para lançar candidatos no ano que vem.

Por outro lado, grupos que têm questionado a liderança de Marina admitem reservadamente que poderão deixar a Rede e concorrer por outra legenda em 2018. Não será a primeira vez. Por causa do apoio de Marina a Aécio Neves no segundo turno da eleição de 2014, houve uma debandada de dirigentes e militantes antes mesmo de o partido obter o registro na Justiça Eleitoral. No ano passado, após o fraco desempenho em sua primeira disputa eleitoral - elegeu apenas seis prefeitos -, a Rede sofreu novo revés e um grupo de intelectuais e fundadores deixou o partido com críticas a Marina.

Atualmente, segundo integrantes da Rede, Molon é um dos que tem manifestado desconforto com a postura de Marina e de seu grupo mais próximo. O deputado passou a ser apontado como um dos nomes da possível debandada. Por meio de sua assessoria, ele negou que esteja de saída do partido. Conforme militantes, o hermetismo da Rede também dificulta o crescimento orgânico do partido, que hoje conta com 18.686 filiados.

Procurada, Marina informou que não iria dar entrevista. (Colaboraram Daniel Bramatti e Marianna Holanda)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://externo.hojeemdia.com.br/internos/agenciaestado/ae.jpg